O Gastrobar está situado no coração de Belo Horizonte, Parque Municipal. Com um cardápio variado e um ambiente acolhedor. Para saber mais, confira matéria completa no Jornal O Ponto.
Cultura
Maria Julia Coelho
Criatividade e tradição se encontram no trabalho de designers de moda da cena mineira. Cibelle de Paula, por exemplo, tem uma trajetória que une o aprendizado familiar ao desejo de inovar e trouxe para o evento Minas Trend, em outubro deste ano, coleção baseada no resgate de técnicas de tapeçaria e a alfaiataria.
Ela fundou a marca Realiser em 2015, fruto do desejo de transformar o conceito de vestuário, e o resultado são peças que não apenas vestem, mas contam histórias de resgate cultural e dedicação ao trabalho manual. “Foi criada quando eu fiz o primeiro protótipo, um casaquinho de número 38, que parecia um bolero, e tudo com consultoria de Terezinha Santos, responsável aqui pelo evento. Ao contrário dos vestidos de festa e moda tradicional, eu quis fazer algo diferente”, relata.
“Foi daí que pensei pensei: o corpo tem contornos e o tapete é uma placa reta, então como eu faria para um tapete vestir um corpo?” A designer mudou a gramatura da tela e a torção da linha de bordado: “a linha de tapete tem uma torção a mais e, dessa forma, o bordado fica muito grosso, não iria costurar na máquina”. E chegou a uma pesquisa de um ponto mais coeso para poder aplicar no vestuário.
“Uma peça comprida ou uma peça longa demora uns seis meses para poder bordar. Não é algo que se vende em atacado, é 90% de bordado manual, é tão artesanal que tem que ser feito para uma pessoa específica, para um corpo específico, então, para cá, eu tive que ter um tempo de maturação de bordados para poder trazer”, explica.
A coleção traz o conceito de remontar, totalmente artesanal. “É um trabalho trazido do período colonial do Brasil e ele foi esquecido durante uma temporada, mas para resgatar bordado ele tem que ser ensinado”.
Sustentabilidade
A estilista Iaskara Oliveira também destaca peças autorais, combinando sustentabilidade e inovação. Feitas a partir de papel reciclado, derivado de sacos de cimento e fibras de bananeira, as peças de Iaskara também se destaca pelos processos manuais e de tingimento natural. Suas criações, com forte identidade visual, são resultado de um trabalho que explora as possibilidades do papel como matéria-prima na moda, criando peças que são, ao mesmo tempo, sustentáveis e impactantes, como explica a estilista.
Diversidade
Ao longo dos anos, o evento de moda Minas Trend tem se consolidado como um dos maiores do Brasil e, com isso, vem a responsabilidade de abordar temas que refletem a realidade social e cultural do nosso estado. A pauta da inclusão e diversidade é central nesse contexto da moda, e o evento tem mostrado sinais de evolução, ainda que com passos lentos. A inclusão de modelos plus size, por exemplo, representa um avanço, mas ainda há uma longa jornada até que a diversidade esteja plenamente refletida em nossas passarelas e na indústria como um todo.
A presença de modelos trans, pessoas com deficiência, e diferentes expressões corporais e de gênero ainda é escassa, e isso limita a capacidade do evento de se conectar com o público mais jovem. Diversificar a representação nas passarelas significa celebrar a pluralidade de corpos e histórias, tornando o evento mais inclusivo e relevante para todos.
Confira a opinião das influenciadoras de moda Amanda Reblin e Jean Sarnaglia que observam o que falta, na perspectiva da diversidade, no Minas Trend, e como o evento pode avançar em relação a essa pauta.
Conecta: Vocês têm visto essa diversidade sendo pautada e refletida nos desfiles?
J.S.: Acho que não, ainda faltam modelos trans na passarela. Pela magnitude do evento, é muito importante que essa diversidade seja aplicada, mesmo que aos poucos.
A.R.: A gente já teve ali um desfile plus size, uma coisa que não tinha antes, mas aumentar ainda mais essa diversidade seria muito interessante para o Minas Trend chegar a mais públicos.
Então, vocês acreditam que a diversidade ainda é um ponto a ser trabalhado no evento?
A.R.: Sim, falta incluir mais gente de todos os tipos. A gente espera ver nas próximas edições cada vez mais diversidade de pessoas aqui na feira para ficar ainda melhor.
Conecta: E sobre a moda mineira? Vocês consomem?
A.R.: Gosto muito, acho que a moda mineira tem um ‘quê’ mais chique, trabalha muito com pedraria, tecidos nobres, mix de tecidos. Sinto que aqui posso me montar, me vestir à vontade, é um estilo bem interessante. A demanda por mais inclusão e representatividade nos mostra que a moda não é só sobre o que se veste, mas também sobre quem veste. O futuro do Minas Trend certamente será mais brilhante ao refletir a riqueza e diversidade das pessoas que fazem a moda acontecer.
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Com a chegada das festas de fim de ano, a Casa Fiat de Cultura, localizada no Circuito Cultural Praça da Liberdade, oferece uma programação especial para celebrar o espírito natalino. O evento “Ateliê Aberto – Especial de Natal: Enfeites com Chita e Renda”. Saiba tudo sobre o evento no Jornal O Ponto.
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A exposição dos cliques e demais obras de Hiromi Nagakura tomam conta do CCBB de Belo Horizonte neste mês de outubro, do dia 02/10 ao dia 30/11. Para mais informações, confira a matéria completa no Jornal O Ponto.
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Por Débora Andrade e Lívia Oliveira
A utilização de vagas reservadas para vans escolares nas proximidades das escolas tem gerado transtornos e comprometido a segurança dos alunos. Motoristas e monitores relatam ausência de fiscalização e ocupação indevida dos espaços de embarque e desembarque, expondo as crianças a riscos.
Profissionais do transporte escolar pedem mais fiscalização e medidas que garantam segurança no embarque e desembarque dos alunos, em especial, nos horários de pico, quando o congestionamento em frente às escolas é mais intenso.
Desafios
Wadya Aparecida, monitora de van há 8 anos, aponta a falta de vagas e fiscalização como as principais dificuldades enfrentadas pelos motoristas escolares. “Sem vagas nas portas das escolas, fica difícil o embarque e desembarque das crianças, porque transportamos crianças de 2 a 15 anos e temos que garantir o máximo de segurança para elas. Não podemos atravessar as crianças para não afetar a segurança de todos”, explicou Wadya, destacando a responsabilidade que os profissionais têm sobre a segurança dos alunos.
Diálogo
O motorista de van escolar, Nicélio de Aguiar, sugere a instalação de câmeras para monitorar o uso das vagas. “As vagas existem, mas são utilizadas de forma errada. Deveriam ser usadas apenas para desembarque e embarque, e não para estacionamento”, argumenta.
Ele lamenta a falta de diálogo entre os motoristas e poder público. “Pagamos taxas e tributos, somos fiscalizados, mas não temos voz ativa.” O motorista defende que a fiscalização seja intensificada, aplicando multas para quem estaciona de forma irregular nessas áreas. “Deveria multar quem usa indevidamente essas vagas. Falta fiscalização e controle.”
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A Região Centro-Sul passará por mudanças na sua infraestrutura de transporte com o anúncio da construção de 50 quilômetros de novas ciclovias e melhorias no transporte público. Confira matéria completa no Jornal O Ponto.
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Foto: Site Revista Mediação
Por Isabella Ferreira e Vitória Figueiredo
A 36° edição da Revista Mediação apresenta dossiê sobre o tema “Alfabetização Midiática e Comunicação: cidadania e segurança digital na Educação”, trazendo conjunto de artigos sobre a educação midiática, isto é, a promoção de competências que possibilitem o uso do ambiente digital e midiático de maneira criteriosa.
A edição (janeiro/junho de 2024) trata da alfabetização midiática e comunicação, com ênfase na cidadania e na segurança digital no âmbito educacional. Mediação publica também entrevista com Bernadete A. Gatti, titular da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da Universidade de São Paulo (USP), sobre os desafios enfrentados pela comunicação e a educação.
Mediação
A Revista Mediação visa a socialização do conhecimento científico, por meio da divulgação de trabalhos acadêmicos, como artigos e dossiês de diversas áreas do conhecimento. Algumas delas são comunicação e sociabilidade, comunicação, política, ética e cidadania, comunicação especializada e organizacional, jornalismo comparado, comunicação e marketing, jornalismo esportivo, fotografia, cinema, vídeo arte, música, arte digital, web-art, inteligência artificial e publicidade.
A editora do periódico, professora doutora Nair Prata, explica que a Mediação, como revista científica, “desempenha um papel fundamental na disseminação e no avanço do conhecimento em suas áreas de abrangência”. Para a profissional, a revista gera discussões sobre assuntos de relevância social. “Buscamos promover debates aprofundados e reflexões sobre questões que são não apenas protagonistas no cenário acadêmico e profissional, mas que também impactam diretamente a sociedade”, pontua.
Esses debates, segundo Nair, objetivam disseminar conhecimentos sobre comunicação e ciência. “Pretendemos contribuir para uma compreensão mais ampla e integrada desses campos, enriquecendo o diálogo entre a Fumec e seus públicos.”
Dupla vinculação
Além de estar relacionada aos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Fumec, a revista passa a se associar nesta edição, também, ao Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Informação e Comunicação e Gestão do Conhecimento da Faculdade de Ciências Empresariais (FACE).
Nair explica qu,e como editora da revista, o objetivo desta edição, “bem como das próximas sob minha responsabilidade, é dar visibilidade e destacar temas centrais e de grande relevância para a área da Comunicação”. Outro objetivo, segundo Nair, tem relação com a dupla vinculação da revista. “Ressaltar a importância da comunicação como uma ponte que conecta e fortalece as duas vinculações institucionais.”
Foto: Arquivo pessoal
Para a editora da revista, a dupla vinculação amplia a finalidade do periódico. “A revista aumenta suas interfaces, tanto na graduação, quanto na pós-graduação stricto sensu, afirma, relacionando ainda a revista ao contexto dos programas de pós-graduação brasileiros. “O Qualis B3 é um instrumento que auxilia os comitês de avaliação no processo de análise e de qualificação da produção bibliográfica dos professores e alunos dos programas de pós-graduação”, revela Nair.
“Esse sistema classifica as revistas acadêmicas de acordo com a relevância e impacto de seus artigos científicos”, descreve. Nesse sentido, a dupla vinculação beneficia a revista. “Amplia as possibilidades da publicação se qualificar ainda mais, atendendo aos requisitos mais rigorosos das publicações científicas brasileiras.”
O dossiê
O dossiê reúne artigos sobre bullying no ambiente escolar, competências midiáticas, educação com os jovens em cidade de baixo IDH, educação midiática para jovens universitários, inteligência artificial na comunicação, listagem de teses e dissertações sobre o ensino midiático, pensamento crítico e identidades socioculturais, dentre outras temáticas.
De acordo com a editora da revista, os conteúdos do dossiê são importantes para aumento da capacidade de discernimento, da consciência e do engajamento social. “São temáticas que desenvolvem habilidades críticas e midiáticas, fomentam a inclusão e igualdade, preparam indivíduos para um mundo em constante mudança e inspiram mudanças positivas na sociedade”, aponta.
Nair explica que os dossiês geram benefícios ao serem publicados em periódicos científicos, como a Mediação. “Para a revista, as coletâneas de artigos demonstram credibilidade, aumentam a audiência e consolidam sua posição no campo científico.”
As vantagens se estendem, também, aos autores dos artigos e aos leitores da revista. “Para os autores, o dossiê promove aumento da visibilidade, colaboração e feedback. Já os leitores são informados sobre os últimos desenvolvimentos no campo científico”, informa. “A coletânea de artigos possibilita foco temático, organização e avanço do conhecimento, visibilidade e impacto, além de servir como referência para pesquisadores.”
Alfabetização midiática
Segundo Nair, o letramento midiático foi escolhido como temática para o dossiê devido à relevância que possui para a construção de uma sociedade informada e crítica. n“A alfabetização para as mídias capacita os indivíduos a interpretar, analisar e produzir conteúdo de forma consciente”, explicita. “No contexto educacional, essa competência é ainda mais relevante, uma vez que prepara os estudantes para o mundo digital, onde a informação circula de maneira veloz e em diferentes formatos.”
A educação midiática possibilita que os alunos tenham mais ética e responsabilidade ao entrarem em contato com conteúdos da internet. “Permite que eles identifiquem fontes confiáveis, combatam a desinformação e reflitam sobre o impacto da mídia na sociedade.”
Nair acredita que a educação midiática pode gerar a utilização responsável da internet e, dessa forma, aumentar a inclusão e a participação social. “Estudantes são capacitados a exercer seus direitos e deveres como cidadãos digitais, entendendo a importância da privacidade, do respeito às diferenças e da convivência democrática nos espaços virtuais.”, conclui.
Desafios
Total de 67% dos jovens brasileiros não diferencia fatos de opiniões. As informações são do portal G1. Realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a pesquisa traz à tona a discussão sobre a educação midiática: conjunto de habilidades que permite o reconhecimento de fake news e o uso do senso crítico nos ambientes virtual e midiático.
Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que determina quais assuntos serão ensinados aos estudantes brasileiros, a educação midiática é um conteúdo facultativo nas escolas: ou seja, de ensino não obrigatório. O foco principal tem sido formar professores em relação à alfabetização midiática.
Sônia Maria Jaconi é doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) e pesquisadora em Educação, conectividade, políticas públicas educacionais e desenvolvimento do território. Nesta edição da Mediação, entrevista Bernadete A. Gatti, titular da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da Universidade de São Paulo (USP), sobre os desafios enfrentados pela educação e pela comunicação.
Foto: arquivo pessoal
Sônia explica que existem obstáculos para a implementação da alfabetização midiática. “Falta de formação de educadores, desigualdade de acesso à tecnologia, ausência de políticas públicas que promovam a alfabetização midiática nas escolas e comunidades, além de desinteresse ou indiferença de estudantes e professores pelo tema”.
Para a especialista, esses desafios tornam mais difícil a eficiência e abrangência da educação midiática. Para superá-los, ela acredita que a abordagem deve ser ampla e integrada. “É necessário investir na capacitação de professores e educadores sobre alfabetização midiática, incluindo o entendimento de diferentes formatos de mídia, a análise crítica de conteúdos e o uso de ferramentas digitais”, indica.
Com a preparação dos professores, a educação midiática se torna mais efetiva. “Os professores tornam-se fundamentais para construir uma cultura escolar que valoriza o pensamento crítico e a cidadania digital, preparando os estudantes para interagir de maneira responsável e reflexiva com a mídia.”
Outras maneiras de superar os desafios para implantação da educação midiática envolvem conversas no ambiente escolar e acesso a ferramentas. “Devem ser discutidas questões atuais e relevantes relacionadas à mídia”, afirma. “Além disso, é necessário criar condições de acesso a ferramentas e recursos digitais que permitam os estudantes explorar e criar conteúdos midiáticos.”
De acordo com Sônia, o dossiê da Revista Mediação amplia o debate sobre o processo de alfabetização. “Reúne teoria, prática e atualização sobre o tema”, pontua. Para ela, o dossiê oferece apoio, não só para educadores, gestores e famílias, “mas também ajuda a fortalecer o conhecimento e a implementação da alfabetização midiática nas escolas e em outros ambientes educativos”. A pesquisadora observa que assim a alfabetização se torna “mais acessível e contextualizada para diferentes realidades escolares e sociais.”
Segurança digital
Além da alfabetização midiática, a segurança digital também é um tema fundamental abordado no dossiê da Revista Mediação. O conceito busca garantir que todos possam acessar as tecnologias de forma ética. Um levantamento da SurfShark, empresa holandesa de privacidade e segurança digital, revelou que o Brasil está na sexta posição do ranking mundial de países com mais vazamentos de dados.
Em 2021, foram mais de 24 milhões de brasileiros afetados, o que corresponde a mais de 10% da população do país. Navegar por ambientes virtuais deveria, no entanto, significar a garantia de que os usuários não se exponham às falhas dos sistemas e à manipulação midiática, fruto da intenção de pessoas que utilizam dados para objetivos obscuros.
Foto: Arquivo pessoal
O jornalista e doutor em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), Rodrigo Gabrioti afirma que, apesar da existência de legislação, é difícil estarmos seguros de que, nas linguagens binárias dos sistemas, nossas informações pessoais não estejam expostas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo, não chega a fazer distinção de vazamento de dados bancários.
A segurança digital apresenta sistemas de antivírus capazes de alertar a sociedade sobre a violação de dados e ataques virtuais. No entanto, atualmente, há várias possibilidades fakes, que são tão bem feitas, capazes de nos confundir. “Acreditar que estamos seguros digitalmente porque estamos vendo diante de nossos olhos algo que conhecemos, um contato que nos parece familiar, não basta”, alerta Gabrioti.
A importância da educação midiática é enfatizada pelo dossiê da Revista, que visa ao aumento da segurança digital proporcionando informação e conhecimento. Rodrigo destaca que “a reunião de artigos dessa natureza mostra práticas, pesquisas e realidades de várias partes do país para que possamos pensar quais trabalhos estão sendo desenvolvidos, assim como saber da realidade que muitas vezes está longe dos grandes centros.”
O papel da escola na formação de uma sociedade mais crítica e consciente sobre o uso das tecnologias é fundamental. A alfabetização midiática é essencial, pois ensina a lidar com os meios digitais e desenvolver um olhar crítico. No passado, professores utilizavam jornais em sala de aula para discutir o gênero notícia, agora o alcance do digital é muito maior com a presença constante das pessoas na internet.
“A alfabetização prepara para o bom senso e para o olhar mais crítico das pessoas e, assim, elas saberem que, por trás de telas e algoritmos, há toda uma rede que é muito importante e, ao mesmo tempo, perigosa, se dominada por pessoas mal intencionadas. Com o trabalho da alfabetização, é possível, por exemplo, demonstrar às pessoas como não acreditar em tudo que veem nas redes sociais”, ressalta Gabrioti.
“Para superar os desafios que a falta da segurança digital provoca, deve-se investir na educação. É necessário que haja um processo educacional do cidadão”, afirma, lembrando o papel formativo das escolas, “pois crianças e jovens são multiplicadores de informação”, destaca. “Já nas universidades, os projetos de extensão podem ser um caminho para que especialistas orientem e ensinem a sociedade sobre os riscos que corremos nesse âmbito”, conclui Gabrioti.
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Por Iasmim Ferreira, Júlia Costa, Safira Aimê e Yana Zebian
A presença na sala de aula do profissional do Centro de Referência em Acolhimento e Inclusão (Cerai) da Universidade Fumec chama a atenção para o trabalho do setor e motiva a participação dos estudantes no processo de inclusão social.
Exemplo disso é o desenvolvimento, durante o segundo semestre deste ano, de ação de extensão dos alunos do segundo período do curso de Comunicação Social que criaram a empresa experimental Lupa Comunicação e Inclusão.
O Cerai acompanha, desde 2010, estudantes portadores de deficiência e neurodivergentes em sala de aula, realiza atendimento psicopedagógico e apoia os professores na execução das matérias, de forma a promover a diversidade e inclusão social.
Acessibilidade
A intérprete educacional e acompanhante pedagógica do Cerai, Jussara Medeiros do Santos, que trabalha há 12 anos com processos pedagógicos de inclusão social, afirma que palestra realizada este semestre pelo Cerai aproximou alunos e professores, com o aumento e tipos de demanda dirigida ao setor.
“Lidar com alunos, cada um com sua especificidade, saber comunicar de maneira assertiva, aplicar técnicas e recursos”, relata Jussara sobre a importância crescente do Cerai na Fumec.
Acolhimento
A Lupa Comunicação e Inclusão produz e divulga conteúdos diversos nas redes sociais, na perspectiva da experiência e com a participação dos alunos portadores de deficiência e neurodivergentes,
A estudante de Comunicação Social da Fumec, Gabriela Carmo (19), integrante da Lupa, explica que o projeto foi criado para “dar voz às pessoas que normalmente não são ouvidas”.
O aluno do curso de jornalismo, Guilherme Fontes, com síndrome de down, integra a agência e entrevistou a colega Safira Aimê durante o projeto. “É um prazer ver como ele já se sente mais livre dentro do nosso grupo. Muito bom poder mostrar para todas as pessoas o jornalista extraordinário que sabemos que o Guilherme tem potencial para se tornar”, afirma Gabriela.
O projeto de extensão também teve impacto significativo, para Guilherme, que se sente mais confiante e inspirado após sua participação. “Foi ótimo! Perdi um pouco da timidez e também vi que posso ajudar outras pessoas que, como eu, podem não se sentir com o direito de fazer uma faculdade ou realizar um sonho.”
Simone Santos: “Inclusão é o futuro da educação”
A inclusão de neurodivergentes na educação, especialmente no ambiente universitário,
tem se tornado um tema central nas discussões sobre acessibilidade e equidade. Compreender e acolher a diversidade neurológica vai além de oferecer suporte acadêmico, envolve criar espaços onde as diferenças sejam respeitadas e valorizadas, permitindo que alunos atípicos possam expressar todo o seu potencial. Apesar de avanços, ainda existem desafios significativos, como a adaptação curricular e a
sensibilização de professores e colegas para construir uma cultura realmente inclusiva.
Psicopedagoga com mais de 15 anos de atuação, Simone de Souza Santos desenvolve trabalho voltado para intervenções psicopedagógicas e formação de alunos, com especial atenção à inclusão de neurodivergentes. Ela discute a seguir a importância de práticas pedagógicas que reconheçam e atendam às necessidades dos neurodivergentes, enfatizando como a psicopedagogia desempenha um papel crucial nesse processo.”Com um bom acompanhamento, eles conseguem se desenvolver e se tornar tão capacitados quanto qualquer outro profissional”, afirma a psicopedagoga, em entrevista à agência Lupa Comunicação e Inclusão.
Lupa: Como você definiria o papel de uma psicopedagoga no contexto acadêmico, especialmente no acompanhamento de alunos neurodivergentes?
Simone Santos: É fundamental a importância e o apoio do profissional capacitado para o suporte ou desenvolvimento da aprendizagem da pessoa neurodivergente. O profissional psicopedagogo atua diretamente no acompanhamento, formação e suporte desse aluno.
Lupa: Quais são os principais desafios que os alunos neurodivergentes enfrentam no ambiente acadêmico, e como a psicopedagogia pode ajudar a superá-los?
S.S: Um dos principais desafios é a inclusão, sentir-se parte integrante do meio social e ter a capacidade de acompanhar o desenvolvimento. O psicopedagogo tem as ferramentas adequadas para ajudar a superar as limitações, tanto no que diz respeito a socialização quanto no que diz respeito a intervenções psicopedagógicas.
Lupa: Na sua experiência, como o diagnóstico psicopedagogo pode influenciar as estratégias de inclusão nas universidades?
S.S: A partir do momento em que se tem clareza do diagnóstico, fica mais fácil direcionar o acompanhamento para o atendimento das suas especificidades. Por exemplo, o aluno com TDAH vai ter um atendimento, o aluno com hiperatividade terá outro tipo de atendimento e o profissional tem as ferramentas para ajudá-los.
“É fundamental contar com profissionais capacitados para promover intervenções corretas, utilizando técnicas e materiais didáticos específicos”
Lupa: Quais adaptações você considera essenciais para garantir a inclusão de alunos com diferentes perfis de aprendizagem?
S.S: Em primeiro lugar, é necessário verificar se o ambiente de aprendizagem é apropriado e adaptado, de modo que o aluno consiga realizar suas atividades de forma tranquila. O espaço deve ser limpo, arejado e equipado com materiais adequados para os alunos neurodivergentes. Além disso, é fundamental contar com profissionais capacitados para promover as intervenções corretas, utilizando técnicas e materiais didáticos específicos.
Lupa: Como as universidades podem colaborar de maneira eficaz com os psicopedagogos e outros profissionais da área para promover um ambiente de aprendizagem inclusivo?
S.S: A partir de realizações de eventos que promovam a reflexão, a educação e a divulgação voltadas para a inclusão e, principalmente construindo um ambiente de conscientização, atingindo a sociedade como um todo.
Lupa: Você poderia compartilhar algum caso ou exemplo em que a intervenção psicopedagógica fez uma diferença significativa na vida de um estudante?
S.S: São vários exemplos, não há um em específico, pois são alunos que acompanho ao longo dos anos. O que percebo é que, com um bom acompanhamento, eles conseguem se desenvolver e se tornar tão capacitados quanto qualquer outro profissional. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito e as intervenções corretas forem aplicadas, maior será a chance de o aluno se desenvolver no nicho que ele escolher, tornando-se um profissional qualificado.
Lupa: O que você acredita que ainda falta ser feito nas políticas educacionais para garantir uma verdadeira inclusão de alunos neurodivergentes?
S.S: A questão da socialização como um todo, trazendo a sociedade para o meio acadêmico. Também proporcionar para esse aluno neurodivergente um ambiente adequado, para que ele possa se desenvolver em todas as suas potencialidades.
“Se a família for bem orientada, ela consegue dar esse suporte para o aluno, desenvolvendo tarefas e noções básicas, como, por exemplo, uma rotina apropriada”
Lupa: O diagnóstico descoberto mais cedo faz diferença no desenvolvimento dos alunos neurodivergentes em comparação com um diagnóstico recebido na fase adulta?
S.S: Sim, faz diferença porque uma vez descoberto até os 12 anos, o acompanhamento é feito de uma forma mais pontual, fazendo com que esse aluno descubra o que é necessário e importante ser trabalhado. Uma vez que ele já ficou adulto, é mais complicado trabalhar essas questões, o desenvolvimento não é tão amplo da forma que se espera como acontece na infância.
Lupa: Qual a importância do papel familiar no desempenho e desenvolvimento desses alunos neurodivergentes?
S.S: A família exerce um papel fundamental, uma vez que é a partir da mesma que ele tem todo um apoio. Se a família for bem orientada, ela consegue dar esse suporte para o aluno, desenvolvendo tarefas e noções básicas, como, por exemplo, uma rotina apropriada para que o aluno seja capaz de lidar com essa neurodivergência.
Lupa: Você acredita que o acompanhamento psicopedagógico deve ser contínuo durante a vida acadêmica ou pode ser algo pontual?
S.S: Uma vez que o diagnóstico é identificado desde a idade tenra, o aluno consegue se autorregular, não é necessário um acompanhamento durante toda a vida, porém, em alguns momentos pontuais ele vai querer à ajuda profissional. No entanto, se já tiver recebido acompanhamento ao longo da vida, será mais fácil para ele se autorregular, disciplinar-se e trabalhar por conta própria as questões que surgirem.
“A tecnologia contribui na pesquisa e com recursos pedagógicos
que estimulam o cérebro a trabalhar de forma integrada“
Lupa: Qual a importância de um diagnóstico correto e como ele influencia as estratégias de intervenção e o sucesso dos alunos no ambiente escolar e universitário?
S.S: Uma vez que o diagnóstico é claro, o aluno deve ser acompanhado pelos profissionais adequados. Não se trata apenas do acompanhamento psicopedagógico, ele também precisa do apoio dos professores, familiares e deve passar por consultas com neurologista e clínico. Às vezes, é necessária a intervenção de um psicólogo. É todo um processo. Com esse acompanhamento feito de forma correta, o aluno se desenvolve ao longo do tempo e alcança sucesso na vida acadêmica.
Lupa: De que forma a tecnologia e as inovações na psicopedagogia podem auxiliar na inclusão e desenvolvimento de alunos neurodivergentes?
S.S: A tecnologia veio para nos ajudar, permitindo que o aluno tenha acesso ao conhecimento por conta própria, já que a mesma oferece uma ampla gama de informações. A tecnologia tem contribuído significativamente, tanto em termos de pesquisa quanto no desenvolvimento de ferramentas para trabalhar com esses alunos. Além disso, ela nos auxilia com recursos pedagógicos, como jogos e atividades interativas, que estimulam o cérebro a trabalhar de forma integrada.
Lupa: Quais orientações você daria para professores de escolas e faculdades que lidam com alunos neurodivergentes?
S.S: Algumas dicas e possibilidades para ajudar no trabalho com neurodivergentes incluem o estabelecimento de rotinas claras, para que o aluno consiga se desenvolver ao longo de sua atividade de aprendizagem. Também é importante fazer combinados e usar lembretes, além de utilizar recursos pedagógicos como jogos (quebra-cabeça, memória). Para trabalhar a socialização em grupo, pode-se criar um “cantinho da raiva”, onde o aluno pode ser direcionado caso fique muito agitado, escolhendo uma atividade que o acalme. Essas são sugestões que ajudam a lidar com esses alunos em sala de aula. No caso das famílias, organizar um quadro de rotinas, onde o indivíduo possa visualizar previamente o que terá que fazer no dia, é uma boa estratégia.
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O Palácio das Artes reflete a rica cultura mineira com teatros, salas de exposições, sala de cinema e livrarias. Descubra mais sobre o Palácio na matéria completa no Jornal O Ponto.
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Conceição Evaristo, escritora imortalizada pela Academia Mineira de Letras, cresceu no Pindura Saia, comunidade que ocupava a região do bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte. Saiba mais na matéria completa do Jornal O Ponto.
Saiba mais: Mês da Consciência Negra com dupla comemoração
Projeto Melânico celebra diversidade da cultura negra
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Pedestres e motoristas que utilizam o cruzamento entre as ruas Albita e Vitório Marçola como rota para chegar à Universidade Fumec. Leia a matéria completa no Jornal O Ponto.
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Por Isabella Ferreira
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado no dia 20 de novembro. Em 2024, pela primeira vez a data que marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares é feriado nacional e traz uma reflexão sobre a luta incansável das pessoas negras contra o racismo e a discriminação, ressaltando também a influência africana na cultura brasileira.
Na Fumec, a partir desta segunda-feira, 18, o Projeto Melânico convida a comunidade acadêmica a refletir e celebrar a história, arte e identidade negra. Ao longo da semana, atividades culturais, oficinas, mostra de curtas e debates importantes vão destacar o compromisso da Fumec com a inclusão e a diversidade.
Zumbi dos Palmares atuou na luta pela resistência e liberdade do povo negro no período colonial. No Brasil, a data era comemorada desde 2011, contudo, foi apenas em dezembro de 2023 que o presidente Lula sancionou o projeto do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) para que este dia se tornasse, de fato, um feriado, que deu origem a Lei n° 14.759/2023.
Projeto Melânico
A maioria da população brasileira é formada por pessoas negras: 56%, segundo dados atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a auto declaração é apenas um passo em direção à Consciência Negra. É preciso muito mais, principalmente no Brasil, um país em que o racismo está enraizado.
É importante ressaltar que a luta contra o racismo não é uma responsabilidade exclusiva das pessoas negras, e sim de toda a sociedade. A Consciência Negra reforça a importância da solidariedade e da união antirracista. Nesse contexto, a iniciativa do Projeto Melânico tem como objetivo principal reafirmar o compromisso com a luta contra o racismo, fortalecendo a conscientização e o engajamento da comunidade acadêmica e da sociedade em geral para as questões raciais.
A professora dos cursos de Engenharia e Arquitetura e coordenadora do projeto, Renata Silvino, relata que a ideia de criar o projeto sempre esteve presente, mas foi com o amadurecimento pessoal e uma busca constante por letramento racial que ele ganhou forma. “A concretização do projeto veio especialmente com o crescente número de alunos negros na instituição e com a minha percepção de que, mais do que nunca, havia a necessidade de criar um espaço de apoio e reflexão sobre nossas realidades.”
O evento foi inserido no calendário acadêmico, graças ao apoio fundamental da Extensão, representada pelas professoras Adriana Borges, coordenadora geral da Universidade e da unidade FEA; Andrea de Campos Vasconcellos, coordenadora da FCH; e Edilamar Pereira Amaral Esteves, coordenadora da FACE. O apoio institucional garante a continuidade e o fortalecimento do evento, ampliando seu impacto na comunidade universitária e garantindo sua relevância nas próximas edições.
Foto: Arquivo pessoal
A professora afirma que o projeto foi inspirado pelo legado de Conceição Evaristo, escritora e poetisa nascida na antiga favela ‘Pindura Saia’, localizada nos arredores da Universidade. A comunidade foi extinta pelo processo de gentrificação, que resultou na remoção de seus moradores.
Conceição, é membro da Academia Mineira de Letras e simboliza seu vínculo com o lugar, ao mencionar que seu umbigo e os de seus irmãos foram enterrados na Rua Albita, é conhecida por obras que retratam a experiência da mulher negra e a resistência cultural,. “Imaginem o quanto é significativo para a comunidade acadêmica conhecer essa história. É um conhecimento enriquecedor, que nos conecta com nossas raízes e com as lutas que moldaram a sociedade que vivemos hoje”, destaca a coordenadora do projeto.
Os alunos de diversos cursos da Universidade Fumec também estão envolvidos no desenvolvimento dos eventos. Eles são o principal apoio nas atividades, comprometem-se, opinam e ajudam a direcionar as ações. Renata acredita que é muito importante a formação de um grupo de discussão, troca e apoio contínuo dentro da Universidade, o que fortalece ainda mais a rede de colaboração.
Foto: Adriana Borges
Foto: Adriana Borges
A professora espera que o projeto tenha um impacto significativo tanto para a comunidade acadêmica quanto para a sociedade em geral. Embora a temática abordada já tenha sido discutida em algumas unidades da Universidade, nunca foi tratada de maneira tão abrangente, reunindo toda a comunidade acadêmica em torno de uma reflexão sobre questões de cultura negra, diversidade e antirracismo. As três unidades da Universidade que contribuíram para a construção do projeto garantem uma visibilidade inédita.
“Acredito que o evento pode contribuir para um ambiente mais inclusivo e consciente. Para a sociedade em geral, o impacto também será importante, pois além de sensibilizar e educar, o evento contribui para a valorização da cultura afro-brasileira e reforça a necessidade de práticas antirracistas no cotidiano. Esperamos que essa visibilidade amplificada gere discussões mais profundas e construa um legado de mudança tanto dentro da universidade quanto fora dela”, ressalta a professora.
Celebrando a cultura afro-brasileira
A programação do dia 18 inclui a apresentação do curta ‘Impermeável Pavio Curto’ (2018), com a presença do diretor Higor Gomes e os produtores Cristiano Soares, Daniel Lugão, Gabriel Afonso e Luiz Gustavo Guimarães. A sessão será realizada no período da manhã e da noite, no Auditório FEA. Durante o intervalo noturno, no espaço de convivência, Danças Africanas e Urbanas e DJs se apresentam, ao som de músicas de origem negra, lideradas por Rian Filipi e equipe.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA
A programação foi construída de forma colaborativa e intuitiva por todos os participantes do projeto. A acessibilidade, um aspecto fundamental da diversidade e da representatividade, foi planejada para a mesa redonda, que propõe um debate aprofundado e reflexivo. Para garantir a inclusão, terá intérprete de Libras e os participantes foram orientados a realizar uma breve descrição de sua aparência física, facilitando a interação e a identificação para pessoas com deficiência visual.
Com a realização de ações de visibilidade, conscientização e inclusão, a Universidade Fumec reforça seu compromisso com a diversidade e a justiça social, preparando os alunos para serem agentes de transformação em uma sociedade mais igualitária.
Ao abraçar o dia da Consciência Negra não apenas como um evento anual, mas como um compromisso diário, é possível criar um país onde a justiça, a igualdade e o respeito são acessíveis a todos, independentemente de sua origem étnica. Renata ressalta que “é fundamental manter a questão racial presente na Universidade, pois só assim conseguimos internalizá-la e transformá-la em parte da cultura acadêmica”.
A coordenadora do projeto pretende expandir o projeto, incluindo a criação do Grupo Melânico, composto principalmente por alunos, mas também funcionários e professores que participaram da construção do evento e por aqueles que se unirem ao grupo após conhecerem a proposta. O grupo será uma oportunidade para aprofundar as discussões sobre questões raciais de maneira mais próxima e contínua, promovendo trocas de experiências, estudos voltados para o letramento racial e a participação de egressos e profissionais negros, que poderão contribuir com suas vivências e saberes. O Grupo Melânico será lançado na quinta-feira, último dia do evento.
Dicas para o feriado
O Conecta selecionou uma lista de filmes e séries para conscientização e conhecimento sobre a luta da comunidade negra de forma envolvente e didática. Confira a seguir.
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A Casa Rosa é muito mais que uma joia arquitetônica. Combina padaria, cafeteria, além de um novo serviço de almoço executivo. Confira a matéria completa no Jornal O Ponto.
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Por Maria Júlia Coelho
Com a oferta de 13 oficinas semanais gratuitas, que abrangem áreas como música, dança, teatro, esportes e capacitação técnica. Confira na matéria completa no Jornal O Ponto.
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Anna Sophia Buitrago, Clauanny Rodrigues, Isabella Ferreira e Lara Reis
Uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil está entre os países com os maiores índices de agressão contra professores, posição que se mantém estável nos últimos anos. Segundo o estudo, 12,5% dos professores relataram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana, seguido por Estônia (11%) e Austrália (9,7%).
Entre janeiro e setembro de 2023, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos registrou 9.530 denúncias pelo Disque 100, um aumento de cerca de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 6,3 mil denúncias. Cada denúncia pode conter inúmeras violações de direitos e os dados de 2023 revelam que mais de 50 mil violações foram recebidas e encaminhadas a órgãos competentes.
De acordo com o Painel de Dados do Disque 100, as denúncias aconteceram em berçários, creches e instituições de ensino, com mais ocorrência nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Desafios
A psicopedagoga e professora da escola pública na cidade mineira de Barão de Cocais, Emiliana Cabral, relata ter sido vítima de agressão verbal no ambiente escolar e destaca os desafios envolvidos. “A agressão gera um impacto emocional na vida do professor, é muito frustrante e desmotivador.” A professora também aponta formas de lidar com situações de violência. “Mas o importante é que a gente mantenha a calma, buscando compreender o contexto e buscar soluções que não aumentem o conflito”, destaca.
A professora ainda conta que manter a estabilidade emocional não é simples. “Esse posicionamento que eu tenho hoje foi graças à terapia e muito autoconhecimento, porque não é fácil. Acredito que todos os professores deveriam ter esse direito, para que a gente não trabalhe tão frustrado, aprenda a se regular emocionalmente, então é uma dica que eu deixo para os colegas.”
A psicopedagoga observa uma diminuição dos casos de violência na escola em que trabalha, porém, agressões como bullying ainda acontecem. “Atualmente, estou tranquila em relação a isso. Alguns anos atrás era bem diferente. Eu não tenho casos atuais de agressão verbal comigo, no momento. Mas vejo que acontece, sim, com alguns colegas de profissão.”
A escola, segundo a professora, busca identificar problemas cedo, adotando ações preventivas e interventivas para reduzir esses comportamentos. Ela observa: “Os alunos vêm com uma intolerância e imediatismo muito grande, querendo que as coisas sejam resolvidas rapidamente, do jeito que cada um quer que seja. É muito difícil, no coletivo, a gente conseguir solucionar o problema pessoal de cada um”.
Professora de uma escola particular em Belo Horizonte, Lucy Bastos conta que casos de violência verbal são constantes entre adolescentes e pré-adolescentes. “Eu não me assusto com as cenas de agressividade de aluno, isso é natural. Precisamos saber agir com maturidade emocional para contornar essa agressividade, mostrando ao aluno que aquilo não foi legal e não pode se repetir”, explica.
A instituição tem adotado medidas, como, no mês de outubro, quando os alunos do ensino fundamental e médio receberam visita de um delegado de polícia e de uma advogada para “conversar sobre violência, agressão, bullying e cyberbullying”. Nos casos de agressão comprovada, a escola convoca a família do aluno. “Se a agressão for física, o aluno fica suspenso da aula até os pais comparecerem à escola e assinarem um termo de compromisso”, acrescenta a professora.
Ela comenta sobre a necessária ação da escola diante dos impactos no ambiente escolar. “Essas situações de violência geram desconforto tanto nos professores, quanto na turma, porque os alunos que não são habituados a cenas de agressividade ficam muito impactados. Por isso, agimos rapidamente para impedir que essa coisa toda cresça.”
Mudança
Pais e professores questionam as causas das agressões escolares. A psicóloga Letícia Pereira destaca que o comportamento violento é uma resposta aprendida. “O aluno não sente uma vontade de fazer a violência, mas sim emite esse comportamento em função das consequências que ele tem aprendido a obter com essas ações. Então isso pode ser reforçado por ganhos imediatos, como a atenção de outros”, analisa a psicóloga.
Segundo a psicóloga, um histórico de reforçadores e punição pode influenciar esse tipo de comportamento. “Geralmente, a pessoa que pratica bullying é porque sofre com problemas internos e não sabe lidar com eles. Então, ela vai depositando na outra pessoa. É a forma dela se sentir bem, sabe?”.
Ela observa ainda que os pais ou responsáveis exercem forte influência no comportamento dos alunos. “Se os pais reforçam, direta ou indiretamente, comportamentos agressivos, seja por meio de violência física ou verbal, dentro de casa, essas respostas podem se manter e generalizar outros contextos, como a escola”, explica a profissional.
A psicóloga sugere formas de prevenir e diminuir os comportamentos agressivos. “É importante que a escola adote um sistema claro de consequências que seja aplicado de forma consistente. Comportamentos violentos devem ser seguidos de consequências que desestimulem a repetição, como a perda de privilégios ou a necessidade de reparação do dano”, orienta.
Segundo ela, os professores podem atuar como agentes de mudança, reforçando positivamente comportamentos de respeito e cooperação em sala de aula. “Programas de manejo, comportamental e a participação de equipes multidisciplinares são muito importantes. Psicólogos ou educadores também são essenciais para modificar e promover o ambiente”, conclui.
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Por Amanda Pereira, Ana Guedes,Maria Hortênsia e Stacy Nalini
O bairro São Francisco, localizado nas proximidades da região da Pampulha, enfrenta crise na coleta de lixo e na infraestrutura local. A remoção de diversas lixeiras forçou os moradores a descartarem seus resíduos em locais públicos, criando um cenário preocupante que afeta tanto o bem-estar urbano, quanto à saúde ambiental da região.
A situação na região apresenta preocupantes sinais de deterioração. Nas ruas, é comum encontrar animais, como cães e gatos, além de pessoas em situação de rua que, frequentemente, reviram os sacos de lixo expostos. Esse cenário resulta em um ambiente desordenado e insalubre, caracterizado pelo acúmulo de resíduos.
Gestão
O forte odor gerado pelos resíduos não é o único problema. Em dias de chuva intensa, a falta de adequada gestão de lixo pode levar a alagamentos, agravando a situação já precária da infraestrutura local. Essa realidade afeta tanto a qualidade de vida dos moradores, quanto a percepção do bairro como um todo.
Moradores já tentaram entrar em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e autoridades para buscar soluções para a crise, mas até o momento não obtiveram sucesso. Eles continuam procurando ajuda das instituições responsáveis para que ações efetivas sejam tomadas para restaurar a limpeza de sua comunidade, como explica a estudante de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e residente do bairro, Caroline Alves.
Ela afirma que a coleta de lixo acontece três vezes por semana, mas um dos principais problemas é a falta de horário fixo. “Em alguns dias, o caminhão de lixo passa por volta das 9 horas e em outros pode aparecer só lá pelas 13 horas.” A estudante comenta que a falta de horário afeta a comunidade pois “durante esse tempo, o lixo fica exposto na rua e, muitas vezes, cachorros ou moradores de rua acabam rasgando os sacos e espalhando tudo”.
Além disso, Caroline argumenta que não há lixeiras na calçada, obrigando os moradores a deixarem seus sacos de lixo no chão, poluindo ainda mais a rua. “Para piorar, o intervalo de sexta até segunda também, porque precisamos armazenar o lixo dentro de casa durante todo o fim de semana, o que atrai insetos e deixa o ambiente com um cheiro bem desagradável.” A estudante cita medidas que deveriam ser tomadas. “Seria ideal ter coleta todos os dias, mas sabemos que falta investimento do governo para isso.”
Meio ambiente
A especialista em Arquitetura e Urbanismo formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Ana Flávia Fonseca, pontua que o problema da disposição inadequada do lixo não se limita ao bairro São Francisco, na capital mineira. “A presença constante de resíduos sólidos é significativa em diversas cidades brasileiras.”
Ela informa que o descarte incorreto do lixo pode causar diversos danos à saúde pública e ao meio ambiente, entre eles a contaminação do solo, da água e do ar, o surgimento de criadouros de mosquitos transmissores de doenças, a obstrução do escoamento de água pluviais, causando enchentes e danos às estruturas urbanas, além do impacto visual, que colabora para a desvalorização dos bairros e cidades. “O problema gerado pelo descarte inapropriado de lixo no bairro está na inadequação de instrumentos e formas de coleta por parte do governo da cidade.”
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Por Isabel Lopes Reis
As eleições de 2024 em Belo Horizonte refletem um fenômeno comum em democracias polarizadas: o voto útil. Com Fuad Noman (PSD) e Bruno Engler (PL) liderando a corrida eleitoral, muitos eleitores adotaram essa estratégia, votando no candidato com maior chance de vitória para evitar a fragmentação no segundo turno.
Dados das pesquisas Quaest e Datafolha mostram que o comportamento eleitoral em BH é fortemente influenciado por essa movimentação estratégica, marcada pela polarização e desgaste de adversários em uma campanha de tom acirrado.
A polarização entre candidatos com visões políticas antagônicas, presente em eleições anteriores no Brasil, impulsiona o voto útil. Em Belo Horizonte, enquanto Fuad Noman mirou em atrair eleitores de Duda Salabert e Rogério Correia, Bruno Engler enfrentou maior resistência entre eleitores de centro, devido ao seu perfil conservador.
O fenômeno do voto útil em BH levanta questionamentos sobre o futuro da representatividade política, não só na capital mineira, mas em outras regiões. A prática exige reflexão sobre os limites e benefícios das alianças centradas na rejeição de extremos, promovendo um debate sobre o papel das redes sociais e da educação política na formação de uma democracia mais sólida e participativa.
Pragmatismo ou ameaça à pluralidade?
O cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, em entrevista à Agência Câmara, explica que as pesquisas eleitorais orientam eleitores a escolher candidatos com maior viabilidade de vencer, seja para evitar a vitória de adversários com alta rejeição, ou para apoiar o “cavalo vencedor”. Monteiro rejeita o estereótipo de que os brasileiros votam apenas no mais popular, afirmando que 95% dos eleitores mantêm suas escolhas iniciais, mesmo em cenários de pressão pelo voto útil.
Para o designer Philippe Albuquerque, que atua em campanhas eleitorais desde 2016 e defendeu o voto útil no candidato Fuad Noman como uma alternativa menos extrema, essa prática é uma reação temporária ao crescimento de discursos extremistas. Ele destaca que alianças amplas para isolar candidatos de perfil radical são comuns em democracias, mas alerta que essa estratégia pode limitar a diversidade política ao restringir as opções do eleitor. Segundo Albuquerque, o voto útil é uma solução de curto prazo para proteger o sistema democrático, mas não substitui a importância de uma base política sólida.
Abstenção
Já o cientista político e assessor legislativo Lucas Chelala considera o voto útil uma solução emergencial, o “último recurso” usado quando não há alternativas viáveis. Chelala argumenta que uma oposição ao extremismo precisa de trabalho de base, organização política e fidelização dos eleitores, além de uma educação política estruturada — elementos que, segundo ele, muitos partidos evitam implementar.
Chelala chama atenção para o alto índice de abstenção nas últimas eleições, superando até mesmo o número de votos do segundo colocado, o que reflete a frustração dos eleitores que não se viram representados nas opções disponíveis. Esse cenário, para ele, aponta uma carência de envolvimento dos partidos com o eleitorado e reforça a necessidade de repensar como o sistema político pode se tornar mais inclusivo e representativo.
Na entrevista a seguir, ele destaca a necessidade de regulamentação das redes sociais que interferem cada vez mais no processo de disputa eleitoral e representação política.
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Por Ariany Luciana, Mariana Neri, Vinicius Lacerda e Yasmin Daldegan
Estudantes do curso de comunicação social da Universidade Fumec arrecadaram roupas para jovens de baixa renda, com o objetivo de elevar a autoestima e promover a expressão pessoal. A ação, coordenada por Ariany Luciana, Mariana Neri, Vinicius Lacerda e Yasmin Daldegan, faz parte do projeto “Closet Solidário”, que tem ponto de coleta nas faculdades integrantes da universidade. O projeto iniciado em outubro deste ano busca conectar a moda sustentável com o voluntariado, promovendo a inclusão social e o empoderamento pessoal.
A iniciativa não só oferece roupas, mas também a oportunidade para os jovens desenvolverem um estilo próprio, melhorando sua autoconfiança. De acordo com os organizadores, o objetivo é criar uma rede de solidariedade através das doações e estimular o sentimento de pertencimento e autoestima. Neste mês, as roupas arrecadadas serão separadas e criados os “outfits”, ou composição das peças de roupa para cada jovem.
Closet Solidário
Segundo Vinicius Lacerda, a ação não se limita a doar roupas. “Queremos criar uma experiência, onde as pessoas possam encontrar peças que as façam sentir-se bem e confiantes”, comenta. O Closet Solidário atende cerca de 80 jovens, com idade de 15 a 25 anos, em parceria com a ONG Projeto Favelas do Nova Cachoeirinha, e seguirá ampliando as parcerias.
O público-alvo do projeto são jovens de comunidades carentes e a campanha é amplamente divulgada nas redes sociais. De acordo com Yasmin Daldegan, as redes são essenciais para engajar novos doadores e voluntários. “Nós acreditamos que a participação da comunidade é fundamental. Queremos que as pessoas se sintam parte dessa corrente de solidariedade”, ressalta Yasmin.
Atualmente, o perfil do Closet Solidário no Instagram é focado em divulgar a campanha e abranger o público para que mais pessoas doem e façam parte dessa ação solidária. Os representantes do projeto afirmam que, embora ainda enfrentem desafios, como a falta de recursos, o impacto nas vidas das pessoas é recompensador. “A maior dificuldade é manter um fluxo constante de doações, mas a recompensa está em ver a felicidade de quem recebe as peças”, conclui Mariana.
Ascodes
Parceira da primeira edição do “Closet Solidário”, a organização não governamental Favelas do Nova Cachoeirinha (Ascodes) promove doações e realiza oficinas, desde 2021, com a missão da da inclusão social. “O nosso objetivo é dar oportunidades para jovens e crianças de periferia, mostrando que há muitas lá fora”, diz Leonardo Fernandes, integrante do projeto.
A ideia surgiu da necessidade de democratizar o acesso à moda, especialmente em comunidades onde jovens têm poucas oportunidades de adquirir peças que valorizem sua expressão pessoal. “Percebemos que a moda pode ser uma ferramenta de empoderamento, permitindo que as pessoas se sintam mais confiantes e autênticas”, afirma Ariany Luciana, uma das organizadoras do projeto.
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Por Melissa Monteiro
Pela sexta vez, o Brasil celebrou sua excepcionalidade no cenário mundial de futsal, ao conquistar mais um título da Copa do Mundo, reafirmando sua tradição no esporte e o talento dos atletas brasileiros. O hexa pode não ter sido conquistado pelo futebol, mas sim pelo futsal, futebol adaptado para a prática em uma quadra esportiva, por times de cinco jogadores.
Mesmo com essa recente conquista de peso, o futsal brasileiro ainda sofre com a falta de valorização e investimento. Diferente do futebol de campo que movimenta cifras, atrai grandes patrocínios e tem ampla cobertura midiática, o futsal continua à margem dos holofotes. Os campeonatos nacionais recebem pouca visibilidade e muitos jogadores enfrentam dificuldades para alcançar condições financeiras adequadas.
O goleiro do time Passos Futsal, Henrique Augusto de Oliveira, comenta que “no futebol o retorno lucrativo é muito maior do que no futsal, por ter mais visibilidade e audiência na televisão”, ao contrário do que ocorre com a cobertura midiática do futsal. “O investimento e a popularidade são bem menores, uma das coisas que poderiam mudar isso seria mais times de camisa do futebol investir em time de futsal. Hoje apenas o Corinthians tem um time que joga a liga nacional, já tivemos Atlético Mineiro campeão, já tivemos o Santos também campeão.”
Esse cenário de desvalorização não condiz com o talento que o Brasil tem mostrado. A formação de craques no salão é um processo que dura anos e muitos dos grandes nomes do futebol de campo, como Ronaldinho Gaúcho e Neymar, deram seus primeiros passos justamente nas quadras de futsal. O atleta Miguel Otávio de Oliveira, de 18 anos, joga futebol de campo hoje em dia, mas iniciou, como grandes nomes, no futsal.
Em entrevista ao Conecta, o jogador fala sobre sua trajetória profissional e as dificuldades em permanecer na modalidade e reconhece o aprendizado técnico e cognitivo obtido nas quadras de futsal. “Gratidão. Devo muito ao futsal, por tudo que já me proporcionou na vida.”
A conquista da Copa do Mundo de Futsal deveria ser um ponto de virada para que o esporte ganhasse mais espaço no cenário esportivo nacional. Além da falta de visibilidade midiática, Israel Silva Junior, conhecido como Juninho, é treinador de futsal e garante que a maior dificuldade que tem na profissão é estrutural, comprometendo a visibilidade e reconhecimento dos atletas da modalidade, o que leva novos talentos do futsal ao futebol de campo.
“O salário do futsal deixa sim a desejar um pouco, hoje em dia tem muitos jogadores que optam pelo extraoficial do que pelo profissional e, por esse motivo, às vezes no extra conseguimos ganhar mais em cinco, seis jogos no mês, do que ganharíamos em um mês de salário como profissional”, afirma Henrique Augusto, ponderando quanto a sua experiência profissional. “As condições de trabalho nos lugares em que jogou até hoje foram ótimas, nunca tive do que reclamar.”
Saiba mais:
Veja todos os campeões da Copa do Mundo de Futsal na história
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Imagem: Santa Casa BH
Isabella Ferreira
Fundada em 1899, a Santa Casa BH, primeira instituição de saúde de Belo Horizonte e maior complexo hospitalar de saúde de Minas Gerais, tem implementado processos, dispositivos, softwares e inteligências artificiais no trabalho de suas equipes, gerando um ecossistema de inovação em amplo desenvolvimento. Com mais de 125 anos de história, a instituição é referência em assistência à saúde, principalmente nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, a Santa Casa BH Hospital de Alta Complexidade 100% SUS já realizou 32.487 internações, 12.369 cirurgias, 80.906 tratamentos e 2.094.836 exames.
A utilização da ferramenta NoHarm.ai pela Farmácia Clínica fez com que o setor reduzisse mais de um milhão de reais nos custos, no intervalo de dois anos. O software permitiu otimizar os processos, garantindo mais segurança na terapia medicamentosa. O processo impactou positivamente mais de 28 mil vidas, de janeiro a agosto de 2023, criando um atendimento seguro e individualizado.
Outra inovação o Escritório de Gestão de Altas (EGA), o único de um hospital 100% SUS em Minas Gerais. O projeto piloto foi implementado na Nefrologia e, em apenas cinco meses, gerou uma economia de mais de R$280 mil. Além disso, reduziu a média de permanência de internação de nove para seis dias, o que resultou em 1.150 novas internações, somente nesse serviço. Com um giro de leitos mais eficiente, a Santa Casa BH consegue atender um número maior de pacientes.
O complexo hospitalar é referência em especialidades como cirurgia cardíaca, neurocirurgia, oncologia, nefrologia, partos de alto risco e transplantes. Possui dez unidades divididas nos eixos de “Assistência à saúde”, “Ensino, Pesquisa e Inovação” e “Assistência Social”. Atendendo todas as faixas etárias e classes sociais, realiza mais de 3,4 milhões de atendimentos anualmente.
A Santa Casa BH está desenvolvendo produção audiovisual em colaboração com a Produtora Nós, projeto experimental dos alunos do 8º período do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Fumec, visando destacar as inovações da instituição.
desenvolvimento da instituição
Infográfico: Isabella Ferreira – Conecta
Alta complexidade
A implementação de inovações nos setores de alta complexidade reduz custos e busca garantir excelência nos cuidados e melhoria no fluxo de trabalho dos colaboradores. “Temos uma inteligência artificial com foco na farmácia, já economizamos mais de um milhão e meio de reais desde que ela começou. Isso é muito relevante para a gente, temos expandido a parte da inovação cada vez mais, além de toda a parte de tecnologia que estamos sempre ligados”, relata a Superintendente de Relações Institucionais do Grupo Santa Casa, Raquel Ratton.
A representante ainda aponta os desafios enfrentados para aplicar as novas tecnologias. “Por ter o subfinanciamento do SUS, o complexo hospitalar possui um custo bem alto. A ideia é desenvolver internamente aplicativos e parcerias que possam ajudar na redução de custos de equipamentos para saúde. A instituição busca comprar e trocar os equipamentos por meio da capacitação de recursos, seja por emenda parlamentar, projetos incentivados ou outras fontes de recursos.”
A instituição investe em diversos programas para humanizar o atendimento, com o intuito de tornar a experiência dos pacientes mais agradável. A Superintendente de Relações Institucionais, Raquel Ratton, destaca os principais projetos desenvolvidos pela instituição e aponta também os valores fundamentais que prevalecem na assistência à população.
Produtora Nós
A Produtora Nós, projeto experimental dos alunos do 8º período do curso de Comunicação Social, Publicidade e Propaganda da Universidade Fumec, está desenvolvendo produção audiovisual, em colaboração com a Santa Casa BH, visando destacar a importância histórica e as inovações do complexo hospitalar.
A Presidente e CEO da Produtora Nós, Julia Fernandes, explica o objetivo da minissérie. “Buscamos usar uma narrativa emocional e empolgante através da produção, que busca criar uma conexão com o público, mostrando esse impacto positivo da instituição na vida dos pacientes e na comunidade como um todo.”
A presidente da produtora conta que os episódios irão destacar uma jornada de superação e excelência dos serviços oferecidos, levando em conta a inovação e aspectos ao longo da história do personagem. “Os personagens vão ser pacientes que tiveram suas vidas totalmente impactadas pelos cuidados da Santa Casa BH e médicos que lideraram tratamentos inovadores e equipes que se dedicam a manter a instituição como um centro de referência”. Serão utilizados storytelling e depoimentos emocionantes dos pacientes e profissionais. “O foco nessas inovações que a instituição apresenta, muitas vezes as pessoas não sabem que o SUS tem inovação, tecnologia e conhecimento pra caramba.”
Raquel Ratton comenta sobre as expectativas quanto ao resultado da parceria com o projeto experimental. “Eu acho que o grupo, a produtora, é muito engajado, muito envolvido, estou com uma expectativa que eles consigam apurar histórias bem emocionantes e bem impactantes, que mostrem para a sociedade talvez algo que eles não saibam sobre a Santa Casa BH.”
A produtora busca sensibilizar o público, principalmente a comunidade mineira e potenciais doadores, para envolvê-los na história e impacto social da instituição. “A minissérie também vai ter o propósito de mostrar a Santa Casa como uma oportunidade de investimento social. Como ela é tão fundamental para a sociedade mineira, um dos pilares da saúde mineira. Mostrar como ela é um investimento social, tanto na área de inovação, quanto na área de conhecimento, tanto na área de saúde em si e como uma referência mesmo”, relata a presidente da produtora.
Saiba mais:
Produtora Nós propõe conectar e transformar histórias
Produtoras apresentam projetos experimentais
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O jornalista e professor da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH), da Universidade FUMEC, doutor e mestre em Ciências Sociais , Aurelio Silva lança, no dia 08 de novembro de 2024, pela editora Appris, o livro Decoro nas Redes Sociais: um estudo sobre comportamento no Facebook. A obra, uma adaptação da tese doutoral defendida na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), traz como novidade a compreensão do decoro na sociedade contemporânea, no campo das Ciências Sociais, apoiado nos aspectos morais e éticos que são fundamentais para compreender as interações sociais, o respeito mútuo e a forma como uma sociedade passa a ver o mundo, compreender e racionalizar as regras, normas e comportamentos sociais.
Aurelio Silva jornalista e professor da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH), da Universidade FUMEC, doutor e mestre em Ciências Sociais
Nessa obra, o autor convida o leitor a um exercício intelectual para correlacionar os aspectos nas redes sociais na contemporaneidade, a comunicação intermediada pela tecnologia e, ao mesmo tempo, os costumes da vida cotidiana construídos coletivamente. “Quando iniciei a pesquisa, o Facebook era, e ainda é, uma das maiores redes sociais na Internet. Mas a questão do decoro e do comportamento do internauta, independentemente da rede social utilizada como exemplo, pode ser observada da mesma forma em todas as plataformas de interação social”, explica o autor.
Para enfrentar esse desafio de aproximação do decoro no campo das Ciências Sociais, a solução encontrada pelo pesquisador foi analisar os sentidos do decoro e sua influência na relação entre indivíduo e sociedade nos estudos de dois expoentes da sociologia contemporânea: Norbert Elias — que se dedicou aos costumes e como as vidas das pessoas foram moldadas pelas figurações sociais — e Erving Goffman — estudioso das ocasiões, ou seja, das pessoas em rituais de interação.
Dois casos, com ampla repercussão no Facebook, são analisados nesta obra. O primeiro, retrata a abordagem de um policial a um transeunte em uma rua no bairro Recanto das Emas, em Brasília, Distrito Federal. O segundo. repercute a ação depredatória a uma estátua de Iemanjá na praia de Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, Santa Catarina.
Serviço
Evento: Lançamento do livro Decoro na Rede Social
Dia: 08/10/2024
Horário: 19h30 às 21h
Local: CASA HÍBRIDO CULTURA LTDA
Endereço: Rua Aquiles Lobo, 79, Floresta, Belo Horizonte
Horário: 19h30 às 21h
Mais informações: (31) 98453-2941
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Por Ana Luiza Gustaferro
Nesta segunda-feira, 4, o Centro de Referência em Acolhimento e Inclusão (Cerai) convida a comunidade acadêmica para a Roda de Conversa, espaço de acolhimento e expressão guiado pela metodologia da Terapia Comunitária Integrativa (TCI). A proposta é criar um ambiente inclusivo onde os participantes possam compartilhar suas inquietações e histórias com uma escuta de respeito e empatia.
A roda será conduzida pelo professor e terapeuta, Juliano Azevedo, que traz a TCI como base para a conversa. A metodologia estimula a auto compreensão e o acolhimento mútuo, abrindo espaço para que as experiências partilhadas fortaleçam a resiliência de todos. Dessa forma, em conjunto, o grupo se apoia e se sente acolhido pelas vivências e sentimentos compartilhados, desenvolvendo o cuidado coletivo.
Terapia Comunitária Integrativa
A iniciativa do projeto surgiu da necessidade de oferecer aos alunos e colaboradores da Fumec um espaço onde todos possam falar e serem ouvidos. “O objetivo dessa roda é que os participantes possam perceber que, quando você coloca uma inquietação para fora, outras pessoas que também não falaram nada, percebem que elas também têm as mesmas inquietações e que, juntos, é possível ter uma solução” explica o idealizador do movimento. Sendo assim, os integrantes da roda compreendem que suas dificuldades e percepções não são vivências únicas, o que gera uma sensação de pertencimento e apoio comunitário.
A TCI, abordagem utilizada, foi desenvolvida pelo professor e psiquiatra cearense Adalberto Barreto e é uma prática reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) , aplicada em centros de saúde como uma das Práticas Integrativas e Complementares (PICS). O cearense defende que “cada um é doutor de sua história” e, ao compartilhar bagagens de vida e sensações, em um ambiente sem julgamentos. com escuta e reflexão, os participantes são encorajados a encontrar caminhos para o próprio bem-estar e autoconhecimento, transformando a experiência pessoal em aprendizado e cura.
Juntos somos mais fortes
O professor afirma que o evento será conduzido “com muita responsabilidade, com muita entrega, sem julgamentos”. Ele explica que a intenção é que o encontro “seja saudável, maduro, onde todos possam contribuir para o crescimento e a transformação pessoal de cada um”.
Segundo Azevedo, a confidencialidade é fundamental na TCI. “Existem regras que reforçam o respeito e a proteção do espaço compartilhado, como a de falar apenas sobre a própria experiência e nunca dar conselhos”, reforça. Para ele, esse protocolo garante que seja um momento seguro e inclusivo, onde os envolvidos possam se expressar de forma honesta.
A Roda de Conversa uma oportunidade para que estudantes, professores e funcionários da Fumec possam encontrar apoio, refletir sobre suas próprias inquietações e se sentir parte de uma comunidade que reconhece a saúde emocional e o respeito. Ao participar, cada um contribui para seu próprio desenvolvimento e satisfação psicológica e também para o fortalecimento do coletivo. “Quando buscamos nossa própria cura, o nosso entorno também se transforma”, observa o terapeuta. Para ele, o cuidado com a saúde mental deve ser um compromisso social e iniciativas como essa ajudam a construir uma espaço na universidade onde todos se sintam acolhidos e valorizados.
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Por Ana Clara Cabral
O pátio da Fumec amanheceu em festa, sendo palco do evento de Halloween, que reuniu estudantes, professores e funcionários para a celebração. Os participantes foram recebidos com uma decoração temática que transformou o espaço de convivência em cenário de Halloween. Cortinas roxas, pretas e laranjas, teias de aranha e criaturas misteriosas estavam por toda parte.
O Halloween, também conhecido como Dia das Bruxas, é uma das comemorações mais populares em diversos países. O mês de outubro se torna um dos mais alegres e divertidos, em que jovens, adultos e crianças se reúnem para desfrutar de um dia de espontaneidade, imaginação e doçura.
O evento foi realizado pelas professoras do Design Barbara Falqueto e Bruna Finelli, e pela coordenadora do curso de Estética, Fernanda Falci, para animar toda a comunidade acadêmica. Durante o evento, foram realizados concurso e desfile de fantasia, distribuição de doces e workshop de maquiagem artística.
Os alunos foram muitos criativos nas fantasias, que variavam de clássicos como bruxas e vampiros a personagens de filmes de terror. O desfile, que ocorreu no pátio central do campus, teve como júri os próprios universitários, que avaliaram as fantasias com base na originalidade e criatividade.
O 1º lugar ficou com Alexandre Cavalcante, estudante do curso de Design, que estava vestido de “As Branquelas”, o 2º lugar com Camily Maria Mendonça de Souza, que estava vestida de Draculaura, personagem de Monster High e o 3º lugar com a dupla Laíssa Ferreira Resende e Rafaela Pimenta Vieira Duarte que estavam vestidas dos personagens da série americana Breaking Bad, Jesse e Walter.
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Por Ana Clara Cabral
O ponto de Cultura Sôuai é uma iniciativa independente responsável pelo projeto “Meninos do Rock”, que fica no bairro Jardim Leblon, região Venda Nova. O programa foi fundado e é coordenado pelo artista TioCapone que busca promover a igualdade social e o desenvolvimento humano através da música e da arte, atendendo jovens de 6 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social.
Para o coordenador do projeto, a música proporcionou a oportunidade de escolher outros caminhos que não o levassem para a vida da criminalidade. “Eu me apaixonei pela cultura e a gente começa aí atrás de nossos pares e isso leva a gente em lugares especiais. Eu vejo que faz a gente pensar, ser mais criativo, a música salva e vejo isso acontecendo”.
Periódico
A produtora Periódico, formada por alunos do 8º período de Jornalismo da Universidade Fumec, está desenvolvendo reportagem para projeto experimental que aborda a música como ferramenta de transformação para pessoas em vulnerabilidade social em Belo Horizonte, destacando programas sociais, com ênfase no projeto Meninos do Rock.
O coordenador dos Meninos do Rock, TioCapone, relata que a parceria com a Fumec é crucial para dar visibilidade ao projeto e suas ações. “Essa visibilidade não apenas destaca o talento das crianças e o quão é positivo para as famílias, mas também atrai potenciais apoiadores e parceiros que podem contribuir para a continuidade e expansão do projeto. Além disso, uma boa comunicação fortalece a presença dos Meninos do Rock na comunidade, mostrando como a música pode transformar vidas e inspirar mudanças sociais significativas.”
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Meninos do Rock
O projeto funciona desde 2018 e um total de 280 pessoas já tiveram oportunidade de transformar a sua vida por meio da música. Um exemplo é o Felipe Castelo, ex-aluno que retornou aos Meninos dos Rock para ensinar. “Aquela prática de instruir alguém a realizar um sonho fez com que eu me apaixonasse por completo pela prática de lecionar.”
Felipe relata como o projeto fez com que ele criasse um amor pela música e serviu como escape para a depressão. “A tendência é que eu usasse outros recursos para fugir dessa condição depressiva, mas o contato com a arte, o acolhimento que me foi dado no projeto fez me sentir completo.”
Felipe ainda vive de música e para ele a vida está relacionada aos Meninos do Rock: sem o projeto “é o mesmo que falar de música sem sentimento”. O trabalho dos Meninos do Rock continua ajudando os jovens a transformar sonhos em realidade, como conta Rebeka Queiroz, 10 anos. “Um dia a pessoa está tocando na rua, num barzinho e no outro ela pode estar tocando num show.”
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Por Ana Luiza Guastaferro
Neste Halloween, a Fumec entra no clima de “doces ou travessuras?” e se transforma para receber seus alunos e colaboradores no evento mais assustador do semestre. No dia 30 de outubro, durante o intervalo, o Espaço de Convivência será o cenário da atração, com decorações temáticas, guloseimas e atividades especiais que prometem deixar “todo mundo em pânico”!
A “Hora do Pesadelo” será só nos cinemas, a Universidade propõe, no ambiente acadêmico, momentos recreativos com fantasias criativas, fotos profissionais e um workshop de maquiagem, transformando o dia 30/10 em uma “Quarta-feira 13” de muita diversão.
Halloween FUMEC poster divulgacional / Foto: @fumec (instagram)
Fantasias de arrepiar
O curso de Design organiza o Concurso de Fantasias, com comissão de três professores do Design que selecionará as 12 melhores produções, que irão para uma votação no Instagram da Fumec, em formato de “batalha”, recebendo os vencedores pontuação acadêmica pela participação vitoriosa.
Paralelamente, os alunos poderão garantir registros incríveis com a Estação de Fotos, que será organizada também, pelo Design. A técnica de fotografia estará à disposição no auditório FEA entre 9h e 10h, onde serão feitos os cliques oficiais que efetivarão a participação no concurso de fantasias. Além das atividades promovidas, o curso de Estética trará um Workshop de Maquiagem Artística no Espaço de Convivência.
Foto: Banco de imagens
Pontos, doces e travessuras
A participação nas atividades é aberta a todos os alunos e funcionários, sem necessidade de inscrição. Professores também entrarão na brincadeira fantasiados e distribuindo guloseimas.
Os canais de mídias digitais da Universidade estão divulgando posts no feed e nos stories diários, cartazes também estarão disponíveis nas salas de aula das unidades FEA, FCH e FACE para que todos que gostam a data possam aproveitar.
“Invocação da Fumec”: prepare a fantasia, peça “gostosuras ou travessuras” e participem da festa mais “horripilante” do ano!
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Por Ana Luiza Guastaferro, Isadora Dias, Izabela Moura e Jeovana Almeida
No mês de outubro, as atividades lúdicas voltam a se destacar como ferramenta essencial para o desenvolvimento emocional, cognitivo e social na vida das crianças. Com eventos e iniciativas focadas no brincar, o mês dedicado aos pequenos promove momentos de criatividade e bem-estar, resgatando a fantasia e a diversão como parte fundamental do aprendizado.
O Museu dos Brinquedos de Belo Horizonte, por exemplo, enfatiza, ao longo do mês, programações especiais que incluem oficinas artísticas, espetáculos teatrais e brincadeiras, como apresentação de teatro e músicas, assegurando o mundo mágico da infância e proporcionando um mergulho na fantasia do brincar.
Foto: @museudosbrinquedos / Espetáculo: @copaproducoes
O lúdico em um mundo digital
De acordo com a psicóloga infantil, Priscila Gotelip, o lúdico exerce um papel vital na infância, facilitando o desenvolvimento de habilidades emocionais e cognitivas. “O brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil. Por meio de jogos e atividades lúdicas, as crianças não apenas se divertem, mas também aprimoram habilidades essenciais, como a coordenação motora, a criatividade, a imaginação e a interação social.” Gotelip reforça que essas experiências fortalecem conexões neuronais e constroem uma base sólida para o aprendizado futuro.
A especialista também relata que é um grande desafio manter um espaço lúdico em um meio cada vez mais digital que priva a criança do desejo de brincar. “É responsabilidade das famílias proporcionar um espaço lúdico para essa criança se desenvolver, assim também as escolas devem fazer, principalmente as que trabalham com educação infantil”.
A importância das histórias
É relevante também abordar o papel crucial das histórias e contos nesse resgate do lúdico. A Orquestra Ouro Preto apresentou no último dia 20, no Sesc Palladium, o espetáculo “O Pequeno Príncipe”, baseado na obra de Saint-Exupéry.
A contadora de histórias, Dinda Conta, relata como as narrativas estimulam a imaginação das crianças, permitindo que elas criem seus próprios contos de fadas e reinos mágicos. Além disso, o contato com o mundo lúdico e as histórias ajudam a abordar temas complexos, como no caso de uma criança que expressou o medo da perda de uma amiga doente durante uma de contação de histórias.
“Ao final do evento, conversei com a mãe dele (da criança) sobre o que tinha acontecido porque estava curiosa, e ela contou que o filho estava com uma colega com câncer terminal, e que isso provavelmente foi a forma dele expressar o medo de perder a amiga”, menciona Dinda.
Foto: Rapha Garcia / @orquestraouropreto @raphagarcia
Projetos sociais
Além dos eventos que provocaram o imaginário das crianças, a atuação de projetos sociais e a legislação de proteção à infância reforçam a importância de garantir o direito ao brincar. A orientadora educacional do Projeto Querubins, Mércia Corrêa, ressalta que, em comunidades carentes, a principal dificuldade não é atrair as crianças, mas sim garantir a presença de voluntários que possam facilitar as atividades recreativas.
Corrêa destaca que, apesar da simplicidade das brincadeiras, a interação e a autonomia que essas atividades proporcionam às crianças são fundamentais para o seu desenvolvimento. “Saúde, socialização, liberdade de expressão, autonomia e muita alegria, promovendo a formação de uma pessoa com inteligência emocional e resiliência para desafios da vida adulta”, responde Mércia sobre os benefícios das brincadeiras ao ar livre.
Foto: Ana Luiza Guastaferro / @projeto.querubins
O lúdico e a lei
Paralelamente, a advogada Miriane Francielle também ressalta a relevância DA legislação a respeito do lúdico na infância, abordando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que garante o direito à educação e ao lazer. “O ECA diz que a criança e o adolescente tem direito à educação e também ao lazer, sendo assim, porque não transformar o “lazer” em uma forma de melhorar o aprendizado?” Especialistas de diferentes áreas concordam que o brincar é uma linguagem que promove conhecimento e fortalece vínculos sociais.
Em um mundo cada vez mais digital, a retomada do lúdico se faz necessária para que as crianças possam se desenvolver de forma íntegra, com momentos de criatividade, alegria e interação real. As celebrações de outubro são um lembrete da importância de criar futuros cidadãos empáticos e felizes, ao mesmo tempo em que se revive, nos adultos, a época em que seu “cavalo só falava inglês”, como canta Chico Buarque em “João e Maria”, música que se passa sob a ótica lúdica das brincadeiras infantis.
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Por Ana Clara Cabral e Ana Luiza Guastaferro
Oficinas dos cursos de Psicologia, Biomedicina, Estética, Direito, Jornalismo e Pedagogia são os destaques da programação da Campanha da Responsabilidade Social da Universidade Fumec, realizada na Associação Querubins, organização não governamental, localizada no bairro Sion, voltada ao desenvolvimento de crianças e adolescentes das comunidades do entorno, com idade de 6 a 15 anos, por meio da arte, cultura e esporte.
Este é o segundo ano que a Campanha de Responsabilidade Social atende o projeto Querubins, contemplando as comunidades Acaba Mundo e Morro do Papagaio. A coordenadora do setor de extensão da Universidade Fumec, professora Andrea Vasconcelos, pontou que o convênio com a Associação oferecerá os serviços ao longo do ano.
As oficinas proporcionaram acolhimento e orientação ao público, com cuidados com a pele e capilar, aferição de pressão arterial e dosagem de glicemia e oficina lúdica para as crianças. O diretor da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde (FCH), professor Rodrigo Suzana, realizou palestra sobre feminicídio, tema de extrema importância no país, já que a cada 15 horas uma mulher é vítima deste crime no país.
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O diretor relatou a importância da Campanha da Responsabilidade Social com o projeto Querubins para a comunidade acadêmica.
O coordenador do curso de biomedicina, Cezar Augusto Vilela, enfatizou os benefícios de aferir a pressão arterial e verificar a dosagem de glicerina: “É um suporte muito grande para a população, visto que hipertensão e glicerina são doenças muitos comuns e eles estão tendo a chance de medir e caso venha alterado vamos orientar para busca de tratamento”.
Meditação guiada com óleo essencial foi o tema da palestra da professora Renata Felipe. Já o professor de psicologia, Rafael Bacelar, observou como é importante contribuir para a sociedade com projetos de extensão: “É importante para nós, como universidade, para o desenvolvimento dos alunos e para a comunidade se beneficiar do que a gente faz”.
Querubins
O projeto Querubins existe há 30 anos e foi idealizado pela Magda Coutinho, visando contribuir com a formação integral dos jovens, sendo trabalhadas questões escolares, comportamentais e emocionais e aulas de arte, capoeira, futsal e jiu-jitsu.
A coordenadora do núcleo pedagógico das oficinas, Mércia Correa, relatou que o projeto traz outras possibilidades para a sociedade do entorno e da grande Belo Horizonte: “Uma grande possibilidade, onde nós podemos, através da arte, do acolhimento, psicossocial trazer essa possibilidade de escolha, escolha de algo diferente, eu aprendo na arte, eu me transformo na arte, e contribuímos para o protagonismo infanto-juvenil”.
O evento contou com a exposição de arte dos jovens sobre o artista Van Gogh, um dos maiores pintores do pós-impressionismo.. A professora de artes, Ana Carolina Oliveira, destacou: “Eu tento trazer um significado para ser algo que dá para as crianças utilizarem na vida e no dia a dia”.
Patrícia Correa, mãe integrante do projeto enfatizou os benefícios do programa: “A ação social ensina a criança a respeitar, a educação e fico tranquila em trabalhar, porque meu filho está em boas mãos”.
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Foto: arquivo pessoal
Por Vitória Figueiredo
O podcast Maria de cada dia é a nova atração da Rádio Fumec. Todos os dias, às 18h, o professor da Universidade Fumec, Juliano Azevedo, apresenta o programa sobre as histórias, dogmas e aparições das diversas Nossas Senhoras existentes, conforme a data do podcast diário.
Cada episódio do programa será focado em uma Nossa Senhora, de acordo com os diversos nomes recebidos pela santa que, com diferentes títulos, referem-se à mesma personagem bíblica. As Nossas Senhoras dos primeiros episódios do programa, iniciado em 1 de outubro, foram Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora das Areias, Nossa Senhora do Terço de Barcelos, Nossa Senhora do Fetal, Nossa Senhora do Caminho, Nossa Senhora da Humildade e Nossa Senhora do Rosário.
Apresentado pelo professor dos cursos de Comunicação Social da Fumec, o “Maria de cada dia” aprofunda informações relacionadas às Nossas Senhoras.
“A origem da devoção às Nossas Senhoras, em quais cidades são veneradas, quais têm mais devotos, quais milagres elas fizeram, como são conhecidas”, explica Juliano. A santa do dia será homenageada a cada episódio: “Ao final, sempre vai ter uma oração vinculando essa história, virtude e homenagem.”
Mariologia
A ideia de produzir um programa de rádio focado nas Nossas Senhoras surgiu a partir de estudos sobre Maria, chamados de Mariologia: “Estudei as referências que explicam porque Maria recebeu determinadas homenagens e vários nomes ao longo de 2000 anos”, explica. “De acordo com a Mariologia, Maria tem mais de 1000 nomes já registrados.”
Juliano participou de um mês de orações focadas em Maria e, em 2022, criou o “Brasil de Olhares”, perfil no instagram em que posta, diariamente, a história de uma Nossa Senhora. “Passei a contar a história de 365 Nossas Senhoras e a fazer uma oração específica para cada santa. Em 2023 e 2024, venho republicando essas histórias.”
‘Maria de cada dia’ é voltado a pessoas religiosas e não religiosas: “Não é preciso, necessariamente, ser católico para ouvir o programa”, ressalta Juliano. “Os episódios são focados em pessoas que gostam de oração e sentem conexão com a fé, em quem tem interesse na filosofia e na história judaico-cristã.”
Para Juliano, o podcast é importante devido à sua história familiar e à relevância de Nossa Senhora.
Pluralidade
O programa “Maria de cada dia” faz parte da programação de podcasts da Rádio Fumec. A professora Nair Prata, coordenadora do laboratório de Rádio, afirma que a veiculação de podcasts pela emissora, como o apresentado pelo professor Juliano Azevedo, expressa a pluralidade.
“A Rádio Fumec é plural. Ela tem que buscar veicular programas diferentes, que atendam a todos os públicos”, ressalta. De acordo com Nair, a emissora objetiva incluir a participação das pessoas na programação, “para que elas criem e apresentem conteúdo de acordo com seus interesses e especificidades.”
Além do “Maria de cada dia”, outro podcast exibido pela rádio é o “Vida Louca, Mente Sã”, apresentado semanalmente pela psicanalista Rebeca Vilela, com entrevistas sobre saúde mental.
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Nair pontua que a Rádio Fumec está aberta a transmitir mais programas: “Estamos recebendo quem tem interesse em produzir e apresentar seu podcast”, convida. “Todos os temas que são de interesse da comunidade universitária são bem vindos.”
A professora detalha sobre as temáticas abordadas na programação e a importância da participação da comunidade.
Como ouvir
O podcast pode ser acessado no site Conecta, Segundo Juliano, há planos de lançá-lo, também, em outras plataformas de áudio, como spotify, deezer e youtube.
Foto: Rádio Fumec/Nair Prata
NOSSAS SENHORAS:
Nossa Senhora de Nazaré:
Foto: Arquidiocese Salvador
O primeiro episódio do podcast será dedicado à Nossa Senhora de Nazaré, celebrada no segundo domingo de outubro. De acordo com o site Cruz Terra Santa, São José, pai adotivo de Jesus, teria esculpido uma imagem de Maria. A escultura foi levada para a Espanha e, depois, para Portugal.
A imagem foi escondida por Frei Romano em uma gruta, onde ficou por mais de 400 anos. Após ter sido descoberta por pastores, em 1182, Nossa Senhora de Nazaré voltou a ser adorada.
Um milagre atribuído à Nossa Senhora de Nazaré envolve a história de um cavaleiro que, ao caçar em um dia de nebulosidade, não viu que se aproximava de um precipício. O cavaleiro pediu pela proteção de Nossa Senhora de Nazaré. O cavalo parou e o homem saiu ileso. A vila onde o cavaleiro foi salvo passou a se chamar Vila de Nossa Senhora de Nazaré.
Uma tradição cultural relacionada à santa é o Círio de Nazaré, que acontece em Belém do Pará. Iniciada em 1793, a festividade atrai mais de 2 milhões de pessoas, que, no segundo domingo de outubro, realizam procissões a pé, em carros, motos e barcos.
Nossa Senhora Aparecida
Foto: Site Católico
Padroeira do Brasil, apareceu em Outubro de 1717, na cidade de Paraíba do Sul, em São Paulo. Após dificuldades em conseguir pescar peixes, pescadores pediram ajuda à Nossa Senhora. Logo após o pedido, eles pescaram a cabeça e o corpo da imagem de Nossa Senhora da Conceição, segundo o site Correio Braziliense.
Peixes lotaram o rio, e os pescadores tiveram sucesso em sua tarefa. Pela aparição, foi acrescido o termo “Aparecida” ao nome da santa, que passou a ser conhecida por “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”.
A padroeira do Brasil possui uma basílica própria: o Santuário Nacional de Aparecida, visitado, anualmente, por milhões de devotos: de acordo com dados do santuário, divulgados pelo portal G1, mais de 8 milhões de fieis estiveram na basílica em 2023.
Foto: Robison Camargo/Wikipédia
Nossa Senhora da Piedade:
Foto: Santuário Nossa Senhora da Piedade
Inspirada na escultura renascentista de Michelangelo, “Pietá”, a imagem de Nossa Senhora da Piedade mostra Maria com Jesus morto em seus braços. Possui sete estrelas, que fazem referência às sete dores que Nossa Senhora vivenciou ao longo de sua vida.
Segundo o site Vida Pastoral, em 1760, Nossa Senhora da Piedade teria aparecido para duas meninas que passavam pela Serra de Caeté, no município de Caeté, em Minas Gerais. Mudas, elas teriam sido curadas após verem a santa. Por sua piedade e pelo milagre realizado, passou a ser chamada de “Nossa Senhora da Piedade”.
Nossa Senhora da Ternura:
É inspirada em uma imagem em que Nossa Senhora é retratada com o rosto muito próximo ao do Menino Jesus, como publicado pelo portal Aleteia.
Foto: Site Movimento da Transfiguração
Nossa Senhora do Desterro:
Segundo o site da Diocese de Jundiaí, o título “Nossa Senhora do Desterro” tem origem na fuga que Jesus, Maria e José precisaram realizar para o Egito, devido à ordem do rei Herodes para assassinar os meninos de até dois anos. Desterro é sinônimo de exílio. Nossa Senhora do Desterro homenageia os indivíduos que precisam deixar seu país devido a guerras ou à procura de melhores oportunidades de vida.
Foto: Gentile da Fabriano – Domínio público
Nossa Senhora de Kibeho
Foto: Arquidiocese de Vitória
Nossa Senhora de Kibeho
Segundo o site Aleteia, Nossa Senhora de Kibeho teria aparecido para três adolescentes, em Ruanda. Na língua nativa do país, a santa teria avisado sobre o próximo massacre que aconteceria no território. O genocídio em Ruanda aconteceu em 1994, 10 anos após os relatos da aparição de Nossa Senhora de Kibeho. Conforme a BBC, 800 mil pessoas foram assassinadas no conflito.
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Arthur Mesquita, Ricardo Soares e Samuel Fernandes
Reprodução/Freep!k
O jornalismo investigativo no Brasil ganhou destaque com reportagem de Caco Barcellos ao expor as operações da ROTA, após a Constituição de 1988. Ele revelou que muitas vítimas na periferia de São Paulo não tinham histórico criminal, em seu livro “Rota 66 — A História da Polícia que Mata”, de 1992. A reportagem relata a investigação sobre o assassinato de jovens, geralmente pobres e negros, por um grupo de matadores que opera com o aparente aval da justiça militar.
Esse marco impulsionou o crescimento do jornalismo investigativo no país, evidenciado por eventos e cursos especializados, como os da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
Todo jornalismo é investigativo, pois para que uma notícia seja construída, a busca pela confirmação da veracidade do fato é uma premissa. O que diferencia o jornalismo investigativo dos demais é a complexidade dos fatos, implicando a consulta de muitas fontes e informações ocultas que precisam ser localizadas para dar corpo à notícia.
Contudo, jornalistas investigativos enfrentam riscos no exercício profissional, como exemplificado pelo caso trágico de Tim Lopes.
A internet deve ser usada para auxiliar na produção da notícia, encurtando o caminho até as fontes, proporcionando agilidade no acesso a documentos e facilitando a comunicação com fontes de outras localidades. No entanto, a comunicação em rede pode se tornar vilã ao apressar o jornalista para que ele divulgue a informação primeiro, sem realizar a notícia da maneira certa, com todos os fatos consolidados, o que pode afetar a ética jornalística.
A ética jornalística exige que o repórter se identifique como tal sempre que estiver em contato com uma fonte. Sabendo que a identificação pode atrapalhar na obtenção de informações, jornalistas optam por não se identificar logo de início, buscando obter declarações que podem ser comprometedoras e informações relevantes dos fatos.
É também comum a fonte fornecer um tipo de informação que pode ser o início de uma investigação. Pedir a ela que apresente os fatos é a primeira coisa que o jornalista deve fazer para verificar até onde há veracidade na informação. Investigar com imparcialidade deve ser o dever do jornalista, prevalecendo sempre a veracidade da informação.
Responsabilidade
A pressão exercida pela fonte que passou a informação inicial da investigação é comum. A fonte pede pressa para a publicação da reportagem, ameaçando ceder informações a outros jornalistas. A professora da Fumec, Elisângela Colodetti, relata que já sofreu este tipo de ameaça quando produzia uma matéria para um jornal televisivo.
“Houve vários, e é difícil a gente elencar um maior desafio, mas o que eu me lembro, nesse caso do Dinamar, por exemplo, foi um grande desafio conseguir conversar com uma das vítimas, a Silmara, que era enteada do Dinamar, ela era muito fechada, de difícil acesso, e foi muito complicado construir com ela uma relação de confiança para que ela pudesse conversar comigo, foi mais de um mês de conversa, trocando mensagens, para a gente tentar falar, eu via que ela queria falar, mas ela não conseguia, aquilo era muito doloroso, era muito difícil para ela, então foi muito tempo de troca para a gente conseguir conversar”.
Ela ressalta a responsabilidade do jornalista junto à fonte. “Quando ela decidiu atender o telefone e a gente conversou por uma hora, foi muito delicado e foi muito bonito também, porque ela se abriu muito”. A busca pela verdade muitas vezes coloca os profissionais diante de desafios éticos. Desde a divulgação de informações sensíveis até a proteção das fontes, cada decisão pode impactar não apenas a credibilidade da reportagem, mas também a vida das pessoas envolvidas.
Segundo Colodeti, jornalistas devem avaliar sobre o que e como falar, como falar, abordar, ou o que e onde publicar o conteúdo apurado, como durante investigação jornalística de que participou no formato podcast true crime – gênero de não-ficção no qual o autor examina um crime real e detalha as ações de pessoas reais. “Ficamos muito apreensivos porque contávamos uma história de denúncia real, porém, de uma forma que se aproximava do entretenimento, porque precisávamos narrar de uma forma que prendesse as pessoas em episódios. Então, chegamos à conclusão que não era viável abordar daquela forma, naquele momento, de fazer uma denúncia muito grave, num formato que dialogava muito fortemente com o entretenimento.”
Redes sociais
Rafael Silveira (32), jornalista e produtor na Rede 98 entende ética jornalística como aquilo que diferencia os jornalistas como profissionais. “A ética jornalística nos faz informar com exatidão, responsabilidade e integridade. O desafio é ainda maior, principalmente pela era em que vivemos de fake news, desinformação e pressa em ‘postar’, ressalta. “A ditadura das redes sociais nos faz repensar e colocar ainda mais em voga os princípios éticos para manter segura a integridade da informação e a serventia do jornalismo.”
Em um mundo onde a informação flui rapidamente em redes sociais, a adesão a princípios como a busca da verdade, imparcialidade, precisão e transparência particulariza o jornalismo em meio às outras mediações que interferem na comunicação social. Respeitar esses valores sustenta a confiança do público e contribui para promover uma sociedade informada e democrática. O sigilo de uma fonte deve ser mantido quando a proteção da fonte se faz necessária e a informação tem um grande valor para a sociedade. “Um profissional pode usar fontes anônimas, porém, precisa seguir uma apuração mais rigorosa e ser ainda mais criterioso em relação à ética.”
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Por Gabriela de Castro
Na manhã do dia 1° de outubro, terça feira, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto de Minas Gerais (MTST-MG) iniciou um ato em frente a um prédio da Secretaria Pública da União (SPU), na rua Sapucaí, Floresta, que era a sede da extinta RFFSA e está inativo. O objetivo é que uma creche que funcione em período noturno seja construída no espaço.
A ação começou com a concentração na sede do PSOL, às 7h. Depois, os manifestantes seguiram para onde está localizado o imóvel, onde permanecem até o momento. De acordo com as informações fornecidas pela frente de comunicação do movimento, ocupação não está utilizando o interior do estabelecimento e tem como objetivo propor que o espaço torne-se uma EMEI que atenda às demandas de mães que trabalham a noite. Essa é uma política originalmente proposta pelo Pojeto de Lei Espaço Coruja, iniciativa de Marielle Franco em 2017 enquanto vereadora do Rio de Janeiro.
O MTST montou, ainda, uma cozinha solidária durante o ato, que está distribuindo refeições de forma gratuita. Até então, cerca de 50 pessoas participam da ação
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Por Ana Clara Cabral
O projeto TioCapone, o hospital Santa Casa de BH e o Instituto Adotar serão os clientes experimentais atendidos pelas agências da turma do 8º período de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. O anúncio foi feito no último dia 25 de setembro, durante a apresentação das propostas pelas produtoras, integradas pelos estudantes do último período do curso. A 50° edição do evento apresentou os projetos desenvolvidos durante o segundo semestre deste ano pelas produtoras Mantra, Nós e Periódico.
A produtora Periódico relatou a proposta de trabalho que visa valorizar os princípios do jornalismo. Eles irão produzir uma reportagem que mostra a música como ferramenta de transformação para pessoas em vulnerabilidade social em Belo Horizonte. A reportagem destacará programas sociais, com ênfase no projeto Meninos do Rock.
O criador do projeto, TioCapone, iniciou sua participação no evento cantando um trecho da sua música “Os Homi tá chegando”. Ele compartilhou a história do projeto atuante no bairro Leblon, incluindo seu surgimento e desafios enfrentados e expressou a grande satisfação de ser fundador de uma iniciativa que transforma a vida de muitos jovens.
“Tô cansado de provar que
Esse celular é meu
Que o tênis que eu uso
Foi papai que me deu”
Seguindo com as apresentações, a produtora Nós apresentou sua proposta para o cliente Santa Casa, maior complexo hospitalar de Minas Gerais, hoje com dez unidades que atendem todas as faixas etárias e classes sociais, com papel preponderante na área da saúde, especialmente junto aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A produtora irá desenvolver uma minissérie que evidenciará a inovação dos setores do hospital de alta complexidade do SUS. Com abordagem humanizada, a produção audiovisual ressaltará a importância histórica da Santa Casa.
A Superintendente de Relações Institucionais da Santa Casa, Raquel Ratton, enfatizou que o hospital inova em pesquisa e atendimento de alta complexidade e destacou os frutos da parceria com a produtora.
O Instituto Adotar, atendido pela Mantra é uma organização sem fins lucrativos que se dedica a defender e promover os direitos humanos, com ênfase em crianças e adolescentes institucionalizadas em entidades de acolhimento e comunidades carentes em situação de alta vulnerabilidade social.
Antes de encaminharem os menores de idade para casas de acolhimento, o instituto busca reconstruir seus laços com a família originária. Pensando nisso, a produtora Mantra irá documentar este processo com o intuito de ajudar na divulgação do projeto Adotar. Por isso, vão ajudar na divulgação da organização, para que as pessoas possam conhecer sua pauta e os desafios enfrentados.
A apresentação contou com a presença da fundadora do Instituto Adotar, Monica Rodrigues Corrêa, que falou sobre a história, a importância da adoção e como ela mudou a sua perspectiva de mundo após adotar. “Precisamos fazer diferença nessa terra”, afirmou.
A professora Lourimar Souza explica o papel do presentation, evento que apresenta as agências e produtoras experimentais, e o processo de trabalho que coloca em prática os conhecimentos da graduação.
A professora observou ainda a importância do desenvolvimento do projeto experimental para a construção de competências e habilidades profissionais.
Saiba mais:
Mantra encerra ações promocionais do projeto experimental
Produtora Nós propõe conectar e transformar histórias
Criada para valorização do Jornalismo, Periódico realiza ação promocional
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Kailan Nunes e Larissa Figueiredo
A propagação de fake news nas redes sociais compromete a credibilidade das informações e impacta profundamente a sociedade. Alcançando um público vasto e diversificado, a disseminação de fake news coloca no centro do debate a relação entre a ética e os limites da liberdade de expressão no contexto midiático. Além de demandar esforços legislativos, implica reforçar o papel da informação jornalística na vida social.
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva obtida pela Agência Brasil revela que quase 90% da população brasileira admitiu ter acreditado em conteúdos falsos. Segundo o levantamento, oito em cada dez brasileiros já deram credibilidade a fake news, apesar disso, 62% confiam na própria capacidade de distinguir informações falsas das verdadeiras em um conteúdo.
Os conteúdos falsos incluem: 64% sobre venda de produtos, 63% relacionados a propostas em campanhas eleitorais, 62% sobre políticas públicas como vacinação, e 62% envolvendo escândalos políticos. Além disso, 57% afirmaram ter acreditado em informações mentirosas sobre economia, e 51% em fake news relacionadas a segurança pública e sistema penitenciário.
De acordo com dados levantados pela revista Caderno Pedagógico, pelo menos 2 mil publicações envolvendo notícias falsas foram registradas em 2023. O número quadruplicou em relação ao ano de 2018, que corresponde ao período anterior à pandemia.
Os esforços para combater o cenário da desinformação se concentram no legislativo. Projetos como a Lei Brasileira de Liberdade na Internet, Responsabilidade e Transparência Digital na Internet (PL 2630/20), conhecido como PL das fake news são discutidos.
O PL foi aprovado em 2020 pelo Senado e é analisado, há quatro anos, por um grupo composto por parlamentares, professores e especialistas em direito no âmbito digital e representantes da Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, Facebook e Instagram.
O Brasil conta com o Marco Civil da Internet que foi instituído pela Lei nº 12.965/2014 e representa um marco regulatório para a governança da internet no Brasil. A Lei Geral de Proteção de Dados é um exemplo de legislação que atua também no âmbito das notícias falsas quando envolvem pessoas físicas, como esclarece a especialista em LGPD e professora do curso de Direito da Fumec, Débora Gonçalves.
Na era digital, os dados se tornaram cobiçados por marcas e empresas. A especialista explica os riscos nessa prática. “Quando eu acesso um site para comprar um sapato, uma roupa, aquela empresa vai recolher meus dados através dos cookies que são instalados no nosso computador e ali vai montar um perfil comportamental do que eu gosto, quais são as minhas preferências, qual o meu número de sapato, da roupa, para onde que eu gosto de viajar. Então, essa tecnologia começa a me identificar e aí ela é como se fosse um quebra-cabeça”, pontuou a professora.
Débora esclarece que a atividade jornalística não está nos limites da LGPD, visto que protege somente pessoas físicas. No entanto, a especialista lista boas práticas para jornalistas estarem de acordo com a legislação de dados.
“Se você vai tratar os dados pessoais de uma pessoa e passar uma informação para terceiros, para a sociedade, colete o consentimento de forma inequívoca. Verifique se os dados estão corretos e fique atento ao dado que está coletando e se de fato aquele dado é necessário. Muitas vezes nós coletamos dados de forma excessiva, então talvez aquele dado que você coletou, ele pode ser anônimo? Se eu preciso identificar quem é?”, indagou a especialista.
Débora explica também os limites da LGPD. “Os dados de pessoa falecida não são protegidos pela Lei de Proteção de Dados, assim como dados da pessoa jurídica. Então, muitas vezes tem empresários, pessoas jurídicas que nos procuram perguntando sobre vazamento de dados, mas LGPD não vai proteger os dados da pessoa jurídica.”
Jornalismo
A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Lina Rocha, destaca a importância da ética e da checagem de informações como pilares fundamentais da profissão jornalística, os desafios enfrentados pelos jornalistas na era digital e a necessidade urgente de regulamentação e fortalecimento das práticas profissionais.
“Eu costumo dizer que um dos maiores concorrentes que nós temos hoje, e desleal, são as fake news,” afirma a presidente. Segundo ela, enquanto o jornalista profissional apura e divulga fatos com conduta ética, técnica e rigor na checagem, as fake news são notícias manipuladas e distorcidas, sem compromisso com a verdade.
Para Lina, o papel do jornalista é crucial na diferenciação entre verdade e desinformação. “A checagem faz toda a diferença. Apontar fontes, sejam oficiais ou não, e explicitar ao público que a matéria passou por uma conferência rigorosa é fundamental”, destaca. Esse processo, segundo ela, garante que o leitor tenha segurança no que está lendo.
Um dos métodos mais eficazes para combater as fake news, de acordo com a jornalista, é confrontar informações falsas com dados verídicos. “Quando o profissional de jornalismo se depara com uma notícia falsa, a forma de combater é confrontar essa notícia com dados reais, apurados pelo jornalista,” explica. Segundo ela, essa conscientização desde o início da carreira é crucial para preparar jornalistas comprometidos com a ética e a verdade.
Lina Rocha também aborda a ética na publicação de notícias, especialmente no contexto das redes sociais, onde a velocidade da informação muitas vezes compromete a verificação. “A ética hoje é um tema universal. Muitas matérias são feitas com o incentivo de ganhar cliques e seguidores. Por isso, é fundamental pensar três vezes antes de publicar algo, apurar bem, ouvir os dois lados”, afirma. Segundo ela, mesmo com a agilidade exigida pela internet, a ética deve sempre estar em primeiro lugar.
Para Lina, a criação de um marco digital que regulamente a conduta ética nas redes sociais é essencial. “O Marco Digital seria uma regulamentação sobre a conduta ética nas redes sociais e a forma como os profissionais que trabalham nelas devem atuar,” explica. Ela defende que a liberdade de expressão deve ser equilibrada com a responsabilidade, evitando que se fale qualquer coisa sem considerar as consequências.
Outro ponto levantado por Lina Rocha é a necessidade de regulamentação e atualização das leis que regem a profissão jornalística. “A profissão sofreu grandes mudanças com o impacto tecnológico. Precisamos atualizar as regulamentações para proteger o profissional que produz a notícia,” argumenta. Ela menciona que a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) está pautando a volta do diploma e outras regulamentações essenciais para fortalecer a profissão.
*Com informações de Maria Júlia Coelho
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Por Vitória Figueiredo
Nos dias 19 e 20 de setembro, a Mostra Fumec 2024 recebeu estudantes do ensino médio, com o objetivo de mostrar os cursos e visita aos laboratórios e estrutura acadêmica da Universidade.
A mostra contou com estandes dos cursos de graduação da Universidade. Nos estandes, alunos monitores dos laboratórios explicaram aos estudantes sobre as graduações oferecidas pela Fumec.
Oficinas
Além dos estandes, oficinas possibilitaram aos visitantes o contato com as práticas realizadas nos cursos. Algumas das atividades foram um Mini Júri sobre o incêndio da Boate Kiss (curso de Direito), oficina de TV (Publicidade e Propaganda e Jornalismo), simulador de voo (Ciências Aeronáuticas).
O curso de Arquitetura e Urbanismo ofereceu uma oficina de tangram que mostrou aos visitantes como casas e prédios ficariam após a construção. Outras oficinas foram de maquete e de desenho de croquis.
A atividade “Pixel Arte”, do curso de Design Gráfico, consistiu em uma pintura de números com cores específicas que, ao final, formou um painel de pixels.
Mostra Fumec
Todos os anos, o evento possibilita aos alunos de Ensino Médio um direcionamento sobre qual carreira escolher, como no caso de Gabriel Damasceno, de 18 anos.
Aluno do terceiro ano do ensino médio, ele está ansioso com a expectativa de decidir o futuro. “Tem aquela cobrança de decidir de uma vez o que a gente quer fazer, tem o Enem daqui a dois meses, estamos terminando algo que estamos acostumados a fazer há muito tempo. Então, além da expectativa, é uma ansiedade muito grande.”
Gabriel conta por que o Jornalismo é sua primeira opção de curso e a perspectiva de estudar na Universidade Fumec.
O coordenador do curso de Comunicação Social, Sérgio Arreguy, destaca a importância da Mostra Fumec para a universidade e a expressiva participação dos alunos da graduação no evento.
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Por Ana Clara Cabral
Mais um dia de ação no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH), e dessa vez a cor laranja foi predominante, representando a identidade visual da produtora experimental Mantra.
A produtora que realizou a ação é composta por alunos do 8º período do curso de Comunicação Social da Universidade Fumec.
O presidente da Mantra, André Ribeiro, explicou a proposta da produtora
“A proposta da Mantra é ser uma produtora interessada em abraçar e compreender a alma do cliente na hora de realizar suas produções, fazendo mais do que simplesmente prestar um serviço”.
A ação contou com a presença de alunos, professores e funcionários, além de comidas, bebidas e muita diversão, incluindo a brincadeira de estourar balão e apresentação da DJ Maju, aluna do curso de Jornalismo da Fumec, foi a responsável por agitar o pátio.
Um dos destaques foi o mural de recadinhos, onde os participantes puderam deixar mensagem para os componentes da produtora e fortalecer os laços entre os presentes.
O presidente da Mantra finalizou que um dos objetivos é apresentar para a comunidade acadêmica a produtora:
“A ação também teve o intuito de divulgar e chamar os alunos para o nosso Presentation”.
O Presentation vai acontecer no dia 25 de setembro, às 9h, no Auditório Phoenix, no prédio FCH, quando as produtoras experimentais apresentarão as propostas dos seus projetos.
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Por Ana Clara Cabral
O segundo dia do evento das produtoras experimentais dos alunos do 8º período do curso Comunicação Social da Universidade Fumec foi realizado pela produtora experimental Nós, no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH) e contou com a presença dos alunos, professores e funcionários.
A presidente da Nós, Julia Fernandes, pontuou o intuito da ação e importância do trabalho em equipe e cooperação:
“A ação de hoje teve múltiplos objetivos, mas, acima de tudo, foi uma grande prova de que somos capazes de realizar e organizar um evento de grande magnitude, estabelecendo parcerias com patrocinadores e mantendo uma organização durante toda a jornada”.
Júlia conta que a produtora realizará uma produção audiovisual com olhar e tratamento mais humano e colaborativo:
“Somos um time apaixonado que combina habilidades e olhares, com uma abordagem inovadora para explorar formas de comunicação. Nosso propósito é conectar e transformar histórias, unindo técnica, criatividade e um olhar humanizado para gerar resultados impactantes e humanizados”.
As cores rosa e azul prevaleceram no pátio FCH, representando a identidade visual da produtora. Além disso, as ações dos patrocinadores da produtora, rádio Itatiaia e a rádio Light FM, com direito a brindes, comidas, bebidas e brincadeiras com a bebida Lambe Lambe e com animação do DJ Marcos.
Presentation
A ação que ocorreu no pátio FCH também visa chamar os estudantes para o Presentation, lançamento oficial da produtora, que acontecerá no dia 25 de setembro às 9h no auditório Phoenix do prédio FCH.
Julia relata como buscaram explorar uma linguagem cinematográfica por meio da ação, uma vez que são uma produtora audiovisual.
“Através das decorações, lanches e linguagem, uma vez que somos uma produtora audiovisual apaixonada por cultura. E desde a nossa pré-ação, visitando todas as salas do curso de Comunicação da FUMEC, até o grande dia, estamos determinados a criar uma experiência memorável e inspiradora para todos. Esperamos que todos tenham gostado de fazer parte da nossa história participando do nosso evento”.
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Por Ana Clara Freire e Vitória Figueiredo
Na última terça-feira, 17 de setembro, aconteceu a ação da produtora Periódico. Foi o primeiro evento das produtoras experimentais criadas no segundo semestre de 2024. Os fundadores da Periódico são alunos do 8° período do curso Comunicação Social – Jornalismo da Universidade FUMEC.
O evento foi realizado no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH). Brincadeiras, correio elegante e entrega de brindes divertiram alunos, professores e funcionários. A ação contou com presença da DJ Mari e distribuição de comidas e bebidas.
Páginas de jornais decoraram o pátio da FCH, fazendo referência ao tema principal da produtora Periódico: a valorização do Jornalismo. O projeto experimental desenvolvido pelos alunos resultará em uma reportagem sobre a música como fator de mudança social para os moradores de comunidades de Belo Horizonte.
A produtora
A vice-presidente da produtora, Ana Luiza Adolfo, explica que a Periódico foi criada para defender e valorizar o Jornalismo. “Sempre fomos uma turma apaixonada pelo Jornalismo, pelos objetivos e princípios da profissão”, relata. “Em uma das aulas, surgiu a ideia de fazer palestras e movimentos na universidade, com o objetivo de valorizar o curso e mostrar, para os novos alunos e até para os próprios professores, o quanto o jornalismo é importante e o quanto é essencial preservar os princípios jornalísticos”. Segundo Ana Luiza, após a transformação da Periódico em produtora experimental, a proteção dos princípios e objetivos do Jornalismo continuou a ser a ideia central do grupo.
Projeto experimental
Além de defender o Jornalismo, a produtora tem outro objetivo: “Queremos, também, chegar a lugares onde, na maioria das vezes, as pessoas não têm voz e não são ouvidas”, explica a vice-presidente. “Nosso objetivo é mostrar a realidade dessas pessoas.”
O projeto experimental da produtora Periódico será uma reportagem cujo tema é a música como forma de transformação social na vida de pessoas nas periferias de Belo Horizonte.Ana Luiza relata que os projetos musicais nessas regiões geram mudanças sociais, mas enfrentam desvalorização. “Os projetos nem sempre recebem a atenção que merecem”, esclarece. “Os resultados dessas ações e seus impactos na vida de crianças, jovens e adultos nem sempre são mostrados à sociedade”, ressalta. “Esses projetos, muitas vezes, evitam que as pessoas sigam por uma ‘vida errada.”
Ana Luiza explica o papel da Periódico em relação à temática escolhida: “Enquanto produtora, o nosso objetivo é alcançar essas pessoas e esses locais, preservando a confiabilidade e a integridade do jornalismo”, conta. “Mas de forma mais leve e atual, sem perder essa essência”, finaliza.
Presentation
No dia 25 de setembro, os participantes da Periódico e das demais produtoras experimentais apresentarão seus projetos à comunidade acadêmica da Universidade Fumec. O evento ocorrerá a partir das 9h, no Auditório Phoenix, na FCH.
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Por Ana Clara Cabral, Ana Luíza Adolfo e Pedro Paiva
A mídia tem um papel fundamental na formação da opinião pública e construção da realidade social. Considerando o mundo dominado por um ciclo frenético de notícias, a busca por atenção se torna cada vez mais acirrada. Nesse cenário, coberturas sensacionalistas ganham força, capturando olhares e gerando cliques.
O dicionário Oxford Languages define sensacionalismo como o uso e efeito de assuntos sensacionais, capazes de causar impacto, de chocar a opinião pública, sem que haja qualquer preocupação com a veracidade. De acordo com a doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Cristina Leite Peixoto, apesar do uso comum da forma sensacionalista de fazer jornalismo, a prática é muito antiga. “É difícil citar quando exatamente começaram as práticas sensacionalistas no jornalismo, mas, há registros do século 19 nos Estados Unidos e na França em que reportagens de tom sensacional são colocadas em destaque, então podemos dizer que o estilo sensacionalista acompanha o jornalismo tradicional desde o seu início”, ressalta a socióloga.
O filósofo e sociólogo polonês, Zygmunt Bauman (1925-2017) em sua obra Liquid Modernity (2000) analisa a “sociedade líquida”, caracterizada pela incerteza, individualismo e fragilidade dos laços sociais. O autor explora como a violência na mídia pode ser vista como um sintoma dessa sociedade em crise, e como ela contribui para a sensação de medo e insegurança entre as pessoas.
Violência
A repetição exaustiva de crimes violentos nas manchetes pode causar a sensação de que a violência está em toda parte e em qualquer momento, levando as pessoas a se isolarem, restringindo sua liberdade e alterando seu comportamento. Além disso, o sensacionalismo muitas vezes distorce a realidade, apresentando os fatos de forma exagerada e descontextualizada. Essa desinformação pode contribuir para a criação de estereótipos e o aumento do preconceito contra grupos específicos, alimentando a discriminação e a segregação social.
De acordo com um levantamento feito em 2023 por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de 2001 até outubro de 2023 foram registrados 36 ataques com a intenção de causar morte e que tenham sido planejados contra escolas públicas ou privadas no país. Do total, 26 aconteceram a partir de 2019. Um exemplo recente disso é o Massacre de Suzano. Em 2019, um ataque a tiros em uma escola da cidade de Suzano, em São Paulo, deixou 10 mortos. A cobertura sensacionalista do caso, com imagens fortes e manchetes chamativas, gerou pânico na comunidade e nas escolas de todo o país, além de banalizar a violência e dificultar o debate sobre suas raízes.
A exposição constante à violência na mídia pode levar à dessensibilização do público. Com o tempo, atos violentos podem se tornar banais, perdendo impacto emocional e tornando-se mais aceitáveis. A normalização da violência pode aumentar o risco de comportamentos violentos na sociedade. A cobertura sensacionalista de um crime, por exemplo, que inspira outros a cometerem atos semelhantes, buscando imitar o que viram, ou buscando a mesma notoriedade. O efeito de contágio é especialmente prejudicial em comunidades já fragilizadas pela violência.
O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros (CEB), estabelecido pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), apresenta em seu sétimo artigo a vedação ao uso do jornalismo para incitar a violência, a intolerância e o arbítrio. Entretanto, a repetição exaustiva de crimes violentos nas manchetes pode influenciar o comportamento de indivíduos, incitando o ódio social, a discriminação e a violência. Fatores como a falta de regulação das redes sociais também facilitam a promoção de discursos de ódio.
A mestre em psicanálise pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Izabel Azzi, afirma que cada indivíduo, com suas particularidades, pode reagir de uma forma ao conteúdo que recebe. “O ser humano é complexo, parte da nossa psique é atraída pelo mal, agressivo e violento. Esse tipo de notícia atrai por ser algo que as pessoas temem que aconteça com elas, mas também pode ser porque elas tenham um prazer sádico de ver e saber sobre determinado assunto ou porque tenham prazer com o sofrimento alheio”, completa.
Segundo ela, o sensacionalismo tem como objetivo a manipulação em massa e na maioria das vezes é consumido por pessoas sem senso crítico, pessoas facilmente influenciáveis e vulneráveis psicologicamente, por isso pode ter sérios reflexos no dia a dia. “No cotidiano, o sensacionalismo pode aumentar a alienação de alguns indivíduos, a falta de crítica, conhecimento, cultura e educação. Além de promover preconceitos e pensamentos políticos distorcidos”, ressalta a psicanalista.
Espetáculo
O código de ética serve como um guia fundamental para a conduta profissional dos jornalistas que orienta sobre o compromisso do jornalista com a verdade e a informação e com a apuração precisa e a correta divulgação dos fatos. Contudo, é possível observar que ambos são violados com a espetacularização das notícias, promovendo a desinformação e manipulação da opinião pública, a perda de credibilidade da mídia, o desrespeito à privacidade das fontes e até mesmo o aumento da violência e do ódio social.
A jornalista e professora universitária Elisangela Colodeti, ressalta que a espetacularização das notícias dialogam mais com o entretenimento do que com o jornalismo informativo e por isso é considerada inadequada. Entretanto, segundo ela, o jornalismo tradicional também utiliza técnicas presentes na linguagem sensacionalista.
“O jornalismo sensacionalista dialoga com as emoções de quem vai consumir determinado conteúdo, mas, muitas vezes, nós, do jornalismo informativo, precisamos usar técnicas menos explícitas para dialogar com esse lado do nosso espectador. Por exemplo, para escrever manchetes, títulos e intertítulos, sempre pensamos na forma em que devemos escrever para prender a atenção do leitor, mas, observando os limites para não ultrapassar a ética jornalística”, enfatiza Elisangela.
A jornalista afirma que a reação do público é uma incógnita e, de acordo com ela, existem públicos que entendem o sensacionalismo como um aprofundamento da notícia e que, por isso, consideram o modelo mais adequado. Já outras pessoas, com senso crítico mais aflorado, tendem a ver o estilo ultrapassando os limites do que realmente é de interesse público.
A cobertura jornalística de crimes, de forma responsável, não alimenta o medo, a desinformação e a normalização da violência. A sociedade também tem um papel importante na construção de sua mídia. É crucial que os consumidores de informação sejam críticos e questionadores, buscando fontes confiáveis e cobrando um jornalismo ético. Colodeti comenta a seguir sobre os procedimentos adotados na cobertura dos ataques em escola e crimes.
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Por Laura Mariano, Vitor Rodrigues e Yasmin Mello
O jornalismo exerce um papel crucial na democracia ao informar o público, promover a transparência e fiscalizar os poderes instituídos. No entanto, o poder da informação jornalística vem acompanhado de responsabilidade ética em contextos onde a concentração dos meios de comunicação pode comprometer a pluralidade de vozes e a diversidade de opiniões.
O Brasil possui os piores índices de pluralidade na mídia entre 12 países em desenvolvimento avaliados pelo Monitor de Propriedade de Mídia. Essa análise é uma iniciativa dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF), coordenada pelo Intervozes, organização da sociedade civil que defende o direito à comunicação.
Na televisão, mídia mais consumida pelos brasileiros, a Globo, SBT, Record e Band concentram 71,1% da audiência nacional. A mídia impressa também apresenta alto risco para a diversidade de opiniões: 50% da audiência concentrada nos quatro principais grupos, entre eles Globo, Folha, RBS e Sada.
Segundo Pablo Figueiredo, coordenador nacional de Relações Internacionais do partido Rede Sustentabilidade, é indispensável uma melhor regulamentação para democratizar o acesso dos políticos aos meios de comunicação.
Veículos influentes estão sob domínio de grandes nomes da política, causando uma exposição dos leitores à uma possível manipulação de informações. A era da web facilita o acesso a diferentes pontos de vista e tratamento de notícias, mas, em contrapartida, foi aberta a margem para as famosas fake news.
Comunicação e política
Momentos históricos do país têm relação direta com os veículos de comunicação: no período da Ditadura Milita, a imprensa sofria retaliações e apoio de governantes militares, em especial, por conta de episódios de censura e manipulação de enfoque. Um dos mais polêmicos se trata do o debate ao vivo organizado por um pool de emissoras ocorreu entre o candidato do PT, Lula, e o candidato do PRN, Fernando Collor de Mello. O Partido dos Trabalhadores acusou a Globo de privilegiar o candidato do PRN, apontando que a edição colocado no Jornal Nacional contou com os melhores momentos de Collor no debate e os piores de Lula. Além disso, Collor teve ainda mais tempo de tela do que o adversário.
A Rede Globo fez um mea-culpa pela edição do debate entre Lula e Fernando Collor, 26 anos depois. Confira a reportagem na íntegra.
Existem leis que permitem a política e o jornalismo andarem lado a lado, mas sem interferência direta. Matheus Ephina, advogado eleitoral, partidário e administrativo explica: “Segundo o Art. 54 da Constituição Federal, os deputados e senadores não podem firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, bem como são proibidos de serem proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada”.
Pedro Mamede, coordenador de Comunicação do gabinete da deputada estadual Ana Paula Siqueira e coordenador de Comunicação da Executiva Municipal do partido Rede Sustentabilidade, conta que comunicação e política estão sempre muito relacionadas, uma vez que a política é a arte do diálogo. “Hoje, com o uso da internet, a proliferação é muito mais alta, assim como a facilitação da propagação de notícias falsas, polarização e radicalização”, afirma o comunicador que também comenta sobre as formação de bolhas de opinião nas redes que dificultam ainda mais o debate público, principalmente nesse momento de radicalização vivido no país.
Enfrenta-se no Brasil um desencanto que leva muitos cidadãos a se desinteressarem por política, o fenômeno é chamado de analfabetismo político: cidadãos se abstêm de votar, votam branco ou nulo, ou sequer sabem sobre o que estão votando. O resultado é a representatividade falha e governos eleitos com uma base de apoio limitada. “As pessoas têm muito descrédito com política. Há também um certo desconhecimento do público do papel de cada um, às vezes cobra asfaltamento de rua para deputado estadual sendo que uma competência de vereador”, finaliza Mamede.
Ética jornalística
A concentração dos meios de comunicação no Brasil e sua ligação direta com a política é uma discussão que precede a era digital. Desde os anos 90 essa temática é abordada nos cursos de comunicação e o cenário atualmente vem passando por mudanças. Para a pesquisadora social e gestora de projetos com a comunidade, Viviane Loyola, além de seguir o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, o profissional em questão sempre tem que estar atento à credibilidade da fonte e certificar que a linguagem do texto esteja correta e de fácil entendimento.
“Além das questões gerais e atemporais do ponto de vista ético, têm as questões da contemporaneidade. Como a necessidade da checagem e ‘rechecagem’ de dados, porque o volume de desinformação produzida é muito grande. Outra questão que eu considero ética é o compromisso com a qualidade do texto”, afirma Loyola.
Foto: Acervo pessoal
Viviane acentua que o trabalho de apuração precisa ser feito com critério e ouvindo todos os lados, para que haja esclarecimento do tema e conscientização da população, assim contribuindo com a educação e a cidadania.
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Capas das revistas produzidas pelos alunos do 1° período, com os temas generalidades, esportes, Fórmula 1 e moda
Créditos da imagem: Vitória Figueiredo
Por Vitória Figueiredo
Os alunos do 1° período de Comunicação Social da Fumec (Jornalismo e Publicidade e Propaganda) produziram revistas impressas para a matéria de Redação. O conteúdo das revistas inclui textos produzidos pelos alunos ao longo do semestre.
Juliano Azevedo, professor da Universidade Fumec e responsável pela disciplina de Redação, comentou sobre a proposta da atividade:
“A matéria de Redação prevê que os alunos produzam textos básicos da literatura, para serem aplicados na redação publicitária e na redação jornalística. É um trabalho chamado de mídia impressa”, relata. “Serve para os alunos reconhecerem como funciona a aplicação, na Publicidade e no Jornalismo, de crônicas, contos, artigos opinativos, editoriais, estudo de tipografia e resenha crítica (de filmes ou séries ou livros, ou críticas literárias)”, explica Juliano, citando os gêneros textuais presentes nas revistas.
Juliano acredita que o trabalho é benéfico para os alunos: “A atividade é importante para os alunos escreverem e produzirem. É fundamental que eles saibam como esses textos são publicados, como é o trabalho, tanto jornalístico como publicitário, de conhecer a mídia impressa, seja na parte textual, seja na parte gráfica”, ressalta.
Revistas
O professor acredita que a atividade proporciona maior entendimento sobre a produção de uma revista: “É importante para entender o veículo revista: como ele é feito, como é o relacionamento com a gráfica, o que é uma produção editorial, o que é o papel, sua gramatura, seu tipo, os acabamentos necessários para fazer uma revista, o tipo de impressão, como fazer a escolha entre RGB e CMYK, escolher as cores, saber como usar a fotografia, fazer a diagramação, entender todo esse processo de construção gráfica”, enumera.
Conteúdos
Segundo Juliano, os alunos produziram textos de diferentes gêneros ao longo do semestre e, ao final, escolheram quais estariam presentes nas revistas. “Cada grupo pôde escolher um conceito que nortearia a revista: esportes, moda, generalidades, cultura etc”, conta. “ Todos os textos deveriam estar relacionados àquele conceito. O objetivo é materializar esses textos em uma mídia impressa”, finaliza.
Os temas das revistas foram Fórmula 1, moda, generalidades e esportes. A seguir, o professor comenta sobre os resultados do trabalho:
Leia, a seguir, as revistas produzidas pelos alunos:
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Por Júlia Garcia, Ketlen Luiza, Klara Giovanardi, Nitiele Freitas e Miguel Lobato
Créditos: arquivo pessoal
No universo da cirurgia plástica, a busca por uma estética aprimorada, muitas vezes, é acompanhada pela necessidade de uma recuperação cuidadosa. A fisioterapia tem papel importante no processo pós cirúrgico, por meio de abordagens personalizadas e cuidados específicos.
O Conecta conversou com a fisioterapeuta Karla de Souza. Pós-graduada em dermato funcional e pós-operatório, a profissional explicou sobre as contribuições da fisioterapia para a recuperação física e emocional dos pacientes que buscam por transformações estéticas.
Leia a seguir entrevista sobre o assunto com Karla de Souza.
Conecta: Quais os benefícios da fisioterapia no processo de pós-operatório das cirurgias plásticas?
Karla de Souza: A fisioterapia ajuda a minimizar o processo inflamatório, traz conforto e bem estar para o paciente. Ela é essencial à realização de manobras de terapias manuais, para ajudar no resultado final da cirurgia e na prevenção de complicações cirúrgicas.
Conecta: Como uma fisioterapia personalizada pode auxiliar no pós-operatório de cirurgias plásticas ?
KS:. Cada cirurgia e cirurgião apresenta uma técnica cirúrgica. Para uma fisioterapia personalizada, o fisioterapeuta precisa não só estar alinhado com o cirurgião, mas, também, com a cirurgia. Uma fisioterapia personalizada é essencial, pois cada cirurgia plástica apresenta desafios específicos. O trabalho em equipe faz total diferença para um pós operatório de excelência, que priorize sempre o paciente.
“Uma fisioterapia personalizada é essencial,
pois cada cirurgia plástica apresenta desafios específicos”
Conecta: Existem abordagens específicas para lidar com a dor após procedimentos estéticos?
KS: Sim. Técnicas de transferência linfática manual, massagem terapêutica e exercícios específicos podem ser incorporadas para promover a circulação linfática, reduzir o surto e aliviar a dor, proporcionando um conforto maior ao paciente. Fatores externos podem ocorrer e prejudicar a cirurgia do paciente. Por exemplo, o manejo dos pacientes com a incisão cirúrgica e a evolução de uma necrose (morte do tecido por falta de nutrição sanguínea). Nestes casos, temos que agir de forma diferente. Um recurso a ser utilizado pela fisioterapia é a eletroterapia: utilizamos o laser de baixa potência para melhorar a irrigação sanguínea e nutrir o tecido.
Conecta: Em que momento pós-cirúrgico é mais indicado iniciar a fisioterapia e por quê?
KS: Costumo dizer que desde a consulta pré-operatória, onde se inicia a jornada do paciente. Vamos conhecer o histórico dele, sanar todas as dúvidas e alinhar as condutas do pós-operatório. Após esse primeiro momento, iniciamos o primeiro atendimento no bloco cirúrgico. Outro momento é logo após o fim da cirurgia, com a aplicação do Tape Mecano Modulador, que é uma bandagem elástica aplicada de forma estratégica para diminuir o processo inflamatório, proporcionando uma recuperação mais rápida e evitando complicações pós-cirúrgicas. O paciente irá permanecer com esse Tape por 7 dias, em média. Depois, retiramos o Tape.
“Técnicas ajudam a prevenir a formação de aderências, melhoram
a elasticidade dos tecidos e promovem cicatrização mais eficaz”
Conecta: A fisioterapia pode contribuir para a melhoria da cicatrização e redução de possíveis complicações?
KS: Com certeza. A fisioterapia desempenha um papel fundamental na melhoria da cicatrização e na redução de complicações. Técnicas como massagem cicatricial, mobilização técnica e exercícios específicos ajudam a prevenir a formação de aderências, melhoram a elasticidade dos tecidos e promovem uma cicatrização mais eficaz. Além disso, logo após a finalização da cirurgia, começamos a fisioterapia, com aplicação do Tape intra-operatório. Essa aplicação proporciona um pós-operatório mais seguro, ou seja, com menos dor, menos inchaço, menos equimoses (roxos), mais controle dos movimentos e, consequentemente, uma recuperação mais rápida.
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Por João Pedro Bretas, Jonnathan Anthony, Maria Julia Coelho Vieira e Milena Andrade
o impacto dos padrões de beleza na saúde mental
Créditos da imagem: arquivo pessoal
Muitas vezes, os indivíduos que desenvolvem transtornos alimentares, como compulsão alimentar, anorexia e bulimia, são influenciados por ideais de beleza inatingíveis, propagados pela mídia e sociedade em geral. A pressão para se enquadrar nesses padrões pode levar a uma autoimagem distorcida. Uma das consequências da busca pela “perfeição” estética são os comportamentos alimentares prejudiciais.
O Conecta conversou sobre o assunto com a médica psiquiatra e psicoterapeuta Tamara Marques Kenski, formada na Faculdade de Medicina de Juiz de Fora. A profissional cita movimentos como o “Body Positive” (que luta contra a disciminação de corpos considerados ‘fora do padrão’.) e explica sobre a influência desse movimento nas gerações X (nascidos entre 1965 e 1981) e Y (nascidos entre 1982 e 1994).
A médica enfatiza a importância de desafiar os padrões de beleza impostos pela sociedade com o objetivo de promover uma relação mais saudável com a alimentação e a imagem corporal, contribuindo para a prevenção e tratamento dos transtornos alimentares. Segundo ela, não é incomum que indivíduos depressivos e ansiosos desenvolvam transtornos alimentares. Em relação ao tratamento, pode-se buscar ajuda por meio de terapia cognitivo-comportamental, auxiliada por intervenções farmacológicas.
Leia a seguir entrevista sobre o assunto com Tamara Marques.
Conecta: Em sua experiência clínica, como a busca pelos padrões de beleza promovidos na internet afeta a autoestima dos indivíduos?
Tamara Marques : O excesso de “perfeição” é uma influência negativa. Pense comigo: se toda vez que produzir conteúdo, uma influenciadora aparecer “perfeita”, diversas pessoas irão se inspirar nela e buscarão pelo mesmo objetivo, por essa “perfeição”. Dessa forma, as pessoas nunca estarão satisfeitas, pois esse é um padrão que não existe e, nisso, muitos correm risco de vida ao tentarem alcançar tais objetivos.
Conecta: Você acha que a sociedade e a mídia influenciam a percepção do corpo e a relação das pessoas com a comida?
T.M: Com certeza. Os jovens são muito influenciados pelas mídias. E essa influência afeta pessoas até os 35 anos, mais ou menos. Ela pode ser tanto para coisas boas quanto para coisas ruins. Existem coisas que, se não víssemos, não iríamos desejar: se não existisse a internet, talvez eu não teria o visual que tenho, não me vestiria como me visto, por exemplo. Desejamos coisas que não são nossas vontades genuínas. Mas, em contrapartida, do mesmo jeito que podemos ser influenciados por padrões, podemos ser influenciados a nos amar mais.
“Podemos ser influenciados por padrões, mas também a nos amar mais”
Conecta: Como o movimento Body Positive pode alcançar não só os jovens, mas as gerações X e Y?
T.M.: Nos jovens, o Body Positive é penetrável, pois eles são muito influenciados pelo que veem na internet. Por outro lado, eu acho mais difícil uma pessoa mais velha ser influenciada dessa forma. As pessoas mais vividas já sofreram muito pelos padrões antiquados impostos pela sociedade. Ações e campanhas de mídia e internet não as alcançam. Essas são as mesmas pessoas que, quando procuram um médico, já estão desacreditadas e continuam assim. Então, para atingir pessoas mais velhas, creio que precisaria ser algo mais delicado. Atingir esse público não pode ser através de algo tão superficial.
“Quando atendo pessoas de idades diferentes,
uso linguagens diferentes, mas a mensagem é a mesma”
Conecta: Quais mudanças positivas você espera ver na abordagem da sociedade em relação aos transtornos alimentares?
T.M: Criação de campanhas motivacionais. Precisamos da desconstrução do padrão “perfeito”. A ideia de acolher corpos, a naturalidade, deixa a gente mais à vontade, como tem sido atualmente em desfiles ou revistas com pessoas comuns. Outra forma de abordagem seria, também, pelas novelas, considerando que são mais assistidas pelo público mais velho.
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Por Nathália Melissa, Bruna Luane, Giovanna Ribeiro, Sofia Ribeiro, Antônio D’Ávila e Maria Eduarda Maldonado
Créditos: Arquivo pessoal/Instagram
Ser um artista independente no Brasil, em 2024, é um desafio que se desenha em dois cenários complexos, mas intrinsecamente conectados. Em um contexto em que as inovações tecnológicas facilitam o acesso a plataformas virtuais, a vida de um artista independente ganha uma nova dimensão, permitindo que qualquer paixão se transforme em um produto digital. A liberdade criativa é a essência, mas a vida dupla, muitas vezes, se manifesta na busca por uma segunda fonte de renda. Muitos artistas independentes precisam conciliar seu trabalho artístico com empregos convencionais, realidade necessária para garantir estabilidade financeira. Essa dualidade não apenas requer habilidades de gestão de tempo, mas também resiliência para navegar entre os dois mundos.
Além de professor da Universidade Fumec, nos cursos de Comunicação, Computação Gráfica e Design de Jogos, Danilo Aroeira é ilustrador. Dentre suas publicações, destacam-se livros infantis e infantojuvenis, como “Um sonho careca” (2016) e “O sorriso de João” (2015), ambos em parceria com a escritora Dra. Raquel Vilela, e “Trocadilhos Dragon Ball” (2018). O artista é criador da premiada webcomic “Samurai Boy” e coautor de “Alynna” (2019), em colaboração com a escritora Laís Menini. Danilo falou ao Conecta sobre suas experiências e percepções sobre a arte. Leia a entrevista completa a seguir.
Conecta – Sabendo das dificuldades que um artista enfrenta atualmente, como é dar aulas para universitários?
Danilo Aroeira – Essa é uma pergunta muito complexa, até porque nos cursos que eu leciono, nem todo mundo quer se tornar artista. Eu procuro dar uma visão criativa para as profissões que os alunos buscam e tentar oferecer a minha contribuição e minha experiência pessoal o máximo possível, dentro das especificidades de cada jornada. Isso, então, vai significar coisas diferentes para quem busca uma carreira no Jornalismo, na Publicidade ou no Audiovisual, no caso de Computação Gráfica ou na indústria de jogos. Então, sim, têm vertentes diferentes, de acordo com os perfis dos meus alunos. Num curso com, essencialmente, uma orientação mais artística, como o Audiovisual ou Design de Jogos, existem alunos que vão procurar um caminho similar ao da comunicação, vão trabalhar em produtoras ou em TV. A abordagem tenderá para esse lado mais criativo.Minha abordagem é não tentar focar tanto no lado artístico, porque esse não é o campo de trabalho desejado por todo mundo, mas tentar ver como essa característica ou essa visão de mundo pode contribuir para jornadas que têm interface com carreiras criativas, independentemente do seu objetivo final.
Conecta: Qual a sua opinião sobre a Inteligência Artificial?
DA: Acho que a Inteligência Artificial, de maneira geral, é uma ferramenta útil. Ela já está presente na nossa vida antes da popularização do nome IA, que têm se tornado conhecido ultimamente, devido, principalmente, ao advento do chat GPT.
Desde os anos 70, quase todos os jogos digitais possuem algum tipo de Inteligência Artificial. Ela é muito usada nos algoritmos das redes sociais desde 2002. Todas as versões emergentes de redes sociais têm algum outro tipo de inteligência artificial, que recomenda contatos e seguidores.
“Se tem alguém iludido, achando que redator de prompt será uma profissão,
é muito importante que essa pessoa caia dessa cadeira o quanto antes,
porque não vai”
Conecta: E o que você pensa sobre as Inteligências Artificiais generativas, como Chat GPT?
DA: Para mim, as inteligências artificiais generativas (aquelas capazes de criar conteúdos do zero: imagens, vídeos, textos, etc), como “Chat GPT”, “Midjourney”, entre outras, são extremamente nocivas e partem de um lugar muito antiético: após o usuário digitar o prompt (o que deseja que as IAs criem), elas ”roubam” conteúdos para poder gerar o produto. E, além disso, as inteligências artificiais causam um desequilíbrio na balança profissional de diversas atividades. Os produtores de conteúdo para internet já foram impactados pela concorrência oferecida pelo “ChatGPT”.
Conecta: De que forma o trabalho dos artistas é impactado pela IA?
DA: Quem trabalha com arte em geral, como artes visuais, ilustração e design, foi prejudicado pela concorrência de dispositivos como “Stable Diffusion” (que cria imagens realistas a partir de comandos textuais). Isso não deveria ser um problema se a ferramenta fosse, de fato, criada para auxiliar profissionais de artes visuais e de texto. Mas essas ferramentas não são criadas para nos ajudar, são criadas para nos substituir.
“As ferramentas de IA são criadas para nos substituir”
Conecta: Como você acredita que, futuramente, o Chat GPT impactará os empregos das pessoas?
DA: O cargo de “redator de prompts” (comandos textuais para IA) não será uma profissão. Em sua versão mais avançada, o “Chat GPT” já escreve prompts para si mesmo e para outras ferramentas. A redação humana de prompts não é uma habilidade que vale a pena ser aprendida, pois não vai se sustentar por muito tempo. No futuro, a profissão será sucateada e os poucos profissionais que forem prompt master serão super explorados, porque vão ter que fazer, sozinhos, o trabalho de muitas pessoas. (prompt masters são profissionais que delegam tarefas à Inteligência Artificial).
Conecta: A grande demanda pela arte digital afeta seu trabalho?
DA: Meu trabalho é afetado positivamente, porque a arte digital é o que faço com maior relevância. E, diferentemente das inteligências artificiais, a arte digital é uma ferramenta extremamente útil. É inevitável trabalhar com o digital em alguma das etapas do processo. Na maioria dos trabalhos que faço para clientes, eu opto por trabalhar de forma 100% digital. (embora, em algum outro, ainda tenha uma etapa analógica, que é a de tinta no papel). Faço essa escolha devido à praticidade, à agilidade, por ser industrialmente mais adequado, por economizar muito tempo e evitar o desperdício de materiais. O mercado também absorve melhor a arte digital, então eu priorizo trabalhar com ela.
“A maior dificuldade está em que alguns artistas não conseguem fazer
uma promoção do próprio trabalho que seja profissional”
Conecta: Você acredita que o conflito entre artistas usuários de arte digital e de arte analógica te envolve e te afeta?
DA: A crença nesse conflito é algo que está na cabeça de quem não é artista. Entre os artistas, não há essa rixa. Artistas não consideram a arte digital melhor ou pior do que a física. Muitos artistas trabalham com os dois tipos de arte. Eu trabalho com os dois. Opto por usar mais o digital, porque é mais prático no meu dia a dia. Mas, entre os artistas, essa disputa não existe. No dia a dia, isso não me afeta em nada. As pessoas não têm nenhum tipo de preconceito nesse sentido e os meus clientes não se importam com isso. Pelo contrário, às vezes nem fazem esse discernimento.
Conecta: Quais são os principais desafios enfrentados por artistas independentes ao equilibrar a busca pela expressão artística e a necessidade prática de garantir uma fonte de renda estável?
DA: A maior dificuldade está em que alguns artistas não conseguem promover o próprio trabalho de forma profissional. Algo interessante de ser feito para divulgação é o release. Tenho uma amiga influenciadora. Às vezes, artistas mandam materiais para ela, já esperando alguma divulgação. Ela fez um conteúdo muito interessante, orientando os artistas a como fazer release. É algo muito legal e que pode servir de utilidade pública, porque pode haver alguns artistas que, talvez, não saibam o que é um release, como fazê-lo, quais as utilidades dele, como procurar veículos e influenciadores para divulgação, quais releases são adequados para o tipo de produto feito pelo artista.
“As inteligências artificiais generativas, se não forem reguladas,
podem impactar o cenário artístico de maneira muito negativa”
Conecta: O que um artista pode fazer para ter mais sucesso na divulgação de seu trabalho?
DA: Não é qualquer tipo de divulgação nas redes sociais que funcionará para todo mundo. É necessário que cada artista encontre o seu público e saiba como chegar até ele da maneira mais profissional possível. Eu acho que o principal gargalo é distribuir o seu trabalho. Existe mercado e demanda para todo tipo de arte, para todo tipo de perfil, de artista independente e de outras naturezas.O grande desafio é saber onde está o seu público, como chegar até ele.
Conecta: Você sentiu dificuldade em precificar suas obras e conseguir vender seu trabalho?
DA: No começo, eu tinha essa dificuldade. É muito comum que artistas maduros tenham essa dificuldade mesmo. Assim, acabam jogando o valor do seu trabalho muito pra baixo. Precificar o trabalho é algo que a gente aprende com o tempo. No caso do mercado de ilustração, existem as comunidades de ilustradores, os grupos de ilustração e os grupos profissionais de ilustração. Quando eu estava na faculdade, uma fonte de estudo muito importante para mim foi a Associação Brasileira de Ilustradores Profissionais. Eles tinham um repositório muito grande de informações sobre contratos, orçamento, precificação. Isso me ajudou muito a entender como se posicionar, precificar o trabalho, saber para que tipo de cliente se deve cobrar.
“É necessário que cada artista encontre o seu público e saiba como chegar
até ele da maneira mais profissional possível”
Conecta: E agora, como funciona seu sistema de precificação?
DA: Por exemplo: vou gastar o mesmo tempo e, talvez, até os mesmos recursos, com uma ilustração de um pet de uma pessoa e com uma ilustração para uma grande marca. A diferença é que a grande marca vai expor essa ilustração para milhões de pessoas e vai lucrar muito mais com ela. Então, mesmo que eu gaste o mesmo tempo com os dois trabalhos, cobro mais para a grande marca, porque ela vai tirar maior valor do meu trabalho.
Conecta: Ainda sobre a precificação, qual dica você daria aos artistas iniciantes?
DA: A dica que eu dou para quem está começando hoje, se a pessoa ainda está estudando para ter uma formação na área, é cobrar o que seria um “valor de estagiário”: uma fração do valor de mercado. Depois que a pessoa se considerar pronta, sugiro que ela passe a cobrar o valor de mercado, incluindo adicionais em cima de cada condição. Algumas condições seriam, por exemplo: se o cliente é uma empresa grande (o que fará você ser exposto com seu trabalho), se o trabalho será licenciado por muito tempo, se a pessoa quer ter direitos de uso daquela imagem por muitos anos, dentre outras coisas. Para muita gente, tudo isso vai onerando cada vez mais o trabalho e fazendo com que o valor cobrado pelo artista também aumente. A necessidade de abaixar esse preço quando a situação demanda também faz parte da realidade de quem trabalha com arte.
“Quando a criatividade humana intacta e genuína for cada vez mais rara,
ela vai ser cada vez mais valorizada”
Conecta: Como professor e artista, você acredita que as pessoas perderam o interesse por fazer arte?
DA: Não. Pelo contrário. Eu acho que o interesse das pessoas por fazer arte está aumentando.. Cada vez mais eu vejo mais artistas, mais gente procurando esse tipo de coisa, porque, na realidade, a arte é uma necessidade humana. É necessário que a gente se expresse, se comunique de outras formas que não sejam as conversas que temos no dia a dia. Às vezes, pessoas muito introspectivas não gostam de interagir socialmente, mas se expressam de maneira muito voraz e grandiosa por meio da arte que produzem.
Conecta: Qual sua opinião sobre esse aumento de interesse das pessoas pela arte?
DA: Eu vejo que, à medida que a população cresce, a proporção de artistas também cresce. Porque na verdade, todo mundo é um pouco artista. Tem pessoas que abandonam esse caminho pelas pressões sociais, pela necessidade de sobrevivência ou por outro motivo. Mas eu torço para que todo mundo possa se expressar artisticamente, mesmo que de maneira não profissional. Os benefícios da arte para a saúde mental e o bem-estar são muito grandes. Vejo que essa busca por arte tem aumentado de maneira crescente. Pessoalmente, torço para que ela continue acontecendo, cada vez mais.
Conecta: Quais são as suas expectativas para o futuro no cenário artístico?
DA: As inteligências artificiais generativas, se não forem reguladas, podem impactar o cenário artístico de maneira muito negativa. Vai chegar uma época em que a maioria das imagens e dos textos existentes no mundo serão provenientes de inteligências artificiais. Será mais difícil para nós, artistas, sobrevivermos e sermos remunerados pela arte que fazemos. Se continuar nessa vertente, as poucas pessoas que continuarão relevantes no cenário artístico serão as pessoas genuinamente mais criativas, mais inovadoras, com maior sensibilidade. Quando a criatividade humana genuína for cada vez mais rara, ela será cada vez mais valorizada.
“Eu acho que o artista tem que ter liberdade artística,
mas não liberdade para cometer crimes”
Conecta: Em suas obras, como “Sorriso de João” e “Um Sonho careca”, há uma enorme sensibilidade artística. Você vê a arte com um olhar crítico ou político?
DA: A arte não tem como não ser política. Toda a arte é fruto da sua cultura, do seu tempo, da sua época. E se ela não combate o status quo, ela, necessariamente, contribui para ele. Não existe arte neutra, Não existe arte apolítica. Acredito que a arte deve ser liberal no sentido de transgredir. O artista deve ser transgressor. Ele deve ter a possibilidade de não cumprir as regras.
“A arte é uma necessidade humana”
Conecta: Há algum exemplo dessa liberdade artística que você considere importante salientar?
DA: Na época da ditadura militar, era crime falar e mostrar certas coisas, mas isso não inibiu os artistas. Eles produziram sua arte e sofreram as consequências. Muitas vezes foram torturados, presos e mortos em função de sua expressão artística. Eles se expressaram da forma que achavam que a sociedade da época pedia. Então, nesse sentido, os artistas precisam ter liberdade. Mesmo que essa liberdade seja tolhida, os artistas precisam tê-la. Devem ser livres para executar sua arte e sofrer as consequências depois. Mas isso não quer dizer que eu concorde com tudo que é produzido na arte.
Conecta: Você acredita que há um limite para essa liberdade artística?
DA: Eu acho que o artista tem que ter liberdade artística, mas não liberdade para cometer crimes. Ele tem que poder se expressar da maneira mais plena, dentro de suas possibilidades e de sua capacidade. Não existe arte apolítica. A arte pode ser crítica, mas não tem a obrigação de ser crítica. Pode ser reflexiva, mas não tem obrigação de ser reflexiva. Pode ser transgressora sem ter a obrigação de ser transgressora. A arte de entretenimento também é arte e também é muito relevante. Ela pode nos levar a sentir, refletir, pode nos manter vivos e sãos.
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Por Ana Clara; Ana Júlia; Esther Christine e Luís Felipe.
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A Covid-19 é uma infecção respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. De elevada transmissibilidade, a doença é potencialmente grave, o que causou uma crise sanitária em 2020, quando ainda não havia vacinação contra a doença. Pertence ao subgênero Sarbecovírus da família Coronaviridae e é o sétimo coronavírus conhecido a infectar seres humanos.
Na entrevista a seguir, o Conecta conversou com Michelle Capanema, médica pediatra do Hospital Geral Roberto Santos, a respeito das novas variantes do vírus de Covid-19, como elas podem influenciar na dinâmica da doença e quais são os novos desafios em relação à doença, especialmente para as crianças. Capanema ressaltou a eficácia das vacinas e a importância da vacinação para a prevenção da doença. Além disso, a médica abordou os avanços científicos no tratamento do vírus.
Conecta: Como as variantes do vírus têm influenciado a dinâmica da doença, e quais desafios específicos elas apresentam para os esforços de controle?
Michelle Capanema: Quando ocorre a infecção, o vírus faz cópias de seu RNA; um erro gera uma mutação, que pode mudar suas características, gerando então as variantes, causando sintomas desde mais leves até mais graves, o que dificulta em achar um tratamento específico ou até mesmo uma vacina que contemple todas as variantes dificultando o controle da doença.
Conecta: Qual é a eficácia das vacinas disponíveis em relação às novas variantes e a importância contínua da vacinação?
MC: As vacinas contra a COVID-19 são muito eficazes e deram uma contribuição importante para limitar a transmissão do vírus SARS-CoV-2 em todo o mundo e continuam mostrando forte proteção contra doença grave e morte em todas as variantes de vírus identificadas até o momento. Porém, sabemos que nenhuma vacina é 100% eficaz na prevenção da doença. Sempre haverá uma pequena porcentagem de pessoas totalmente vacinadas que ainda ficarão doentes. Por isso, a importância contínua da vacinação, pois a vacina modificada (incluindo as variantes) e administrada como dose de reforço faz com que se amplie a imunidade, mantendo a proteção contra doença grave e morte.
“Com os adultos mais protegidos pelas vacinas, as crianças passaram
a ser parte dos grupos etários mais afetados”
Conecta: Há alguma mudança nas faixas etárias mais afetadas pelos novos casos?
MC: Sim, cerca de 15% dos novos casos por Covid-19 são crianças de 0 a 4 anos de idade. O resultado reforça a necessidade de vacinação para essa faixa etária. E a maior parte dos casos atinge também os pacientes de 60 a 80 anos de idade. Com os adultos mais protegidos pelas vacinas, as crianças pequenas (muitas ainda não estão em dia com a vacina contra a Covid-19) passaram a ser parte dos grupos etários mais afetados pelos casos graves da doença.
Conecta: Existem lições aprendidas com as fases anteriores da pandemia que estão sendo aplicadas para enfrentar os novos desafios?
MC: Claro, por exemplo, a questão da higienização das mãos, o uso de máscaras em ambiente hospitalar, o uso de máscara em caso de sintomas gripais, o incentivo à vacinação e a realização de campanhas e adesão da população foram as lições aprendidas na fase inicial da pandemia que são usadas no cenário atual.
“O vírus não deixará de existir, assim como tantos outros”
Conecta: Como os avanços científicos recentes estão contribuindo para o desenvolvimento de terapias mais eficientes?
MC: Quando se iniciaram os investimentos em vacinas para combater o coronavírus e variantes, devido aos avanços científicos, conseguiram uma vacina dentro de um ano e concomitantemente, começaram a ser realizadas também pesquisas com medicamentos que já existem para outras doenças em pacientes da Covid-19 gerando cada vez mais terapias eficientes.
Conecta: Quais são suas perspectivas para o futuro próximo em relação à evolução da pandemia no Brasil?
MC: Bem, é evidente que o vírus não deixará de existir, assim como tantos outros (adenovírus, rotavírus, influenza), porém, é esperado que a partir do momento em que a população se conscientizar e se vacinar, usar máscara quando apresentar sintomas gripais, fazer higiene das mãos e de objetos e se proteger, cada vez menos casos graves acontecerão como na fase inicial da pandemia e a doença estará nesse caso controlada.
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Por Carlos Fernando, Dalila Lana, Leandro e Mariana Luquine
Leo Lachini, natural de Belo Horizonte, iniciou sua trajetória musical aos 4 anos com o piano e, aos 14, autodidata no violão com incentivo do amigo Inácio Cavalieri. Destacou-se em 1991 com a banda Entropia no Rock School Festival. De 1993 a 2005, foi guitarrista da banda Tianastácia, contribuindo em discos reconhecidos, inclusive com indicação ao Grammy Latino. Realizou seu mestrado na Université Paris Est, aprofundando-se na influência do ambiente na qualidade da gravação. De volta ao Brasil, tornou-se consultor em acústica e sonorização.
Retomou a produção musical, gravando grupos como Skank e Cesar Menotti e Fabiano. Em 2012, ingressou na Riedel Comunicações, participando de grandes eventos globais, como Jogos Olímpicos de Londres e Formula 1. Em 2014, fundou a Leo Lachini Sound Design and Acoustics, focando em consultoria acústica, produção musical e design de estúdios. Destacou-se também na instauração do projeto REC em 2015, inspirado em festivais internacionais, registrando shows de bandas autorais ao vivo. É reconhecido por sua técnica refinada, bom gosto musical e compromisso com a entrega oportuna de seus trabalhos.
Em entrevista ao Portal Conecta, Leo Lachini fala sobre suas experiências profissionais como produtor musical e engenheiro de som no mercado musical e comenta sobre as perspectivas desse cenário no contexto atual.
Conecta: Em 1996, você entrou na banda Tianastácia, assumindo o posto de guitarrista. O quão importante foi para você essa experiência e como ela reverbera até hoje na sua carreira?
Leo Lachini: Já tocava com a banda MANDRIX (que existe até hoje) que é um tributo a Jimi Hendrix. Então, estava bem “afiado” na guitarra quando fui convidado pelo ex-baterista Cadu Nastácia (falecido em 1997, que tocava comigo no Mandrix) para entrar no Tianastácia. A banda estava no segundo dia de gravação do primeiro CD “ACEBOLADO”, e eu estava finalizando a faculdade de Odontologia. Topei entrar sem pensar, gravei o disco, me formei e continuei dividindo o trabalho de guitarrista e dentista de 1996 até janeiro de 1999, quando passei a me dedicar exclusivamente à música. O tempo passou, toquei pelo Brasil afora e conheci muitas pessoas no meio musical que sempre acompanharam a minha trajetória. Acabei sendo dispensado da banda em 2005. A partir daí, trabalhei no estúdio do Skank, onde aprendi a arte da gravação de som e morei fora para fazer um mestrado em gravação na França, o que acabou se tornando uma especialização em acústica. Ao voltar para o Brasil, continuei tocando em bandas menores e confesso que já não estava mais animado a tocar guitarra profissionalmente. Mas, a partir de 2019, por causa dessa rede de relacionamentos conquistada pela minha passagem na banda Tianastácia, voltei a tocar ao lado de grandes artistas como Rodrigo Santos, Nando Reis, Henrique Portugal, Leo Jaime e mais recentemente com Armandinho (A Cor do Som). Resumindo: o mais importante da minha passagem na banda Tianastácia foi a quantidade de pessoas do meio musical que conheci e que levo até hoje comigo.
C: Em seu trabalho como produtor musical, quais qualidades você observa para realizar a captação de novos talentos?
LC: Pra mim é muito simples: ou a música arrepia ou não. Se não me emociona, não rola. Basta violão e voz, uma bela melodia (inclusive até mais do que uma letra elaborada) e se arrepiar, já é. Está pronta para ser arranjada/produzida/gravada. Já aconteceu de existirem músicas que não curto de primeira, mas que vejo alguma coisa ali e uma hora ela vira a chave e acaba arrepiando. Mas na maioria das vezes a emoção bate imediatamente, no violão e voz.
“O mais importante da minha passagem na banda Tianastácia foi a quantidade de pessoas do meio musical que conheci e que levo até hoje comigo”
C: Quais são as maiores dificuldades enfrentadas no mercado musical brasileiro?
LC: Hoje é muito mais fácil ter músicas gravadas. Em casa mesmo é possível que um álbum seja gravado. Consequentemente, muita coisa é lançada todos os dias, o que torna o mercado muito competitivo. E hoje as redes sociais representam um papel muito importante no sucesso de um artista, infelizmente. Não é só a qualidade musical (se arrepia ou não) que conta. Acredito que é necessário um engajamento enorme de público para fazer uma música “virar”. Lá atrás, em 1996, era muito caro gravar um álbum e divulgá-lo. O sonho de todas as bandas era ser contratado por uma gravadora porque havia o investimento e a divulgação na grande mídia. Mesmo assim, se o trabalho não fosse consistente, a banda não vingava.
C: Com diversas bandas já consolidadas, como Skank, Tianastácia, Jota Quest e Lagum, como você enxerga o rock e sua evolução em Minas Gerais?
LC: O rock sempre vai existir em MG e no mundo afora. Porém, conforme citei na questão anterior, hoje é muito mais difícil fazer sucesso pela quantidade de bandas que existem e são lançadas todos os dias. Skank e Jota se consolidaram na década de 90, antes de existir pirataria e streaming e souberam conduzir a carreira. Lagum é um exemplo que deu sorte de ter uma música estourada no streaming (“Deixa”) apesar do indiscutível talento e a partir daí, conseguem se manter no mercado, o que é muito difícil na minha opinião.
“O sonho de todas as bandas (em 1996) era ser contratado por uma gravadora porque havia o investimento e a divulgação na grande mídia”
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Por Vitória Figueiredo e Maria Júlia Coelho
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A Rádio Fumec inicia, com o podcast “Vida longa, mente Sã “, programação que visa lançar episódios sobre diversos temas. As gravações acontecerão no estúdio de rádio da Universidade Fumec, com técnico e orientação especializados. Há uma mentoria para interessados em sugerir temas, para produção e gravação dos programas. Cada podcast irá ao ar duas vezes por semana.
Nair Prata é professora do curso de Jornalismo da Fumec, coordenadora do laboratório de Rádio da Universidade e dos cursos de comunicação Latu Sensu. É editora da revista Mediação e professora do Stricto Sensu: mestrado e doutorado em tecnologia da informação e comunicação e gestão do conhecimento.
Ela explica sobre o lançamento do Podcast da Rádio Fumec. “Quando assumi a coordenação do laboratório de Rádio, fiz um projeto de reconfiguração da programação da rádio, que era essencialmente musical, apenas com alguns programas ao vivo.”
“Vi a necessidade de construção de um conteúdo que incluísse conversas, bate-papo, entrevistas e jornalismo. Assim, fiz um convite à comunidade da Fumec e à comunidade externa, para que produza e apresente seus podcasts”, conta a professora
gravação e produção dos podcasts
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Vida Louca, Mente Sã
O primeiro podcast do projeto já foi lançado. “Vida Louca, Mente Sã” é produzido e apresentado pela psicanalista Rebeca Vilela, e apresenta entrevistas sobre saúde mental. Será lançado um episódio por semana: “A produção vai ao ar toda terça-feira, às 10 horas da manhã, e com reprise todas as quintas, às nove da noite”, esclarece Nair.
Sugira um podcast
A Rádio Fumec está recebendo propostas para a programação.
Saiba mais como funcionará o processo:
Alcance
Segundo Nair, um diferencial da veiculação de Podcasts pela Rádio Fumec é o alcance significativo do veículo: “A Rádio Fumec está na internet, é uma web rádio. Por isso, não há limite geográfico para a transmissão do podcast; ela pode ser potencializada para o mundo todo”, salienta. “Basta enviar o link, o dia e horário e qualquer pessoa pode ouvir o trabalho. A veiculação e reprise acontecem sempre num dia e horário marcados.”
Um dos objetivos futuros do projeto é implantar a produção e veiculação de podcasts em vídeo (videocasts).
Acesso
Para escutar os podcasts, é só acessar a rádio fumec.
Acesse a Rádio Fumec aqui .
Contato
Presencialmente – laboratório de rádio da Fumec – FCH (térreo)
Email: radio@fumec.br
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Por Vitória Figueiredo, Gabriela de Castro e Maria Júlia Coelho
Além das aulas teóricas das disciplinas, a Universidade Fumec oferece aos alunos as práticas em laboratório, que possibilitam aos estudantes o contato com situações que encontrarão na vida profissional. As ações laboratoriais fazem parte do programa de extensão universitária da Fumec que busca solucionar problemas e atender as necessidades da sociedade, ampliando a relação com a comunidade. O programa beneficia o público externo, uma vez que os serviços oferecidos pelos laboratórios dos cursos são abertos a quem não estuda na Fumec.
Na Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH), as ações em laboratório fazem parte da grade curricular dos cursos de Psicologia, Direito, Nutrição e Estética.
Clínica Escola de Psicologia
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Sob supervisão de professores, os alunos do último ano de Psicologia realizam atendimentos psicológicos. São realizadas sessões focadas em psicoterapia breve, apoio, aconselhamento e orientação psicológica. O público inclui jovens, adultos e idosos. As consultas acontecem uma vez por semana e duram 50 minutos.
Horário de funcionamento:
Segunda a sexta-feira, das 8h às 21h..
Sábado, das 8h às 17h.
Contatos:
Agendamento e maiores informações – enviar email para clinica.escola@fumec.br
Telefone: 31 3228-3004
Núcleo de Prática Jurídica
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O Núcleo de Prática Jurídica supervisiona e fiscaliza os estágios interno e externo do curso de Direito da Universidade Fumec. Um dos setores do Núcleo é o Escritório Modelo, no qual os alunos entram em contato com práticas jurídicas reais.
Supervisionados por professores e monitores, os estudantes prestam Assistência Jurídica à comunidade e aos alunos e funcionários da Fumec. Podem ser atendidos indivíduos com renda familiar de até três salários mínimos. É necessário aguardar atendimento em uma lista de espera, que fica na Secretaria do Escritório Modelo. O atendimento segue o calendário letivo da universidade.
Horário de funcionamento
Núcleo de Prática Jurídica
Segunda a quinta-feira, das 8h às 13h e das 14h às 22h
Sexta, das 8h às 13h e das 14h às 21h
Escritório Modelo
Segunda a sexta, das 8h às 17h
Contatos
Núcleo de Prática Jurídica
Telefone: (31) 3228-3090 – ramal 3201/
Escritório Modelo
Telefone: (31) 3228.3012
WhatsApp: (31) 92002-1004
Email: escritorionpj@fumec.br
Clínica Escola de Nutrição
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A Clínica Escola de Nutrição possibilita que os alunos pratiquem os conhecimentos adquiridos nas disciplinas teóricas. Atividades de responsabilidade social são promovidas por meio da participação no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). Dentre as universidades privadas de Minas Gerais, a Fumec é a única participante do Conselho.
Outra ação da Clínica Escola de Nutrição é um projeto de extensão, que acontece por meio da divulgação, em um perfil no Instagram, de ações de bancos de alimentos. O perfil é o da Rede Metropolitana de BH de Banco de Alimentos (@rmbabh).
Laboratório Escola de Estética
Créditos da imagem: banco de imagens Canva
O Laboratório Escola de Estética oferece atendimento ao público (interno e externo) da Universidade. São realizados procedimentos estéticos por meio da disciplina de Clínica e, também, através do estágio dos estudantes.
Na disciplina de Clínica, os atendimentos acontecem às segundas-feiras. Para Verônica Viana Modesto, preceptora do laboratório de Estética, as ações são benéficas para as estudantes: “Com essa disciplina, as alunas vão colocar em prática tudo aquilo que elas já aprenderam durante a graduação”, explica.
Segundo Verônica, os procedimentos ofertados nos atendimentos, dentro da disciplina de Clínica, são:
Limpeza de pele
Revitalização facial
Drenagem linfática facial e corporal
Tratamento para flacidez facial nos corporais
Drenagem linfática
Massagens de terapia de relaxamento
Bambuterapia
Pedras quentes
Tratamento de gordura corporal.
Tratamento para estrias
Verônica explicou sobre a importância da disciplina para as alunas:
“O objetivo não é somente executar o procedimento. As alunas já chegam na clínica, muitas vezes, sabendo utilizar o equipamento e sabendo como se faz aquele procedimento”, ressalta. A preceptora comentou que o mais importante é o acolhimento do paciente durante os atendimentos: “todo o processo de acolhimento do paciente é muito importante e é levado em consideração na avaliação”.
Horário
Em cada semestre, a disciplina de Clínica e o atendimento comunitário são ofertados em horários diferentes.
“Nesse semestre específico (1°/2024), ela está acontecendo na segunda-feira, no turno da manhã. Em alguns dias, às 8h, outros dias, 9:30, e, às vezes, 8h e 9:30 (dois horários no mesmo dia)”, esclarece a preceptora.
O serviço funciona de acordo com o calendário letivo da Universidade.
Valores:
As sessões de procedimentos estéticos realizados na disciplina de clínica passaram a ser cobradas. Uma sessão custa R$30,00. O pacote com duas sessões sai a R$20,00 por sessão.
A coordenadora do curso de Estética, Fernanda Tunes, esclarece que a cobrança se deve à logística e à infraestrutura utilizadas no laboratório.
Já é de praxe, inclusive do mercado e de outras faculdades, a cobrança de um preço simbólico por esses procedimentos , porque são um pouco mais sofisticados e exigem aluguel de equipamentos mais sofisticados, que, às vezes, a gente não tem no laboratório, e compra de produtos”, elucida. “Esses procedimentos são cobrados com esse valor simbólico para o público interno e externo.”
Atendimento realizado na disciplina de clínica:
Sessão individual: R$30
Pacote com duas sessões: R$20 por sessão
Atendimento realizado no estágio: gratuito
Agendamento
O agendamento dos atendimentos deve ser realizado pelo Sinef, de acordo com o seguinte passo a passo:
1- Sinef – Aba ‘’eventos’’ – Inscrição no evento – Selecionar clínica de estética facial ou clínica de estética corporal – Selecionar ‘’oficina’’ – Escolher os procedimentos desejados na aba “escolha a atividade’’
2- O boleto será gerado pelo sinef. A preceptora do laboratório entrará em contato para agendamento da sessão.
Estágio
Outra forma de atendimento comunitário é realizada pelos alunos que são estagiários do curso de Estética. Os procedimentos oferecidos pelo estágio são gratuitos.
Contato
Instagram: Bacharelado estética Fumec
Créditos: Arquivo pessoal
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Por Júlia Costa, Laura Lopes, Laura Teixeira, Samira Helena e Vitória Figueiredo
Foto: arquivo pessoal
Fundada em 1969 por artesãos, a Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, também chamada de Feira Hippie, é um espaço de venda de produtos e alimentos, além de um ponto cultural importante para a cidade. De acordo com o site oficial da feira, 80 mil pessoas a visitam semanalmente. Aberta em todos os domingos do ano, das sete às 14 horas, a Feira Hippie é responsável por 0,4% do PIB de Belo Horizonte. Zenith Araujo, 78 anos, artesã e vendedora na Feira Hippie, acredita que, além de ponto cultural, o espaço é um local de turismo, que proporciona benefícios aos feirantes e aos visitantes. Há 42 anos, Zenith vende panos de prato, aventais, bate-mão, puxa saco e luvas térmicas na feira, desde a época em que era realizada na Praça da Liberdade. Atualmente, a feira acontece na Avenida Afonso Pena. O Conecta conversou com Zenith sobre seu trabalho. Leia a entrevista completa a seguir.
Conecta- Quais foram as principais mudanças na feira hippie ao longo dos anos?
Zenith Araújo – Tiveram mudanças para nós, feirantes. Agora, a barraca é toda personalizada para cada feirante. Tem escrito na frente da barraca o que eu faço (artesanato), o número da barraca, o telefone. É uma identificação. Outra coisa que também melhorou muito para a gente foram os banheiros. Puseram banheiros exclusivos para nós, feirantes. Tem sabonete, água, álcool, e o feirante tem até a chave para a pessoa entrar, sabe? Essa foi a conquista que teve pra gente em 2023. Os banheiros foram instalados lá para o mês de maio, mais ou menos. São muito limpinhos. A prefeitura também colocou cadeiras e mesas nas áreas de comida para as pessoas se sentarem. Antes, todo mundo ficava em pé e não tinha onde sentar.
Conecta- Além do retorno econômico, quais outras vantagens de trabalhar com artesanatos na Feira Hippie?
ZA – Outra vantagem é trabalhar com o que eu gosto. Desde criança, eu sempre gostei muito de mexer com artesanato. Sempre que eu via uma pessoa fazendo crochê ou pintura, eu ia atrás, eu queria aprender artesanato. Até hoje, eu gosto muito do que faço. Um estímulo que temos para seguir em frente são as pessoas que gostam do trabalho da gente. Elas chegam, gostam do produto, acham bonito e falam para continuar, eu acho muito bom. Me sinto realizada quando uma pessoa chega na feira e fala ‘nossa, mas que beleza, que coisa bonita’. Até hoje, parece que eu tô vivendo a primeira experiência. Eu faço artesanato por gosto mesmo. É uma coisa que tá dentro de mim. A feira, para mim, é uma terapia. Um conselho: faça tudo do jeito que você gosta. Trabalhar com amor é uma coisa muito legal.
“Um estímulo que temos para seguir em frente
são as pessoas que gostam do trabalho da gente”
Conecta- Como a feira contribui para a comunidade local e para a cena artística de Belo Horizonte?
ZA – Eu acho que a feira é um ponto de turismo, ajuda muito a todos os feirantes e a quem vai lá comprar, né? É um grande comércio que não pode acabar nunca. É um ponto turístico, ali tem pessoas que fazem as coisas muito bem feitas. Muito perfeito o trabalho, né? É um ponto turístico em Belo Horizonte, aos domingos não tem nada de novidade na cidade. É só ali que o pessoal vai mesmo.
Conecta- A senhora enfrenta algum desafio sendo uma pessoa de idade e vendendo artesanato?
ZA – O desafio que eu tenho todos os dias são pessoas querendo tirar a gente [pessoas de idade] para colocar gente jovem. Estão querendo que a pessoa que tenha mais de 20 anos de feira largue o ponto e deixe para os mais jovens. As pessoas falam: “para quê que você tá aqui? Deixa para os mais jovens”. Há um grande preconceito com as pessoas de mais idade. Isso eu enfrento quase todo domingo. Outra coisa: na feira, é cada um por si. Ninguém procura ajudar o outro. As pessoas dizem: “poxa, eu já tinha desistido dessa feira há muito tempo, não voltava aqui mais não”. Mas eu sou teimosa, persistente. Seja o que for, todo domingo eu estou na feira. E isso já tem 42 anos. Se não fosse a persistência, ninguém ficaria vendendo lá por tanto tempo.
“As pessoas falam: para quê você tá aqui?
Deixa para os mais jovens”
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por Ana Luíza Cavalcanti, Anne Esther Vieira, Gabriela de Castro, Manuel Lopez e Welington dos Santos
Crédito: Divulgação Banda Cianna
Nascida em Belo Horizonte, no ano de de 2022, a Banda Cianna é formada por seis adolescentes, da faixa etária entre 15 e 19 anos, que se conheceram no mesmo ano em uma escola de música e hoje seguem com um projeto autoral. Mesmo com as diferenças nas preferências musicais e personalidades, o grupo se complementa. Com um estilo voltado para o pop rock e inspirações que vão dos clássicos do rock à música latina, o resultado são músicas autorais com uma sonoridade única. dados sobre o contexto cultural
Dalila Lana é vocalista da Banda Cianna e estudante do curso de publicidade na Fumec. Ao Conecta, Dalila conta um pouco sobre a trajetória da banda, trabalhos musicais e desafios no cenário artístico da cidade.
Conecta: Como foi o surgimento da banda?
Dalila Lana: Eu e os meninos da banda fazíamos parte de uma escola onde formavam bandas, e nos juntamos. Em um show, tocamos rock progressivo, chamando a atenção do diretor, que nos convidou para ser uma banda profissional chamada Cianna.
C: Quem são os membros da banda?
DL: Eu (Dalila), o tecladista Serpa (João Pedro Serpa), o baixista João Pedro Malloy (JP Malloy), o baterista Joca (João Caetano), e os guitarristas Arthur Viana e Gabriel.
“Em um show, tocamos rock progressivo, chamando a atenção do diretor,
que nos convidou para ser uma banda profissional chamada Cianna”
C: As músicas que a banda costuma tocar são autorais?
DL: Sim, são.
C: O estilo musical da banda é o rock progressivo?
DL: Não, nosso produtor nos convidou por causa do repertório de progressiva, mas tocamos pop rock/rock nacional.
“O público varia, mas em eventos familiares como a Major Lock,
temos pessoas de diversas idades”
C: Quais lugares a banda tem tocado? Qual é o público?
DL: Já tocamos em lugares como a Major Lock e o Jack Rock Bar e em eventos como o FIC (Festival Internacional de Cerveja e Cultura), e até na comemoração de 50 anos do Clube da Esquina. O público varia, mas em eventos familiares como a Major Lock, temos pessoas de diversas idades.
C: A banda é integrada por adolescentes. Como é o processo inicial envolvendo pessoas tão jovens?
DL: A maioria era menor de idade. Eu, com 18 anos, sou uma das mais velhas. Apesar dos desafios, os meninos são profissionais, ensaiamos semanalmente com muita dedicação.
“Apesar dos desafios, os meninos são profissionais,
ensaiamos semanalmente com muita dedicação”
C: O público tem recebido bem as músicas autorais?
DL: Sim, nosso primeiro single teve quase 20 mil.000 streams, e estamos lançando outro em dezembro. O crescimento nas redes sociais é significativo.
C: Quais as dificuldades e facilidades em se integrar no cenário musical de Belo Horizonte?
DL: BH tem um cenário musical bacana, mas é desafiador inserir-se nos circuitos fechados. Graças a produtores com contatos, conseguimos participar de eventos interessantes.
“Nosso primeiro single teve quase 20.000 streams, e estamos lançando
outro em dezembro. O crescimento nas redes sociais é significativo”
C: Sendo a única mulher na banda, como lida com o machismo no meio musical?
DL: Dentro da banda lidamos bem, mas às vezes não me sinto totalmente ouvida em decisões. O cenário musical aceita bem vozes femininas, mas adaptar repertórios é desafiador.
C: Tem alguma artista mulher que a inspira?
DL: Tenho várias referências, como Pink, Adele, e Marisa Monte. Admiro diferentes aspectos de várias cantoras.
“Às vezes não me sinto totalmente ouvida em decisões. O cenário musical
aceita bem vozes femininas, mas adaptar repertórios é desafiador”
C: Qual foi a situação mais constrangedora em cima do palco?
DL: No início, superar a vergonha foi desafiador. Já quase caí algumas vezes, mas nada grave, graças a Deus.
C: Tem algum evento próximo?
DL: Nada para o fim do ano, mas provavelmente faremos uma festa de lançamento em janeiro.
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Por Gabriela de Castro e Vitória Figueiredo
Foto: laboratório de fotografia FCH
A Semana da Comunicação 2024 chega ao fim com o terceiro dia de palestras (29/05). Com o objetivo de gerar uma discussão sobre a importância de compreender os insights fornecidos pelas métricas e como essas informações podem informar e aprimorar nossas estratégias de marketing e comunicação, a mesa foi mediada por André Rubens, CEO da IN8 e apresentador do canal “Super Jovem”.
Foto: laboratório de fotografia FCH
Durante o evento, os palestrantes debateram sobre como ocorre a escolha e alinhamento de posicionamento dos influenciadores em relação às marcas, quais são as estratégias utilizadas pelas agências em relação ao consumidor do conteúdo e as estratégias para reter o público diante das mudanças e diversidades do mercado, como analisar as métricas e comentaram sobre as expectativas para o mercado de influência e suas constantes mudanças.
Pedro Gazzola é formado pela Universidade FUMEC e atua no mercado de entretenimento desde 2010. É CEO e cofundador da Roda Produções, uma produtora de grandes eventos no ramo artístico e agenciadora de criadores de conteúdo digital. Já Mariana Vieira é co-fundadora da Roda Digital e é formada pela Universidade Gama Filho e especialista em marketing de influência e gerenciamento de carreiras. Os dois sócios trabalharam com influenciadores como Gustavo Tubarão e Enaldinho e com marcas como Disney e Spotify. Os dois palestrantes contaram um pouco sobre suas trajetórias e experiências no mercado: “O trabalho do influenciador não consegue de forma palpável ser metrificada, pois não necessariamente a venda está no clique, no link. A venda está no poder de influência”, pontua Gazzola. “Na realidade, (as vendas) não tem a ver com métrica, tem a ver com engajamento”, ressalta Vieira.
Foto: laboratório de fotografia FCH
Formada em Comunicação Social e pós-graduada em Marketing, Negócios e Finanças, Fabiana Lopes é diretora e co-fundadora da Enlace Gestão, empresa especializada em Marketing e Branding. Também é co-apresentadora do programa “Por Trás das Marcas” na Rádio Band News, onde entrevista CEOs de grandes empresas. Lopes pontua a importância de analisar não só o alcance em números de um influenciador: “Métrica é importante, mas também é importante entender o real poder de conexão com a comunidade. Não é apenas olhar os números”.
Paloma Bram é formada pelo Centro Universitário Una e trabalha com marketing de conteúdo. Durante o debate, Bram enaltece a importância de cultivar um público: “Quando a gente cria conteúdo, temos que deixar o ego de lado e trazer o consumidor para dentro da comunidade, pois é a comunidade quem vai gerar esse engajamento”
Assim, a Semana da Comunicação 2024 finaliza gerando debates construtivos sobre questões em pauta no nicho das comunicações.
Foto: laboratório de fotografia FCH
E você, acha que os influencers realmente têm o propósito de agregar valor e conhecimento para o seu público? Confira as respostas das pessoas que entrevistamos para o Portal Conecta:
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Por Gabriela de Castro, Maria Júlia Coelho e Vitória Figueiredo
Foto: Laboratório de fotografia FCH
A Semana da Comunicação 2024 teve como temática do seu segundo dia de palestras (28/05) as atualizações da comunicação em diferentes meios a partir das inovações digitais. Através da discussão do impacto do marketing na forma de escrever e divulgar notícias, mediada pelo professor Aurélio José da Silva, os estudantes dos cursos de publicidade e jornalismo tiveram a oportunidade de compreender as diferenças entre os veículos convencionais e digitais.
Will Araújo, um dos palestrantes convidados, possui um extenso currículo que inclui passagens pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), UniBH e Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Especialista em jornalismo digital e de dados, atuou como subeditor do Estado de Minas e hoje é assessor organizacional da Secretaria da Fazenda. Araújo ressaltou que as tecnologias já são uma realidade inevitável, resta encontrar a melhor forma de utilizá-las: “As inovações vêm da mesma forma que vieram para outras pessoas que enfrentaram isso anteriormente. Se sobressai quem consegue utilizar essas informações de forma inovadora e inteligente”.
Veja a entrevista completa com o Will Araújo:
Arquivo pessoal Conecta
Foto: Laboratório de fotografia FCH
Já Luiz Othavio Gimenez (Zotha) é graduado em jornalismo pela PUC-Minas, diretor criativo da Teia de Criadores, apresentador e podcaster. Gimenez discutiu como sua carreira de jornalista conversa também com o trabalho como influenciador digital, e como utilizou o espaço que conquistou para falar de temas que acreditava serem relevantes. “A partir da visibilidade que adquiri trabalhando no Estado de Minas, comecei a trabalhar também com publicidade”. Destacou também alguns pontos chaves de sua carreira, como a cobertura do Carnaval de Belo Horizonte. Relatou também a decisão de deixar o emprego no Estado de Minas para construir seus próprios projetos: “Os veículos de comunicação podem não te acompanhar da forma como você está andando, então você opta por deixá-los”.
Foto: Laboratório de fotografia FCH
Lorena Tarcia é graduada em Comunicação Social com especialização em Jornalismo na PUC-MG. Especialista em Novas Tecnologias em Comunicação, possui formação também em Marketing, Publicidade e Relações Públicas, Educação e Convergência de Mídias. A palestrante explicou sobre uma das grandes questões da comunicação, em sua perspectiva: as possibilidades de diálogos com as pessoas. “Precisamos variar nossas vozes e escutas. Quando você traz uma comunidade para construir com elas as falas, sem ficar presos a fontes específicas, temos um contraponto à mídia de massa ao utilizar essa riqueza de pessoas que estão conectadas”.
Veja a entrevista completa com a Lorena Tarcia:
Arquivo pessoal Conecta
Foto: Laboratório de fotografia FCH
Ana Luísa Fonseca é formada pela Universidade Milton Campos. É editora-chefe do jornal The News, que acumula mais de 600 mil seguidores. Além de relatar o momento que percebeu a importância de uma comunicação clara, que foi através do contato com a linguagem jurídica no curso de Direito, Fonseca elaborou sobre as diferenças entre o jornalismo convencional e atual, e aponta o surgimento de nichos específicos como um dos pontos principais.
Durante o debate, os convidados dialogaram sobre temas como algoritmos, inteligência artificial e discursos de ódio e disseminação de desinformação nas plataformas digitais. Discutiram também sobre a produção de notícias, que são produzidas em quantidade maior na era digital, mas de forma menos consistente. Finalizaram o segundo dia de palestras dando dicas aos alunos sobre o mercado da comunicação.
Leia mais em:
Conexcom: ex-alunos relatam estratégias de sucesso como empreendedores
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Por Gabriela de Castro, Maria Júlia Coelho e Vitória Figueiredo
Foto: laboratório de fotografia da FCH
A semana da comunicação 2024, organizada pelos alunos do quinto período de Publicidade e Propaganda da Fumec, começou nesta segunda, 27 de maio. O evento aconteceu no auditório Phoenix, na faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde. O primeiro dia de palestras teve como temática ”Empreendedorismo – cases de sucesso”. Os convidados foram as designers e irmãs Cissa e Cela Guedes, que se formaram no curso de graduação da Fumec, sócias da marca de moda praia Cice Beachwear, e o também ex-aluno do curso de publicidade e propaganda da Fumec, Rafael Melo, CEO e co-fundador da destilaria Zuur Corp.
As palestras aconteceram após discursos dos organizadores da Conexcom e de professores da Fumec, como o coordenador do curso Sérgio Arreguy. Outro docente que participou do primeiro dia do evento foi Aurélio Silva, que mediou a seção de perguntas para os palestrantes. Houve, também, sorteio de produtos dos patrocinadores.
Foto: laboratório de fotografia da FCH
Cissa e Cela Guedes – Cice Beachwear
Foto: Laboratório de fotografia da FCH
As irmãs Cissa e Cela Guedes contaram ao público sobre a história da marca de roupas Cice Beachwear, fundada por elas há quatro anos. Após a criação da loja, que, no início, não contava com e-commerce ou espaço físico de vendas, o principal desafio era encontrar formas de atrair o público.
Segundo as sócias, o primeiro pilar para o sucesso da Cice Bech Wear foi a comunicação no digital: “Precisávamos chamar atenção das clientes, fazê-las se identificar com a forma como a gente se comunicava”, explicou uma das irmãs. “A comunicação no digital era muito importante para que a gente conseguisse atrair novas pessoas, clientes que se identificaram e fidelizariam com a marca.”
O storytelling – contação de uma história por meio de uma narrativa – foi essencial para que a Cice Beachwear ficasse conhecida no mercado: “Sempre tentamos colocar storytelling em tudo que fazíamos”, relatou. “As pessoas gostam de saber as histórias por trás dos produtos”.
“Passamos a contar casos [nas redes sociais, relacionados com a marca], para levar um pouco da personalidade da Cice aos clientes”, contou. “Utilizamos, também, o humor. As pessoas se identificavam com o que era relatado, e, consequentemente, aconteciam vendas.”
Uma das plataformas utilizadas pelas irmãs para promover a marca é o tiktok:
O storytelling também foi utilizado em campanhas promovidas pela marca. Em uma delas, Cissa e Cela observaram o horário em que os clientes mais compravam na loja – de madrugada – e liberaram um cupom de desconto exatamente nesse período; os clientes foram avisados da campanha pelo WhatsApp da Cice.
“Tudo o que fazemos [dentro da Cice] envolve narrativa, para aumentar a proximidade entre cliente e marca”, ressaltou. “A experiência [do comprador com a empresa] está em tudo: antes, durante e após a venda”, finaliza.
Veja a entrevista completa com as irmãs Cissa e Cela Guedes:
Rafael Melo – Zuur Corp destilaria
Foto: Laboratório de fotografia – FCH
Rafael Melo falou, em sua palestra, sobre a trajetória até se tornar CEO da destilaria Zuur Corp. Inicialmente, Rafael criou, em sociedade, a “Farra Marketing”, uma agência de marketing universitário, que objetivava levar ações de marketing às festas promovidas por estudantes de Ensino Superior.
Ainda no setor universitário, Rafael participou da Five Produtora, que produzia eventos. Após conhecer um bartender, surgiu a ideia de criar uma bebida – um gin tônica engarrafado. Com o sucesso do produto, houve a necessidade de industrializar a fabricação.
Rafael criou seu próprio gin: o zuur gin. O produto agradou, e o publicitário começou a fornecê-lo em muitos eventos, como no casamento da blogueira Thássia Naves e no Festival Sarará.
A pandemia, porém, interrompeu temporariamente o sucesso da marca. Rafael resolveu inovar: criou um álcool em gel, um produto essencial da época, com aroma de gin. Durante o período de isolamento social, o site da destilaria passou a disponibilizar receitas de gins caseiros, para que as pessoas pudessem preparar as bebidas em casa.
Outras parcerias foram acontecendo. Uma vinícola se interessou em comprar a marca de Rafael: dessa forma, surgiu a Zuur Corp. O CEO acredita que o marketing de influência foi fundamental para o sucesso da marca.
“Pensando em marketing de influência, tudo isso [a empresa] foi montado pela influência que eu e meu sócio tivemos ao nosso redor”, enfatizou. “Você precisa ter influência sobre as pessoas que estão ao seu lado para conseguir as coisas que você quer”, aconselhou. “Ser visto e ser lembrado são os pilares básicos de qualquer empresa.”
O CEO comentou sobre a importância de se fazer contatos:
Segundo ele, a relação da empresa com o cliente é essencial: “todo relacionamento que o cliente desenvolve com a gente tem que ser muito pessoal”, contou.
“Muitas vezes, [minha empresa] não tem uma relação direta com o cliente, mas sempre tentamos fazer da melhor forma para ele viver as experiências”, explicou. “Tentamos entregar para as pessoas esse tratamento privado, que gostaríamos de dar para elas pessoalmente”.
O publicitário ainda deu um conselho para os interessados em trabalhar com marcas: “Seja ‘cara de pau’, entre em todos os lugares, conheça as pessoas e troque ideias”, encerrou.
Assista, na íntegra, a entrevista com Rafael Melo:
Arquivo pessoal Conecta
Leia mais em: Conexcom debate dualidade do jornalismo na era digital
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Por Vitória Figueiredo
Nos dias 27, 28 e 29 de maio de 2024, acontecerá, na Universidade FUMEC, a Semana da Comunicação 2024 (Conexcom). Os convidados darão palestras que, de acordo com o Instagram oficial do evento, permitirão que o público conheça “mais sobre os bastidores dos grandes negócios e do Marketing de Influência”. O evento será no auditório Phoenix, na Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde, das 9h às 11h15.
Confira a programação:
Dia 1 – 27/05 – Empreendedorismo – Cases de sucesso
O primeiro dia será focado no mercado do marketing de influência e na vivência prática da área. Os convidados serão Cecília Guedes, Marcela Guedes e Rafael Melo.
Dia 2- 28/05 – Jornalismo: a dualidade do jornalismo na era da tv e na era digital
No segundo dia, os palestrantes Zotha, Will Araújo, Lorena Tarcia e Ana Luísa Soares conversarão sobre o jornalismo na atualidade e a migração dos veículos de mídia para o meio digital, além das formas que o marketing utiliza para impulsionar o sucesso do jornalismo nas plataformas digitais.
Dia 3- 29/05 – as estratégias do mercado de influência: segmentação de mercado para o sucesso da influência
Pedro Gazzola, Mariana Vieira, Fabiana Lopes e Paloma Bram são os convidados para o último dia da Semana da Comunicação. O assunto será o monitoramento de métricas e o papel dos influencers em relação a convencer e moldar o comportamento do público.
Os palestrantes
27/05
Foto: Conexcom/arquivo pessoal
Cecília Guedes – Sócia de uma marca de moda praia, a Cice Beachwear, Cecília Guedes é formada em Design de Moda.
Foto: Conexcom/arquivo pessoal
Marcela Guedes – Irmã de Cecília, também é designer de moda e sócia da Cice Beachwear.
Foto: Conexcom/arquivo pessoal
Rafael Melo – Formado em Publicidade e Propaganda pela Fumec, é co-fundador e CEO da destilaria Zuur Corp. Rafael aplica estratégias de marketing para impulsionamento da marca.
28/05
Foto: Conexcom/arquivo pessoal
Zotha- Trabalhou na redação do jornal Estado de Minas. Criou a coluna “Xôtifalá”, primeira coluna digital de opinião e entretenimento da imprensa de Minas Geais. Possui MBA em Transformação Digital pela Universidade de São Paulo (USP) e é atuante na luta contra a desinformação. Além de jornalista, apresentador e podcaster, Zotha é diretor criativo da Teia de Criadores, uma agência social de comunicação de Minas Gerais.
Foto: Conexcom/arquivo pessoal/linkedin
Will Araújo – Will é jornalista e especialista em Jornalismo digital e de dados. Foi subeditor do jornal Estado de Minas. Atua como assessor organizacional da Secretaria da Fazenda.
Foto: Conexcom/arquivo pessoal
Professora Lorena Tarcia – É jornalista, especialista em Novas Tecnologias da Comunicação. Realizou, na Inglaterra, uma pós-graduação em Marketing, Publicidade e Relações Públicas. Formou-se em Convergência de Mídias, em um projeto da Universidade da Carolina do Sul, nos EUA.
Foto: Conexcom/arquivo pessoal
Ana Luisa Soares- É editora-chefe do The News, um jornal com mais de 600 mil seguidores, cuja ideia principal é o recebimento de notícias por email (newsletter).
29/05
Foto: Linkedin
Fabiana Lopes – Copresentadora do “Por trás das marcas”, da Rádio BandNews, Fabiana é formada em Comunicação Social e tem pós-graduação em Marketing, Negócios e Finanças. Dirige e é cofundadora da Enlace Gestão, empresa de construção de imagem de pessoas físicas e jurídicas (empresas).
Foto: Conexcom
Pedro Gazzola – Formou-se em Publicidade e Propaganda pela Universidade Fumec. Pedro é CEO e cofundador da produtora de eventos Roda Produções, além de empresário de influenciadores, como Gustavo Tubarão e Enaldinho.
Foto: Conexcom
Mariana Vieira – Especialista em marketing de influência e gerenciamento de carreiras, Mariana é sócia de Pedro Gazzola co-fundadora da Roda Digital.
Foto: Linkedin
Paloma Bram – Creator, especializada em alcance e retenção de comunidade. Atua com produção de vídeo e marketing de conteúdo.
Inscrição
A Semana da Comunicação será aberta aos públicos externo e interno da Fumec. O público interno deverá se inscrever pelo Sinef Quem não estuda na Fumec precisará retirar os ingressos pelo Sympla.
Outras informações
Demais informações sobre a Semana da Comunicação e sobre o evento Conexcom podem ser obtidas no instagram oficial do evento: @conexcombh.
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Por Gabriela Castro
de Belo Horizonte no Parque Municipal em abril desse ano
Rei e gigante da floresta: esses são os apelidos mais conhecidos do jequitibá, uma das mais altas espécies de árvore do Brasil e considerada a mais antiga. A categoria típica da Mata Atlântica já se tornou musa do sambista José Ramos através dos tambores da Mangueira, e foi musicada também pela viola dos sertanejos Goiá e Belmonte. Entretanto, essa mesma árvore que se tornou personagem da novela “Renascer”, representando força e resistência, encontra-se em vulnerabilidade. Como medida de preservação dessa espécie, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) plantou, em abril desse ano, um jequitibá-rosa no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no centro da cidade.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Maria Julia Coelho Vieira
Assim que o mês de maio se inicia, flores laranjas tomam conta dos veículos de comunicação, simbolismo que carrega a pureza e fragilidade das crianças. Com o objetivo de alertar à população sobre um mal pouco discutido, a campanha Maio Laranja se propõe a dar visibilidade e formar rede de combate do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, em um país que, segundo estudos , ocupa o segundo lugar no ranking de países que mais o cometem.
De acordo com o Ministério da Saúde, no período entre 2015 e 2021, mais de 200 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes foram reportados. Levantamentos apontam os alvos entre 0 e 9 anos de idade, sendo 76% dos casos cometidos contra meninas, enquanto 23% são cometidos contra meninos e, de forma lamentável, apenas 7,5% dos crimes são denunciados, geralmente por adolescentes de 10 a 14 anos.
Esses crimes são cometidos, predominantemente, por homens, chegando à 92,4% das notificações, e envolvem episódios de assédio, estupro e consumo de pornografia infantil, agravando-se quando ligado ao racismo e misoginia. Também compreendido como exploração infantil, o trabalho doméstico possui dados alarmantes, contemplando adolescentes de 14 a 17 anos, em sua maioria, meninas negras.
Caso Araceli
Mesmo após quase 50 anos de seu acontecimento, e sem a devida punição dos criminosos, o caso Araceli é um exemplo significativo quando se trata de abuso infanto-juvenil. No dia 18 de maio de 1973, a garota de apenas oito anos de idade foi sequestrada, drogada, brutalmente violentada e, então, assassinada.
Com traumas físicos e psicológicos, vítimas desse tipo de crime se veem desamparadas ao procurarem por proteção, ou até mesmo quando tentam denunciar seus abusadores. Muitas dessas crianças perdem o apetite, param de brincar, deixam de se relacionar com outras crianças ou, de alguma forma, passam a se comportar de forma não-natural, dando indícios de que há algo de errado.
É importante ressaltar que, casos como esses, muitas vezes são cometidos dentro da própria residência , ou com pessoas que conhecem e convivem, e isso faz com que a vítima se torne refém da situação, o que torna ainda mais difícil a realização da denúncia do crime.
Leia também: Combate ao abuso sexual e à exploração infantil
Em Belo Horizonte, a programação destinada ao Maio Laranja viabiliza rodas de conversa com o intuito de promover diálogos educacionais com a comunidade, enfatizando a importância de uma rede de proteção e atendimento para jovens em situação de vulnerabilidade.
Como ação da campanha, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) propôs a elaboração de pautas técnicas de capacitação e formação para os profissionais da rede, além de ações de mobilização e sensibilização da população e em audiências públicas. Já a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) vêm realizando ações em escolas, , promovendo debate, projetos sociais voltados para a rede de proteção às vítimas, e campanha de doações, a fim de orientar e instruir os jovens sobre a caracterização dos atos, esclarecendo, também, o papel da Polícia Civil e os direitos das vítimas de tais crimes.
A programação da campanha de Combate à Exploração e Abuso Sexual Infantil acontece em todo o mês de maio, estendendo-se até o dia 7 de junho e são realizadas em parceria com o Conselho Municipal de Direitos das Crianças e Adolescentes (CMDCA-BH). Para mais informações, acesse o site da PBH e o site oficial da campanha.
Em casos de suspeita, denuncie anonimamente através do Disque 100 (Disque Direitos Humanos),190 para a Polícia Militar, 197 para a Polícia Civil ou procure pelo Conselho Tutelar ou a Dececa (Delegacia de Combate e Exploração da Criança e do Adolescente).
De acordo com o artigo 227 da Constituição Federal , “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
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Por Ana Clara Cabral, Maria Julia Coelho e Vitória Figueiredo
Créditos da imagem: Canva
No dia 14 de maio de 2024, terça-feira, a Universidade Fumec recebeu uma campanha de doação de sangue. A ação resultou de parceria institucional entre a Universidade Fumec e a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Minas Gerais (Hemominas).
A coleta foi realizada no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH), das 8h às 12h.
Conforme informações da Fundação, a meta de doação foi atingida: 50 bolsas de sangue foram arrecadadas na ação em parceria com a universidade Fumec. Ainda segundo a Fundação, campanhas como a do dia 14 acontecem para atender demandas urgentes por sangue.
Colaboração
A iniciativa aconteceu a partir de acordo entre o Hemominas e a Universidade. Os estudantes de Biomedicina da Fumec tiveram um papel importante na campanha, como explicou César Vilela, coordenador do curso.
Foto: Maria Júlia Coelho
“Os alunos de Biomedicina dão suporte à equipe de captação do Hemominas. Eles auxiliam no fluxo, acompanham as doações”, explica. “A gente faz toda a parte de suporte administrativo à equipe da fundação”.
A campanha de doação possibilita aumentar os estoques de sangue do Hemominas. Segundo César, a ação realizada na Universidade foi importante.
“Atualmente, os bancos de sangue em geral estão precisando muito de sangue. Como a gente tem um público muito bom [na Universidade], nada melhor do que poder ajudar a quem precisa”, comenta.
Dados
Na doação, é coletada uma bolsa de sangue (de 450 ml) por doador. De acordo com a Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul, uma única coleta pode salvar até quatro vidas.
De acordo com Maria Aparecida dos Santos, que atua como psicóloga no Hemominas, as bolsas coletadas reabastecem o armazenamento de sangue, sobretudo dos tipos A negativo e O negativo, que estão presentes em menor quantidade na instituição.
“As campanhas são realizadas em dias em que quase não há bolsas de sangue no banco. Elas objetivam atender o público de forma ágil e segura”, informa Maria Aparecida.
Dengue
De acordo com a profissional, o surto de dengue vivido por Minas Gerais nos últimos meses gerou prejuízos aos bancos de sangue. “Os indivíduos que tiveram doenças infecciosas não podem doar sangue”, esclarece. “Assim, o aumento de casos de dengue afeta o número de inaptos para a doação”.
Os danos da dengue aos níveis sanguíneos dos bancos são recorrentes: “Todos os anos em que há surto de dengue, acontece uma piora nos bancos de sangue”, explicou Maria Aparecida.
Há um protocolo a ser seguido por quem contraiu a doença: “Para doar sangue, o indivíduo deve esperar 30 dias após o término dos sintomas, prazo que passa para 180 dias em caso de dengue hemorrágica”, informa a psicóloga. “Além disso, o doador precisa estar bem de saúde”.
Solidariedade
Doar sangue é um ato de solidariedade. Igor Gustavo, que trabalha no setor administrativo da Universidade Fumec, doou sangue pela primeira vez durante a ação realizada no pátio.
“Senti no coração [a necessidade de doar]. Há muita gente precisando dessa ajuda”, comenta. “Espero que a minha doação possa auxiliar e fazer a diferença para essas pessoas”.
Créditos da imagem: Canva
Serviço
Interessados em doar sangue podem procurar as unidades do Hemocentro. Há várias delas no estado de Minas Gerais. Na capital do estado, as doações podem ser feitas no Hemocentro de Belo Horizonte.
Hemocentro de Belo Horizonte
Horário de atendimento
Segunda a sexta: 7h às 18h
Sábado: 7h às 13h, com entrada de doadores até às 12h
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Por Henrique Gil, Kailan Nunes e Maria Eduarda dos Santos
Hoje as crianças e adolescentes estão imersos no universo virtual desde cedo. Este panorama, marcado pela crescente presença online de forma precoce não apenas reflete uma transformação nas dinâmicas sociais, mas também traz desafios. O debate sobre a exposição diária desses jovens nas redes sociais emerge como um ponto crucial, provocando reflexões sobre os impactos profundos que essa imersão digital pode ter em sua saúde mental e emocional.
A convergência da infância e adolescência com o mundo virtual traz à tona questionamentos sobre como, por exemplo, equilibrar o acesso à tecnologia com a necessidade fundamental de preservar a integridade emocional e psicológica dos jovens em formação. O entendimento desses desafios é essencial para orientar estratégias que promovam uma interação digital saudável, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento integral dessas gerações que estão moldando sua identidade em meio a esse cenário tecnológico em constante evolução.
Presença digital
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta a participação cada vez mais precoce, mas também um envolvimento significativo nesse cenário tecnológico em constante evolução. Com uma média de três horas e 29 minutos diários conectadas à internet, os jovens não apenas consomem passivamente o vasto conteúdo online disponível, mas também se tornam ativos participantes, compartilhando suas próprias experiências nas redes sociais.
Pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) destaca que aproximadamente 81% dos adolescentes brasileiros, situados na faixa etária entre 13 e 17 anos, possuem perfis ativos em pelo menos uma plataforma online. A estatística reforça não apenas a presença massiva dos jovens nas redes sociais, mas também a extensão de sua participação ativa como criadores de conteúdo, narradores de suas próprias histórias digitais e participantes ativos na construção desse cenário digital, mostrando consequências severas que esse acesso precoce pode trazer.
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Riscos da exposição
A integração precoce ao universo digital levanta não apenas questões sobre a quantidade de tempo dedicado a essas plataformas, mas também a natureza da interação online e seus impactos nas vidas emocionais e sociais desses jovens. O entendimento profundo dessas estatísticas é essencial para orientar políticas públicas, práticas educacionais e ações parentais que promovam uma relação equilibrada e saudável entre a juventude e o universo digital em constante transformação.
Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) traz à tona um aspecto crucial desse fenômeno, revelando que 73% dos adolescentes sentem uma pressão significativa para manter uma imagem idealizada nas redes sociais. Esse dado não apenas destaca a busca incessante por validação e aceitação no ambiente digital, mas também aponta para os desafios emocionais que surgem quando a autoimagem é constantemente moldada por padrões muitas vezes irreais.
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A inquietação em relação à autoestima não é um fenômeno isolado entre os adolescentes. Os dados também revelam que 58% dos pais compartilham preocupações semelhantes, indicando uma percepção crescente dos desafios emocionais associados à exposição online de seus filhos. Essa sincronia nas preocupações sublinha a necessidade urgente de abordar questões relacionadas à saúde mental e emocional, não apenas entre os jovens, mas também entre aqueles que têm a responsabilidade de guiá-los por esse cenário digital complexo.
Os dados mostram que a presença online dos jovens não é apenas uma narrativa de conexão e compartilhamento, mas também uma trama complexa de desafios emocionais e sociais que exige atenção cuidadosa e ações práticas para proteger o bem-estar dessas gerações digitais. A SBP ressalta as consequências do uso de telas entre crianças e adolescentes, identificando consequências do contato com conteúdo sensível por crianças.
Desafios
Entretanto, as rápidas mudanças tecnológicas representam um obstáculo considerável para os responsáveis. O surgimento constante de novas plataformas, aplicativos e dinâmicas online desafia a capacidade dos pais de manterem-se atualizados e, consequentemente, torna a definição de diretrizes claras um desafio em si. O rápido avanço da tecnologia pode criar um hiato geracional, ampliando a lacuna de compreensão entre pais e filhos em relação ao mundo digital.
Outro obstáculo enfrentado diz respeito às mães solteiras, com mais de um filho, que já enfrentam uma série de desafios, incluindo o controle da exposição das crianças às telas. Com pouco tempo e recursos, pode ser difícil para essas mães monitorar o tempo que seus filhos passam no celular, computador ou televisão.
Para Bruna Gil, que mora sozinha com seus dois filhos, Eduardo e Bernardo de 4 e 2 anos, respectivamente, diz que depois do nascimento da segunda criança ficou mais difícil controlar a exposição cada vez mais rápida do mais velho às telas.
Nesse contexto, é fundamental que os responsáveis não apenas reconheçam a necessidade de orientar seus filhos, mas também busquem ativamente o entendimento das plataformas e práticas digitais emergentes. A abertura para aprender, adaptar-se e dialogar sobre o uso responsável da internet é essencial para criar um ambiente de confiança e comunicação eficaz entre gerações.
A colaboração entre pais, educadores e especialistas em tecnologia é crucial para desenvolver estratégias que permitam uma supervisão eficaz, ao mesmo tempo em que incentiva a autonomia e a educação digital dos jovens. Essa abordagem holística é vital para enfrentar os desafios dinâmicos que a era digital impõe à parentalidade e responsabilidade de guiar os jovens em um mundo cada vez mais conectado.
Proteção
A importância da conscientização e do diálogo aberto emerge como uma peça central na busca por estratégias eficazes para proteger crianças e adolescentes em um ambiente digital em constante expansão. De acordo com o psicólogo Bruno Barroso Ferreira, os pais nunca devem proibir seus filhos de utilizar a internet, a melhor alternativa para isso é o diálogo com as crianças para fazê-las entender que existe um tempo saudável de uso. Esse tempo, segundo ele, seria diferente em cada nível da infância, 1 hora de uso máximo durante a primeira infância (0-3 anos), 2 horas durante a segunda (3-7 anos) e 3 horas para a terceira (7-12 anos).
O estabelecimento de limites temporais para o uso de dispositivos é uma estratégia prática que visa equilibrar a presença online dos jovens, evitando excessos que possam impactar negativamente seu bem-estar físico e mental. Quando os limites não são respeitados, os primeiros sinais de problemas psicológicos começam a aparecer.
O psicólogo ressalta que o melhor método para ajudar crianças que já sofreram danos por conta dessa exposição é por meio da Terapia Cognitiva Comportamental, que vai trabalhar tanto no mental da criança que necessita de ajuda, quanto perceber e analisar seu comportamento para um diagnóstico e intervenções necessárias.
Em última análise, a conscientização, o diálogo aberto e a implementação de estratégias educativas e práticas são elementos interconectados que moldam a abordagem para proteger crianças e adolescentes em um mundo digital em constante transformação. A colaboração contínua entre pais, responsáveis, educadores e especialistas em tecnologia é essencial para adaptar-se às mudanças, compreender as necessidades dos jovens e promover uma relação saudável e equilibrada com a tecnologia.
Confira as orientações da SBP:
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Por Vitória Figueiredo
A Universidade Fumec, por meio da Atlética e do DCE, está realizando uma campanha de arrecadação de doações para as pessoas afetadas pelas tempestades no Rio Grande do Sul. Os produtos para doação são água mineral, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, roupas, agasalhos e cobertores.
Os pontos de coleta das doações ficam nas recepções dos prédios da universidade. As contribuições podem ser feitas das 9h às 19h. A campanha vai até o dia 16/05, quinta-feira.
Tragédia
A partir de 27 de abril de 2024, o Rio Grande do Sul foi afetado por fortes chuvas. Os temporais do primeiro dia prejudicaram 15 municípios. Foram emitidos alertas para risco de tempestade em outras áreas. Em 30 de abril, as primeiras mortes foram registradas.
Deslizamentos e enchentes provocaram estragos pelo estado. O volume de chuva que caiu de 27 de abril a 2 de maio foi três vezes maior do que a média para a época do ano.
As cheias dos rios, como o Taquari e o Guaíba, contribuíram para potencializar os danos da catástrofe. No dia 07/05, o nível do rio Guaíba chegou a atingir 5,28 metros.
De acordo com o G1, essa foi a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul. O último boletim da Defesa Civil, de sexta-feira (10/5), informou que 113 pessoas morreram e 146 estão desaparecidas. Dos 497 municípios, 435 foram afetados. As chuvas geraram impactos a 1,9 milhão de pessoas.
Ainda segundo a Defesa Civil, 406, 7 mil pessoas estão fora de casa: dessas, 69 mil estão em abrigos e 337 mil, na casa de amigos e parentes. Doações estão sendo enviadas de todo o Brasil para ajudar os afetados.
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Por Vitória Figueiredo
Na próxima terça-feira, 14/05, acontecerá uma campanha de doação de sangue na Universidade Fumec. A ação resulta de parceria do curso de Biomedicina da universidade com a Fundação Hemominas.
A doação acontecerá das 8h às 12h, no pátio da FCH. Interessados em doar devem se inscrever e agendar um horário através do link.
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Por Ana Adolfo, Laura Mariano e Yasmin Mello
Na busca incessante por métodos terapêuticos que transcendam as fronteiras convencionais, a dança emerge como uma poderosa ferramenta capaz de transformar vidas e promover o bem-estar emocional. A fusão entre movimento e expressão artística tem conquistado espaço notável na área da terapia pessoal, oferecendo abordagem inovadora que vai além das palavras.
As pressões da vida cotidiana podem se tornar esmagadoras e a terapia da dança surge como um refúgio, oferecendo um meio de expressar emoções, assim como curá-las. Profissionais da área de saúde mental e entusiastas da dança unem forças para explorar esses vínculos entre corpo e mente, reconhecendo o poder transformador desta forma de terapia.
Na medida em que a dança como terapia conquista seu terreno, fica evidente que os benefícios vão além do simples exercício físico. Ela se torna uma ferramenta de cura eficaz, oferecendo um caminho vibrante em direção à saúde mental e emocional. Este fenômeno emocionante está, sem dúvida, pavimentando o caminho para uma abordagem integrativa na busca pelo equilíbrio pessoal.
As Danças Circulares são uma das expressões artísticas que sempre esteve presente na história da humanidade, para refletir a celebração e união entre as pessoas. No Brasil, a partir da portaria n.849 de 27 de março de 2017, o Ministério da Saúde incorporou a dança circular e diversas outras terapias no quadro de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Na modalidade, pessoas de todas as idades são dispostas em círculos e realizam coreografias juntas. Dessa forma, cada participante coloca sua intenção e energia na roda, demonstrando o melhor de si.
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Katia Maciel de Oliveira, terapeuta e focalizadora dessa modalidade de dança, afirma: “A dança circular proporciona um trabalho em grupo, sem a perda da individualidade, do respeito, da solidariedade, já que o foco é aprender”. Ela conta que sua experiência com a dança terapia começou ainda no estágio, com crianças e jovens num projeto social.
Segundo especialistas em saúde mental e da dança, a atividade atua como uma válvula de escape para o estresse acumulado no dia a dia. Cezar diMariano, professor de dança de salão, afirma: “Todos os exercícios são importantes, mas a dança tem alguns combos, e o principal é a ocitocina: um hormônio de bem-estar”. A liberação de endorfinas durante a prática também contribui para a melhoria do humor, ajudando a reduzir sintomas de ansiedade e depressão.
De acordo com a pesquisa Dança de Salão: Motivos dos indivíduos que procuram esta atividade, realizada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), 65% das pessoas entrevistadas responderam que o maior benefício da dança de salão está no prazer de dançar.
Outro aspecto relevante da dança é o social. A prática da dança muitas vezes acontece em grupos, promovendo a interação social e construção de vínculos. A interação com outras pessoas, e expressão do próprio corpo promove uma sensação de pertencimento a uma comunidade, o que pode ser especialmente benéfica para aqueles que enfrentam desafios na área da saúde mental, proporcionando um ambiente de apoio e compreensão.
A estudante de Jornalismo da Fumec, Gabriela de Castro, conta que as aulas de dança do ventre proporcionaram autoconhecimento e aumentaram sua autoestima.
Entre as diversas modalidade de dança, seja ela não especializada na terapia, como balé, salsa, hip-hop, ou dança de salão, ou as especificamente voltadas como um meio terapêutico como a biodança e dança circular, há uma infinidade de estilos que podem se adequar aos diferentes gostos e preferências, o que torna a dança acessível a pessoas de todas as idades e níveis de habilidade, incentivando participação ampla e inclusiva.
Em um mundo onde a saúde mental se tornou preocupação central, a atividade vai além do físico, atingindo os recantos mais profundos da mente, seja como uma forma de terapia, exercício físico ou simplesmente como uma expressão artística. O professor de dança, Cezar diMariano, conta com exclusividade sua experiência com a dança no auxílio de transtornos mentais.
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Como funciona método que une dança e saúde mental
Dança como terapia: conheça os benefícios
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Por Vitória Figueiredo
A mediação é uma estratégia para resolução de conflitos, que pode evitar o desgaste de levar uma situação até o Judiciário (quando uma pessoa deseja processar a outra, por exemplo). O objetivo da mediação é chegar a um acordo por meio do diálogo entre as partes. A discussão é conduzida por uma terceira pessoa, o mediador, que deve agir de forma neutra e imparcial.
Na mediação, participam as partes interessadas em chegar a um consenso; os respectivos advogados (caso as partes queiram a presença desses profissionais) e os mediadores e co-mediadores. De acordo com o site Paulistano Mediação, a mediação pode ser solicitada por qualquer pessoa física (CPF) ou jurídica (CNPJ). https://www.paulistanomediacao.com.br/perguntas-frequentes#:~:text=3).
Benefícios
O processo de mediação possibilita que casos sejam resolvidos sem a apresentação de provas e documentos, o que confere mais agilidade à resolução do conflito. Outro benefício é a validade jurídica da mediação: segundo o Conselho Nacional de Justiça, (CNJ) os acordos firmados têm cunho de decisão judicial. https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao-e-mediacao/
Fábio Gomes Paulino, advogado, professor e mediador, é mestrando em Instituições Sociais, Direito e Democracia pela Universidade FUMEC. A mediação de conflitos foi estudada por ele desde sua graduação e é aplicada em sua atuação no Direito. Para Paulino, o processo é vantajoso para as partes envolvidas.
“A mediação traz para as pessoas envolvidas uma economia de tempo, de dinheiro e a preservação do emocional”, ressalta. “Ao contrário do judiciário, que, muitas vezes, coloca as pessoas em situação de confronto”.
Paulino aponta, também, que a mediação se ajusta à disponibilidade dos envolvidos: “As sessões de mediação – diferentemente das audiências do Judiciário, que seguem a agenda do órgão – são marcadas de acordo com a necessidade e a agenda das partes. Com isso, já há um ganho de tempo”, destaca.
Créditos da imagem: Arquivo pessoal
Tipos de conflito
A mediação pode ajudar na resolução de vários tipos de problemas: “Conflitos que envolvam direitos e deveres e que possam ser negociados”, explica Paulino. “Questões familiares, envolvendo divórcio, alimentos, guarda, por exemplo. Além disso, questões empresariais, como negociação de dívidas e contratos. Isso pode ser trazido para a mediação”, esclarece.
“O que não pode ser trazido para mediação é aquilo que não pode ser negociado na nossa vida civil, como, por exemplo, a vida”, elucida o advogado. “Assim, crimes hediondos não poderiam ser resolvidos com a mediação, apenas no Judiciário”.
Paulino deixa claro que a mediação pode resolver até mesmo atritos considerados ‘bobos’. “Qualquer situação, por mais trivial que possa parecer, pode ser levada à mediação e tratada na solução do conflito”, informa. “Uma briga de vizinhos, uma divisão de espaços, um conflito familiar… qualquer coisa que envolva direitos e deveres que possam ser negociados”.
Para solicitar e realizar a mediação, a pessoa não precisa ter um processo em andamento na Justiça.
Mediadores
Reprodução: Banco de imagens Freepik
Paulino explica que o mediador tem sua importância dentro da mediação: “Ele auxilia na reconstrução do conflito das partes. Não deve julgar, nem apontar erros, nem identificar na lei o que é permitido ou não”.
A atuação como mediador não é feita somente por advogados: “A mediação é ampla, multidisciplinar e aberta a ferramentas e profissionais que possam ajudar na solução do conflito”, diz o professor. “É possível que outros profissionais, de outras áreas, também participem da mediação, como psicólogos e contadores”, elucida.
Qualquer pessoa pode se tornar um mediador. Para isso, o interessado deve possuir curso superior e ter se formado há dois anos. “Ele deve procurar uma instituição que forneça o curso de mediador. Cursando-o, ao final, a pessoa receberá o certificado de mediador”, explicita Paulino.
O curso
A formação dos mediadores acontece por meio de um curso, que é oferecido em locais como o IMA, – Instituto e Câmara de Mediação Aplicada – do qual Paulino faz parte. “O IMA tem cursos periódicos para formação de novos mediadores. Os cursos conferem certificado e são presenciais, virtuais ou no formato híbrido. São 40 horas teóricas e 60 horas práticas. O aluno lida com casos reais de mediação e é monitorado por um professor”, relata.
Ampliação e conhecimento
A mediação entrou em vigor no Brasil em 2015. Para Fábio, desde essa época, essa forma de resolver conflitos está sendo benéfica: “De acordo com dados da ‘Justiça em Números’, um painel que traz dados sobre a evolução da Justiça nos últimos anos, percebe-se um avanço em relação à solução dos conflitos a partir da mediação e de outros métodos”, ressalta.
O professor aponta que há uma falta de noção da população sobre a mediação: “O grande empecilho que ainda temos na sociedade para que a mediação tenha uma maior referência é a informação”, relata. “É a chamada ‘teoria multiportas’: as pessoas só conhecem uma porta, o Judiciário, e não sabem que existem outras portas para que o conflito possa ser solucionado, como a mediação”, o advogado explica. “Mas, nesse balanço desses 9 anos, já se percebe um avanço em relação a isso”.
A comunicação é importante para ampliar o conhecimento dos indivíduos em relação à mediação: “É dever de todos nós, como advogados, como profissionais do Jornalismo e da Comunicação, levar essa informação às pessoas, estimular que elas possam conhecer e experimentar essa forma de solução”, enfatiza Paulino.
Reprodução: Banco de imagens Freepik
Solicitação, passo a passo e preço
Paulino explicou mais sobre a solicitação de mediação: “Pode ser solicitada dentro do processo, que é a mediação processual, ou antes de um eventual processo, que é pré-processual”, elucida.
“Ela pode ser solicitada numa câmara privada, que é vinculada, homologada pelo Tribunal de Justiça do determinado estado, e aí a condução é feita até a possível solução, sem necessidade do processo”. A mediação pode acontecer, também, por meio do Tribunal de Justiça.
Os interessados em solicitar mediação devem procurar o Tribunal de Justiça ou Câmaras de mediação privadas: “O Tribunal de Justiça tem um núcleo de Solução de Conflitos que é aberto à comunidade, o CEJUSC https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/institucional/3-vice-presidencia/cejusc.htm (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania)”, explica Paulino. “O IMA também oferta o serviço de mediação à população”.
Paulino explicou o passo a passo da mediação que acontece no IMA:
- A parte interessada deve solicitar a mediação, relatando o conflito e indicando quem é a outra parte envolvida.
- O IMA entrará em contato com a outra parte e a convidará para a mediação.
- Se a outra parte concordar em participar, será marcada a primeira sessão de mediação, que pode ser conjunta ou individual (para que se escute cada parte separadamente).
- Depois, há uma sessão conjunta. As sessões são marcadas semanalmente.
- Podem haver várias sessões até a resolução do conflito.
Após a solicitação, a mediação só continuará em andamento se a outra parte aceitar o convite para participar.
A mediação pode, ou não, ser gratuita: “No IMA, há atendimentos gratuitos à comunidade e o instituto também presta o serviço particular de mediação”, Paulino informa. “É necessário verificar se o caso e as partes se adequam ao formato de atendimento gratuito da mediação.”, explica. “No judiciário, se não há custas processuais, a mediação estaria incluída no processo”.
Reprodução: Banco de imagens Pixabay
Confira entrevista com Fábio Gomes Paulino, advogado e mediador de conflitos.
Ajuda
A mediação pode fazer com que as pessoas resolvam seus conflitos. A cabeleireira L.R.M. procurou a mediação oferecida pelo Instituto IMA, devido a um desentendimento com o ex-marido em relação à venda de um apartamento. L.R.M ficou sabendo sobre o Instituto e o procedimento por meio da irmã.
A cabeleireira conta que seguiu algumas etapas até a mediação ser efetivada: “Entrei em contato com o Instituto por um telefone fixo e fui orientada a enviar mensagem por whatsapp”, relata. “Precisei preencher um formulário e mandar todos os meus dados”, descreve a profissional. “Tive minha primeira reunião, de forma online, com várias pessoas do IMA, que foram muito solícitas e me receberam muito bem. Nós tivemos, no máximo, três reuniões online.”
De acordo com L.R.M, a partir da mediação, o conflito foi resolvido. “Eu procurei o IMA em fevereiro. Agora em março, eu já tive meu retorno, minha resposta”, revela. Para ela, o serviço foi vantajoso: “A mediação foi bastante importante e benéfica para mim. Consegui resolver o problema da melhor maneira possível”, comemora. “Foi muito bom eu ter procurado [a mediação e o IMA]. Se eu soubesse, tinha procurado antes”.
“A mediação foi muito importante para mim e com certeza vai ser muito importante para outras pessoas”, diz L.R.M. “Com certeza, eu indicaria o IMA e a mediação para outras pessoas. Da mesma forma que o serviço me ajudou, poderá ajudar mais indivíduos também, que estejam precisando de um apoio”, enfatiza. “Se a pessoa estiver passando por algum conflito familiar, ou por algum outro problema, ela vai poder resolvê-lo com a mediação”, finaliza.
Serviço
Qualquer pessoa que esteja envolta em um conflito pode solicitar a mediação. O pedido pode ser feito, por exemplo, no Instituto e Câmara de Mediação Aplicada (IMA), que também forma mediadores.
IMA – Instituto e Câmara de Mediação Aplicada
IMA INSTITUTO – ACADÊMICO
Telefone: (31)3281-3365
Email: contatoima@imainstituto.com.br
WhatsApp: (31)98240-7133
IMA CÂMARA – SECRETARIA
Telefone: (31)3245-6283
Email: contato@imacamara.com.br
WhatsApp: (31)98240-7133
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Por Redação Conecta
Na última terça-feira, dia 30 de abril, os alunos do primeiro período de Publicidade e Propaganda e Jornalismo da Universidade FUMEC receberam a visita da Rainha de Santa Luzia, Sarah Santos, da irmandade Os Carolinos, uma das mais antigas irmandades do Rosário de Belo Horizonte. A representante do grupo de Congado mineiro é também autora do almanaque intitulado Os Carolinos, em que registra a história, os principais termos utilizados, as vestes, instrumentos entre outras curiosidades sobre a irmandade.
O encontro, a convite do professor Aurelio Silva, que ministra a disciplina Comunicação e Cultura, teve como objetivo abrir os trabalhos do projeto de extensão deste semestre, que busca iniciar os universitários na pesquisa etnográfica sobre os povos quilombolas. Belo Horizonte tem até o momento, segundo informações do Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes), cinco quilombos urbanos certificados pela Fundação Cultural Palmares (FCP): Luízes, Mangueiras, Manzo Ngunzo Kaiango, Souza e a Irmandade Os Carolinos. Um sexto quilombo, o Mattias, ainda está em processo para conseguir esse status e a proteção que a entidade pública vinculada ao Ministério da Cultura assegura.
Durante sua visita, Sarah Santos propôs uma roda de conversa com os alunos para, segundo ela, valer-se das mesmas ferramentas utilizadas pelos integrantes das irmandades para transmitir os saberes, história e tradição de geração para geração. “Meus pais me ensinaram através de conversas, do canto, da dança e dos rituais tudo sobre nossa cultura. É pela tradição oral que perpetuamos a história do povo preto”, afirmou Sarah. A Rainha de Santa Luzia chegou à sala de aula cantando e pedindo licença. “Minha mãe sempre me ensinou a chegar nos lugares e, primeiramente, pedir licença.”
E não foi diferente no restante da dinâmica, os alunos ouviram sobre as origens do Congado, sobre a história de Sarah, sua linhagem na sucessão de coroas, aprenderam alguns cânticos, dançaram ao ritmo do gunga, instrumento composto por uma correia amarrada nas canelas dos dançadores na qual ficam presos alguns guizos que produzem sons; e puderam tirar dúvidas sobre os festejos que louvam Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, santos que deram proteção aos negros durante a escravidão.
“Acho fundamental para a formação dos profissionais da comunicação, tanto publicitários quanto jornalistas, essa oportunidade de acessarem outras expressões da nossa cultura, diferentes das matrizes de origem. Muitos estudantes dessa turma nunca tiveram contato com o Congado, manifestação cultural e religiosa tão rica, que envolve canto, dança, teatralização e espiritualidades tanto cristãs quanto de matriz africana. Precisamos, como educadores, combater os estereótipos e todo tipo de intolerância”, afirmou o professor Aurelio Silva.
No final do semestre letivo, os futuros comunicadores sociais irão apresentar os resultados de suas pesquisas junto aos cinco grupos certificados para compreender como esses espaços se originaram na capital mineira, como seus membros sobrevivem e mantêm suas tradições e sua cultura, como se relacionam e compartilham a cultura com os demais grupos urbanos, entre outras descobertas possíveis nesse processo imersivo. Muitas dessas comunidades, compostas por descendentes e remanescentes de escravizados, ainda lutam pelo direito de habitar e fazer parte da cidade e manter seus modos de vida, saberes e tradições. Segundo dados da Fundação Cultural Palmares, Minas Gerais tinha, em 2015, pelo menos 185 comunidades com certificado de autorreconhecimento como quilombola.
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Por Samuel Fernandes
Os movimentos sociais são ações coletivas que buscam transformar ou preservar demandas, interesses e identidades de diferentes grupos sociais, frequentemente marginalizados ou excluídos do poder político e econômico. No Brasil, diversos movimentos sociais lutam por causas variadas, como a reforma agrária, moradia, direitos indígenas e negros, entre outras. Neste artigo, exploraremos quatro desses movimentos: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o movimento indígena e o movimento negro.
O MST, um dos maiores e mais conhecidos movimentos sociais do Brasil, surgiu na década de 1980, durante a redemocratização do país. Seu principal objetivo é realizar a reforma agrária, distribuindo terras improdutivas para os trabalhadores rurais sem terra. O MST realiza ocupações de terras, acampamentos, marchas, manifestações e outras formas de pressão social para denunciar a concentração fundiária, violência no campo, exploração dos trabalhadores e degradação ambiental. Além disso, o MST desenvolve projetos de educação, saúde, cultura e produção agroecológica nas áreas ocupadas, sendo considerado um movimento social de caráter popular, classista, nacional e internacionalista, por defender os interesses dos trabalhadores rurais, a soberania nacional e a solidariedade entre os povos.
O movimento que é considerado o maior produtor de arroz do mundo e luta pela reforma agrária no Brasil, mas o que se vê é uma baixa movimentação dos parlamentares para levar essa pauta adiante. O Brasil se vê em uma situação em que a riqueza e a terra estão concentradas na mão de poucas pessoas, a uma luta de cabo de guerra entre os movimentos sociais e os latifundiários sobre a questão da ocupação de terras improdutivas. Movimentos como MST são necessários para mostrar e lutar sobre essa falta de terra bem distribuída e muitas pessoas sem um teto sob sua cabeça.
O MTST, surgido em 1997 como dissidência do MST, é um movimento social que luta pelo direito à moradia digna para os trabalhadores urbanos sem teto. Sua principal estratégia é a ocupação de áreas urbanas abandonadas ou subutilizadas, reivindicando a destinação dessas áreas para a construção de moradias populares, seja através de programas habitacionais do governo ou cooperativas autogestionárias.
O MTST denuncia a especulação imobiliária, segregação espacial, violação dos direitos humanos e criminalização dos movimentos sociais. Caracterizado como um movimento social autônomo, democrático, combativo e solidário, não se subordina a partidos políticos, organiza-se de forma horizontal, enfrentando as forças repressivas e apoiando outras lutas sociais.
Por mais que existam programas sociais incentivados pelo governo federal como o “Minha casa Minha Vida”, que disponibiliza crédito para que pessoas de baixa renda possa adquirir a tão sonhada moradia, a luta do MTST é de grande importância para que essas moradias cheguem a população com a qualidade que é de direito. O papel desses movimentos é representar aqueles que não têm voz frente ao governo, empresários e autoridades levando e lutando pelas demandas da população.
O movimento indígena, composto por diversas organizações, associações, conselhos e articulações regionais e nacionais, luta pela defesa dos direitos dos povos indígenas no Brasil. Ele reivindica o reconhecimento da identidade, autonomia, história e cultura dos povos indígenas, bem como a demarcação, proteção e gestão de seus territórios tradicionais. Também denuncia violações dos direitos indígenas, como genocídio, etnocídio, racismo, invasão, exploração e destruição de seus territórios. Caracteriza-se como um movimento social plurinacional, intercultural, emancipatório e resistente, afirmando a existência, diversidade, dignidade e luta dos povos indígenas.
O movimento negro, composto por diversos coletivos, entidades, organizações e movimentos, luta pela valorização e igualdade dos negros e negras no Brasil, atuando em áreas como educação, cultura, saúde, religião, política e economia. Ele reivindica o combate ao racismo, discriminação, violência e exclusão que afetam a população negra, promovendo cidadania, participação, representatividade e afirmação da identidade negra.
O movimento negro denuncia o legado da escravidão, colonialismo, capitalismo e patriarcado na sociedade brasileira, geradores de desigualdades, injustiças, opressões e silenciamentos. Trata-se de um movimento social antirracista, feminista, anticolonial, anticapitalista e libertário, lutando por uma sociedade mais justa, democrática, plural e emancipada.
Essa definição mostra o que é realmente o movimento negro, a força desses movimentos fez com que pessoas pretas começassem a ocupar lugares que nunca foram ocupados antes. O movimento conseguiu abrir os olhos dos governantes para a implementação e valorização da política de cotas que levaram pessoas pretas à universidade. Esses movimentos atuam no apoio e orientação de jovens negros, desenvolve cursos preparatórios para vestibulares e para o Enem, abrindo mais oportunidades para que essas pessoas ingressem a uma universidade pública ou consigam bolsas nas particulares.
Os movimentos sociais, expressões da cidadania ativa, participação popular e transformação social, contribuem para a construção de uma sociedade mais democrática, diversa, solidária e sustentável. São também fontes de conhecimento, cultura, resistência e esperança. Portanto, é importante conhecer, respeitar, apoiar e integrar os movimentos sociais, pois são parte essencial da história, política e sociedade brasileira.
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Por Gabriela de Castro
Localizado na esquina de Rua da Bahia com Avenida Afonso Pena, o Mercado das Flores foi reinaugurado esse ano por meio de uma parceria entre o Sistema Fecomércio-MG, o Sesc e o Senac em Minas e Sindicatos Empresariais. Gerido pela Belotur até 2022, o local faz parte da história da capital mineira e abrigou, entre outras atividades, o Centro de Atendimento ao Turista (administrado pela própria Belotur), ponto de vendas de ingressos do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc) e a floricultura Flora Rosa.
A assessora de imprensa do Sesc Minas, Clarice Cristina Gomes Mendes, explica como aconteceu a parceria entre as organizações envolvidas: “Em outubro de 2022, o Sesc em Minas, que integra o Sistema Comércio, formado ainda pela Fecomércio MG, Senac e Sindicatos Empresariais, ganhou a licitação que concede o direito de ocupar o local por três anos, com possibilidade de prorrogação por 10 anos.”
O novo Mercado das Flores passou por um processo de revitalização pelo Sistema Comércio, levando em conta a valorização do turismo e cultura mineira, além da preservação do patrimônio cultural e histórico. O nome do espaço foi mantido, atendendo a um critério do edital, fazendo referência à tradicional floricultura que por muitos anos ocupou o imóvel.
Dessa forma, a identidade visual tem como símbolo a flor sempre-viva, que resiste ao tempo, representando assim a cultura de Minas Gerais. O artista mineiro Thiago Mazza, que participa do projeto de arte urbana CURA, realizou a pintura da parede interna e da varanda do prédio inspirada na história desse espaço, reforçando a proposta de criar um ponto de encontro que conecta o público com as artes e a cultura da cidade.
Mendes define o espaço como mais uma unidade do Sesc em Minas. “Além do apoio e orientação a turistas e moradores de Belo Horizonte, o lugar vai abrigar um ponto de vendas de roteiros de passeios locais, viagens nacionais e internacionais, hospedagens do Sesc em Minas, ingressos para eventos do Sesc Palladium. O espaço ainda vai receber eventos culturais e oficinas para promoção da gastronomia mineira.”
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Por Arthur Mesquita, Ricardo Soares e Samuel Fernandes
A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro, acumula milhares de mortos, e a invasão russa contra a Ucrânia, que completará dois anos em fevereiro de 2024, deixando mais de 13 mil mortos, são dois dos maiores e mais notáveis conflitos armados neste momento. Pesquisa da BBC aponta que o mundo está enfrentando um status geopolítico de pelo menos oito guerras em curso em 2023, além de dezenas de conflitos armados de menor escala em busca de territórios ou governos.
Com o fim da Guerra Fria, a sensação de que uma terceira guerra mundial, um conflito iminente que seria destrutivo a ponto de acabar com o mundo todo, cessou e o status estabelecido foi de foi um momento de grande otimismo para a paz mundial, assim como ajudaram o fim da bipolarização ideológica entre os dois blocos rivais que disputavam a hegemonia global e a emergência de países como potências, trazendo a ideia de multipolaridade e interdependência entre eles.
Queda do Muro de Berlim
Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e a dissolução da União Soviética em 1991, muitos acreditaram que o mundo entraria em uma nova era de cooperação e diálogo entre as nações, baseada nos princípios da democracia e dos direitos humanos. A Carta de Paris, assinada em 1990 por 34 países europeus, os EUA e o Canadá, expressaram esse sentimento ao declarar que “uma nova era de democracia, paz e unidade” havia começado.
No entanto, esse otimismo logo se mostrou infundado, pois o fim da Guerra Fria não eliminou as tensões e os conflitos existentes no mundo, nem impediu o surgimento de novos desafios e ameaças à paz e à segurança internacionais. A persistência de conflitos regionais e étnicos, como na antiga Iugoslávia, na Somália, no Ruanda, no Oriente Médio, e na Irlanda do Norte trouxeram novos problemas para esse status de paz. A proliferação de armas de destruição em massa, especialmente nucleares, por países como o Irã, a Coreia do Norte, o Paquistão e a Índia, que aumentaram os riscos de uma guerra nuclear acidental ou intencional.
A emergência de novas potências econômicas e políticas, como a China, a Índia, o Brasil e a África do Sul, que desafiaram a ordem mundial dominada pelos EUA e seus aliados ocidentais, e geraram disputas por recursos naturais, mercados e influência. A crise econômica e financeira global de 2008, que afetou a estabilidade e o crescimento de muitos países, provocou protestos sociais, desemprego, desigualdade, pobreza e migrações forçadas, o que pode ser apontado como um dos fatores mais determinantes para acirramento de diversos conflitos no mundo inteiro, a guerra ao terror.
Em entrevista ao Conecta, o internacionalista Guilherme Issa analisa o acirramento do contexto geopolítico da guerra, em perspectiva histórica.
Guerra ao terror
Após o ataque do 11 de setembro, os Estados Unidos iniciaram a sua própria cruzada, para combater o terrorismo e os efeitos disso foram cruéis para a tentativa de criação de paz mundial. O aumento do terrorismo internacional, especialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que desencadearam a chamada “guerra ao terror” liderada pelos americanos contra grupos extremistas islâmicos, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico.
A guerra ao terror americana, direcionada principalmente à países do oriente médio e organizações extremistas como Al-Qaeda e o Estado Islâmico foi responsável por violar o direito internacional e a soberania dos países invadidos, como o Afeganistão e o Iraque, que não tinham relação comprovada com os ataques de 11 de setembro de 2001. Essa guerra causou também milhares de mortes de civis inocentes, além de destruir a infraestrutura e a economia desses países.
A guerra ao terror alimentou o ódio e o ressentimento contra os Estados Unidos e seus aliados, que foram vistos como invasores e opressores pelos povos locais. Também fortaleceu o recrutamento e a atuação de grupos terroristas que se aproveitaram do caos e da instabilidade gerados pela guerra para expandir sua influência e realizar novos ataques. Desestabilizou a região do Oriente Médio e do Norte da África, que já sofria com conflitos étnicos, religiosos e políticos. A guerra ao terror contribuiu para o surgimento ou o agravamento de guerras civis, como na Síria, no Iêmen, na Líbia e no Sudão, que provocaram milhões de refugiados, deslocados e vítimas de violações de direitos humanos.
Esta guerra gerou tensões e rivalidades entre as potências mundiais, como os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e o Reino Unido, que disputaram interesses e influência na região. Também afetou as relações diplomáticas e comerciais entre os países envolvidos, dificultando a cooperação e o diálogo para a resolução pacífica dos problemas globais.
A guerra ao terror foi determinante para o acirramento de diversos conflitos armados e uma perturbação da tentativa de criação da paz mundial, pois criou mais violência, insegurança e instabilidade, ao invés de promover a justiça, a democracia e os direitos humanos. Diferentemente do que havia sido pensado com o fim das grandes guerras, a partir do início do século XXI, novos conflitos armados surgiram em todo o mundo, mas em outros polos, fora dos grandes centros europeus.
A globalização e a interdependência econômica entre os países tornaram-se mais intensas, mas a paz não foi alcançada. A guerra sempre esteve presente no cenário geopolítico mundial, só não mais na França, Alemanha, Polônia, Itália e Rússia.
O mapa da guerra
O World Population Review destaca no mapa a seguir os países em guerra na atualidade. A versão interativa pode ser consultada no site.
África
O continente africano foi palco de inúmeros conflitos armados após o fim da Guerra Fria, que terminou em 1991 com a dissolução da União Soviética. Muitos desses conflitos foram heranças das disputas ideológicas e geopolíticas entre as duas superpotências, que apoiaram diferentes grupos e regimes durante a descolonização da África. Outros conflitos foram motivados por questões étnicas, religiosas, territoriais, econômicas e políticas internas dos países africanos. A paz nunca foi uma alternativa por lá, pois a violência, a instabilidade e a pobreza se perpetuaram em um ciclo vicioso.
A guerra civil da Somália, em 1991; o Genocídio de Ruanda, em 1994; a segunda guerra do Congo, que durou de 1998 a 2003; São exemplos de guerras que aconteceram e ocorrem no continente africano após o fim da Guerra Fria. Há muitos outros conflitos que ainda persistem ou que surgiram recentemente, como a guerra civil no Sudão do Sul, a guerra civil na Líbia, a guerra contra o Boko Haram na Nigéria, a guerra civil na Etiópia, entre outros.
A paz no continente africano é um desafio que requer a participação e a cooperação de todos os atores internacionais, respeitando a soberania, a diversidade e os direitos humanos dos povos africanos, como explica Panzo Bartolomeu, graduado em Relações Internacionais, com foco em estudos de economia internacional e geopolítica africana pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
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por Maria Julia Coelho Vieira
Em 1995 a Unesco elege o dia 23 de abril como o “Dia Internacional do Livro” durante o 28º Congresso Geral em Paris.
Como instrumento crucial no desenvolvimento intelectual, espiritual e individual do ser humano, os livros possuem uma vasta gama de benefícios e contribuições na difusão de conhecimento. O dia 23 de abril foi escolhido pela organização com base na data de nascimento ou morte de alguns autores famosos, como Maurice Druon, Haldor K.Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.
Desta forma, o dia de hoje ressalta a importância da leitura e reflexão em meio a tantos estímulos improdutivos que nos deparamos atualmente nas redes. A escrita, a leitura, tradução, publicação, todas essas atividades devem ser celebradas como virtude da liberdade e suas nuances, contrapondo a esse fluxo massivo de informações da realidade tecnológica em que vivemos atualmente.
Com a transição para o mundo digital, o consumo da leitura ganhou uma nova representação com o mercado de conteúdos digitais. O Kindle (leitor de livros digitais criado pela Amazon), por exemplo, é visto como uma opção prática e sustentável, por ser alternativa ao livro impresso e de fácil acessibilidade.
Apesar das distrações digitais, muitos jovens reconhecem o valor da leitura como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento pessoal, a ampliação do conhecimento e a melhoria das habilidades de comunicação e pensamento crítico. Assim, embora a tecnologia e outras formas de entretenimento possam competir com a leitura entre os jovens, muitos ainda reconhecem seu valor e encontram maneiras de integrá-la em suas vidas de maneiras diversas e significativas.
E para celebrar Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor vamos indicar alguns títulos interessantes recomendados pela nossa equipe:
Recomendação da estudante de Jornalismo da Universidade Fumec, Ana Clara Cabral
Livro: Cartas de amor aos mortos
Autora: Ava Dellaira
Gênero: Romance e Ficção.
“Esse livro é muito comovente, mostrando as emoções de uma garota que acabou de perder sua irmã. A intensidade contida em cada palavra faz com que a leitura seja leve e nos deixe com gosto de “quero mais”.
Recomendação da estudante de Jornalismo da Universidade Fumec, Gabriela de Castro
Livro: O Pior Dia de Todos
Autora: Daniela Kopsch
Gênero: Ficção Policial
“O Pior Dia de Todos é um livro inspirado nos fatos reais do Massacre de Realengo, porém utilizando da literatura para contar a história de duas personagens fictícias, mas que se parecem muito com tantas meninas da vida real. Uma leitura que traz reflexões sobre crescer sendo mulher no Brasil, através da abordagem de um massacre que teve misoginia como uma das motivações.”
Recomendação da Técnica do Laboratório de Jornalismo Impresso e Mídias Digitais, Mariana Barroso
Livro: A Última Música
Autor: Nicholas Sparks
Gênero: Ficção e Romance
“É uma obra excelente para quem gosta de um clichê. O livro narra a trajetória emocional de Ronnie Miller, uma adolescente rebelde e magoada, que é enviada para passar o verão com o seu pai distante. À medida que Ronnie se reconecta com seu pai por meio da música e da construção de uma relação complicada, ela descobre segredos do passado que mudarão a sua visão de mundo para sempre. Esta comovente história não é apenas sobre os desafios enfrentados por Ronnie, mas também sobre os laços familiares, segredos enterrados e segundas chances. Por meio do autor, somos levados a refletir sobre temas universais, como perdão, redenção e a importância de valorizar os momentos preciosos da vida.
Vale à pena a leitura!”
Recomendação da Designer de Moda e estudante de Jornalismo da Universidade Fumec, Maria Julia Coelho
Livro: Style Surfing – O que vestir no terceiro milênio
Autor: Ted Polhemus
Gênero: Estudo exploratório e Moda
“É um livro que nos faz refletir sobre o ciclo da moda através das décadas e como elas se traduzem no mundo contemporâneo. O autor traz argumentações baseadas no marketing e interpretação de tribos emergentes do início do século, abordando como se dá a criação e disseminação de uma tendência e, com elas, ícones que as personificam. É uma leitura extremamente enriquecedora e interessante.”
Recomendação da estudante de Jornalismo da Universidade Fumec, Vitória Figueiredo:
Livro: Minha Vida Fora de Série
Autora: Paula Pimenta
Gênero: Ficção
“Minha vida fora de série” é uma série de livros incríveis sobre as experiências da adolescência. Tem uma história fantástica e uma escrita envolvente. Quando leio os livros dessa saga, não tenho vontade de parar até terminar os 5 livros. E quando acabo, já quero ler de novo!”
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por Maria Julia Coelho Vieira
Instaurado na década de 70, o “Dia da Terra” foi idealizado como um grande protesto contra a poluição, mas hoje, ganha um significado ainda maior, dando espaço à recém consciência e educação ambiental trazidas como pauta pelas novas gerações. Preservar o planeta em tempos de recorde de altas temperaturas parece uma tarefa desafiadora, mas com a ajuda de pesquisadores e cientistas, projetos como o de transição energética para alternativas menos poluentes já são uma realidade a ser adotada nos grandes polos, visto que há uma concentração de gases na atmosfera em grande escala nos mesmos.
Com fotos reais de diversos biomas terrestres formando a palavra Google a ilustração do buscador manifesta a relevância da natureza e biodiversidade, e a urgência em protegê-las. De forma massificada, a empresa exerce o papel de educar o cidadão sobre como suas ações individuais ou coletivas podem estar no caminho certo e contribuem para a preservação do nosso meio ambiente.
Assim, podemos enumerar algumas dicas
- Reduzir, Reutilizar, Reciclar: Adotar o lema dos 3 Rs em sua vida diária fará uma grande diferença. Reduza o consumo de produtos descartáveis, reutilize itens sempre que possível e recicle materiais como papel, plástico, vidro e metal.
- Economizar Energia: Desligar luzes e aparelhos eletrônicos quando não estiverem em uso é uma opção. Opte por eletrodomésticos energeticamente eficientes e utilize fontes de energia renovável sempre que possível, como solar ou eólica.
- Conservar Água: É de suma importância tomar medidas para reduzir o consumo de água em sua casa. Procure consertar vazamentos, instalar dispositivos de economia de água e evitar o desperdício ao lavar pratos e roupas.
- Escolher Transporte Sustentável: Optar por caminhar, andar de bicicleta, usar transporte público ou compartilhar caronas é uma ótima opção, precisamos reduzir as emissões de carbono associadas ao transporte.
- Comprar Produtos Sustentáveis: Prefira produtos orgânicos, locais e de comércio justo sempre que possível. Procure por certificações ecológicas e sustentáveis ao fazer compras.
- Apoiar a Conservação da Natureza: Contribua para organizações de conservação, participe de projetos de voluntariado ambiental e apoie políticas que protejam habitats naturais e espécies ameaçadas.
Ao adotar essas práticas em nossa vida diária, podemos fazer uma diferença positiva significativa para o meio ambiente e para as gerações futuras. Compartilhe informações sobre questões ambientais com amigos, familiares e comunidade, e inspire os outros a adotarem práticas sustentáveis em suas próprias vidas.
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Por Vitória Figueiredo
No dia 4 de abril de 2024, quinta-feira, a Agência Atrio, primeira agência de comunicação integrada da disciplina Projeto Experimental da Fumec, realizou o seu Presentation. No evento, os integrantes da agência deram maiores informações sobre a Atrio aos professores, alunos, pais e convidados.
O nome “Atrio” faz referência ao pátio central de casas gregas e romanas. “Assim como o átrio, a Atrio Comunicação Integrada é onde são feitas as conexões e também onde é produzida uma comunicação de qualidade e eficiência”, de acordo com informações publicadas nas redes sociais da agência.
Foram exibidos vídeos de ações de divulgação da Átrio: os integrantes mostraram a entrega dos convites aos alunos e das camisetas da agência aos professores, a ação realizada no pátio da FCH e todo o material de divulgação da BH Gráfica, parceira da agência neste projeto.
Os participantes explicaram sobre o nome da agência, slogan, logotipo, cores, tipografia, material promocional, artigos de papelaria, documentos, dentre outros. Os patrocinadores da Atrio distribuíram brindes, com sorteio de produtos das marcas.
Comunicação Integrada
A Atrio é a primeira agência de comunicação integrada da disciplina Projeto Experimental. A agência de comunicação integrada inclui a atividade publicitária da comunicação, com conteúdo para redes sociais e propagandas, e a produção jornalística, que envolve a assessoria de imprensa e elaboração de matérias de interesse público.
Ana Luisa Fonseca, responsável pela assessoria de imprensa da Atrio, explicou a diferença de uma agência de comunicação integrada. “A agência de comunicação integrada tem toda essa parte do Jornalismo e da assessoria. Tem a parte das peças gráficas, que é publicitária, e a textual, das notícias, que serão feitas por nós, jornalistas”.
“As agências anteriores são muito focadas na parte publicitária, não possuem esse viés social que a nossa agência vai ter”, informa Ana Luisa. Desta forma, enfatiza, as opções de atuação dos estudantes na organização foram ampliadas.
“Se a gente fosse montar uma agência apenas de Publicidade, nós, do Jornalismo, íamos perder muito conteúdo. Se fosse uma produtora, os publicitários também perderiam muito conteúdo”, ressalta. “Então, a gente decidiu montar uma agência de Comunicação Integrada, para que tanto os jornalistas quanto os publicitários da nossa equipe pudessem colocar em prática os conteúdos que foram aprendidos ao longo do curso”.
Presentation
Ana Luisa comentou sobre a sensação da equipe com o fim do Presentation: “A gente está com uma sensação de alívio, de felicidade”, relata. “Você passa quatro anos imaginando: ‘meu Deus, vai chegar minha hora [de fazer o Presentation], vai ser eu em cima daquele palco’. E tem aquele nervosismo, aquela correria, mas, graças a Deus, deu tudo certo “, comemora.
Para a estudante, a expectativa com as outras etapas do trabalho é positiva: “A expectativa, daqui pra frente, é que a gente consiga realizar um bom trabalho, que siga nesse processo”, relata. “Nossa equipe é muito unida e esforçada. Acho que a gente vai, sim, conseguir apresentar um bom trabalho no final”.
Cliente
O cliente escolhido pela Agência Atrio para assessoria foi a ONG ‘Todos por uma boa causa’, que produz perucas para pacientes em tratamento oncológico e, além disso, realiza micropigmentação de sobrancelhas. “Marconi, fundador da ‘Todos por uma boa causa’, foi super receptivo com a gente, desde o começo”, conta.
“A causa deles é muito especial. Acompanhamos o trabalho dele”. Ana Luisa acredita que a escolha da ONG como cliente da Atrio foi benéfica para as duas partes:
“Eles precisavam de ajuda, a gente precisava de um cliente. Uniu o útil ao agradável. A causa deles é uma causa muito bonita, com a qual a gente, se Deus quiser, vai conseguir contribuir bastante”.
A ONG
“Todos por uma boa causa” é uma ONG que oferece perucas e tratamentos estéticos a pacientes oncológicos. A organização trabalha por meio de doações de cabelo, por exemplo. Marconi Ribeiro, fundador e presidente, explica sobre o objetivo da entidade, fundada a partir de sua própria história de vida.
“Eu fui cabeleireiro, profissional da área da beleza, durante 30 anos. Perdi minha avó, mãe e quatro tias devido ao câncer. Como eu cuidei de muitos cabelos, sei que, pra muitas mulheres, o cabelo é a honra delas. É a dignidade”, revela. “Então, quando a gente consegue devolver essa autoestima para elas, é muito gratificante. É essa a motivação da ONG”, explica.
Ribeiro falou, também, sobre a escolha da Atrio por ter a ONG como cliente. “Foi uma surpresa muito grande, pra mim, de ter recebido o telefonema dos integrantes da agência no ano passado, falando que queriam abraçar a nossa causa, para a gente poder devolver a autoestima das pessoas”, relata.
“A gente estava até um pouco desanimado, devido à falta de pessoas pra nos assessorar, e quando a gente ficou sabendo sobre a agência de Publicidade, de pessoas que estão ali cheias de gás para poder dar essa força pra gente, nós ficamos muito gratos”, conta o presidente. “Esse contato é muito importante pra gente poder crescer e as pessoas reconhecerem o trabalho realizado pela ONG”.
Serviço
A ONG aceita doações de cabelos para a produção de perucas. Outro objetivo é a compra de insumos, como toucas e linhas, e a ministração de cursos de tecimento, para as pessoas aprenderem a confeccionar as perucas.
Para quem tiver interesse em cortar e doar cabelo, a ONG realiza corte gratuito, mediante agendamento, às segundas, terças e quartas. A “Todos por uma boa causa” também tem parcerias com salões de beleza, onde são realizados os cortes. De lá, saem os cabelos para confecção de perucas.
“Todos por uma boa causa”
Instagram: ongtodosporumaboacausa
Whatsapp: (31) 97340-4039
Assista, na íntegra, a entrevista com o presidente da ONG “Todos por uma boa causa”, Marconi Ribeiro:
Eventos
Além do Presentation, a Agência Atrio realizou, também, uma ação no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde. O evento aconteceu no dia 2 de abril de 2024 e teve como objetivo divulgar a agência. Houve sorteios, brincadeiras, lanches e distribuição de brindes.
Veja como foram os eventos promovidos pela Agência Atrio:
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por Vitória Figueiredo
A Átrio, agência experimental do 8° período de Comunicação Social da Universidade FUMEC, promoveu, nesta terça-feira (02/04/2024) uma ação no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde. O evento contou com a presença de alunos e professores da FCH.
Dentre as atrações, houve brincadeiras, como beer pong e “estoure o balão”, que davam direito a brindes; comidas, bebidas e DJ. Os patrocinadores da agência de comunicação também levaram entretenimento ao público: a rádio Liberdade FM distribuiu presentes e a Tupperware realizou sorteio de produtos. A marca de beleza Studio Bem Star deu amostras de mercadorias e pegou inscrições para sorteios. Para completar, a Girus 360 divertiu quem estava no evento com uma plataforma de filmagem 360.
A ação objetivou divulgar a agência, que, no dia 04 de abril, realizará o Presentation. A apresentação ocorrerá no Auditório Phoenix, na FCH, e dará à comunidade acadêmica maiores informações sobre a Átrio.
Rebeca Soares, responsável pela revisão de projeto, falou sobre os objetivos da Átrio, primeira agência de comunicação integrada experimental da FUMEC.
A estudante comentou, também, sobre a expectativa dos integrantes da Átrio com a proximidade do Presentation: “Nós estamos muito ansiosos, mas temos confiança, porque não somos apenas um grupo, e sim uma equipe”, destacou. “Todos realmente estão carregando seu peso, dispostos a ajudar e a cumprir sua parte. Confiamos que vamos passar por essa etapa, e depois vamos ter a banca [avaliadora do TCC], e vai dar tudo certo”.
No final, Rebeca falou mais sobre o Presentation: “Nós vamos ter sorteios, brindes e, talvez, algumas surpresinhas na entrada e na saída”, ela relatou. E terminou fazendo um convite: “Todos estão convidados. Será no dia 04 de abril, quinta-feira, às 9h40, no auditório Phoenix, aqui na FCH, na FUMEC”, finalizou.
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por Gabriela de Castro
Na manhã dessa quarta feira (13), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organizou uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, no bairro Serra. Com o apoio de movimentos sociais como o Movimento Negro Unificado, o Levante Popular da Juventude e o Movimento Brasil Popular, a ação acompanhou a audiência que tratava a situação de um acampamento recém ocupado pelo MST em Lagoa Santa.
A audiência, que busca uma conciliação entre o movimento e os proprietários da terra, foi marcada após uma visita técnica à ocupação pela Vara Agrária de Minas Gerais. Um dos questionamentos das lideranças do movimento é o motivo da abordagem da Polícia Militar, que cercou o acampamento consolidado por mulheres trabalhadoras do campo no dia 8 de março.
José Carlos de Souza, do Movimento Negro Unificado (MNU), ressaltou durante a manifestação o direito constitucional dos trabalhadores rurais sem terra de ocuparem regiões improdutivas: “O que defendemos é o que está na constituição: terra improdutiva tem que estar a serviço da reforma agrária. A maioria dos que estão nas ocupações e estão abandonados pelo Estado somos nós, negros e negras.”
Bella Gonçalves, deputada estadual de Minas Gerais pelo PSOL, também participou do protesto e defendeu os direitos dos moradores do acampamento: “O mais importante hoje é barrar qualquer tentativa de despejo violento em uma terra que estava absolutamente vazia. Se vocês fossem lá (no primeiro dia de ocupação), veriam currais abandonados, um casarão quase destruído e mato para todo lado. Quando voltei na segunda feira, havia tratores plantando árvores e lavrando a terra, despertando esperança não só para Lagoa Santa, mas para todo o povo de Minas Gerais”. Gonçalves, que acompanhou a audiência, se comprometeu a levar a pauta ainda hoje para a Comissão de Direitos Humanos, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
A manifestação foi encerrada após o dirigente estadual do MST, Silvio Netto, anunciar a decisão final da audiência, que foi considerar o território improdutivo e legitimar a ocupação do movimento.
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Por Ana Luisa Fonseca
Os universitários do 8º período dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda se preparam para o lançamento da primeira Agência de Comunicação Integrada Experimental na Universidade Fumec. A empresa, produto inédito entre os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), tem como objetivo demonstrar na prática os conhecimentos adquiridos no percurso acadêmico e preparar os futuros profissionais para os desafios no ambiente profissional.
Atrio, nome escolhido para a agência, remete a um termo na arquitetura que designa o pátio central em casas gregas e romanas, além de nomear o tanque que capta água das chuvas. O átrio, muitas vezes possui passarelas, corredores, áreas de assento e congregação de pessoas. Assim, como o átrio, a Atrio Comunicação Integrada, é aonde são feitas as conexões e também aonde é produzido uma comunicação de qualidade e eficiência por meio de campanhas de comunicação integrada abrangentes e eficazes afim de construir e fazer a manutenção da reputação de uma empresa ou marca.
A apresentação da agência à comunidade acadêmica envolve várias ações, começando pela divulgação da agência por meio de banners, adesivos e cartazes que serão espalhados por toda a faculdade. O lançamento festivo da Atrio para a comunidade acadêmica será realizado no pátio da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde (FCH). Nesta ação, os integrantes da agência farão uma confraternização com lanches, brincadeiras e muitos brindes para aqueles que se fizerem presentes ao evento.
Por fim, o Presentation da agência será no Auditório Phoenix. Na oportunidade, será apresentado também o cliente assessorado pela Atrio, a Organização Sem Fins Lucrativos (ONG) ‘Todo Por Uma Boa Causa’, que oferece tratamentos estéticos para pessoas em situações oncológicas, como por exemplo, a montagem de perucas para pacientes que perdem os cabelos devido aos tratamentos rigorosos para conter a doença, como a quimioterapia. Além desse serviço, a ONG oferece também micro pigmentação de sobrancelhas e auréola, auxiliando para que o processo de tratamento e cura desses pacientes seja menos doloroso.
Para esta etapa do projeto, a Agência Atrio recebe o apoio de colaboradores que acreditam e investem na educação. Entre esses apoiadores estão a BH Gráfica, responsável por todos os materiais de divulgação do projeto; o Studio Bem Estar e a Distribuição Zênite da Tuppeware, que colaboraram financeiramente para custear a realização do trabalho, além de outros parceiros que contribuíram com brindes usados para as ações promocionais.
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Por Júlia Rodrigues
Paola Antonini, modelo e influenciadora que conquistou o público pela sua resiliência, agora está a frente como apresentadora do novo programa de aventuras da Globo Minas. “Logo ali”, exibido aos sábados, aborda e pratica diversos esportes. Sua jornada, marcada pela superação, está detalhada no perfil da influenciadora publicado na 18ª edição da revista Ponto e Vírgula, abordando a vida de Paola após a amputação da perna. Confira os desafios superados por Paola, suas conquistas alcançadas e a inspiração na reportagem de Guilherme Marrara na 18º edição da revista Ponto e Vírgula.
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Por Larissa Figueiredo e Vitor Rodrigues
A arquitetura hostil faz intervenções em espaços públicos livres com o intuito de restringir o direito à circulação e à permanência de pessoas em situação de rua. São consideradas técnicas construtivas hostis qualquer intervenção ou estratégia que utilize materiais, equipamentos, objetos, mecanismos e estruturas, edificadas ou não, com o objetivo de afastar ou limitar, no todo ou em parte, o fluxo e o acesso de pessoas.
Nos âmbitos federal e estadual e níveis do judiciário e legislativo, estão sendo tomadas medidas para a proteção da população de rua diante da arquitetura hostil, no entanto, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o Projeto de Lei 252/2022, de autoria das vereadoras Bella Gonçalves (PSOL) e Iza Lourença (PSOL), que dispõe sobre a proibição da arquitetura hostil, está suspenso desde março de 2023.
A população de rua da capital mineira é composta por 5.344 pessoas, segundo números do Censo Pop Rua 2022, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os gráficos seguintes mostram a origem desta população e as causas da sua permanência na rua, conforme a pesquisa.
Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) referendou decisão do ministro Alexandre de Moraes que havia determinado aos estados, Distrito Federal e municípios a observância imediata das diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua (Decreto federal 7.053/2009). O Plenário também manteve o prazo de 120 dias para que o governo federal elabore um plano de ação e monitoramento para a efetiva implementação da política nacional, respeitando as especificidades dos grupos familiares e evitando sua separação.
A decisão do colegiado foi tomada no fim de agosto nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 976, ajuizada pela Rede Sustentabilidade, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Em vigor desde 17 de outubro, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou a Lei 24.512, de autoria da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que altera a Política Estadual para a População em Situação de Rua, vedando o emprego de técnicas construtivas hostis nos espaços públicos livres que visem a restringir o direito à circulação e permanência dessa população.
“É um comando proibitivo para que não sejam colocados em espaços públicos livres qualquer intervenção que tenha por objetivo restringir o direito à circulação ou permanência das pessoas. Então, essa responsabilidade é do poder público, mas também da sociedade. O Poder Executivo precisará regulamentar a lei de forma que o que exista de arquitetura hostil seja retirado, fazer campanhas educativas a respeito”, explicou a deputada.
Para além das medidas imediatas, a parlamentar afirmou que é preciso reeducar a população sobre o preconceito com a população de rua. “Precisamos enfrentar o que chamamos de aporofobia, esse medo e ódio das pessoas pobres. As intolerâncias, violências, assassinatos são incentivados e legitimados em nossa sociedade. Uma pessoa sem moradia, sem condições de viver com dignidade, com insegurança alimentar é responsabilidade de toda a sociedade. A escola precisa falar disso. Não podemos formar jovens intolerantes ou indiferentes”, esclareceu.
“Ter arquitetura hostil em nossas cidades é sobre isso, o ódio ao pobre e a tentativa permanente de expulsá-lo dos espaços públicos. Como o governador não sancionou, o projeto retornou para a Assembleia Legislativa que, por sua vez, promulgou e o projeto se tornou lei”, afirma Beatriz.
O próximo passo é que sejam retiradas as obras de arquitetura hostil em Minas Gerais. “A lei é um grande avanço dentro de uma agenda da cidade que pertence a todas as pessoas e de impedir práticas de higienização social. O impacto esperado é inibir a prática de quaisquer técnicas (equipamentos, construções, disposição de objetos, estruturas) para afastar ou restringir a circulação das pessoas em situação de rua. Além disso, é preciso que haja a retirada do que já existe em nosso Estado.”
Uma pedra no meio do caminho
O poema de Carlos Drummond de Andrade, ‘’No Meio do Caminho’’, retrata os obstáculos e problemas da vida com uma pedra no meio do caminho. Assim é que, muitas vezes, os moradores de rua são vistos pela sociedade.
Para a doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, Thaís Corrêa, é necessário que haja conscientização da população e as pessoas entendam a necessidade de políticas públicas para as pessoas em situação de rua, visando o direito à cidade que tem como base a coletividade e a inclusão.
Como explica a pesquisadora em entrevista ao Conecta, essa técnica arquitetônica não afeta apenas um grupo da sociedade, mas, também, idosos, crianças e pessoas com deficiência.
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Por Gabriela de Castro
A 18ª edição da revista Ponto e Vírgula, lançada neste mês, aborda diversos temas em reportagens sobre necropolítica e o racismo, fobias de galinhas e tubarões, literatura independente e cozinha solidária. A matéria de capa sobre o Bournout trata do transtorno psíquico causado pela exaustão extrema, cada vez mais comum devido às crescentes demandas profissionais no local de trabalho.
A revista também apresenta o perfil da modelo e influenciadora Paola Antonini, que viu sua vida mudar totalmente após ter que amputar a perna. Ela estreou como atriz na série da Netflix “Todo Dia a Mesma Noite”, que narra a luta dos familiares das vítimas do incêndio na Boate Kiss. Ao final, há perfis homenageando grandes personalidades que nos deixaram recentemente, como Elza Soares, Gal Costa, Rita Lee, Jô Soares, Glória Maria, Pelé e Tina Turner.
Confira a 18ª edição da revista Ponto e Vírgula. Boa leitura!
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Por Pedro Oliveira
Com duas apresentações no último domingo, 3, e na segunda-feira, 4, Paul McCartney fez sua terceira visita a Belo Horizonte para apresentar sua turnê “Got Back” Turnê que pode marcar a despedida do ex-beatle dos palcos. O possível derradeiro show do eterno beatle, de 81 anos, ocorreu diante da Arena MRV lotada. Sucessos como “A Hard Days Night” (The Beatles, 1964), “Hey Jude” (The Beatles, 1968), “Ob-La-Di, Ob-La-Da” (The Beatles, 1968) e outros que permanecem na memória de várias gerações não ficaram de fora do setlist.
Na segunda-feira, o artista subiu ao palco às 20:50. Enquanto aguardavam, os fãs prestigiaram um DJ que tocava músicas dos Beatles. Uma animação com imagens da carreira de Paul McCartney complementou o aquecimento. Mesmo com a pontualidade britânica falha, o público, emocionado, acompanhou o cantor durante todo o show. “Oi, BH! Boa noite, véi! Estou aqui, uai”! Saudou Paul, em muito bom português. Novamente, para o delírio de todos os presentes.
A forte chuva que atingiu Belo Horizonte horas antes do show de segunda-feira deu lugar a um céu estrelado sob a Arena MRV iluminada pelas luzes, projeções, lasers, efeitos especiais do palco e por lanternas de celulares nas arquibancadas e na pista do local. Cenário perfeito para uma celebração a John Lennon, morto em 1980, e George Harrison, vítima de câncer em 2001. Os parceiros de Paul foram lembrados, respectivamente, em “I’ve Got a Feeling” (The Beatles, 1970) e “Something” (The Beatles, 1969).
McCartney exibiu plena vitalidade. Durante todo o espetáculo não fez pausas e o tempo todo dividia-se entre a guitarra, violão, pianos e ukulele, sempre animando a plateia. O baixista dos Beatles não saiu de cena nem para beber água ou tirar o paletó do terno preto e branco que usava. Sua voz, assim como seu talento, permanece vigorosa enquanto transita entre agudos e graves do rock n’ roll. Ao final do espetáculo, junto à sua banda, o artista e os músicos ergueram bandeiras do Brasil, da Inglaterra e do movimento LGBTQIA +.
O cantor Milton Nascimento foi ovacionado ao chegar em um dos camarotes da Arena MRV para o segundo show do colega de profissão, homenageado em “Para Lennon e McCartney” (Milton Nascimento, 1970). Além de Bituca, nomes como Charles Gavin, Fernanda Takai, Henrique Portugal e Branco Mello marcaram presença na apresentação de Paul McCartney em Belo Horizonte. “Agora é hora de ir embora”, disse, novamente em português, ao agradecer ao público e sua equipe.
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Por Ana Luísa Ribeiro
Para romper com a ideia carregada de estereótipos negativos de que museu é lugar de guardar coisa velha, o Museu dos Brinquedos, localizado na Avenida Afonso Pena, 2.564, na região Centro-sul de Belo Horizonte, foi criado com uma nobre missão: preservar e valorizar a memória da infância. Fundado em 2006, o espaço transcende o tempo e celebra a magia da infância.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Gabriela de Castro
Por meio da posse de um prédio comercial abandonado na Rua da Bahia, no centro da capital mineira, a Ocupação Maria do Arraial tem como principal objetivo garantir à população despossuída o direito à moradia. Ocupar o espaço e transforma-lo em habitação coletiva é uma iniciativa dos integrantes e militantes da Unidade Popular (UP) e do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
De acordo com Ana Luiza Moura, que reside em Maria do Arraial, o processo foi gradual: “Viemos de um núcleo de base, participamos de reuniões. Não foi apenas juntar todo mundo para entrar, não”. Poliana de Souza, coordenadora nacional do MLB, ressalta a importância desse procedimento: “O MLB tem inclusive comissões que estudam imóveis abandonados, que não cumprem função social e que geram ônus para a cidade por causa de dívidas. Um prédio como esse abandonado é um custo enorme para o município”.
O nome da ocupação é uma homenagem a Maria do Arraial, que habitava uma casa localizada onde é atualmente o Palácio da Liberdade, destruída sem aviso prévio durante a transição do Arraial Curral Del Rey para Belo Horizonte — capital que foi planejada. Diante da situação, Maria teria rogado uma maldição sobre os futuros governadores. “Há muito tempo ela morava aqui, então os governantes a expulsaram para construir a cidade. A gente usou esse nome justamente no sentido de retomada da Maria do Arraial. Quer dizer que ela ainda está aqui para assombrar esses governantes”, explica Ana Moura.
O edifício, originalmente comercial, tem sido adaptado de acordo com as possibilidades e necessidades dos moradores. “O prédio é comercial, então, tudo é uma fase de adaptação, até mesmo porque são várias pessoas e pensamentos diferentes”, explica Ana Moura. Durante os meses que se passaram desde a ocupação, em julho, os habitantes conseguiram construir espaços como sala coletiva (onde fica a televisão e são realizados os encontros entre as pessoas), assembleia (onde acontecem as reuniões), cozinha comunitária e creche. “A ocupação é a última forma de luta. Primeiro as famílias tentam os programas habitacionais, e muitas vezes não conseguem”, relata Poliana de Souza.
Quanto à relação com a prefeitura, o processo é de negociação. “O presidente do Senac trouxe uma proposta insana de 1.000 cestas básicas e auxílio aluguel de três meses. E depois de três meses? Fazer o que? Voltar pra rua?”, questiona Ana Moura. Entretanto, a ocupação encontrou como aliados outros movimentos sociais e partidos políticos. “A luta nessa proporção tem uma rede de apoio gigante, então, outros movimentos vieram apoiar e ocuparam com a gente na madrugada. Temos apoio do campo da esquerda, inclusive entre os parlamentares. São solidários à nossa luta”, explica a coordenadora.
Ela ainda desmistifica a relação construída no imaginário de uma parcela da população sobre a ocupação e sua relação com o vandalismo, e como a localização garante aos habitantes uma melhor qualidade de vida. “Dizem que ocupação é coisa de vagabundo. Se você andar aqui no prédio, não vai encontrar ninguém. As pessoas saem daqui 7h da manhã. E por que? Porque estão no centro. Se morassem na periferia, saíram muito mais cedo. Elas vão a pé para o trabalho, conseguem chegar mais cedo, conversar entre si, organizar a luta coletiva e brincar com os filhos. Sem contar que é perto das melhores escolas e do lado da área hospitalar de Belo Horizonte. Morar no centro traz milhares de direitos normalmente negados ao povo, como o lazer, a cultura, o esporte e a educação”.
A ocupação pode ser auxiliada através de trabalho voluntário e de doações (PIX: mlbminas.luta@gmail.com)
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Por Ana Luísa Ribeiro
O Projeto de Lei nº 3.268/2021, originado no Senado e que propõe a instituição do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado nacional, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e, agora, segue para sanção presidencial. O projeto, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), tem como objetivo celebrar a luta, a força e a resistência do povo negro que desempenhou um papel fundamental na construção do Brasil.
Atualmente considerado feriado em seis estados e cerca de 1,2 mil cidades, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, remete à morte do líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores do período Brasil-Colônia. Com a aprovação na Câmara dos Deputados, este será o primeiro novo feriado nacional desde 1980, marcando um marco significativo na legislação brasileira.
O projeto teve origem no Projeto de Lei do Senado (PLS) 482/2017, sob a autoria do senador Randolfe Rodrigues, e foi relatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) na Comissão de Educação (CE), em agosto de 2021. Na Câmara, a relatoria ficou a cargo da deputada Reginete Bispo (PT-RS), que desempenhou um papel crucial na condução do projeto.
Nas redes sociais, tanto o autor quanto o relator expressaram alegria pela aprovação na Câmara dos Deputados. Randolfe Rodrigues destacou a importância do feriado para a memória, reparação e justiça, enquanto Paulo Paim classificou a conquista como histórica, ressaltando o papel significativo do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A criação deste feriado nacional é uma demonstração do reconhecimento da importância da história e cultura afro-brasileira, fortalecendo a promoção da igualdade e o combate ao racismo no país. Agora, aguardamos a sanção presidencial para que o 20 de novembro seja oficialmente consagrado como um dia para celebrar a rica herança e contribuição do povo negro à construção da nação.
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Por Guilherme Dias, Lerço Ruas e Mateus Brina
O Conecta conversou com Rebeca Lima, diretora de eventos e secretária do Diretório Central Estudantil (DCE) da Universidade Fumec. Na entrevista a seguir, ela nos conta sobre os bastidores e o funcionamento da Atlética Universitária, inclusive a parte jurídica e de organização de eventos, tanto em relação às mobilizações físicas como aos custos com materiais esportivos, além da importância destas práticas para saúde mental dos universitários. A Atlética é uma associação formada por estudantes de um ou mais cursos da Fumec. Além disso, é conduzida voluntariamente por estudantes e não um departamento oficial com profissionais da instituição. Já o DCE é a entidade de maior representatividade estudantil que organiza e expressa as agendas e demandas dos alunos, representando-os junto à Reitoria, níveis administrativos e deliberativos da instituição, governo estadual ou federal.
Conecta – Como você conheceu e envolveu-se com a Atlética?
Rebeca Lima – Eu entrei na faculdade em 2016, quando eu cheguei a Atlética aparecia um pouco mais, era uma época em que as pessoas estavam muito mais envolvidas e abraçavam muito o nome da Atlética, naquele tempo você só via camisas dos cursos de direito e engenharia, então nós ficávamos curiosos para saber o que era aquilo e de onde vinha esse pessoal. Foi por causa dessas ações nos pátios, as camisas, que tive meu primeiro contato com eles.
“Além de prática saudável pro corpo, traz a mente para momento são”
Conecta – Qual é a importância dos esportes durante a vida universitária?
RL – O dia a dia de uma faculdade, cobrança para se formar, ter um diploma, você acaba pegando responsabilidade muito cedo. E o meio esportivo, além de ser uma prática saudável pro corpo, acaba trazendo a mente para um momento mais são, ajuda a aliviar o estresse da semana e promove um bem-estar social. Talvez o dia a dia da faculdade, por ser muito maçante, uma responsabilidade muito grande, e de não termos uma distração nos horários de aula, torna esse momento de treino uma parte importante para promover bem-estar.
“Cada cargo tem responsabilidade em trazer ação em conjunto”
Conecta – Quais são as principais responsabilidades do seu cargo dentro da Atlética?
RL – Dentro da Atlética temos vários cargos, hoje eu sou a assessora de eventos e cada cargo tem a sua responsabilidade em trazer essa ação em conjunto para os alunos. A principal hoje é tornar a Atlética mais visível para os alunos pós-pandemia que não tiverem esse contato tão grande com ela e ainda não conhecem o que é fazer parte de uma. E, além disso, a Atlética dentro da faculdade é um meio de comunicação entre as diretorias e com as reitorias, onde nós conseguimos trazer benefícios para os próprios alunos também.
Conecta- Quais foram os maiores desafios que você enfrentou na Atlética e como os resolveu?
RL – Por mais que não pareça, a Atlética é uma empresa, é um CNPJ. Então, quando a gente assume esse compromisso, nós temos que ter atos de eleição, temos todas essas responsabilidades no papel. A principal é você fazer com que a empresa “rode sempre no positivo”, vamos falar assim, afinal nós oferecemos treinos, damos benefícios para os alunos, e todas essas coisas custam dinheiro. Então a primeira parte é fazer com que a nossa empresa gire 100%. A experiência que isso traz para as pessoas, o modo de resolução desses problemas foi o nosso maior aprendizado nisso tudo, porque acaba que a gente lida literalmente com processos, a parte jurídica da empresa onde temos que administrar.
“A gente teve um reconhecimento e adesão de alunos que não esperávamos”
Conecta – Qual é o momento memorável que você teve como membro da atlética até agora?
RL – Foi em 2019. Acho que foi o último dos campeonatos que a gente participou, para uma Atlética ir para um campeonato desse nível estadual, que é o Engenharíadas, esse foi o primeiro campeonato daquele ano. Temos que rodar muita coisa, temos que entender de logística, saber fazer a parte financeira, preparação de produtos, preparação dos eventos, e todas as coisas do tipo. Foi o ano em que conseguimos levar uma delegação daqui da Fumec de quase 500 pessoas para o Engenharíadas em Sete Lagoas e um marco gigante para a gente. Levamos uma delegação de 500 pessoas, a maior que a gente já conseguiu levar num evento esportivo, além do mais, para a empresa, foi um ano muito lucrativo, a gente teve um reconhecimento muito grande e tivemos uma adesão de alunos que nós não esperávamos. E esse ano, com certeza, entrou para a história da Atlética.
Conecta – Como a Atlética promove os esportes na vida dos estudantes?
RL – Nós temos uma parte que é voltada exclusivamente para o esportivo. A gente tem uma diretoria esportiva com avaliadores e fornecemos materiais esportivos para os treinos, facilitamos, olhamos as quadras, olhamos os treinadores, porque é muito importante ter esse apoio responsável de quem está ali para realmente ensinar. E os nossos atletas têm descontos para participar e têm todo o respaldo que a gente pode dar para eles para poder promover esse esporte dentro da faculdade.
“O esporte e lazer trazem essa coisa amena dentro da responsabilidade de cuidar do futuro”
Conecta – O quanto a “distração” e o lazer ajudam os universitários ao longo da vida acadêmica?
RL – Como falei no início, a responsabilidade de estar dentro de uma faculdade é muito grande, a pressão para se conseguir o diploma, para formar dentro de cinco anos. Todos sabem que hoje um dos maiores problemas do século são os transtornos psicológicos que essa responsabilidade traz para um jovem, pensando que uma pessoa entra na faculdade com 18 anos e não tem uma maturidade formada ainda. O esporte e o lazer trazem essa coisa amena dentro dessa responsabilidade gigantesca que é estar cuidando do próprio futuro. E o bem-estar, a interação social, é algo importante que nós precisamos trabalhar, até para conseguir empregos em grandes empresas isso faz parte do processo.
Conecta – Sobre o DCE, como você faz para dividir as duas funções na Fumec? Sobra tempo ou não encontra dificuldades?
RL – A gente programa, você tem que tirar pelo menos duas horas do seu dia para se dedicar totalmente às coisas da Atlética, para manter sua empresa em dia. Como eu disse, é uma empresa e você tem responsabilidade nela. Então, não podemos deixar as coisas passarem. É preciso dividir uma horinha para uma, uma horinha para outra. Aqui no Diretório Central, eu passo a manhã, durante esse tempo, eu consigo trabalhar todas as demandas, atender os alunos, ouvir os pedidos, as reclamações, as faltas, o que eles estão precisando. Já no período da tarde e da noite, temos que dar uma paradinha para entrar no CNPJ, ver o que está precisando, onde precisa de mais atenção.
“Temos muito orgulho de vestir a camisa da Fumec, se você sente essa mesma vontade é só vir aqui conhecer a gente”
Conecta – Para encerrar, qual o convite que você faria para os estudantes para participar da Atlética?
RL – O primeiro é de vir conhecer a nossa salinha, né? Para entender um pouco mais, nossa sala está lá exposta com todos os troféus das competições que a gente participa. Nós participamos principalmente de duas, uma estadual e outra em nível nacional, onde as pessoas competem com várias faculdades. Se a gente parar para pensar, é uma forma de levar o nome da Fumec para fora. Depois de conhecer a salinha, para um tempinho, converse com alguém, sempre vai ter o diretor financeiro, eu, diretora de eventos, a diretora de esportes também está sempre aqui presente. Nós sabemos que existem muitos preconceitos formados sobre a palavra “Atlética”, as pessoas acham que é só farra ou algo do tipo, mas a importância da empresa e o que a empresa fornece é gigante. Nós temos muito orgulho de vestir a camisa da Fumec, se você também sente essa mesma vontade é só vir aqui conhecer a gente.
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Por Laura Mariano
Primeira alternativa para diminuir o uso de agrotóxicos, as joaninhas são insetos carnívoros utilizados em hortas, jardins e quintais como controle natural de pragas. Moradores de Belo Horizonte podem usufruir e solicitar esse agrotóxico natural. Entre a fauna e flora do Parque Mangabeiras, a Casa Amarela abriga um ambiente para realizar a criação destes insetos: A Biofábrica de Joaninhas e Crisopídeos da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Belo Horizonte.
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Por Pedro Oliveira
A cantora Paula Toller retornou a Belo Horizonte no sábado, 25, para comemorar seus 40 anos de carreira com o show “Amorosa”. Com o Arena Hall, na Savassi, lotado, a vocalista do Kid Abelha, encerrado em 2016, encantou o público com canções da banda, um dos ícones do rock brasileiro nos anos 80 e de sua carreira solo.
Com pequeno atraso, Paula subiu ao palco entoando “I Gotta Feelling”, hit do grupo estadunidense Black Eyed Peas, em um pout-porri com “Fixação” (Kid Abelha, 1984). Ao cantar “Como Eu Quero”, a cantora carioca pediu à plateia que acendesse as lanternas dos celulares. “Essa música representa a nossa relação amorosa”, explicou.
Emoldurada pelo cenário de Gringo Cardia, com imagens do pintor e modernista Genaro de Carvalho, em “Amorosa”, Paula Toller teve, ainda, apoio dos músicos: Liminha (violão), Gustavo Camardella (violão), Pedro Dias (baixo), Gê Fonseca (teclados) e Adal Fonseca (bateria). O nome do show alude ao álbum “Amoroso” (João Gilberto, 1977).
Sucessos como “Nada Sei” (Kid Abelha, 2002), “Pintura Íntima” (Kid Abelha, 1984), “Não Vou Ficar” (Tim Maia, 1971) e “Todo Meu Ouro” (Kid Abelha, 1989), cantada por Paula Toller no formato voz e violão, não ficaram de fora do roteiro costurado por músicas que permanecem eternas pelo séquito do Kid Abelha e, consequentemente, da cantora.
No show, Paula prestou, também, uma homenagem à Rita Lee, falecida em maio, e à Beni Borja, um dos fundadores do Kid Abelha, vítima de um infarto em 2021. Solicitando vivas à rainha do rock, Paula interpretou “Agora Só Falta Você” (Rita Lee, 1975). Beni foi lembrado em “Perguntas”, último single lançado pela cantora.
Paula, aos 61 anos, teve, mais uma vez, sua jovialidade evidenciada. Em quase duas horas de espetáculo, a carioca cantou, dançou e interagiu com o público que, animado, a acompanhou. “É a primeira vez que retorno a Belo Horizonte após a pandemia. Então, celebremos nossa resistência”, comemorou.
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Por Gabriela de Castro
A data de 29 de novembro é considerada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. Em 1947, a resolução 181 era aprovada pela ONU que sugeria, na data, que os povos árabes e judeus partilhassem a Palestina. Em 1977, a situação era de que o povo palestino seguia sem Estado. Nesse contexto, foi aprovada a resolução 32/40 B, associando o dia 29 de novembro à solidariedade à Palestina.
O Conecta entrevista a seguir o editor de opinião do jornal O Tempo, mestre em Relações Internacionais com foco em estudos estratégicos e não proliferação de armamentos nucleares, Frederico Duboc, que analisa as características históricas e os desdobramentos modernos do conflito entre Israel e Palestina.
Conecta: Como se iniciou e o que motivou o conflito entre Israel e Palestina? Frederico Duboc: É possível fazer diversos recortes do conflito Israel x Palestina ao analisar as origens, mas o ponto em que a maior parte dos pesquisadores e estudiosos concordam é que a criação do Estado de Israel em 1947 e 1948 é o ponto principal para definir as relações entre israelenses e palestinos, a forma como foi definida a divisão da Palestina e a criação de dois estados simultâneos governados por palestinos e por israelenses. Esse ponto foi definido diante da reação dos países árabes após a saída dos ingleses, que tinham um mandato de controle sobre a região da Palestina desde a década de XX. A Guerra da Independência em 1948 praticamente definiu a existência de um Estado de Israel, o que os palestinos chamam de “Nakba”, a catástrofe. Foi a expulsão de milhares de famílias palestinas que passaram a viver como refugiados ou como exilados em outros países da região do Oriente Médio, onde sofreram uma série de situações, inclusive perseguições dos próprios países árabes, como aconteceu no caso da Jordânia no Setembro Negro, quando houve um massacre de palestinos que ocupavam campos de refugiados. Esse é o ponto que é praticamente um consenso entre os estudiosos de que é um ponto que a gente deve abordar para começar a entender a parte moderna do conflito entre israelenses e palestinos.
“A Inglaterra tem o desafio de pacificar a Palestina porque ali era retaguarda de um dos fronts da Segunda Guerra Mundial”
Conecta: Antes do início do conflito, a Inglaterra prometeu aos judeus que o território que corresponde à Palestina seria um Estado judeu. Qual foi o papel da Inglaterra no começo do conflito e no contexto atual?
FD: Do ponto de vista histórico, a Inglaterra passou a assumir um mandato de controle da região da Palestina após 1920. Isso foi um resultado da derrota do Império Otomano que estava aliado aos alemães e ao Império Austro-Húngaro na Primeira Guerra Mundial, então alguns territórios que eram parte do Império Otomano passaram a ser controlados por potências ocidentais, como a França e a Inglaterra. A Palestina tinha uma grande importância, porque sua localização possibilita um controle do mar mediterrâneo e das navegações em direção à África e também dos campos petrolíferos do Irã. Além disso, a saída pro extremo oriente da Índia era muito importante do ponto de vista de controle do Império Britânico.
Conecta – E durante a Segunda Guerra Mundial?
FD – A Inglaterra tem esse desafio de pacificar aquela região da Palestina, primeiro porque ali era parte, era retaguarda de um dos fronts da Segunda Guerra Mundial, que foi a Campanha da África, em que Ingleses enfrentaram alemães e italianos pelo controle do norte da África, principalmente a Líbia, a Tunísia e o Egito. Outro ponto é o acesso ao sul da Rússia que era de fundamental interesse para os alemães na Segunda Guerra Mundial. Se eles tivessem o controle dos campos petrolíferos do Baku e dos campos de gás perto do Mar Negro, a União Soviética na época não conseguiria se sustentar. A Alemanha poderia terminar de invadir a Rússia e se voltar exclusivamente para o front Ocidental e derrotar a Inglaterra e, posteriormente, os Estados Unidos (que viriam a entrar de fato na guerra em 1941). Então a Inglaterra enxergava a Palestina como uma questão estratégica e precisava pacificar. A Inglaterra tinha uma convivência relativamente pacífica com os países árabes e, de certa forma, uma relação controlada com os povos palestinos. No entanto, já havia uma migração crescente desde o fim do século XIX de judeus para a Palestina e um movimento em busca da independência e da criação de um Estado para os judeus, como foi o caso de um grupo chamado Haganá que fazia resistência a essa ocupação britânica. Houve uma negociação dos ingleses para evitar esses levantes durante o período para que os ingleses focassem no combate aos alemães, o que era de interesse dos judeus na Palestina, justamente porque havia perseguição aos judeus na Europa pelos alemães. Eles também viram a possibilidade de negociar a criação de um Estado de Israel, tendo inclusive oferecido um contingente militar que ficou conhecido como a Brigada Judaica que participou de combates ao lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Nas proximidades no fim da Segunda Guerra Mundial, houve uma negociação para onde poderiam ser levados os judeus resgatados dos países em que eles sofreram perseguição na Europa e a possibilidade da criação do Estado judeu. Houve uma declaração que reconhecia esse relacionamento que havia se estabelecido e que previa a oferta de um território na Palestina para a criação do Estado israelense.
“São dois movimentos, um que é o contra o Estado judeu, antisionismo, e o outro que é contra os judeus, antissemitismo”
Conecta: Muitas vezes vemos pessoas que criticam Israel sendo chamadas de antissemitas. Qual a diferença entre antissemitismo e antisionismo?
FD: O sionismo é o movimento da existência de um Estado para o povo judeu que vivia a sua diáspora desde os tempos bíblicos. Na Europa, já havia uma segregação do povo judeu no final do século 19, antes da ascensão do nazismo. Surge daí essa necessidade de um movimento político que se tornou conhecido como sionismo, para a criação de um Estado judeu. Posteriormente, foi escolhida Palestina para que esse Estado fosse lá. O antissemitismo é relacionado com essa perseguição contra o povo judeu, que ocorreu em várias partes do mundo, em especial no Leste Europeu e nos Bálcãs. É uma forma de preconceito. Atualmente, separar uma coisa da outra é tentar estabelecer formas críticas em relação à situação de Israel hoje. Em certos casos, as pessoas que criticam Israel algumas vezes reproduzem antissemitismo. Mas são dois movimentos, um que é o contra o Estado judeu (antisionismo) e o outro que é contra os judeus (antissemitismo). Estamos vivendo hoje no mundo inteiro movimentos polarizados, não é um fato exclusivo da região do Oriente Médio, e essas causas acabam se refletindo nessas críticas. Por exemplo, nos Estados Unidos os grupos de supremacistas brancos misturam essas coisas para poder justificar preconceito contra islâmicos por causa de uma causa específica deles contra a imigração. Assim como você tem grupos também que hoje são pró palestinos justamente porque eles identificam Israel como aliado dos grupos que eles buscam atacar nos seus países de origem.
Conecta: O Hamas tem aparecido muito na mídia desde que o conflito ganhou repercussão, teve um início ligado à assistência social na Palestina. Como o Hamas chegou ao que representa hoje?
FD: O Hamas é um grupo que tem várias facetas e elas são interdependentes, comunicam-se e se apoiam. O que nós temos visto, principalmente no sete de outubro, foi a parte que pratica ações terroristas, naquele caso específico do ataque em que mais de 1.200 pessoas foram mortas de uma forma bastante brutal. Ao mesmo tempo, o Hamas existe como uma organização política que chegou a vencer nas eleições nos territórios da Autoridade Palestina. Essa eleição foi contestada pelo Fatah, o que acabou gerando um conflito civil que levou a uma segregação de fato com organização do Fatah, que é o herdeiro do movimento do Yasser Arafat, governando assim a Cisjordânia, enquanto o Hamas ocupou e governou a Faixa de Gaza. E uma terceira parte, que também é indissociável dessas outras duas, é a que presta serviços assistenciais para a população Palestina em Gaza, que está distanciada da administração central do Fatah na Cisjordânia e o Fatah tem mais interesses e proximidade física com a Cisjordânia, a população em Gaza acaba alijada dos processos decisórios de toda a Palestina, então há uma menor atenção também nos serviços públicos. Além disso, com as questões e preocupações de Israel com a segurança em relação ao conflito que ele tem com o braço armado do Hamas, Gaza fica exposta constantemente a conflitos por ficar no meio do fogo cruzado, perdendo a infraestrutura, o acesso a serviços básicos públicos que acabam sendo fornecidos, em sua maioria, por esse grupo assistencial do Hamas. Então ele funciona em cima dessa tríade política humanitária e militar. É essa tríade que é interligada e interdependente. Uma coisa é ligada a outra, porque parte dos recursos que essa entidade política assistencial capta no exterior, por meio de financiamentos e doações de países como o Qatar e o Irã, por exemplo, acabam indiretamente ou diretamente financiando as ações armadas.
Conecta – Israel chegou a prestar apoio financeiro ao grupo.
FD – Em relação aos apoios de Israel, o Hamas surgiu na no fim da Primeira Intifada como um grupo que questionava a liderança de Yasser Arafat sobre a luta dos palestinos contra Israel. Como surgiu uma segunda liderança, mais religiosa e menos secular do que a Organização para a Libertação da Palestina (movimento liderado pelo Yasser Arafat), e que ao mesmo tempo dividiu os esforços, a atenção e o apoio popular palestino, Israel viu uma oportunidade de promover uma divisão entre essas lutas, tendo assim mais capacidade de garantir a sua segurança e enfrentar os clubes que promoviam as intifadas contra Israel, como também de conseguir condições melhores quando houvesse negociações para o resfriamento e um estabelecimento de dois estados. Mas, diante do cenários de evolução de várias relações de terrorismo no Oriente Médio no início dos anos 2000, as negociações recuaram.
“O Oriente Médio é de interesse estratégico para os EUA que estavam projetando o poder com cada vez mais intensidade a partir dos anos de 1950”
Conecta: Durante a época da vacinação contra o Covid 19, Israel esteve muito à frente no processo, tendo inclusive pessoas jovens e fora do grupo de risco sendo vacinadas muito cedo. A Palestina ficou bem para trás e houve inclusive um posicionamento da ONU de que Israel deveria doar vacinas para a Palestina, o que não aconteceu. Diante disso, como se dá a violência não física, mas institucional nesse embate?
FD: Eu não posso me aprofundar na questão da vacinação, porque eu não tenho os detalhes de como funcionava na época. A autoridade Palestina responde por esses dois territórios, a Cisjordânia e Gaza, não quer dizer que não haja uma interferência de um Estado sobre o outro, há questões muito delicadas envolvendo isso tudo. Mas a responsabilidade de cada um é delimitada ali sobre isso. Israel não pode negar direitos a uma população que fica sob responsabilidade de um outro ente político. Mas isso não quer dizer que esse conflito permanente entre israelenses e palestinos não afete a capacidade desses países da Autoridade Palestina de oferecer serviços, já que o fato de você estar num conflito permanente suga recursos necessários de ambos usuários. No caso da Autoridade Palestina é complexo, já que ainda não é reconhecido como país. A situação da guerra traz recursos para a área militar que poderiam ser aplicados em atendimento às demandas sociais de ambos os Estados.
Conecta: Quais são os interesses envolvidos no apoio que os Estados Unidos fornece ao Estado de Israel?
FD: Até 1956, as principais relações de Israel eram com a Inglaterra e a França. Com a Crise do Suez, os ingleses e os franceses estavam preocupados com a nacionalização do Canal de Suez e como isso poderia afetar os interesses de navegação deles em direção ao extremo oriente e ao sul da África, pelo Canal de Suez, e eles fizeram uma tentativa de intervenção, inclusive com um desembarque aerotransportado de tropas francesas e ingleses sobre o canal, ao mesmo tempo em que Israel invadiu o Sinai. Aquilo ali acabou não dando certo, Israel recuou e os Estados Unidos, com pressão internacional, forçou ingleses e franceses a saírem da da região. Naquele momento Israel e Estados Unidos iniciaram negociações, observando que ali havia mais potencialidade de avanços e de segurança por parte de Israel, e por parte dos Estados Unidos, a existência de um país que fizesse frente aos avanços desse nacionalismo árabe do Gamal Abdel Nasser, que era presidente do Egito na época e que estava forçando uma união dos países árabes. A região ali do Oriente Médio é passagem para o extremo oriente, é passagem para a região dos campos petrolíferos e controla alguns pontos extremamente importantes geográficos, como o Canal de Suez. Então ali é uma região de interesse estratégico para os Estados Unidos que estavam projetando o poder com cada vez mais intensidade a partir dos anos de 1950.
Conecta: Nos últimos meses, muitas coberturas jornalísticas têm tratado sobre o tema. Na última edição do Fantástico (Globo), por exemplo, foi feita a abordagem do conflito como uma “guerra santa”. Entretanto, diversos historiadores apontam o conflito como territorial antes de religioso. Qual é sua percepção sobre essas coberturas? O que precisa mudar?
FD: A minha posição em relação às coberturas das questões do Oriente Médio é que são camadas de múltiplas dificuldades. Compreender a questão do Oriente Médio, principalmente a questão Palestina, não é fácil e demanda um esforço gigantesco da área acadêmica. A abordagem pode ser feita por diversos prismas. Um deles é o religioso. Outro é o político. O outro é o territorial. É possível abordar esse conflito da forma como eu acho que produz muitas respostas ricas, que é do ponto de vista dos blocos de poder e das mudanças desses blocos na virada do século XXI. E tudo isso é muito difícil de você abordar para um consumo de massa, como é feito pelos jornais e outros meios de comunicação. Temos um complicador atual que é o advento das redes sociais para a fomentação das polarizações, transformando-as em um campo de enfrentamento, com um ativismo muito intenso, muitas vezes sem os processos de checagem e de filtragem que os meios de comunicação tradicionais possuem. Há uma proliferação de algumas informações falsas, outras enviesadas e umas que pegam um foco específico e amplificam. Então temos esse excesso de polarização e de informações. Alguns veículos tradicionais acabam correndo atrás dessa abordagem, em busca de uma audiência, e essas leituras nem sempre são boas orientadoras como forma de explicar um conflito da dimensão e da complexidade do Oriente Médio, então você vê algumas reproduções da polarização que existe nas redes sociais por parte da mídia tradicional. Algumas coberturas acabam pegando focos específicos, como nesse caso do religioso.
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Por Ana Luíza Adolfo e Igor Adriano
Localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte, o Morro do Papagaio conta, desde 2013, com a ajuda de um líder pra lá de especial. Estudante de Ciências Socioambientais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Júlio César Evaristo de Souza ou Júlio ‘Fessô’, como é popularmente conhecido na comunidade, é nascido e criado no Morro do Papagaio e compartilhou um pouco de sua trajetória com a reportagem do jornal O Ponto.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Vitória Figueiredo
De 6 a 30 de novembro de 2023, a Universidade FUMEC, em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, está sediando o Mutirão do Júri, que julga 108 processos de crimes de homicídio, agilizando a conclusão dos processos. É a segunda vez, no ano de 2023, que a instituição recebe o evento: a edição anterior aconteceu em agosto.
Caso uma acusação for considerada, no julgamento, como tentativa de homicídio, o réu não vai preso e será julgado em outro júri, já que tentativa de assassinato é um crime diferente. Nessas situações, o caso é desclassificado.
Para maior controle das sentenças julgadas, os responsáveis pelo júri guiam-se pelo quantitativo de sentenças, que mostra quantidades e resultados de julgamentos: se o réu foi condenado ou absolvido, se houve decreto de prisão preventiva, entre outras informações.
Júri
Os jurados dos processos podem ser da área do Direito – como advogados – ou pessoas leigas, sem relação com advocacia. A coordenadora operacional do Mutirão do Júri, Elaine Barbosa, explica como funciona a seleção de 25 jurados intimados para o sorteio do Conselho de Sentença e sete escolhidos para cada julgamento.
“Os escolhidos julgam se o réu vai ser condenado ou absolvido”, esclarece Barbosa. “São pessoas comuns da sociedade, a maioria sem noção jurídica”. De acordo a coordenadora, outros atributos interferem na decisão que cada jurado toma: “A experiência, vivência e aquilo em que cada um acredita”.
Voto
Ivana Lemos é oficial de Justiça do TJMG. Ela e os demais colegas de profissão desempenham um importante papel no júri, relacionado à condenação ou absolvição pelos jurados. “O voto tem que ser único e exclusivo. Não pode haver uma combinação de votos entre os jurados”, relata. Para evitar esse possível acordo de votação, eles não podem se comunicar. Então, entra em cena a principal função dos oficiais de Justiça.
“Coordenamos essa incomunicabilidade que é fundamental para o julgamento não ser anulado”, explica. Os oficiais, além disso, recolhem as cédulas de votação, atendem às solicitações dos jurados e impedem que eles permaneçam sozinhos.
Histórias de vida
Os julgamentos do Mutirão do Júri envolvem histórias de vida. Profissionais atuantes durante todo o período dos julgamentos, os oficiais de Justiça acabam ficando a par dos acontecimentos (nesse júri, envolvendo homicídios) e de seus desfechos (condenação ou absolvição dos réus).
Um dos julgamentos realizados no Mutirão envolveu tentativa de homicídio e o réu foi absolvido por falta de provas. G.C.M, 28 anos, familiar desse indivíduo, falou sobre o julgamento.
“Viemos demonstrar que a família está do lado dele”, relata. “A gente espera que ele seja julgado com seriedade, levando em consideração tudo que foi falado no julgamento”, completa. G.C.M comentou, ainda, sobre o tratamento destinado a ela e aos demais familiares. “Fomos muito bem tratados e muito bem recebidos”, finaliza.
Aprendizado
Além de relevância social, o mutirão do Júri possui, também, importância acadêmica. De acordo com a defensora pública, coordenadora e professora do curso de direito da Fumec, Silvana Lobo, a experiência é enriquecedora em diversos aspectos.
“É uma inspiração para alunos do direito que pretendem atuação em contenciosos judiciais”, explica. “Eles podem ver como tudo funciona na prática, a atuação dos atores, como juiz, promotores e defensores em debate”, ressalta a defensora pública. “Já os estudantes de jornalismo podem aprender a elaborar uma boa matéria policial e de informações públicas”, finaliza.
O Mutirão é importante para a Fumec, conforme Lobo. “Fazer com que o TJMG, um dos tribunais mais respeitados do país, conheça as nossas instalações e cursos eleva nosso nome e nos possibilita diversas parcerias”.
Para a coordenadora do curso de direito, o mutirão do júri agiliza a conclusão dos processos e a sociedade civil é beneficiada: “São 70 vítimas e 70 réus esperando uma resposta do judiciário sobre a solução jurisdicional”, informa. “Esses julgamentos sequer estavam marcados”.
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Por Ana Luísa Ribeiro, Gabriela de Castro, Giovanna Ribeiro e Laura Mariano
No dia 21 de novembro de 2023, a Universidade Fumec recebeu o 38º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet) para iniciar as atividades do evento que serão realizadas até o próximo dia 26 em Belo Horizonte.
Os painéis temáticos gratuitos começaram às 8h e seguiram até às 18h. Os temas debatidos abordaram o compromisso da associação para o desenvolvimento do turismo no país, e em principal, Minas Gerais.
A abertura do evento foi realizada pelo professor do curso de Jornalismo, Aurélio José da Silva, e foi acompanhada pelo primeiro painel sobre a importância do diálogo entre jornalistas e trade turístico para tratar as questões fundamentais do crescimento de Minas Gerais.
A palestra foi ministrada por Juliana Figueiredo, turismóloga há mais de 20 anos, que ressaltou a crescente consolidação do turismo com responsabilidade social. Houve também a participação do diretor de marketing da ,Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Lucas Couto, e do jornalista e presidente da Empresa Mineira de Comunicação, Gustavo Mendicino.
Isadora Nascimento, advogada especialista em Cidadania e Direitos Humanos, produtora de conteúdo, palestrante e consultora em audiodescrição, falou sobre turismo Inclusivo. Nascimento, que possui deficiência visual, abordou as dificuldades enfrentadas ao viajar, quanto à acessibilidade no turismo brasileiro.
O congresso seguiu das 14h às 15h30, com “A importância da imprensa para fomento e a divulgação de destinos ecológicos no Brasil” e “A importância da capacitação de pessoas no setor turístico para geração de rendas”, por Marden Couto e Luana Bastos.
Já o Painel IV, explorou o tema “A importância do diálogo entre jornalistas e trade turístico para o desenvolvimento do estado de Minas Gerais” e “A valorização do território nacional”, com a contribuição da ex-secretária de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, ex-deputada federal e estadual, empresária e educadora, Maria Elvira Salles Ferreira.
Confira atualizações do Congresso pelo Instagram da Abrajet.
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Por Antonio Ramos, Bruna Luane, Giovanna Ribeiro, Maria Eduarda da Silva e Sofia Valladares
Durante o mês de novembro, a cor azul ganha destaque como tom de alerta para a importância da conscientização, não só para lembrar da necessária prevenção ao câncer de próstata, mas também da diabetes.
A Campanha Novembro Diabetes Azul 2023 chama a atenção para a doença que é um fator de risco de doenças cardiovasculares provocada pela falta de insulina ou deficiência da mesma. Atualmente são classificadas quatro tipos de diabetes: a tipo 1, tipo 2, gestacional e a infantil. Os principais sintomas são em sua grande maioria silenciosos, mas podem ser a sede ou micção excessiva, fadiga, perda de peso ou visão turva.
Novembro Diabetes Azul é uma campanha mundial em prol da conscientização sobre o Diabetes.
Além da prevenção da doença e de suas complicações, o foco também é no tratamento multidisciplinar
O coordenador e professor do curso de biomedicina da Fumec, Cezar Augusto Vilela, esclarece que o primeiro passo para a prevenção é a educação para saúde e conscientização, além do acompanhamento nutricional, pois a doença pode ocorrer por resistência à insulina. Além desses fatores, a alimentação e os intervalos inadequados das refeições podem levar o paciente a desenvolver a doença.
A aluna da Universidade Fumec, Anne Caroline Gomes, conta como recebeu o diagnóstico da médica endocrinologista, após exame de glicemia: “Eu estava com muitos sintomas, emagreci muito”.
Vilela complementa que “não adianta o governo destinar verba se não existe conhecimento da população”. O professor destaca a importância do monitoramento porque, embora não haja cura, o tratamento pode evitar o progresso da doença, diminuindo, ou até mesmo anulando, a necessidade da amputação de membros, como decorrência da necrose ocasionada pelo distúrbio.
Faça o download do material da campanha e apoie a iniciativa de conscientização em relação à prevenção da diabetes.
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Por Ana Luísa Ribeiro
De 21 a 26 de novembro de 2023, a capital mineira e outros 15 estados brasileiros foram escolhidos para receber o 38º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet). Parte do evento, que ocorrerá na Universidade FUMEC, busca promover, despertar e divulgar o turismo por meio de uma variedade de atividades.
Fundada em 1957 no Rio de Janeiro, a Abrajet foi concebida a partir da necessidade de se estabelecer um diálogo entre o jornalismo profissional e a divulgação do turismo no Brasil para todo o mundo. Hoje, a associação está consolidada nos estados brasileiros e representa 180 profissionais em 15 seccionais e dois comitês.
O evento reforça o compromisso da associação em promover o diálogo, capacitação e divulgação, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do turismo no país.
Programação
A abertura, nesta terça-feira (21), pretende reunir cerca de 200 participantes no auditório da Fumec a partir das 8h. O evento conta com a presença de jornalistas associados ou não associados à Abrajet, representantes do trade turístico, professores e estudantes das áreas de turismo, comunicação social e hotelaria.
O primeiro painel, com início às 8:30h, aborda o tema “A importância do diálogo entre jornalistas e trade turístico para o desenvolvimento do estado de Minas Gerais e a valorização do Território nacional” e trata das questões fundamentais para o crescimento do estado.
O congresso conta com a participação da advogada Isadora Rodrigues Nascimento Santos, especialista em Cidadania e Direitos Humanos. Santos traz reflexões sobre “Turismo inclusivo: um novo olhar para a comunicação” e “Inclusão e valorização de pessoas PCD no mercado de trabalho”.
No período da tarde, o congresso seguirá com o Painel III, das 14h às 15h30, discutindo “A importância da imprensa para fomento e a divulgação de destinos ecológicos no Brasil” e “A importância da capacitação de pessoas no setor turístico para geração de rendas”. O primeiro dia do evento encerrará com o Painel IV, explorando temas como turismo social, turismo de base comunitária e roteiros inovadores, com a contribuição da palestrante Nicole Santos.
Confira a programação completa.
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Por Laura Lopes, Laura Teixeira, Samira Helena e Vitória Figueiredo
Inaugurada em 1936, o espaço tradicional do centro de Belo Horizonte interliga as avenidas Amazonas, Bias Fortes, Olegário Maciel e Augusto de Lima. Nos anos 1960, era um ponto cultural e de convivência e, próximo ao local, havia um cinema e uma casa de dança.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Vitória Figueiredo
A rua Outono, no bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte, próxima ao bairro Savassi, abriga diversos estabelecimentos comerciais focados em cultura, alimentação e entretenimento.
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Por Arthur Mesquita e Samuel Fernandes
Os incidentes do último clássico entre Atlético e Cruzeiro, realizado na Arena MRV, no dia 22 de outubro, tem gerado a discussão sobre a possibilidade de os futuros confrontos entre os clubes serem realizados com torcida única. Com a inauguração da nova arena do Atlético e o Mineirão tornando-se a “casa” do Cruzeiro, os duelos entre as equipes mineiras passarão a ser disputados em seus respectivos domínios.
Após o primeiro clássico na nova Arena MRV, com a vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre seu grande rival na casa do Galo, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, o duelo ficou marcado por confusões dentro de campo, nas arquibancadas e nos bastidores, aumentando ainda mais a chance de que os próximos clássicos tenham somente torcedores do clube mandante.
O Atlético relatou que o clássico resultou em um grande prejuízo para o clube e a arena, em sua página na rede social Twitter/X . “Falta de respeito é isso. A torcida adversária quebrou todas as catracas do portão 20, danificou mais de 150 cadeiras, alarmes dos banheiros de PCD e câmeras de segurança. Além disso, dezenas de vasos foram entupidos de forma proposital e as equipes de limpeza foram ameaçadas de forma covarde. As medidas tomadas pelo Atlético antes do clássico tentaram minimizar atitudes como essas.”
Segundo Bruno Muzzi, CEO do Atlético, as depredações no primeiro clássico disputado na Arena causaram danos significativos, incluindo cadeiras, banheiros, catracas e câmeras danificadas. Ele afirmou que as medidas de prevenção adotadas pelo clube, como a remoção de portas e itens dos banheiros e a proibição da venda de cerveja com álcool, foram necessárias diante das ameaças de violência postadas nas redes sociais.
Muzzi também manifestou a intenção de realizar o próximo clássico na Arena MRV com torcida exclusiva do Atlético, evitando a presença da torcida visitante. Ele ressaltou que o clássico com 10% de torcida visitante é uma preocupação, e absorver todos os prejuízos é uma tarefa difícil.
Do lado do Cruzeiro, o clube celeste publicou em seu Twitter/X, que faltou respeito por parte do Atlético com o torcedor do Cruzeiro.
“DESRESPEITO COM O NOSSO TORCEDOR! O Cruzeiro condena veementemente a atitude do Clube Atlético Mineiro e Arena MRV na partida deste domingo. Foram identificadas diversas atitudes que além de descumprir a Lei Geral do Esporte e incitarem a violência, ferem a boa-fé e o espetáculo do futebol. Notificaremos oficialmente todas as esferas e órgãos públicos para que tomem ciência dos fatos ocorridos, bem como recomendamos que os nossos torcedores, ora consumidores na Arena MRV e que se sentiram lesados na forma do Código de Defesa do Consumidor, procurarem os seus direitos junto ao Poder Judiciário e ao Procon-MG.”
Quanto à polêmica de os clássicos serem disputados com torcida única ou não, o Conecta apurou o que dizem os torcedores sobre o assunto.
Sabrina Neri, torcedora do Cruzeiro, defende que o clássico seja disputado meio a meio: “Se eu for considerar os últimos acontecimentos, seria contra ter as duas torcidas no clássico, mas prezando os direitos que o torcedor tem, e o espetáculo que o clássico é, pela história, teor do jogo. Sou favorável a 50/50. Mais fácil de organizar e manter a segurança, diminui os desafios logísticos, aumento de receita, não vai tirar a liberdade dos torcedores.”
Já para Henrique Gil, torcedor do Atlético, a torcida única é um caminho sem volta: “Eu acho que o futuro, infelizmente, é a torcida única. As torcidas em si não estão preparadas para meio a meio como já foi antigamente e 10% acaba gerando tudo, era o último clássico, é uma falta de respeito por parte do Atlético e uma falta de respeito da torcida do Cruzeiro que foi uma reação ao que o Atlético fez também, mas principalmente com essas arenas próprias, eu acho que torcida adversária não tem que ir no estádio no campo, infelizmente, porque o poder público não tem capacidade de lidar.”
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Por Mariana Luquine, Dalila Lana, Leandro de Araújo e Carlos Fernando
Os moradores da região Centro-Sul de Belo Horizonte encontram, no Mercado Distrital do Cruzeiro, alimentos produzidos conforme os princípios agroecológicos e orgânicos. Desde 2019 a loja Produtos Naturais BH comercializa alimentos produzidos por famílias assentadas no programa de reforma agrária, comunidades tradicionais e agricultores familiares ligados a movimentos sociais do campo.
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Por: Kailan Nunes e Maria Eduarda dos Santos
Há mais de quatro meses em vigor, a Lei 11.538/2023 que regula o sistema de transporte coletivo em Belo Horizonte aponta benefícios e desafios.
De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica de 2021, a cada dez jovens de 15 a 17 anos dos domicílios mais pobres do Brasil, sete estavam no ensino médio em 2020. Débora Fortunato, atuante no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), destaca que o meio passe estudantil tem sido crucial para manter estudantes de baixa renda no ambiente de aprendizado, combatendo a falta de recursos financeiros para chegar às instituições.
Fiscalização
Até o momento, 908 operações de fiscalização foram realizadas, resultando em 6.891 autuações emitidas e a suspensão de 290 autorizações de trânsito para ônibus com problemas operacionais. A fiscalização ativa se mostra essencial para garantir a conformidade das empresas às normas estabelecidas, para assegurar a qualidade e segurança do serviço prestado.
As empresas enfrentaram perda de quase R$8 milhões em subsídios não recebidos nos primeiros 120 dias, devido às dificuldades em atender as condições impostas pela legislação. A oferta de transporte público, com mais de 650 novas viagens e uma frota renovada de 208 ônibus adquiridos, visa alcançar o total de 400 no futuro próximo. O cenário exige diálogo entre os setores público e privado para ajustes que equilibrem a sustentabilidade financeira e a prestação de um serviço de qualidade para a população.
Sustentabilidade
A lei possibilita um aporte financeiro de até R$512 milhões para as concessionárias, proveniente da devolução do excedente orçamentário da Câmara de Vereadores de BH, no valor de R$120 milhões. O investimento não visa apenas impulsionar a modernização da frota, mas também a implementação de tecnologias mais sustentáveis.
A ideia é que, com a redução do tráfego de veículos particulares, as emissões diminuam, criando um ambiente urbano mais sustentável e saudável. Ao abraçar práticas mais ecológicas, a cidade não apenas melhora a qualidade do ar, mas também se alinha aos princípios de responsabilidade ambiental, essenciais para a qualidade de vida das próximas gerações.
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Por Gabriela de Castro, Welington dos Santos, Manuel Lopez, Ana Luíza Cavalcanti, Anne Esther Vieira
A concentração de diversas livrarias na Savassi não é novidade para quem conhece a região. Entretanto, uma delas, que possui um claro posicionamento político, ainda é desconhecida por muitos que frequentam esses estabelecimentos. “Esquerda Literária” é o nome da loja que ocupa um espaço dentro do Edifício Comiteco, na rua Antônio de Albuquerque, há mais de 30 anos. Sob a administração do historiador e militante Antônio de Pádua Borges, a comercialização de títulos selecionados é uma ação de ativismo e fomentação do pensamento crítico.
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Por Henrique Gil e Ricardo Soares
Piano customizado para o projeto que busca democratizar o acesso a instrumentos musicais / Foto: Espaço de Cultura e Arte/Divulgação
O projeto internacional “Play me, I’m Yours”, ou “Toque-me, sou teu” em português, é promovido pelo Espaço de Cultura e Arte (ECA-BH) e busca democratizar o acesso a instrumentos musicais e à cultura. A iniciativa traz a Belo Horizonte seis pianos customizados por artistas visuais, que estarão expostos em diversos pontos da cidade e disponíveis para qualquer pessoa que queira interagir com o instrumento.
Sucesso em mais de 60 cidades como Nova York, Tóquio, Xangai e Cidade do México, “Play me, I’m yours”, criado pelo artista britânico Luke Jerram, tem espalhado os encantos da música e das artes visuais pelas ruas mundo afora. Desde 2008, por onde passa, o projeto convida artistas visuais para fazer de pianos as telas para suas obras de arte. Depois de customizados, os instrumentos são levados para locais públicos como praças, parques e estações de trem, ficando disponíveis para quem quiser tocá-los. Um documentário exibido no festival de cinema sem fronteiras em Londres em 2010 mostra como o projeto é capaz de criar essa interação entre a arte, as pessoas e os instrumentos.
Lançado no dia 19 de outubro, a primeira edição do projeto em terras mineiras conta com seis artistas expoentes das artes plásticas, arte urbana e do design já conhecidos pelo público: Raquel Bolinho, Rogério Fernandes, Vinilcius, Davi DMS, Marcus Paschoalin e Bernardo Sek. Os pianos customizados pelos artistas estarão disponíveis para o público de 22 de outubro a 12 de novembro e poderão ser encontrados e tocados em seis locais da capital: na Rodoviária, no Centro de Belo Horizonte; no Mirante do Museu, na lagoa da Pampulha; na Praça da Liberdade; no Hospital Luxemburgo e nas estações de metrô São Gabriel e Eldorado.
Raquel customiza piano: valorização do do grafite na promoção da cultura em BH / Foto: Espaço de Cultura e Arte/Divulgação
A artista urbana, Raquel Bolinho, disse ter ficado muito feliz com o convite e contou um pouco da experiência de participar do projeto: “É interessante por vários motivos, você tem que pensar uma forma diferente de encaixar o desenho e pensar como que as pessoas que vão ver aquilo, vão interagir com o seu desenho, como que as pessoas que vão tocar o piano vão interagir com ele. Então você tem outros desafios ali na hora de criar o desenho, mas eu achei super legal”.
Raquel falou também sobre a união da arte e da música e a importância da valorização do grafite na promoção da cultura em BH.
O músico mineiro, Tio Capone, comentou a iniciativa do projeto de popularização de instrumentos musicais e como esse tipo de ação proporciona além da interação, a oportunidade de acesso a esse tipo de equipamento.
Ao final do projeto, os pianos serão doados às instituições: Associação Querubins, Casa Sr. Tito, Casa de Apoio Beatriz Ferraz, ECA – Espaço de Cultura e Arte, Instituto Mano Down e Instituto Mário Penna.
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Por Ketlen Luiza, Klara Giovanardi, Miguel Lobato e Nitiele Freitas
O ‘QueruBloco’, bloco carnavalesco da Associação Querubins, realiza ensaios para o carnaval na sede da Associação Querubins. Desde o dia 21 de setembro, os ensaios contam com a participação de alunos, professores e ex-alunos da associação, mantendo viva a tradição da comunidade.
O objetivo é permitir que as crianças pratiquem levadas rítmicas e apresentem os resultados de anos de trabalho nas oficinas de percussão. As oficinas realizadas desde 2018 visam não apenas a excelência musical, mas também a transformação de vidas, por meio da música e da cultura, trazendo alegria e esperança para a comunidade que fica no bairro Sion.
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Por Vitória Figueiredo
protege contra efeitos negativos do estresse / Foto: Creative Commons
Não é somente quem ri por último que ri melhor. As risadas ajudam na diminuição do estresse e da ansiedade e no aumento do bem-estar, conforme dados do Hospital Vila da Serra e do Hospital Pequeno Príncipe. Ao rir, os batimentos cardíacos aumentam, o que intensifica o fluxo sanguíneo e, por consequência, a oxigenação dos tecidos do corpo. Os pulmões absorvem mais oxigênio, a tensão muscular diminui e há melhora na digestão dos alimentos: os músculos abdominais, que trabalham na digestão, também são ativados durante o riso.
O ato de rir é estimulado em diversos momentos. Um deles é a terapia do riso, também chamada de risoterapia. Segundo Isabela Capelão, terapeuta e líder de Yoga do Riso, a risoterapia contempla exercícios simples e pode ser feita por qualquer pessoa. “A prática utiliza técnicas de aquecimento, movimentos corporais, contato visual, exercícios do riso e de respiração, sons, palmas, gargalhadas, brincadeiras e relaxamento”, explica. “As consequências são risadas, desbloqueio de emoções e de sensações”.
Isabela Capelão utiliza a chamada Yoga do Riso. Criada em 1995 por um médico e uma professora de yoga indianos, a técnica consiste na risada sem motivo. “Combina exercícios do riso abdominal com a respiração da ioga”, esclarece a terapeuta. “Baseia-se no fato de o cérebro não diferenciar imaginação da realidade e, dessa forma, os risos simulados dos reais”. Assim, segundo a profissional, o riso vai se tornando espontâneo.
Benefícios
Assim como o ato de rir, a terapia do riso também oferece benefícios aos praticantes. “A risoterapia estimula o sistema imunológico, aumenta a disposição, diminui as dores e protege contra os efeitos negativos do estresse”, relata a terapeuta. “Quando uma pessoa ri, ela produz ou estimula a produção de neurotransmissores que são hormônios do prazer e do bem-estar, como a serotonina”, informa. “Para obter os benefícios gerados pelas risadas, é importante ter conhecimento de exercícios e técnicas estruturadas como a yoga do riso, e praticá-las constantemente.”
Com a risoterapia, o tempo de internação de pacientes pode reduzir em até 20%, de acordo com o médico Eduardo Lambert, autor do livro “A Terapia do Riso – A Cura pela Alegria”, segundo informações do site da Unimed de Goiânia.
Dia do riso
O dia nacional do riso é comemorado em 6 de novembro. Para Isabela Capelão, a existência de um dia dedicado às risadas é interessante. “A data conscientiza as pessoas sobre a importância do riso para a saúde física e mental, para os relacionamentos e para lidar com as adversidades da vida com mais resiliência”, comenta. “Além disso, estimula as pessoas a rirem mais no dia-a-dia e ajuda a desmistificar crenças que se tem sobre o riso; de que rir muito é coisa de gente boba, infantil ou é uma exposição excessiva e oferecida para os outros”, finaliza.
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Por Laura Mariano, Gabriela de Castro, Ana Luísa Ribeiro e Priscila Beghine
Nesta quinta-feira (9) o auditório Phoenix da Universidade Fumec recebeu os alunos para a terceira edição do Festival Universitário de Artes Mistas da Fumec (Fumix). O evento tem como objetivo a exposição de produções artísticas dos alunos de todos os cursos, com apresentações literárias, musicais, digitais e de danças.
A abertura do festival, organizado pela Totem, agência experimental do curso de comunicação, contou com a declamação de um poema de Pedrinho Phop, estudante de jornalismo que lançou recentemente, “Phop (e Verso) — seu sexto trabalho e primeiro livro de poesias.
Em seguida, ainda entre as paixões literárias, a aluna de publicidade e propaganda (PP), Júlia Rodrigues, apresentou seu texto autoral “Querida Paixão”, sobre como enxergamos o amor.
Leia também: Pedrinho Phop lança livro de poemas neste sábado
Entre os dançarinos, Lucas Torquato, aluno de jornalismo, apresentou-se com canto e dança Billie Jeans do rei do pop, Michael Jackson, contando com mais de 8 minutos de apresentação.
Após a performance, o aluno declarou: “Foi um arraso, um espetáculo, todo mundo que participou também arrasou”. Rian Filipi, de PP, não se inscreveu, mas por insistência e apoio de amigos, improvisou um número de hip hop no evento.
Iara dos Santos, do curso de design, também foi uma das dançarinas, que apresentou a coreografia de Antifragile, do grupo Le Sserafim.
Nas atrações musicais, Tatiane Cristina, do curso de administração, abriu as apresentações com a música Que Sorte a Nossa, de Matheus e Kauan, e Éder Rezende, jornalista em formação, seguiu a proposta apresentando Flor e o Beija-flor, colaboração de Henrique e Juliano com Marília Mendonça.
Em clima de colaboração, Rafael Vieira e Bia Lima, ambos cursando Publicidade e Propaganda, apresentaram House of The Rising Sun, da banda The Animals. Marcelo, estudante de Psicologia, também seguiu com a apresentação de músicas internacionais, com Wish You Were Here do Pink Floyd, e Laís com Sweet Dreams da Beyoncé.
Amanda Ribeiro, aluna de Design, relata como foi cantar sua música autoral no evento:
O festival encerrou-se com a exibição do curta-metragem sobre adolescência na periferia, do Frederico Bernardes, estudante do curso de Computação Gráfica.
A Expo Fumix dá continuidade à programação, com as obras de artes visuais que podem ser apreciadas nos prédios FEA e FACE.
Assista o 1 por 1 sobre o tema.
Confira o Culturall com os melhores momentos.
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Por Milena Andrade, João Pedro Bretas, Jhonnathan Anthony e Maria Julia Vieira
Criado em 2013 e inaugurado oficialmente como restaurante e casa de eventos só em 2014, na semana da Copa Do Mundo, o Mercado Distrital do Cruzeiro faz parte da vida dos estudantes e moradores da região.
O fundador e proprietário do Distrital, Maurílio Everton Pinheiro Lima, conhecido como Kuru, relata marcos da história do espaço multicultural conhecido por sediar eventos diversos, indo literalmente do hip hop ao samba.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Miguel Lobato
No dia 19 de outubro, chegou aos cinemas do Brasil o novo filme do consagrado diretor Martin Scorsese: “Assassinos da Lua das Flores” (Killers Of The Flower Moon).
Baseado no livro de mesmo nome, “Assassinos da Lua das Flores” conta a história real de uma nação indígina estadunidense – os Osages – que surpreendentemente encontra uma gigantesca jazida de petróleo no pequeno território de sua reserva, no estado de Oklahoma; território esse que o governo americano acreditava ser inútil e improdutivo. Essa surpresa acaba por transformar os Osages numa das
comunidades mais ricas do mundo em meados da década de 1920, mas também atrai muitas pessoas gananciosas e mal-intencionadas.
A narrativa acompanha Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), um homem simples que, após servir na Primeira Guerra Mundial, volta aos Estados Unidos para trabalhar com seu tio, o pecuarista William King Hale (Robert De Niro), que tem uma fazenda dentro da Nação Osage e ocupa uma posição de respeito entre os moradores, tanto brancos quanto originários. Trabalhando como motorista, Ernest conhece Molly (Lily Gladstone), integrante de uma das famílias Osage, e os dois desenvolvem um romance. Porém uma série de mortes misteriosas entre os membros da rica nação originária dá indícios de um lento e discreto massacre étinico.
O filme é um épico de 3 horas e 26 minutos de duração com muitas complexidades e informações, mas isso não faz dele cansativo ou desinteressante. Por mérito principalmente da direção experiente, mas vigorosa de Scorsese, e da edição/montagem excepcional de Thelma Schoonmaker, que orquestra um ritmo sublime do início ao fim, “Assassinos da Lua das Flores” se destaca como um dos trabalhos mais interessantes de seu diretor.
As atuações são incríveis, desde os três personagens principais até os mais comedidos e com menos tempo em tela. A história é forte e chocante, e Scorsese conseguiu encontrar um foco narrativo muito bom, distanciando do formato investigativo do livro e trilhando um caminho mais dramático.
O autor da obra original, o jornalista David Grann, passou uma década pesquisando e colhendo informações sobre os assassinatos do povo Osage. Foi um crime real e revoltante na história estadunidense, mas que até então estava bastante esquecido. Assim, o livro acabou naturalmente seguindo uma linha mais investigativa, onde os “personagens” principais são os detetives e agentes do Bureau Of Investigation, que mais tarde seria conhecido como FBI. Mas ao analisar a história como um todo, Scorsese percebeu que havia a possibilidade dessa história se tornar um filme de drama ao acompanhar as tramas de algumas pessoas que estavam envolvidas diretamente no acontecimento, proporcionando uma série de conflitos de enredo muito interessantes.
O roteiro, que antes seguia o formato do livro, foi alterado, e o resultado foi excelente, uma prova de que Martin Scorsese não é um diretor que simplesmente transforma roteiros em cenas, mas sim um diretor autor de primeira categoria.
Em suma, “Assassinos da Lua das Flores” é um filme muito importante. Um retrato da monstruosidade que reside na ganância humana e da nocividade que permeia o preconceito e a indiferença; é a evidência de um crime imensuravelmente hediondo e uma enérgica mensagem de justiça.
O longa-metragem foi lançado no cinema e tem previsão de chegar ao catálogo da Apple TV+ em dezembro, segundo o padrão de grande parte dos lançamentos, que levam cerca de 45 ou 50 dias para a estreia digital.
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Por Ana Luísa Ribeiro e Gabriela de Castro
A Escola Municipal Professor Edson Pisani, localizada no Aglomerado da Serra, foi uma das vencedoras da premiação internacional World´s Best School. A premiação foi divulgada no último sábado (4). Articulada pela organização global T4 Education, a competição tem como objetivo celebrar e promover projetos escolares que contribuem com a sociedade.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Redação
Pesquisa conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), aponta que as crianças estão se conectando à Internet cada vez mais cedo. Enquanto 11% dos entrevistados afirmavam, em 2015, acessar a rede pela primeira vez até os seis anos de idade, em 2023, esse índice subiu para 24%.
Os dados, alarmantes, foram divulgados no final de outubro, durante a edição do 8º Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet, realizado pelo NIC.br e CGI.br. O gerente do Cetic.br|NIC.br, Alexandre Barbosa, afirmou que “esse fenômeno reforça a necessidade de dados robustos acerca das oportunidades e dos riscos online vivenciados por crianças e adolescentes, que orientem políticas e ações voltadas à garantia dos seus direitos e proteção”.
Ainda segundo a pesquisa, intitulada TIC Kids online Brasil, que apresenta as tendências quanto ao acesso e ao uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) pela população brasileira com idade entre 9 e 17 anos, 95% dos indivíduos entre 9 e 17 anos acessam a internet no país, o que representa 25 milhões de pessoas. O celular foi apontado como um dispositivo de acesso para 97% dos usuários, sendo o único meio de conexão à rede para 20% dos entrevistados.
“Limitações na disponibilidade de dispositivos podem restringir os benefícios e ampliar as desigualdades entre indivíduos em diferentes contextos socioeconômicos. No Brasil, o celular ainda é o único dispositivo para conexão à Internet para parcela importante de crianças e adolescentes, sobretudo das classes DE”, explicou Barbosa.
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Quando o luto desafia a saúde mental
Sobre a pesquisa
A 10ª edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil entrevistou presencialmente 2.704 crianças e adolescentes com idades entre 9 e 17 anos, assim como seus pais ou responsáveis, em todo o território nacional. As entrevistas aconteceram entre março e julho de 2023.
A lista completa de indicadores pode ser conferida aqui. Já para rever o painel de lançamento da pesquisa, acesse. O Cetic.br disponibiliza, ainda, os microdados da 10ª edição do estudo para download, além das tabelas completas de proporções, totais e respectivas margens de erro.
Danos
Em entrevista ao Conecta, a psicopedagoga Erica Delamarque, especialista em crianças e adolescentes, afirma que a falta de relacionamento, o distanciamento da família e a falta de vínculos são as principais preocupações dos profissionais da saúde com relação ao uso cada vez mais precoce da internet, por crianças e adolescentes.
Com Priscila Beghine e Vitória Figueiredo
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Por Laura Mariano
Há 93 anos, era consagrado no dia 3 de novembro a Instituição do Direito de Voto da Mulher. Apesar da data ser um marco no movimento sufragista, o direito foi limitado às mulheres viúvas, com renda própria ou que tivessem autorização do marido para votar. As restrições acabaram em 1934, graças a Bertha Luz, porta-voz dos ideais sufragistas e fundadora da Federação pelo Progresso Feminino.
Até o início do século XX, as mulheres no Brasil estavam excluídas do processo democrático, porém, as ações do movimento feminista marcaram importantes passos na luta pela igualdade de gênero, e um deles, foi participação das mulheres na vida política do país. Através do Decreto nº 21.076, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres brasileiras conquistaram não só o direito de votar, mas também de serem votadas.
Atualmente, todo cidadão possui direito e obrigatoriedade de votar, após a Constituição Federal brasileira de 1988.
Assista o 1 por um sobre o tema.
Apresentação: Priscila Beghine
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Por Gabriela de Castro e Laura Mariano
Após receber a doação de uma piscina para a realização de atividades de lazer, a organização Click Favela tem enfrentado um desafio: a dificuldade de instalação do reservatório de água no aglomerado da Serra. Diante do problema com o lote onde seria colocada, que se tornou um depósito de lixo a céu aberto, o coletivo tenta conseguir o apoio da prefeitura para limpeza e manutenção do espaço.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Vitória Figueiredo
Tecnologia e natureza se abrem para a humanidade na exposição “Studio Drift – Vida em Coisas”, no CCBB, até 06 de novembro. Fugindo do óbvio, daquilo que normalmente se espera de uma exposição de arte – pinturas em quadros -, a exposição tem a tecnologia como protagonista, juntamente com a natureza. Por meio de esculturas, os artistas Lonneke Gordijn e Ralph Nauta propõem a reflexão sobre a vida e suas coisas.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Larissa Figueiredo e Vitor Rodrigues
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vota nesta terça-feira, 31, o Projeto de Lei (PL) 1.202/19, que autoriza o Executivo a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) em Minas Gerais. A proposição prevê que o RRF terá vigência de nove anos e terá início com a homologação do Plano de Recuperação Fiscal pelo presidente da República. No entanto, lideranças sindicais representativas dos servidores do Estado temem o sucateamento do funcionalismo público com a aprovação do PL.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação do Estado de Minas Gerais (Sinfazfisco), Hugo René de Souza, afirma que o poder executivo não tem dialogado com os sindicatos e tampouco com a ALMG. “Ele (o Poder Executivo) não está negociando, não é só com o sindicato. As negociações não estão sendo feitas nem mesmo com a Assembleia Legislativa, porque eles ‘enfiaram’ 500 páginas e querem que o deputado leia. Na verdade eles não querem que leiam porque se lerem, não vão votar a favor”, declarou.
O representante do Sinfazfisco, que participou dos debates na ALMG sobre o endividamento de Minas Gerais na última sexta-feira, 27, contou que as lideranças sindicais têm mobilização prevista para o início de novembro. “Nós estamos numa frente de sindicatos, como 25 sindicatos representativos de classe. Nós vamos fazer uma assembleia geral conjunta, todos os sindicatos dos estados de Minas Gerais, no dia 7 de novembro, onde nós vamos alertar em relação a isso”, explicou.
Para Hugo Rene de Souza, o impacto da adesão de Minas Gerais ao RRF vai além do congelamento dos salários e contratações. “As pessoas saem do serviço público e então vai faltar o professor, o médico no postinho de saúde, o enfermeiro, vai faltar o policial na rua, vai faltar gente lá na base. Quem será realmente prejudicado pelo regime de recuperação fiscal é exatamente a base da pirâmide social de Minas Gerais”, contou.
“A população de Minas Gerais só tem acesso ao estado. Quem entrega o serviço é o servidor público. Então, o Regime de Recuperação Fiscal, quando tenta acabar com o servidor público, na verdade, está tentando acabar com os serviços prestados para a população”, completou o representante do Sinfazfisco.
Em coletiva de imprensa no último dia 25, o presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite, afirmou que: “Plano de Recuperação Fiscal apenas posterga a dívida. Daqui a nove anos, um novo presidente da Assembleia estará discutindo com um novo governador do Estado esse mesmo problema ou talvez pior.”
Na oportunidade, Tadeu Martins Leite ressaltou que a aprovação do PL não prevê perdão ou desconto na dívida do Estado com a União. “Os valores que não serão pagos nesses próximos nove anos vão ser jogados para frente, aumentando a dívida de Minas.”
O presidente da ALMG ainda destacou que é importante encontrar outras soluções. “Precisamos fazer uma discussão junto a Brasília, envolvendo vários atores, para enfrentar o problema em si e não somente postergar a dívida”, disse.
O que diz o Executivo
Durante os debates na ALMG, o representante da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Túlio de Souza Gonzaga, saiu em defesa do RRF e comparou o valor da dívida a ser pago em 2024 com o RRF (R$ 4,3 bilhões) e sem o RRF (R$ 18,8 bilhões). Essa diferença, de cerca de R$ 14 bilhões, segundo ele, pagaria um ano da folha de servidores ativos do Estado, exceto da segurança e da educação; ou sete anos de custeio da segurança; ou, ainda, 100 anos do orçamento da Defesa Social (Sedese).
Túlio de Souza também listou os valores programados por áreas no Plano Plurial de Ação Governamental (PPAG 2024) e reforçou que os R$ 14 bilhões seriam superiores ao orçamento da segurança (R$ 12 bilhões). “De forma simplificada, o que gasto com a dívida, deixo de gastar com políticas públicas. E se a dívida é alta demais, inviabiliza essas políticas”, sintetizou. Segundo Túlio Gonzaga, a dívida de Minas chegou a R$ 160 bilhões em 2022, contra Receita Corrente Líquida de R$ 90 bilhões.
O representante da Seplag também citou o deficit previdenciário como outro concorrente das políticas públicas na disputa por recursos. Em 2022, segundo ele, esse deficit foi de R$ 18 bilhões, chegando a R$ 12 bilhões até agosto de 2023.
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Por Giovanna Ribeiro
Após uma grande perda, seja relacionada à morte de um ente querido ou ao fim de um relacionamento, o luto é uma das formas de lidar com essa perda. No entanto, quando se torna prolongado, a situação pode ser preocupante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar o luto prolongado, ou luto patológico, um transtorno mental somente em 2022, incluindo-o na Classificação Internacional de Doenças (CID-11).
A professora da Fumec, Karen Saviotti, enfatiza a importância do acompanhamento profissional no tratamento do luto, para que se possa evitar que o sentimento se transforme em transtorno. Saviotti aconselha que seja procurado o tratamento terapêutico, se for possível, assim que a perda ocorrer, evitando a degradação da saúde mental e tendo como consequência o luto prolongado.
O luto prolongado apresenta semelhanças com a depressão, o que causa confusão em pessoas que não entendem esse transtorno. Sua principal característica, que difere da depressão, é que no luto patológico a causa de tristeza e angústia é muito bem estabelecida, ao contrário de um quadro de depressão maior.
Poucas pessoas compreendem o transtorno recentemente incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), visto que nem todos têm conhecimento dessa condição em que podem se encontrar. A sociedade brasileira frequentemente parece não reconhecer a existência de outros tipos de luto, além do luto pela morte de uma pessoa querida. Por exemplo, o luto pela perda de um emprego, de um relacionamento amoroso, de um sonho não realizado, ou mesmo o luto pela perda da saúde física ou mental, podem ser igualmente avassaladores.
No entanto, a sociedade muitas vezes não dá o devido espaço para que as pessoas expressem e processem essas outras formas de luto. Para Saviotti, há necessidade de ressignificar a visão da perda; só assim seria possível compreender a gravidade do luto patológico. Ela diz que “falar de morte ajuda a gente a entender a vida, porque só entende que um dia ‘vamos embora’, a gente pode dar um significado, um sentido à vida da gente com mais profundidade”.
No vídeo a seguir, o psicólogo Alexandre Coimbra reforça que o luto não é sinônimo de esquecimento. “Luto é tudo, menos deixar de lembrar ou ficar indiferente a quem marcou nossa vida.”
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Por Ana Clara, Ana Júlia, Esther Christine, Luís Felipe
O morador do Aglomerado da Serra, Cícero Lucas, 17 anos, conquistou o prêmio de melhor ator coadjuvante na 22º edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado em agosto de 2023, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro. O mineiro vive o sonhador Deivinho no filme Marte Um, dirigido por Gabriel Martins.
Cícero, com idade de 13 anos no período de gravação, relata como surgiu a oportunidade para interpretar Deivinho e a jornada de construção do personagem.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Vitória Figueiredo
O Fumix, festival universitário de artes mistas da FUMEC, está com inscrições abertas até o dia 31. O evento tem como objetivo a exposição de produções artísticas de professores e alunos de todos os cursos.
Na primeira edição da Expo Fumix, ilustrações, colagens, fotografias, pinturas, HQs e outras formas de expressão visual serão expostas pelo campus da universidade. As produções poderão ser apreciadas pelo público durante o mês de novembro, a partir do dia 9.
No dia 9 de novembro, no auditório Phoenix, serão realizadas as apresentações de estudantes e professores que poderão mostrar suas artes e talentos, por meio de performances de dança, canto, declamação de poesias, atuação cênica, entre outras.
O evento que começa às 9h35 foi idealizado e organizado pelos estudantes e professores da agência experimental do curso de Comunicação, Totem. As inscrições para o Fumix e a Expo Fumix podem ser feitas nestes links.
Inscrição para o FUMIX
Inscrição para a EXPO FUMIX
O professor do curso de Publicidade e Propaganda, Danilo Aroeira, orientou os integrantes da agência Totem na organização dos projetos e conta a seguir um pouco mais sobre o evento.
Confira também o relato de Éder de Rezende, que cursa o 8° período de Jornalismo e integra a Totem, sobre a proposta do festival.
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Por Priscila Beghine
O Congresso de Biomedicina, realizado no auditório Phoenix, na Universidade Fumec, entre os dias 23 ao 25 de outubro, reúne alunos e profissionais para debater os campos de atuação e o mercado de trabalho.
Em entrevista ao Conecta, a professora Sarah Coxe falou sobre o tema da sua palestra e sobre projeto de o doutorado: “O uso de células-tronco a favor da reprodução humana: panorama atual e perspectivas”.
Entre os demais palestrantes estão os professores e convidados Tânia Almeida, Ana Paula Moreira, Adriana dos Santos, Andres Marlon, Laise Miranda e Matheus Gomes, além do coordenador do curso de biomedicina, César Augusto Vilela.
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Por Giovanna Ribeiro
Em “Phop (e Verso)”, o aluno do curso de Jornalismo da Fumec, Pedrinho Phop, convida os leitores a explorarem sua jornada pessoal, por meio de 30 poemas cuidadosamente selecionados.
As obras, escritas entre 2017 e 2023, abordam desde o amor-próprio e a fé até sonhos, desencontros e a complexa interação entre a morte e a alegria.
O lançamento do livro será realizado no próximo sábado, 28, às 19h, no Núcleo de Estudos Márcia Baldi.
Característica que marca momento significativo na carreira de Pedrinho Phop é o selo editorial próprio do autor, o que confere toque autêntico à obra de arte literária.
Phop diz que deixou a ficção para falar de si, só que agora em verso, e dessa brincadeira que sai o nome do livro”.
O autor espera que os leitores do seu primeiro livro em formato de poema aproveitem o novo formato, como em suas ficções bibliográficas.
Lançamento do livro “Phop (e Verso)”, de Pedrinho Phop
Data: 28 de outubro, sábado
Horário: 19h
Local:: Núcleo de Estudos Márcia Baldi- Rua Fernandes Tourinho, 602 – sala 601. Savassi
Garanta seu exemplar aqui.
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Por Vitória Figueiredo
Primeira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil (15 mil vítimas por ano), segundo o Instituo Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é, também, o tipo de tumor que mais atinge o sexo feminino em todo o mundo. Em 2023, mais de 73 mil casos da doença foram estimados no país. A doença tem maior incidência nas regiões Sul e Sudeste.
O câncer de mama compreende uma multiplicação desenfreada das células mamárias, que podem se tornar um tumor maligno. Os principais sintomas são nódulos na mama, axilas ou pescoço (caroços fixos e indolores); pele mamária retraída, avermelhada e com textura semelhante a uma casca de laranja; e saída de líquido pelos mamilos, que ficam encolhidos.
A cada cinco casos de câncer de mama, quatro ocorrem após os 50 anos. Além da idade, outros fatores de risco são alcoolismo, tabagismo, sedentarismo, obesidade, histórico familiar de câncer de ovário e de mama, alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, dentre outros.
Diagnóstico
O autoexame consiste na observação das mamas pelas mulheres e é fundamental para a detecção de nódulos ou alterações. Caso a pessoa identifique um nódulo, deve procurar um profissional de saúde, que dará o diagnóstico.
Outros exames também são importantes. A mamografia de rastreamento deve ser feita por mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Tem como objetivo detectar cânceres antes do surgimento de nódulos palpáveis. Anualmente, mulheres de 40 anos de idade, ou mais, precisam realizar o exame clínico das mamas. Ultrassonografia e ressonância magnética podem confirmar se o carcinoma está ou não presente.
Se a doença for descoberta em fases iniciais e o tratamento, iniciado rapidamente, cresce a chance de cura e de tratamentos menos agressivos. Um em cada três casos pode ser curado, se descoberto no início.
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O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento de células cancerígenas
Campanha
Considerando a importância dos exames preventivos e a necessidade de conscientização sobre o câncer de mama, a campanha “Outubro Rosa” foi criada em 1990. O objetivo é ampliar o acesso das mulheres aos diagnósticos e tratamentos, disseminar informações sobre os cânceres de mama e de colo de útero e, por consequência, colaborar com a redução da mortalidade.
Para a médica ginecologista e obstetra, Maria Tereza Silveira Moreira, que cursa a residência médica em Mastologia, o Outubro Rosa é importante para o bem-estar das mulheres: “Um mês dedicado à prevenção e tratamento do câncer de mama é muito interessante”, ressalta.
“A campanha faz a mulher conhecer a si mesma e ao próprio corpo. Além disso, estimula que a paciente procure serviço de saúde para prevenção e diagnóstico”, explica Moreira. “O Outubro Rosa proporciona informação a quem não tem um estudo ou não teve uma orientação sobre o câncer de mama antes.”
SUS
De acordo com o INCA, a concentração de mamografias de rastreamento na faixa etária alvo, de 50 a 69 anos, vem aumentando: em 2012, apenas 52,8% das mamografias de rastreamento realizadas pelo SUS, no Brasil, foram em mulheres de 50 a 69 anos, enquanto em 2022, esse percentual chegou a 65,9%.
Para a médica, a campanha e o SUS foram essenciais para esse aumento: “Houve a ampliação da Atenção Primária do SUS, facilitando o acesso da população ao serviço de saúde e aos exames de rastreamento”, esclarece. “A Campanha estimula as mulheres a procurarem o serviço para solicitação de tal exame”.
Rastreamento
O rastreamento do carcinoma na idade de 50 a 69 anos é capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama. Por isso, é necessário ampliar a cobertura de exames na faixa etária alvo. De acordo com Moreira, um acesso maior aos diagnósticos poderá garantir o rastreio da doença: “O rastreamento não conta apenas com a mamografia, requer também o exame clínico das mamas, feito pelo médico”, informa.
“O acesso ao serviço de saúde deve ser garantido à população e os profissionais devem ter formação e treinamento constantes para identificarem alterações nas mamas e axilas”, ressalta. “É preciso não só divulgar a idade certa para fazer os exames, mas também disponibilizar o serviço para a paciente”, salienta. “São necessários mais aparelhos para exames (mamógrafos) e distribuição adequada pelo território”, finaliza.
Importância
Em 2018, a administradora Simone Veloso entrou na menopausa e realizou exames de rotina, além de uma biópsia, que constataram um carcinoma na mama. Período da última menstruação, a menopausa ocorre entre 45 e 55 anos, faixa etária mais propensa a desenvolver câncer de mama.
Para Veloso, 56, a campanha é fundamental. “O Outubro Rosa tem muita importância, é um marco”, ressalta Veloso. “Deveria ser uma campanha sem sazonalidade”, comenta. Ainda em relação à conscientização, a administradora acredita que a mídia deveria adotar outra postura em relação à doença: “Deveria ter uma divulgação maior e mais veiculação sobre o assunto, colocar relatos de pessoas que passaram por isso, mostrando a experiência do próximo, a experiência humana”, afirma.
Apoio
Veloso fez quimioterapia oral durante cinco anos e, atualmente, está livre da doença. O acompanhamento médico continuou após o tratamento, para monitorar o aparecimento de novos carcinomas. Para ela, além da assistência médica, ter acolhimento e fazer atividades que deixem a pessoa bem-disposta são fatores que também auxiliam na luta contra o câncer de mama.
“Quando nos deparamos com esse diagnóstico, ficamos muito vulneráveis, sensíveis, fragilizados. A presença de amigos, parentes, familiares, de qualquer pessoa que venha somar com você, te dar apoio e conforto, é fundamental”, enfatiza.
“Durante o tratamento, é muito importante você fazer o que gosta: leitura, algum tipo de terapia, academia, exercícios, encontro com amigos…”, aconselha. “Algo diário, que ocupe a sua mente, para que você não fique o tempo todo voltado para a doença e para o negativismo que esse diagnóstico traz”.
A doença fez a administradora aprender lições sobre a vida. “Depois desse diagnóstico, você entende que não tem mais controle das suas programações para o futuro”, comenta. “Sempre penso: eu não tenho oportunidade de viver duas vezes. Se tenho que viver hoje, vou viver hoje”, finaliza.
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Por Rebecca Soares
Nós, seres humanos, nascemos e morremos sozinhos, mas eu sempre fui uma pessoa que nunca esteve verdadeiramente sozinha antes de fazer intercâmbio, mas a experiência tratou de me ensinar rapidinho o que isso significa. Para estudar fora do Brasil eu precisei de muita noção, jogo de cintura e saúde mental.
Me inscrevi no Programa Estudantil de Mobilidade Estudantil da Fumec no final de 2022, fui selecionada e consegui uma vaga para estudar no Instituto Politécnico de Tomar, na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, uma cidade de apenas 34 mil habitantes (achei minúscula, mas pra Portugal é mediana), no primeiro semestre de 2023. Consegui o visto de estudante em dois meses, viajei nove horas de avião e me encontrei no país ibérico no final de fevereiro dois dias antes das aulas começarem.
Em Portugal, eu tenho dois amigos que ao longo de 16 anos de amizade se tornaram meus primos, ou até mesmo irmãos. Eles foram embora do Brasil nove anos atrás, eu fiquei na casa deles durante vários dias ao longo do intercâmbio, incluindo os dois primeiros dias no país. Então, digo que tive dois anjos da guarda que, por ocasião do destino, são gêmeos, cuidaram de mim com todo carinho e atenção do mundo e até me buscaram no aeroporto.
A rotina
Ao longo de várias semanas eu me sentei nas primeiras cadeiras das longas e espaçosas salas de aula do politécnico porque simplesmente não entendia o que as professoras diziam. Depois de umas seis semanas eu acostumei às falas rápidas e ao fato de que os portugueses não gostam de vogais e preferem falar em consoantes com muitos, muitos ‘s’. Os alunos me receberam bem, simpáticos e descontraídos, todos mais novos que eu, algo que estranhei porque no Brasil minhas salas tinham pessoas de 30, 40 anos de idade e ali naquela faculdade em Abrantes, eu era a mais velha entre 40 alunos.
Morar em uma cidade interiorana em Portugal foi incrível e sempre será umas escolhas mais certas que eu fiz na minha curta vida de 24 anos, mas houve pontos negativos. Os mais clichês foram os que eu achei que não seriam tão importantes assim, mas foram, sem família imediata, num país sem acesso a minha comida brasileira e cercada de pessoas adversas a minha realidade.
Eu fui criada para viver com independência desde pequena e uma coisa eu percebi, ao conviver com dezoito universitários em uma residência mista estudantil por cinco meses: a minha mãe me criou tão bem (risos). Agradeço muito a minha criação por ter ensinado a cuidar das minhas roupas, pertences, saber limpar e cozinhar, e pensar em como manter o meu canto confortável e agradável, porque foram essas habilidades que me valeram ao extremo ao morar com quase 20 pessoas desconhecidas. A minha colega de quarto Beatriz foi simpática, até me mostrou um pouco da cidade e mantinha o nosso quarto bem arrumadinho. No decorrer de cinco meses, criei uma rotina caseira e passei a não me importar com a bagunça de outros (principalmente na cozinha), habilidade que no futuro vai me valer muito.
A vida portuguesa
Um dos hábitos dos portugueses que mais me surpreendeu foi o fumo, havia quiosques de cigarros e tabaco dentro dos shoppings centers, cinzeiros espalhados pelos lugares, a maioria dos alunos da minha sala fumavam, jovens de 18, 19 anos fumando todo intervalo. O segundo foi que eles realmente amam bacalhau, até no mercado de bairro, havia uma mesa só para bacalhau, mal acreditei quando uma das senhoras da cantina do politécnico disse que a lasanha era de bacalhau. Chorizo também há de todos os tipos, cores, tamanhos nos mercados, o arroz só encontrei de 1kg, o feijão se compra mais em conserva, o que eu achei atroz.
Em compensação, as marcas brancas são geniais, os mercados têm mercadorias de produção própria que custam metade do preço das marcas comuns. Os sorvetes são mais baratos que no Brasil, por mais que tenha comprado em euros, mas os chocolates brasileiros são melhores, às vezes você encontra marcas do Brasil e é a mais pura alegria. Quando fui ao mercado com meu amigo brasileiro Vinicius havia paçoquinhas, ele logo pegou um pote e comeu tudo em alguns dias.
Outra característica corriqueira é que Portugal tem muitos cidadãos seniores, Abrantes durante o verão era repleta de velhinhos, casais com terno e boina, vestido e blusinha andando pelas ruas, achei uma fofura.
Parte de mim
Por coincidência fiz amizade de verdade com outros estrangeiros, primeiramente duas meninas, Benisia (Beni para os íntimos) que frequentou as aulas de jornalismo comigo e Lissa, a qual conheci na residência estudantil (resi). As duas são cabo-verdianas e recheadas de amor e carisma, me acolheram tão bem que eu queria ficar lá, cursar os três anos do curso e me formar junto delas. Foram muitas idas aos mercados, procurar os melhores preços, saborear picolés quando o verão chegou e conversas altas que corriam a madrugada. Senti uma cumplicidade fantástica e quero visitar Cabo Verde e conhecer tudo que elas puderem me mostrar. Me presentearam com uma canga com as ilhas de Cabo Verde estampadas com o fundo azul, vermelho, branco e amarelo da bandeira do país africano, que uso direto e me lembro de duas pessoas incríveis que eu tive a sorte de conhecer do outro lado do mundo.
Depois de ouvir português de Portugal por tanto tempo, conheci um piá de camisa azul e cabelo cacheado um mês e meio antes de voltar para América do Sul, o Vinicius, com quem foi sopro de ar fresco conversar e ouvir o português do Brasil, depois de conversar e descobrir que ele era de Maceió e estava em Portugal para fazer faculdade. A amizade que surgiu pelo gosto de K-Pop e a saudade do Brasil não deu outra, assim como foi com a Lissa e a Benisia, as conversas foram fáceis, divertidas e alegres.
O mais legal de ir pra gringa, não foram as lembranças físicas que eu carreguei comigo para Minas, mas sim as pessoas que eu trouxe comigo no coração, e vice-versa, porque eu deixei um pouquinho de mim na Europa com eles.
Conheci outras pessoas que fizeram da viagem uma experiência pacífica e leve e, por isso, eu agradeço a Suzie e a Abelaziza, de São Tomé e Príncipe, a Iara, ao Gabriel e o Rafael de Cabo Verde, as meninas da resi e a Dona Mina, a equipe do politécnico, da cantina até as donas dos correios, a senhora do banco e o pessoal do mercadinho perto da resi que fizeram da minha estadia um prazer imenso.
A amizade foi só uma das coisas que eu consegui nessa viagem, estudei aulas pelas quais tinha muito interesse, pratiquei inglês até me enjoar da língua anglo-saxônica, fui a palestras e mais palestras sobre a área da comunicação e aos poucos me apaixonei pelo dia a dia em Abrantes. Na metade do intercâmbio eu enjoei da comida da cantina e passei a cozinhar em casa, do Brasil eu levei açafrão, pimenta, mix de tempero, chá de camomila e até um bloco de rapadura. Não foi difícil deixar as minhas refeições feitas na cozinha compartilhada com um gostinho brasileiro.
Andanças e memórias
À medida que a primavera chegou, passei a visitar o castelo, o jardim do castelo, andava pelas ruelas que por alguma razão chamavam de ‘largo’, embora a maioria não passa um carro de passeio. Entretanto, a arquitetura é encantadora, sempre amei prédios antigos e me enamorei do castelo o suficiente para pintar uma aquarela que levou dias para terminar, até que ficou mediana e agora é uma boa lembrança do tempo que passei em Abrantes.
Escolher essa cidade foi coisa do destino, eu queria mesmo era ir pra Macau, mas para inscrever-se no PROME é preciso escolher duas escolas e. na pressa de achar um site que tivesse o nome das aulas mais fáceis pra transferir pra ficha de inscrição, me deparei com o site do IPT, coloquei e me enviei. Eu não esperava que a China mesmo com as fronteiras abertas fosse recusar intercambistas, o tanto que eu chorei não dá pra descrever, mas por insistência da responsável pela mediação do departamento de relações internacionais da Fumec, fui pesquisar se teria condições de arcar com o aluguel do quarto na resi do politécnico, e deu certo, é o valor que eu pago na van para vir de Sete Lagoas todo dias para Belo Horizonte.
Se eu tivesse ido para Macau eu não teria oportunidades de frequentar a minha igreja todos os sábados à tarde. Não ia andar uns 2km e acabar pegando carona com casais que iam também pelo resto do caminho. Não teria comemorado aniversário, ido ao chá de bebê de uma menininha que agora acompanho o crescimento pelo Instagram. Não teria conseguido um bolo red velvet e um cheesecake de frutas vermelhas de brinde no meu aniversário ao fazer uma compra de 5 euros no Lidl, foi muito muito bom ter baixado o aplicativo mercado.
Durante a viagem para Espanha por quatro dias eu devo ter postado só story de cidade e rua, estava cansada de tanto andar, usando roupas não ‘aesthetics’ para tirar foto, me ocupei de ir a museus, galerias, institutos de artes, prédios históricos e supermercados para matar a fome, se alguém for algum dia, o Mercadona tem ótimos sanduíches por 4,50Є e o kefir deles é ótimo também. Para ir a Bilbao, Barcelona e Valência eu peguei um vôo, três ônibus e um trem (o trem mais limpo, lindo e confortável da face da terra). Fiquei em dois hostels, um em Bilbao, um em Valência, nas outras noites três noites eu dormi nos ônibus noturnos que peguei para diminuir o gasto, mas deu tudo certo. Ao todo devo ter gasto um quinto do que gastaria se tivesse ido daqui do Brasil para Espanha, foi a oportunidade de uma vida, nove pontos de cultura e arte, três cidades transbordando história e natureza, pra mim foi o melhor programa do mundo.
Enfim, memórias, tantas que eu nem preciso fantasiar ou imaginar, é só lembrar. Eu tentei gravar e tirar fotos, escrever um jornal, mas ainda assim as melhores imagens vêm da minha mente que fez o máximo para aproveitar cada segundo.
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Por Arthur Mesquita e Samuel Fernandes
Não há nada que impeça essas casas de apostas de atuarem, mas também não há nada que as coloque em conformidade com as leis brasileiras”, afirma o advogado criminalista Paulo Martins Costa Crosara, sobre a operação “Penalidade Máxima” que, nos últimos meses, tem sido uma sombra escura pairando sobre o cenário do futebol brasileiro.
Em um esforço incansável para erradicar a manipulação de resultados e os esquemas de apostas, essa operação tem ocupado as manchetes da mídia noticiosa. As investigações minuciosas, prisões preventivas de renomados jogadores, inúmeras denúncias e uma atenção constante do Ministério Público de Goiás, que lidera esse esforço desde o seu início.
Esta operação, agora em sua terceira fase de investigação, teve suas raízes nas primeiras denúncias que envolveram o clube Vila Nova de Goiás, e seu alcance só tem aumentado desde então. Leia a seguir os principais trechos da entrevista de Paulo Crosara.
Conecta: Quais são as possíveis punições que esses apostadores, que são os cabeças do
esquema, e os atletas podem enfrentar criminalmente e desportivamente?
Paulo Crosara: Bom, existem alguns crimes previstos no estatuto do torcedor que se parecem muito com os do Código Penal. Fazendo uma analogia com a corrupção passiva ou a corrupção ativa, tem o crime para quem recebe o dinheiro e para quem dá o dinheiro para manipular resultado. Então, eles vão responder mais ou menos pelos mesmos crimes.
“Esse tipo de crime tem uma pena prevista de dois a seis anos, que é uma pena relativamente alta, mesmo sendo um crime que não envolve violência“
Esses crimes com penas acima de quatro anos justificam, inclusive, a prisão preventiva, ou seja, é uma pena alta que tem consequências sérias. Além da manipulação de resultado, os jogadores podem responder também por estelionato, juntamente com quem está pagando a eles para manipular resultados contra as casas de apostas que, neste caso, são vítimas porque os apostadores estão manipulando para receber um dinheiro que não deveriam. Desportivamente, o código do torcedor também prevê a questão de o atleta ser suspenso ou mesmo excluído das competições.
Conecta: Qual é a diferença do atleta que apenas, entre aspas, “participa” da manipulação de resultado, por ação própria, para aquele que alicia outros jogadores?
PC: Bom, aí tem uma questão que a gente chama, no direito, de dosimetria da pena. Cada um vai responder por um crime. Quando você concorre por um crime, já responde por ele qualquer que seja a sua conduta. E aí você vai responder na medida da sua culpabilidade. E quem vai fazer isso é quem está julgando. Então, se você está dentro de um esquema, é você que responde. Como você mesmo disse, entre aspas, “o jogador apenas toma um cartão.” É uma participação menor e pode pegar uma pena menor. Agora, se está dentro do esquema, aliciando, já é outro crime. Então, esse tipo de coisa será tratado dentro da dosimetria da pena por quem está julgando. Seja desportivamente ou criminalmente.
Conecta: Qual é a diferença do atleta que apenas, entre aspas, “participa” da manipulação de resultado, por ação própria, para aquele que alicia outros jogadores?
PC: Bom, aí tem uma questão que a gente chama, no direito, de dosimetria da pena. Cada um vai responder por um crime. Quando você concorre por um crime, já responde por ele qualquer que seja a sua conduta. E aí você vai responder na medida da sua culpabilidade. E quem vai fazer isso é quem está julgando. Então, se você está dentro de um esquema, é você que responde. Como você mesmo disse, entre aspas, “o jogador apenas toma um cartão.” É uma participação menor e pode pegar uma pena menor. Agora, se está dentro do esquema, aliciando, já é outro crime. Então, esse tipo de coisa será tratado dentro da dosimetria da pena por quem está julgando. Seja desportivamente ou criminalmente.
Conecta: Em caso de acordo com o Ministério Público, como isso muda o julgamento?
PC: Hoje em dia, existe um tipo de acordo conhecido como “acordo de não persecução penal”. Esse acordo é uma medida despenalizante, aplicável quando a pena mínima prevista para o crime é de até quatro anos. Portanto, dependendo da gravidade dos crimes imputados e se a pena mínima ultrapassar esse limite, a possibilidade desse acordo não está disponível. No entanto, quando a pena mínima do crime é de até quatro anos e o indivíduo é primário, ele tem a opção de celebrar esse acordo.
No âmbito desse acordo, a pessoa aceita uma pena antecipada, confessando o crime em questão. A característica marcante desse acordo é que não há a instauração de um processo penal formal. Consequentemente, o indivíduo não será considerado reincidente. Portanto, a pessoa permanece com sua ficha criminal limpa, mas concorda em pagar uma pena antecipada, que, na maioria das vezes, é de natureza financeira, ou seja, pecuniária.
Por exemplo, se o indivíduo causou um prejuízo de mil reais, essa é a base usada pelo Ministério Público para calcular não apenas a restituição do dano causado à vítima (seja uma casa de apostas ou qualquer outra pessoa afetada), mas também uma prestação pecuniária destinada ao benefício público. Portanto, essa pena vai além da reparação do dano causado.
Além disso, quando se trata de crimes que envolvem várias pessoas e podem ter conexão com organizações criminosas, há a possibilidade de celebrar um acordo de delação premiada. Nesse caso, a pessoa que colabora com as autoridades, fornecendo informações relevantes sobre outros envolvidos, não se trata de uma admissão de culpa pessoal, como no acordo de não persecução penal. É necessário, nesse caso, apresentar provas substanciais da culpabilidade de terceiros, não apenas com base em seu testemunho, mas também em documentos, conversas, áudios ou outras evidências tangíveis que possam contribuir para a investigação.
Em troca da cooperação efetiva, o Ministério Público tem a prerrogativa de reduzir ou mesmo perdoar a pena do delator. Portanto, há essencialmente dois tipos de acordos que uma pessoa pode estabelecer com o Ministério Público, dependendo das circunstâncias e da natureza do crime envolvido.
Conecta: Os jogadores podem ser processados na justiça comum? Algum torcedor abriu processo contra um jogador por se sentir lesado?
Sim, nós já tivemos experiências, no passado, com torcedores que, através do Estatuto do Torcedor, tentaram buscar reparação civil seja por danos morais ou por danos materiais, como o valor do ingresso. Chegaram até a tentar anular uma partida devido ao seu descontentamento, mas sem muito sucesso. Essa é uma questão delicada pois, no Código Civil, quando há causas de dano moral, é necessário indenizar a parte lesada.
No entanto, essa situação fica um pouco subjetiva, dependendo da interpretação, e vai se desenvolvendo ao longo do tempo com base nos diversos processos e na jurisprudência que se acumula. Não sei se seria viável que todos os torcedores que já estiveram em um estádio ou assistiram a um jogo na televisão decidissem entrar com processos dessa natureza. Na minha opinião, isso poderia gerar uma verdadeira confusão.
Portanto, não acredito que esse tipo de ação vá prosperar.
“Se um torcedor se sentir prejudicado e buscar reparação por danos morais ou, até mesmo, materiais devido ao preço do ingresso de uma partida que foi anulada, talvez possa encontrar uma solução recorrendo ao Juizado“
Conecta: Pelo lado do atleta, como ele pode se defender nessa questão: com o apoio dos clubes ou individualmente?
PC: No primeiro momento, estamos vendo alguns clubes deixando de lado os atletas. Cada um é livre para contratar o advogado que preferir e seguir a linha que escolher. Pode ser tanto a linha de fazer um acordo quanto a de tentar negar a culpa, só que o problema é que está tudo muito bem documentado, com áudios, conversas e tudo mais. Portanto, acredito que o que vai acontecer mesmo é uma série de acordos para obter uma restituição rápida e encerrar esse assunto o mais rápido possível. Além disso, não é bom para ninguém, pois os patrocinadores das ligas e tudo mais não querem estar associados a um produto que está sob investigação criminal.
Portanto, acredito que haverá pressão para resolver isso o mais rápido possível através desses acordos que mencionamos antes, com restituições e punições, que podem variar de dez dias a um mês. Eu acredito que será esse o desfecho final. E como não é bom para ninguém, nem para os patrocinadores – especialmente as casas de apostas, que são patrocinadoras maciças das competições de futebol brasileiro –, nem para a CBF, nem para a liga, essa é uma situação que precisa ser resolvida o quanto antes.
Conecta: Existe alguma possibilidade das competições no Brasil serem paralisadas?
PC: É uma possibilidade. Mas, pelo que estamos vendo, não parece ser o que vai acontecer. Houve até mesmo um episódio de fake news no WhatsApp. As pessoas disseram que um jornalista do SporTV afirmou que o Campeonato Brasileiro seria paralisado, mas ele teve que desmentir essa informação posteriormente, afirmando que nunca havia dito tal coisa.
No entanto, a paralisação pode, de fato, ocorrer, principalmente se a justiça entender que estão ocorrendo crimes em série dentro dessa competição e que a própria competição está incentivando a continuidade desses crimes.
Conecta: A justiça tem poder pra isso?
PC: Tem, mas como eu falei, não acredito que vai acontecer porque envolve muito mais gente. É uma paixão nacional, envolve grandes redes, grandes emissoras, patrocinadores milionários, então, não acredito que isso seja assim. Na prática, não é uma possibilidade real.
Conecta: Há possibilidade de as casas de apostas serem penalizadas? Apesar de não serem regulamentadas no Brasil?
PC: Não, não há nada que impeça essas casas de apostas de atuarem. Mas também não há nada que as coloque em conformidade com as leis brasileiras. Na verdade, as casas de apostas estão vivendo um verdadeiro sonho legislativo. Isso se deve ao fato de que, durante o governo Temer, uma alteração na lei brasileira foi aprovada permitindo a operação dessas casas de apostas. É por isso que testemunhamos esse rápido crescimento, com elas patrocinando todos os clubes e competições. A regulamentação deveria exigir que as casas de apostas tivessem um representante e um CNPJ no Brasil, com sede aqui. Além disso, elas deveriam manter um lastro financeiro depositado no Banco Central, caso quebrem e precisem ressarcir os apostadores. Essa regulamentação nunca ocorreu. Portanto, essas casas de apostas são permitidas, mas não estão sujeitas às leis brasileiras. A lei brasileira permitiu sua existência sem exigir que elas cumprissem qualquer regulamentação específica. Isso criou uma situação caótica. Os donos dessas casas, muitas vezes, operam a partir de servidores localizados em ilhas no Caribe, como Curaçao, e são proprietários de uma empresa que é proprietária de outra empresa, e assim por diante.
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Por Gabriela de Castro e Laura Mariano
Entre nuvens e um calor de primavera, o eclipse solar foi a atração principal do último fim de semana em várias regiões da grande Belo Horizonte. A Praça do Papa, região Centro-Sul de BH, foi um dos pontos de encontro onde diversas pessoas das comunidades próximas se reuniram para observar o evento astronômico.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Com o objetivo de homenagear e comemorar o Dia Internacional da Música, o Culturall se aprofundou na história de Beatriz Lima, artista e aluna da Universidade Fumec.
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Por Vitória Figueiredo
O Alzheimer é um transtorno caracterizado pela degradação da memória e da cognição do indivíduo. Com erros no processamento de proteínas do sistema nervoso, neurônios de algumas regiões do cérebro começam a perder as funções. O principal sintoma é a perda de memória recente.
No mundo, mais de 30 milhões de pessoas vivem com a doença que não tem cura. Porém, descobertas científicas recentes podem fazer a diferença nos diagnósticos e tratamentos da enfermidade.
Em 2023, um medicamento que retarda a evolução dos sintomas e fases do Alzheimer foi aprovado. O remédio teve bom desempenho quando aplicado em estágios iniciais da doença e foi capaz de desacelerar o declínio cognitivo dos pacientes. Estudos continuam a ser feitos, pois os efeitos colaterais ainda são considerados graves.
Saiba mais sobre as descobertas relacionadas ao Alzheimer.
Outro avanço está relacionado às vacinas. Imunizantes já existentes (contra tétano, difteria, coqueluche, herpes zóster e infecções bacterianas) podem diminuir em 30% a chance de desenvolver Alzheimer. Eles podem fazer o sistema imunológico reagir ao acúmulo de proteínas que provoca a doença.
Um novo exame de sangue, produzido pelo Instituto Fleury, detecta a presença da proteína tau, presente em abundância no cérebro de quem possui Alzheimer. Em relação aos métodos existentes, o teste PrecivityAD2 é menos invasivo e revela se o paciente poderá, ou não, desenvolver a doença. Se a proteína estiver presente, é possível adotar medidas precoces para prevenir a evolução da enfermidade.
Acessibilidade
O médico geriatra do Hospital Mater-Dei, Flávio Amaral, explica que não existem testes gratuitos para diagnóstico de Alzheimer: “Os métodos existentes ainda são menos acessíveis, por conta do valor, e poucos convênios cobrem. Então, a princípio, o paciente arca com as despesas desses testes”.
Para Amaral, os testes de Alzheimer podem ficar mais acessíveis com financiamento governamental: “À medida que [os diagnósticos] forem sendo feitos em mais pacientes, tendo resultados mais positivos e boa resposta, vai se desenvolvendo o interesse do governo, das políticas de saúde, para tentar financiar esses testes”, finaliza.
SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante assistência aos portadores de Alzheimer. A partir de uma iniciativa do Rio Grande do Sul, os diagnósticos da doença poderão ser realizados em larga escala pelo SUS, caso o Estado adquira um equipamento que detecta a doença por exames de sangue. O teste que custa R$ 10 mil na rede de saúde particular terá o preço de R$100 pelo SUS.
RS pode se tornar referência em diagnóstico precoce do Alzheimer.
Há tratamentos e medicamentos para o Alzheimer no SUS, além de equipes com profissionais especializados. Ofertados nos Centros Especializados em Reabilitação, os serviços podem ser acessados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ou na Secretaria Municipal de Saúde.
Familiares
O apoio familiar é fundamental para a qualidade de vida da pessoa com Alzheimer. A jornalista e ex-aluna do curso da Fumec, Fernanda Alves, desenvolveu seu trabalho de conclusão de curso (TCC), a reportagem televisiva “Alzheimer: Tempo de Afeto”, que discute a importância do acesso à informação sobre a doença e o como carinho com o paciente fazem a diferença no tratamento.
Foto: acervo pessoal
“Meu foco principal [ao fazer o TCC] era passar informações para facilitar a vida das pessoas, para que elas não enfrentem as mesmas barreiras que a minha família teve que enfrentar devido à escassez de informação sobre o Alzheimer”, relata a jornalista.
Alves, cujo avô tem Alzheimer, acredita que o afeto é a parte mais importante ao lidar com uma pessoa com a doença: “Nossa relação, hoje, é baseada 100% no afeto. Na lembrança do afeto, na verdade ele não tem as lembranças vívidas, mas tem o afeto que é o que mantém meu avô presente na minha vida até hoje”.
Cuidado
Um profissional especializado no cuidado de enfermos tem papel central no bem-estar do paciente e, por consequência, da família. Para a cuidadora Juliana Vzone, o trabalhador deve saber lidar com o portador de Alzheimer: “O cuidador ou cuidadora tem que ter muito carinho, paciência. Aprendi que não se deve teimar ou contrariar o paciente. É necessário saber ouvi-lo”, afirma.
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Um cachorro foi baleado por um guarda municipal no Parque Prof. Amilcar Vianna Martins, no bairro Cruzeiro, na manhã desta quarta-feira, 4 de outubro, Dia Mundial dos Animais. Segundo os guardas municipais, um dos vigilantes do parque, que não foi identificado, entrou no local, se assustou com o cachorro correndo e disparou contra o animal.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Gabriela de Castro
Foto: Gabriela de Castro
Com o objetivo de beneficiar a comunidade local e democratizar o conhecimento produzido na Fumec, o Dia da Responsabilidade Social foi realizado pela primeira vez na sede da Associação Querubins, na Vila Acaba-Mundo. O evento que realizou ações voltadas à cidadania foi promovido no último sábado, de 8h às 12h, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte e a Associação Querubins.
Saúde e lazer
O curso de estética da Fumec, em colaboração com a empresa de produtos capilares Soft Hair, realizou uma palestra sobre cuidados com os cabelos e distribuição de kits da marca para os participantes. A atividade teve bastante aderência por parte da comunidade, visto que houve um grande número de participantes, tanto crianças quanto adultos.
Além disso, no mesmo ambiente, o curso de biomedicina trabalhou com a comunidade sobre os autotestes de mama e métodos contraceptivos. De acordo com Ana Luiza Moura, aluna do curso, as pessoas se mostraram interessadas em aprender como funcionam essas ferramentas e traziam informações sobre o assunto: “Tiveram muitos adolescentes que vieram, olharam e aprenderam um pouco. Também foi interessante porque as pessoas entenderam a possibilidade e eficiência de utilizar dois métodos (contraceptivos) juntos”.
Bianca Luiza Moreira, também do curso de biomedicina, reforça a importância da realização de testes de HIV durante a ação: “Muita gente não sabia, principalmente os adolescentes, que não tinham consciência da importância do teste. Os auto testes são gratuitos, disponibilizados nos postos e é possível fazer tranquilamente em casa, a bula é bem didática”.
Na quadra do estabelecimento, foi realizada tanto a atividade de desenho para o público infantil, quanto a distribuição de pipoca e algodão doce. Em outro espaço externo, foram ofertadas para as crianças outras brincadeiras tradicionais, como pular corda. Além dessas atividades, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais fez uma demonstração de salvamento rápido.
Foto: Gabriela de Castro
Atendimento psicológico e jurídico
Além das oficinas e brincadeiras, a parceria entre Fumec e Querubins resultou no oferecimento de atendimentos psicológicos e jurídicos. Como diversos pais e responsáveis pelas crianças atendidas pela Associação Querubins participavam no mesmo dia de uma reunião, vários deles puderam conversar com os estudantes do curso de psicologia. Durante o Dia da Responsabilidade Social, tiveram a possibilidade de serem orientados principalmente quanto à fase da adolescência dos filhos. Já o curso de direito mediou o atendimento jurídico, orientando principalmente quanto às questões de previdência.
De acordo com Mercia Correa, coordenadora pedagógica da Associação Querubins, a ação foi eficiente em atingir não só as crianças, mas também as mães: “Foi maravilhosa a proposta, espero que volte mais vezes. Eu lido com as mães e com as crianças no dia a dia, e a proposta foi interessante justamente porque a programação atingiu o público infantil e as mães. Principalmente em relação à estética e assistência psicológica, é algo que elas buscam, porém custa dinheiro e tempo. Hoje a Fumec conseguiu reunir, nesse espaço em que elas confiam, já que seus filhos estão aqui cotidianamente, ações voltadas também para elas”.
A professora Andréa Vasconcellos, coordenadora do projeto de extensão, explicou em entrevista ao Conecta sobre o objetivo das ações do Dia da Responsabilidade Social. “As comunidades não têm as mesmas oportunidades, o que passa pela ideia de justiça social”, enfatizou a coordenadora sobre a importância da iniciativa.
Foto: Gabriela de Castro
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Turnê “Tô Voltando” esteve em cartaz pela primeira vez na capital em maio
Por Pedro Oliveira
Com o teatro do Palácio das Artes lotado, Simone presenteou os fãs mineiros com mais uma apresentação da sua turnê “Tô Voltando”, na última sexta-feira, 29. A cantora comemora meio século de carreira, iniciada em 1973, com seu primeiro álbum batizado com o nome da artista. Esse foi o segundo show de Simone em Belo Horizonte. O primeiro ocorreu em maio, no mesmo local e, novamente, com ingressos esgotados.
Aos 73 anos, esbanjando vitalidade e alegria, Simone subiu ao palco com um pequeno atraso e logo entoou “Tô Que Tô” (Kleiton e Kledir, 1982). Com a voz grave e forte, quase idêntica àquela do início da sua trajetória artística, a cantora seguiu a trilha da noite com outros hits que permanecem na memória de seu séquito. “Yolanda” (Chico Buarque, 1999), “Começar de Novo” (Ivan Lins, 1979), “Sangrando” (Gonzaguinha, 1980) e “Ex-Amor” (Martinho da Vila, 1981) não ficaram de fora do roteiro.
“Divina Comédia Humana”, de Belchior, foi um ineditismo. “Não acreditei que ele tivesse feito a música para mim”, disse ao contar para o público sobre a canção que o rapaz latino-americano havia composto para que ela gravasse, mas que ficou de fora de seu álbum “Face a Face”, de 1977. Simone reverenciou músicos mineiros como Milton Nascimento, de quem interpretou “Cigarra”, canção que, inclusive, conferiu-lhe o codinome homônimo, e “Encontros e Despedidas”. O cantor Lô Borges, parceiro de Bituca, estava na plateia.
A banda, formada por músicos jovens, foi outro destaque da apresentação. “É meu jardim de infância”, brincou Simone ao apresentar Chico Lira (teclados), Felipe Coimbra (guitarra e violão), Frederico Heliodoro (baixo), Ronaldo Silva (bateria) e Vanderlei Silva (percussão). O cenário, de responsabilidade de Zé Carratu, que aludia à asa de uma cigarra, junto aos figurinos brancos e com brilho, reforçaram a marca registrada de Simone em cena.
Em duas horas de espetáculo, a cantora permaneceu o tempo todo em pé, movimentando-se pelo palco e interagindo com o público que, emocionado, ao final da apresentação, aglomerou-se para tentar chegar perto da cantora e garantir uma das rosas que foram dadas à plateia. Um dos 1.500 presentes ergueu uma faixa que dizia ter o sonho de tirar uma foto com a cantora. Simone, prontamente, o atendeu. Indubitavelmente, a Cigarra “armou o coreto” e, a depender de seus fãs, pode voltar sempre que quiser.
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Por Gabriela de Castro
A coordenadora do setor de extensão da FCH, professora Andrea Vasconcelos, explica as ações do Dia da Responsabilidade Social que será realizado neste sábado, em parceria com a Associação Querubins. O evento faz parte do projeto interdisciplinar dos cursos de Engenharia, Ciências Contábeis, Direito e Psicologia.
O Conecta conversou sobre a iniciativa com a professora e coordenadora do setor de Extensão da Faculdade de Ciências Humanas (FCH) da Universidade FUMEC, Andréa Vasconcellos. Advogada trabalhista, bacharel em direito, pós graduada em Metodologia do Ensino Superior e Processo Civil e mestre em Direito Público e Instituições Políticas, Vasconcellos coordena as ações do projeto.
Na entrevista a seguir, a professora explica como funciona a atividade e a parceira com a Associação Querubins e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), além de relembrar as edições anteriores do Dia da Responsabilidade Social que envolvem ações de extensão voltadas à transformação social.
Conecta: Como funciona o evento do Dia da Responsabilidade Social?
Andréa Vasconcellos: Todo mês de setembro tem o Dia da Responsabilidade Social, no qual as universidades têm por missão levar um pouco do conhecimento para pessoas em situação de vulnerabilidade e comunidade, de forma geral, através dos atendimentos. Aqui na Fumec, há a tradição de adotar a multidisciplinaridade, pois são diferentes cursos envolvidos, e é promovido em espaços públicos. Já fizemos no Mercado Central, no mirante do Parque Prof. Amílcar Vianna Martins (ao lado da Fumec) e ano passado foi na Praça Marechal Floriano Peixoto. Esse ano, nós tivemos a ideia de levar os nossos serviços para uma associação que atende moradores da Vila Acaba-Mundo, no final da Praça JK. Fizemos parcerias com o laboratório que vai fornecer alguns lanches e as lancetas para medição de glicose, com a prefeitura que doou alguns testes de HIV e sífilis, e com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, que fará uma demonstração de salvamento rápido. Estamos tentando também uma colaboração com o Instituto de Identificação, para realizar primeiras identidades e segundas vias também. Estamos buscando essa rede de apoio para além do que podemos ofertar, então há envolvimento também dos cursos de Engenharia, Contábeis, Direito e Psicologia, que vão prestar atendimento a essas pessoas. Estimamos aproximadamente 300 pessoas nesse atendimento.
“O objetivo é a contextualização do ensino-aprendizagem e o engajamento que concretiza a extensão”
Conecta: Como tem sido o engajamento dos alunos com o projeto?
AV: Todo ano, quando esse evento acontece, há um professor responsável pela oficina. No público acadêmico, há uma parcela de alunos que se interessam por pesquisas e projetos de extensão, então normalmente o professor responsável convida esses estudantes que demonstram envolvimento. Não existe projeto de extensão sem participação de alunos, pois o objetivo principal é justamente essa contextualização do ensino-aprendizagem e é esse engajamento que concretiza a extensão.
Conecta: Vocês estão realizando o projeto em parceria com a Associação Querubins esse ano. Como tem sido a relação com a comunidade e com a Associação?
AV: É nossa primeira experiência com eles. Estamos conversando com o líder da comunidade, para entender as demandas deles e, também, com as pessoas que dirigem a Associação, pois como elas fazem o atendimento às crianças no horário que elas não estão na escola com oficinas, passamos uma proposta de oficinas e esses dirigentes nos deram um feedback de acordo com as demandas. Com essa composição, estamos construindo juntos o evento.
“Temos que procurar entrar nas comunidades de forma que nos vejam com confiança e credibilidade”
Conecta: Existe a possibilidade da ação se tornar uma parceria permanente?
AV: Em relação à Associação Querubins, já estamos tentando envolver o público de lá em outras atividades. Na Mostra Fumec, por exemplo, um grupo de alunos da Associação foi convidado a participar no segundo dia de evento. Eu, como professora voluntária por conta própria, estou atuando na Querubins às quintas-feiras à tarde, estou dando aula de cidadania a eles. Pensamos em continuar essa parceria, não só com essa organização, mas com outras que aparecerem. Estamos sempre abertos para que essas ações sejam constantes, o objetivo não é midiático nem promoção da instituição, mas sim a instrumentalização da educação atendendo ao interesse de uma população que não tem esse acesso.
Conecta: De quais formas é possível aproximar as comunidades do que é produzido pela universidade?
AV: Acredito que realmente através das ações. Primeiro, precisamos entender quem são essas pessoas e, despojados de todo e qualquer preconceito, pensar que elas não têm as mesmas oportunidades que nós temos, o que passa muito pela ideia de justiça social. A partir desse momento, temos que procurar entrar nessas comunidades de forma que eles nos vejam com confiança e credibilidade, mas de forma que não seja impositiva. Logo, é importante a compreensão do público, buscar uma compreensão das demandas existentes, ganhar confiança e desenvolver um projeto.
Conecta: Como você percebe o envolvimento da PBH com o projeto?
AV: No caso dessa atividade, especificamente, a parceria teve início com o projeto BH de Mãos Dadas, que atende pessoas em vulnerabilidade e está ligado à Associação das Prostitutas. Começamos a trazer palestras e depois surgiu a possibilidade de fazer testagens, já que temos o curso de biomedicina. Tivemos esse primeiro contato porque meu filho é biólogo e trabalha nesse projeto, então, a partir dele começamos a desenvolver essa parceria, pois eu não conhecia essa iniciativa. No resumo, tem coisas que a prefeitura faz que são descontinuadas, outras a gente não tem conhecimento, mas tem muita coisa acontecendo, não só por parte da prefeitura, mas do próprio Estado, como a Farmácia de Minas que fornece alguns medicamentos gratuitamente e muitas pessoas não sabem, então acredito que falta uma divulgação maior. Além disso, acredito que falta interlocução e parceria com outras organizações.
Conecta: Como a Fumec apoia o desenvolvimento dessa atividade de extensão?
AV: Temos muitas pessoas engajadas e com o propósito de ajudar. No fim, improvisamos do jeito que é possível, o que não pode acontecer é desistir de fazer por falta de recurso. Justamente por isso fizemos parcerias, para bancar insumos que não teríamos recursos financeiros para obter.
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Por Ana Luísa Ribeiro, Gabriela de Castro e Giovanna Ribeiro
A Universidade abriu as portas para receber em torno de 1400 alunos do ensino médio, durante a Mostra Fumec, nos dias 21 e 22 de setembro, o que possibilitou vivências no campus e conhecimento sobre os 25 cursos de graduação, por meio da visita a estandes dos cursos e laboratórios, participação em palestras, atividades interativas e teste vocacional.
Os estudantes do curso de design da Fumec criaram a ambientação do evento, incluindo recursos comunicacionais, como painel de lambe-lambe para fotos e painel de post its com recados deixados pelos visitantes. O entretenimento ficou por conta da apresentação do DJ que animou o espaço de convivência da universidade.
Criatividade
O professor do curso de comunicação, Admir Borges, proporcionou uma oficina para os convidados, abordando os processos criativos na área. De acordo com Borges, a oficina teve o objetivo de incentivar os alunos a elaborar resoluções de problemas relativos à comunicação, por meio da criatividade.
Fotografia
Livia Braga, que cursa Publicidade e Propaganda na Fumec, conta que o interesse nos cursos de comunicação cresceu com a Mostra. No segundo dia, ela participou da oficina de fotografia, com a professora Maria Câmara, sobre fotografia analógica. “Os meninos conheceram os laboratórios, a parte de revelar as fotos que são muito legais, ficaram super interessados no curso”, afirma Câmara.
Saiba mais sobre a Mostra Fumec.
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Por: Laura Mariano, Ana Luísa Ribeiro e Priscila Beghine
Entre sorteios e expectativas, as apresentações dos projetos experimentais do trabalho de conclusão de curso dos alunos do curso de comunicação social – publicidade e propaganda e jornalismo – ocorreram na última terça-feira (19). As quatro equipes finalizaram as apresentações de seus projetos para os alunos da faculdade, iniciando então a segunda etapa do processo de conclusão de curso, focada na execução do projeto.
O foco da marca Caramelo, agência que abriu as apresentações, é a brasilidade e suas particularidades. O contexto de união também é valorizado na agência: o Mandacaru, cacto presente em toda flora brasileira, é o símbolo da marca. Além disso, o próprio nome faz alusão ao cachorro sem-raça-definida mais famoso do Brasil: o “caramelo”. A agência escolheu o Hemominas para ser a marca assessorada.
Os alunos Ravel Cavalheiro e Evelyn Yasmin, integrantes da Caramelo, explicam a proposta de valorização da diversidade cultural brasileira.
Melee, do inglês “corpo a corpo”, é a única produtora entre os projetos. Formada em sua maioria por jornalistas, a equipe pauta a igualdade feminina dentro do futebol, esporte historicamente monopolizado pelo gênero masculino. O tema será discutido em um documentário da produtora. A elaboração servirá para mostrar a realidade da mulher no futebol, com foco nos três maiores times de Minas Gerais.
A Colibri encenou um Talk Show para apresentar os propósitos e objetivos da agência. As integrantes interagiram com a plateia e associaram a marca de moda assessorada, a Bendizê, ao sentimento de pertencimento da mineiridade. A apresentação contou com declarações em vídeo de mineiros conhecidos, como o cantor Djonga, a locutora Kayete, o artista Kdu dos Anjos e o jornalista Thiago Reis.
Por último, a Vol Up ressaltou durante sua apresentação que a missão da agência é proporcionar soluções criativas e promover comunicação eficaz. A cliente escolhida, Rádio Mix, será auxiliada com marketing, divulgação e a promessa de um aumento de audiência e interesse do público.
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Por Priscila Beghin e Vitória Figueiredo
A revista Mediação, do curso de Comunicação Social da Universidade Fumec, está com chamadas abertas, até 20 de setembro, para os Dossiês “O futuro do metaverso e o metaverso do futuro” e o “Comunicação: raça, gênero e sexualidades”.
Foto: Acervo pessoal
A editora da revista, professora Maria Braga Câmara, explica a relevância da discussão em torno do metaverso. O tema foi proposto pelo professor do curso, Ademir Borges, para a edição que reflete sobre “como a área da comunicação e outras estão inseridas nesse avanço virtual e as possibilidades dentro desse novo mundo digital”, como explica Câmara. A editora destaca os impactos individuais, sociais e mercadológicos do metaverso. “A questão é como impacta a vida, como traz novas formas de se comunicar”, afirma.
Proposto pelo também professor do curso de Comunicação, Aurélio Silva, o tema “Comunicação: raça, gênero e sexualidades” trata, por sua vez, do contexto das minorias, refletindo a preocupação a respeito de como o assunto tem atravessado as instituições sociais e convoca os comunicólogos na atualidade.
Para a professora, os dossiês relacionados a assuntos contemporâneos possibilitam avançar na área da Comunicação, não só de maneira teórica, como também nas questões práticas. “Esses artigos são uma possibilidade de visualizarmos e divulgarmos avanços nos estudos das áreas dos dossiês”, salienta Câmara.
A revista Mediação abrange conteúdos de várias áreas do conhecimento, como Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Artes. A publicação possibilita, também, o compartilhamento de criações relacionadas com artes plásticas, cinema e audiovisual. Os alunos de graduação e mestrado podem submeter artigos na revista, desde que um mestre assine a coautoria das publicações.
O preenchimento das informações, cadastramento no sistema e encaminhamento dos arquivos deve ser feito neste link.
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Por Laura Mariano
Foto: Laura Mariano
O Parque Municipal Américo Renné Giannetti, mas conhecido como Parque Municipal, além de palco para momentos de lazer, é lar de muitos felinos. Estima-se que 400 gatos vivem no local sob os cuidados da ONG SOS Gatinhos do Parque, mas nem todos estão totalmente seguros.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Ana Luísa Ribeiro, Gabriela de Castro, Giovanna Ribeiro e Laura Mariano
Foto: Laura Mariano
Caramelo, Colibri, Melee e Vol Up, agências e produtoras experimentais da Universidade Fumec, realizaram eventos durante o intervalo no pátio da FCH, com música, sorteios, brincadeiras e lanches. As ações fazem parte da estruturação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) prático dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.
Desde o começo do semestre as agências marcam presenças nos corredores e pátios da Universidade, utilizando elementos para chamar a atenção dos alunos para os Presentations, apresentações dos trabalhos que acontecerão no dia 19 de setembro.
Ravel Cavalheiro, da agência Caramelo, afirma que o trabalho considera a cultura popular brasileira, evidenciando através dos elementos estéticos as raízes do país. “A gente teve música boa, comidinhas, brincadeiras, conversas jogadas fora… Tudo aquilo que o brasileiro gosta, afinal é isso que é a Caramelo.”
Thaís Amorim, representante da Melee, conta que o processo das ações no FCH foi um pouco diferente e mais tranquilo, porque o foco principal da produtora é a gravação do documentário. Amorim ainda diz que não esperava que a Campanha “Seja pra quem for, seja um doador!” , do Hemominas realizada em parceria com a Fumec, aconteceria no mesmo dia: “A galera que estava para a doação até se envolveu na ação e foi interessante”.
Éder Rezende, o “cupido” do Correio Elegante e integrante da Vol Up revela que o objetivo principal da produtora é resgatar o público jovem para as rádios, que obteve uma dispersão com a ascensão de outros veículos digitais de streaming, como Spotify e Deezer.
Mariana Barroso e Rafa Leite, presidente e vice-presidente da Colibri, chamam todos para a apresentação da agência. “A ação do dia 13 foi demais, agradeço a todo mundo que veio! Esperamos vocês no Auditório Phoenix, no dia 19”.
Conheça alguns trabalhos de conclusão de curso.
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Por Vitória Figueiredo
Foto: Reprodução/Instagram
Segundo o Ministério da Saúde, a cada mil brasileiros, 14 são doadores de sangue, em doações realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que a quantidade de doadores represente de 1 a 3% da população de um país. No Brasil, 1,4% das pessoas realizam este gesto com frequência. Em 2022, foram 3,1 milhões de doações, conforme o portal Agência Brasil.
Há mais de 2.097 serviços de hemoterapia no país, de acordo com a Agência Brasil. Entre eles, está o Hemominas (Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Minas Gerais). A instituição mineira, que objetiva garantir à população a oferta de sangue e hemoderivados de qualidade, registrou, em 2022, mais de 310 mil doadores voluntários (não remunerados) de sangue, segundo a Agência Minas.
Apesar desses números, os dados atualizados do banco de sangue indicam que, entre os oito tipos sanguíneos existentes, apenas o sangue AB+ encontra-se num nível estável, conforme o estoque de sangue do Hemominas, em 12 de setembro de 2023.
Fumec
A doação de sangue pode salvar até quatro vidas e, para isto, ações são promovidas, a fim de ampliar o número de doadores e abastecer os bancos de sangue. A campanha “Seja pra quem for, seja um doador!” foi realizada nesta terça (12), na Fumec, por alunos do curso de Biomedicina da instituição, em parceria com o Hemominas. Esta foi a 2° edição do evento que aconteceu no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH), das 8h às 12h.
De acordo com a enfermeira Célia Malveira, uma das dificuldades relacionadas à doação de sangue é a inaptidão temporária do doador: o interessado não está habilitado a fazer o procedimento, por razões como realização de botox ou tatuagem, vida sexual ativa, por exemplo. Ainda segundo Malveira, em caso de sorologia positiva (exame que indica contato com agentes infecciosos), pode ocorrer que não seja possível o reaproveitamento do sangue após a coleta.
Malveira explica que o comunicado de comportamento de risco pós doação é uma outra etapa do processo. Caso o doador lembre que possui alguma condição temporária que impacte o sangue, como vacinação recente ou indícios de gripe, por exemplo, é orientado a contatar o Hemocentro. A instituição fará o rastreamento e, se necessário, o descarte da substância, se a transfusão não tiver ocorrido. Se uma pessoa já tiver recebido o sangue, será colocada em quarentena, para que não desenvolva sintomas.
Para quem vai o sangue doado? Veja detalhes do processo.
Solidariedade
Muitos alunos da instituição doaram sangue. A estudante Laura Mariano, do sexto período de Jornalismo, contou que já havia doado anteriormente e parabenizou a universidade pela iniciativa de conseguir, “com muita maestria e profissionalismo, trazer a estrutura do Hemominas pra cá (campus) e fazer essa ação”. Laura falou, também, sobre a importância do procedimento realizado: “É gratificante saber que você está ajudando outras pessoas a poderem ter um tratamento melhor, com seu sangue. É realmente uma experiência muito boa”.
Serviço
Os interessados em doar sangue podem acessar o site do Hemominas. Basta clicar em “Agende sua doação – agendamento online”.
Telefones de contato: (31) 3768-4500 – (31) 3281-3842
Confira as orientações para doar:
http://www.hemominas.mg.gov.br/servicos/doar-sangue
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Por Miguel Lobato
Na segunda metade de agosto, chegou aos cinemas brasileiros uma promissora produção de terror da aclamada produtora A24. Trata-se de “Fale Comigo” (Talk To Me).
Desde o ano passado, o filme vem sendo exibido em festivais internacionais de cinema como o Sundance; e, com vários elogios emanando de tais festivais, além de sites de crítica cedendo notas altíssimas, o longa-metragem logo se tornou um dos mais aguardados para os fãs de terror no mundo inteiro. A direção ficou na responsabilidade dos irmãos Danny e Michael Phlippou, que são conhecidos por produzir curtas-metragens no youtube, e que viram a oportunidade de realizar o primeiro projeto cinematográfico sob a distribuição da A24. Uma mistura interessante, para dizer o mínimo.
Fale Comigo é realmente uma surpresa agradável para os admiradores de horror. É compreensível, no entanto, que não é o tipo de filme que agrada as multidões de maneira unânime. Mas é preciso cuidado ao analisar a obra.
Não seria a melhor escolha para espectadores que gostam do terror genérico com muitos sustos e clichês. Utilizando efeitos práticos arrepiantes, um elenco desconhecido, porém muito talentoso, e criatividade de sobra para subversões do gênero, o filme é ideal para quem gosta de uma história que perturba com construção de atmosfera sombria, inventividades imprevisíveis, cenas verdadeiramente chocantes e entre outros artifícios. Quanto ao enredo…
A narrativa acompanha um círculo de amigos que descobrem uma mão embalsamada que aparentemente tem o poder de invocar espíritos do além. Agora o leitor provavelmente deve estar pensando que nada poderia ser mais clichê e convencional do que isso. Na teoria sim. Mas o diferencial desse filme não é o que é feito, mas como é feito.
A produção encontra meios engenhosos de provocar sensações das mais arrepiantes. O espectador atento e imerso no filme com certeza vai se encontrar contorcendo-se de aflição ou com receio de olhar a tela em dados momentos. Além disso, a premissa do enredo que aparenta ser simples, quando analisada com muita atenção, se mostra mais profunda que o esperado e de interpretações subjetivas que não são entregues de bandeja.
A história faz um paralelo muito interessante com o uso de drogas na adolescência, por exemplo. Assim como no caso de muitas substâncias entorpecentes, no filme, a sessão espiritual – que depois é seguida de uma possessão temporária –, trás sensações dopaminérgicas de adrenalina e uma expansão das percepções de realidade; isso faz da mão embalsamada um objeto seduzente, embora dono de uma aura ameaçadora. Então reúne-se um grupo; alguns integrantes desse grupo passam a usar do artifício, e apesar de ter potencial de causar danos, os outros integrantes do grupo se encontram cada vez mais tentados a provar dessa coisa, seja para seguir a moda e não se isolar dentro do círculo social, seja para usufruir da experiência dita prazerosa. Acontece praticamente a mesma coisa na vida real. Só que no lugar de um instrumento sobrenatural, o que seduz as pessoas são carreiras de cocaína, seringas de opióides, bebidas alcoólicas ou coisas parecidas.
Como consequência, novamente o filme parece abraçar clichês; nesse caso, o clichê particularmente irritante dos personagens estúpidos realizadores de atitudes questionáveis que os colocam em perigo. Mas, entendendo a motivação deles de realizar o ritual macabro, algo diretamente ligado com um problema real – o abuso de drogas –, é notável que a narrativa consegue preservar um dos elementos mais importantes de qualquer boa história: a verossimilhança. Este é apenas mais um exemplo das subversões presentes no decorrer da obra.
No balanço geral, “Fale Comigo” é um filme com grande capacidade de causar medo e apreensão. Ao mesmo tempo, ele aparenta ser um terror mais do mesmo em vários de seus desdobramentos de enredo, mas quando analisado com cuidado, é evidente que não seja esse o caso. Há questões subjetivas escondidas na trama que, quando trazidas à luz, apontam que a obra não é simplesmente o que parece. É muito mais.
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Por Giovanna Ribeiro e Vitória Figueiredo
Nos últimos anos, a taxa de suicídio nas Américas teve aumento de 17%, de acordo com a Organização Munidal de Saúde (OMS). No Brasil esse aumento foi de 43% na última década, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Para diminuir estigmas e preconceitos relacionados ao suicídio e, ao mesmo tempo, incentivar a busca de auxilio por pessoas que convivem com problemas de saúde mental, a campanha de conscientização “Setembro Amarelo” é promovida, desde 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV).
O mês foi escolhido para a realização da campanha devido à data destinada à prevenção da saúde mental. Criada pela Organizacao Mundial de Saúde (OMS), o dia 10 deste mês é associado à história de Mike Emme. Em seu velório, em 1994, as pessoas tiveram a iniciativa de entregar bilhetes com mensagem de apoio, alcançando repercussão mundial.
O tabu em volta do suicídio é um empecilho às pessoas que lutam contra pensamentos suicidas, impedindo que estejam dispostas a procurar ajuda profissional. Associado à saúde mental, o suicídio pode ser cometido também frente a situações como o término de um relacionamento em que a pessoa tinha uma dependência emocional do parceiro ou, por exemplo, tenha contraído dívidas.
Desde 1962, o Centro de Valorização da Vida (CVV) disponibiliza meios para que pessoas com problemas suicidas entrem em contato, de forma anônima, com os voluntários para receber ajuda de forma gratuita. As pessoas podem telefonar para o número 188, enviar um e-mail ou conversar por chat com voluntários aptos a ouvir quem precisar de apoio emocional.
O professor dos cursos de Direito e Psicologia da Fumec, Nacib Rachid, destaca a importância de falarmos sobre o assunto. A busca por informação e a postura do cuidado, conforme o professor, são atitudes essenciais para a prevenção do suicídio.
Leia mais sobre o movimento Setembro Amarelo que enfatiza o cuidado e a comunicação como caminho para prevenção do suicídio.
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Belo Horizonte foi fundada em dezembro de 1897. Todavia, o Parque Municipal, como é conhecido, já estava de portas abertas desde agosto do mesmo ano. Sua história acompanha o processo de urbanização e preservação da natureza, sendo relevante ponto de equilíbrio ambiental do município.
Localizado na Avenida Afonso Pena, passando pela Alameda Ezequiel Dias e Avenida dos Andradas, no Centro de Belo Horizonte, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti ocupa uma área de mais de 100.000 metros e oferece ao visitante uma exuberante imersão na diversidade de fauna e flora presente no local.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Por Miguel Lobato
No dia 6 de fevereiro de 1945, em uma pequena vila chamada Nine Mile, na Jamaica, nascia Robert Nesta Marley: o mitológico músico, cantor e compositor que mudaria o mundo para sempre dentro de um curto período de tempo.
Bob Marley, como viria a ser seu nome artístico, é o principal responsável pela popularização do reggae, mas também foi uma das figuras mais importantes e influentes do século XX, devido a uma série de coisas que muitas pessoas hoje em dia desconhecem.
O nome de Marley, não por acaso, se tornou reverenciado em todos os cantos do mundo. Depois de alcançar sucesso internacional com os discos “Catch A Fire” e “Burnin”, ambos de 1973, a vida do artista foi palco de acontecimentos realmente grandiosos (além do inquestionável e avassalador sucesso) que merecem ser notados.
Feitos Importantes
Bob Marley foi um cara que nunca temeu expressar suas convicções nas letras das músicas. Várias delas falavam sobre a situação comunitária delicada na Jamaica, refletindo coisas como revolução contra o racismo estruturado, discriminação, espiritualidade, liberdade e justiça. No início dos anos 70, eram poucos os músicos que abordavam tais assuntos. Os tempos eram de Guerra Fria, e qualquer menção a essas coisas poderia ser facilmente considerado discurso de esquerda politicamente engajado por radicais; principalmente nos Estados Unidos, o maior centro comercial da indústria fonográfica. No entanto, como ignorar uma realidade social com tantos fatores problemáticos, quando ela fez parte da vida de Marley e ainda fazia parte da vida de seu povo? Essas letras inspiraram pensamentos sociais revolucionários, principalmente na Jamaica. Muitos artistas e gêneros musicais passaram a tocar em tais discussões nos tempos seguintes.
O rei do reggae ainda era conhecido como um dos maiores agentes da paz dentro do universo da música.
Em 1976, nas eleições parlamentares jamaicanas, o país vivia um dos momentos mais terríveis e violentos de sua história. O cenário era de verdadeira guerra civil, devido à rivalidade de partidos. Neste ano, Marley quis dar um show gratuito pela união e paz. A ideia foi apoiada pelo primeiro-ministro Michael Manley, líder do partido PNP. Mas, dois dias antes do show, um grupo de indivíduos armados invadiu a casa de Bob Marley onde ele ensaiava, e dispararam para todos os lados. Milagrosamente, ninguém foi morto no ataque. Marley levou um tiro de raspão no peito e a bala se alojou no braço. Rita Marley, sua esposa, chegou a ter um projétil preso no couro cabeludo. O empresário do músico, Don Taylor, foi atingido várias vezes e passou a viver numa cadeira de rodas desde então.
O que ninguém esperava era que Bob Marley, em pessoa, mesmo tendo sido baleado dois dias antes, saísse do hospital no dia do show, com o braço enfaixado, e subisse no palco para mostrar seus ferimentos. Ele declarou na ocasião: “As pessoas que estão a tentar destruir o mundo não tiram dia de folga. Como eu poderia tirar, se estou tentando fazer o bem?”
Em 1978, Marley voltou para a Jamaica e cedeu outro show gratuito. Ele chamou ao palco os dois líderes dos partidos políticos rivais para que apertassem as mãos fazendo um juramento de paz.
Nesse mesmo ano, o cantor foi condecorado pela ONU com a Medalha da Paz do Terceiro Mundo.
Legado
Com mais de 75 milhões de álbuns físicos vendidos e dezenas de milhões de visualizações em plataformas de streaming nos dias de hoje (mais de 40 anos depois de sua morte), Bob Marley é exponencialmente o maior nome do reggae e o artista vindo do terceiro mundo mais famoso da história da música. O sucesso que sua obra tem com as gerações mais novas só comprova sua imortalidade musical.
Mas não só de música vive Bob Marley. Na realidade, ele é um daqueles tipos de personalidade que transcende sua área de atuação para influenciar profundamente inúmeros aspectos nas vidas das pessoas. Seria perfeitamente justo colocá-lo na mesma prateleira onde se encontram sujeitos como John Lennon, Pelé e Elvis Presley.
Ao se analisar bem, são visíveis as raízes de influências de Marley no jeito que as pessoas vivem hoje em dia; como elas pensam, se vestem, cuidam da aparência, o que consideram importante…
O rei do reggae pode não estar entre os vivos há mais de 40 anos, mas a locomotiva de seu legado é imortal e continua em alta velocidade. Basta ter atenção e olhar o mundo em volta: Bob Marley está presente, de certa forma. Talvez esteja em pequenos detalhes que passam facilmente despercebidos. Ele é uma lenda viva, um fantasma que (por sorte) ainda assombra positivamente o mundo.Bob Marley foi o primeiro artista musical vindo do terceiro mundo que se tornou conhecido e aclamado no planeta inteiro, abrindo portas para outros que vieram depois; ajudou a desmontar um pouco do muro de ignorância que os europeus e norte-americanos levantam contra o restante dos povos; foi um quebrador de tabus, defensor da liberdade e da igualdade, assíduo combatente do racismo, do preconceito e do radicalismo político; foi um verdadeiro influenciador, que usou sua arte para levar a história de seu povo para os ouvidos daqueles que a esqueceu. Ele é a voz dos marginalizados, dos desvalidos, dos que são discriminados: a Voz do Terceiro Mundo.
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As árvores da Avenida Afonso Pena, região centro-sul de Belo Horizonte, anunciam a chegada da Primavera. Depois de meses com a recorrência de árvores com galhos à vista e grandes quantidades de folhagem no chão, um dos principais corredores da capital mineira se renova, anunciando a nova estação, com as árvores enchendo-se de flores e dando um intenso e aprazível colorido à cidade.
Oficialmente, a primavera tem início no dia 23 de setembro. Alguns sites usam como referência o dia 22, às 22:04, como ponto de partida para a estação das cores. Ela irá se despedir dos brasileiros, em 2023, no dia 21 de dezembro, uma quinta-feira.
Leia a matéria completa em O Ponto.
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Setembro chegou e para animar o seu final de semana, o Culturall separou dicas de eventos.
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Por Vitória Figueiredo
Priscila, uma garota de 13 anos, se muda de SP para BH após a separação de seus pais. Longe de sua antiga vida e de seus animais de estimação, amigos, pai e irmão, o que Priscila mais quer é voltar para São Paulo. Mesmo chateada, ela é “arrastada” para fora de casa por sua prima Marina e passa as férias em um clube. Lá, faz novas amigas, fica a par das fofocas e conhece os garotos. Se antes ela achava que nada em Belo Horizonte poderia deixá-la alegre, nesse momento ela percebe o quanto estava enganada. Isso porque alguém chama a sua atenção: Marcelo, um garoto de 18 anos, alto, bonito e guitarrista de uma banda! Priscila se apaixona à primeira vista! Com uma ajudinha de sua mãe, ela faz de tudo para conquistar o rapaz. Mas a magia dura pouco: Marcelo se prova uma péssima pessoa e Pri sai muito magoada. Triste, tudo o que ela quer é esquecer o que houve e focar nas aulas, que logo começam. Porém, ela percebe que o foco nos estudos era o que menos iria ter! Porque logo no primeiro dia de aula ela conhece ninguém mais ninguém menos que… Marcelo! Ou seria… Rodrigo?!
“Minha vida fora de série – 1° temporada”, de Paula Pimenta, acompanha a história de Priscila, uma menina extrovertida e animada, e Rodrigo, um garoto introspectivo, de olhos tristes e que escreve poesias. Mesmo com personalidades opostas, os dois se aproximam devido ao amor por animais e séries de TV.
O livro acompanha o desenrolar do relacionamento de Pri e Rodrigo, que começa com uma amizade e evolui para um amor intenso. Porém, alguém faz de tudo para afastá-los: Marcelo, que Priscila descobre ser irmão de Rodrigo! Apesar dos obstáculos, Priscila e Rodrigo terminam a história juntos. Ou melhor, começam! Minha vida fora de série ainda conta com mais 3 livros. O 5° livro da série está sendo escrito pela autora, e os fãs aguardam, com muita ansiedade, o lançamento.
Mesmo focado no público juvenil, Minha Vida Fora de Série tem leitores de todas as idades: muitos cresceram junto com os personagens, lendo os livros conforme eram lançados. O livro aborda com maestria o início da adolescência e os amores, dores, ilusões e paixões que vivenciamos nessa época da vida. Paula consegue prender a atenção do leitor durante todo o livro: é envolvente e a leitura é fluida. Um dos detalhes mais legais: considerando o amor de Priscila e Rodrigo por séries de TV, no início de cada capítulo há uma citação de uma série que os personagens assistem (e que faz referência ao que está acontecendo no capítulo). Dá para pegar muitas recomendações de séries boas! Comecei a assistir Gilmore Girls (uma série ótima) por causa desse livro!
Considero-o um livro de conforto. Lembro da sensação ótima que tive ao lê-lo pela primeira vez; no início da leitura, senti que a história seria incrível e que eu não iria conseguir parar de ler até acabar; no fim da história, confirmei a intuição que tive. É um dos meus favoritos; sempre releio para matar a saudade. Criei um vínculo especial com esse livro, pois eu tinha 13 anos (a idade da Priscila na história) quando o ganhei de presente. Hoje tenho 18, e o livro continua nas listas de livros favoritos e “de conforto”! A Paula criou nos leitores uma expectativa muito alta em relação a como um romance deve ser. Até hoje espero encontrar um “Rodrigo” que escreva poesias para mim… Enquanto ele não aparece, que tal sonhar um pouco e ler “Minha Vida Fora de Série”? Garanto que você não vai se arrepender.
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Por Pedro Oliveira e Thaís Amorim
No Oscar 2022, uma cena marcou o evento: Will Smith foi até o palco e desferiu um tapa na cara do colega de profissão, Chris Rock, apresentador da cerimônia, após este ter feito uma piada de mau gosto com a esposa de Smith, Jada. Após o ocorrido, Will Smith foi banido das próximas edições do Oscar. Já Chris Rock declarou que só falaria do tapa que levou, caso o pagassem. Se analisada à luz do Jornalismo, a fala do autor da série de TV “Todo Mundo Odeia o Chris” remete a uma das faces do tratamento da informação como mercadoria, uma vez que, os mass media interessados em abordar a agressão sofrida por ele deviam lhe pagar por isso. Há, também, casos em que figuras públicas “compram o silêncio” midiático sobre temas que as envolvem, ou são silenciadas pelos meios de comunicação.
Em fevereiro, o Papa Francisco viajou à África. Na ocasião, o pontífice fez críticas pontuais à forma com que as potências do Ocidente tratam o continente africano. Contudo, veículos de grande circulação no mundo não deram ênfase às falas do líder da Igreja e/ou à visita de Francisco a países como Sudão e Congo. Pode-se deduzir que o silenciamento da mídia, neste caso, tem cerne na disputa pelo domínio da África, criticado pelo Papa, confronto que envolve detentores e financiadores de conglomerados midiáticos globais.
Exemplos como esses são apenas alguns dentre os que reforçam a real evidência da mercantilização da informação no Jornalismo. Um dos deveres dos jornalistas é assegurar o direito dos cidadãos de informarem e serem informados com fatos que sejam relevantes para a sociedade como um todo (interesse público), ou para nichos específicos do meio social (interesse do público). Todavia, constatam-se ações que ferem essa norma da profissão no tocante à desregrada intervenção econômica no modus operandi do universo das notícias, o que prejudica a função de informar e pode até provocar danos aos envolvidos nos fatos noticiosos.
Elisangela Colodeti (@eliscolodeti), é editora-chefe e apresentadora do Jornal Band Minas desde agosto de 2021. É, também, professora de Telejornalismo na Universidade FUMEC. Foi repórter e apresentadora na Rede Globo por 12 anos. Durante oito anos de sua permanência na emissora, apresentou o telejornal diário “Bom Dia Minas” para todo o estado de Minas Gerais. Em 2015, ganhou o Prêmio Globo de Jornalismo, pela cobertura do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana. Como jornalista investigativa independente, publicou, no último ano, reportagens em veículos como Folha de São Paulo, National Geographic, CartaCapital, Agência Pública de Jornalismo Investigativo, Portal Uol, dentre outros. É mestre, na linha de pesquisa Interações Midiáticas, pela PUC-MG, especialista em História e Culturas Políticas pela UFMG e em Direitos Humanos e Cidadania Global, pela PUC-RS.
Nesta entrevista, Elisangela esclarece sobre o viés mercadológico da informação, como esse fenômeno ocorre nos dias de hoje e qual a relação do produto informativo com ares de mercadoria com as fake news e o jornalismo digital.
Conecta: Como você acredita que ocorre a mercantilização da notícia no newsmaking contemporâneo?
Elisângela Colodeti: O fazer noticioso na contemporaneidade traz consigo uma complexidade, salvo que é possível que vários polos emissores de notícias coexistam ao mesmo tempo. Em um viés histórico, desde o surgimento do Jornalismo tradicional até a prática jornalística como a conhecemos hoje, nos transportamos ao século XVIII na Europa e, em seguida, nos Estados Unidos. Nesse cenário, é possível elucidar a influência do mercado publicitário que financia os jornais. Logo, o fazer jornalístico tradicional sempre esteve arraigado a um tipo de venda. Hoje, o mercado da publicidade se modificou, assim como os pilares de sustentação do exercício do Jornalismo. Temos, ainda, o modo tradicional da profissão, com características como a venda de espaços para publicidade e produções nas mídias digitais com outras formas de comercialização. Além disso, hoje em dia, temos produções que se intitulam como independentes, com financiamentos distintos àqueles que já bancam meios de comunicação de massa. No caso do Jornalismo independente, há produtos que são pagos por meio de fundos internacionais de defesa aos direitos humanos, ou por seus próprios seguidores. Penso que a diferenciação dos modos de prática jornalística é de suma importância antes do aprofundamento de debates sobre a mercantilização da informação.
Conecta: Na sua visão, este é um fenômeno já corriqueiro no jornalismo, ou que se avolumou nos últimos tempos? Caso tenha se massificado, a que fatores você credita tal crescimento?
EC: Vejo que há transformações, ao longo da história, decorrentes de modificações dos mass media, da sociedade em geral, de questões econômicas. Logo, a visão da informação como mercadoria também, aumentou, assim como as formas de monetização de conteúdos jornalísticos que se tornaram distintas e se modernizaram.
Conecta: Você vê na transformação da notícia em mercadoria um caráter tangente à classe social dos envolvidos nos fatos, uma vez que, geralmente, indivíduos de pilares sociais menos recalcitrantes, e de que há o estereótipo de que apenas componentes de patamares mais estáveis podem “comprar o silêncio” da mídia?
EC: Os veículos jornalísticos se formaram a partir da venda do espaço publicitário. As primeiras produções do meio estavam muito ligadas a um viés político, à monarquia, à Igreja e outros membros e instituições detentoras do capital na sociedade. O teórico Nelson Lage é um dos estudiosos que discorrem sobre a história do Jornalismo que sofreu, ainda, o impacto do surgimento da burguesia, da alfabetização das pessoas, da industrialização, o surgimento das cidades e de outros fenômenos. Dessa forma, nossa profissão consolidou uma indústria, a indústria jornalística.
“Estamos diante de uma maioria numérica, ou seja, mulheres, negros, a população periférica, entre outros grupos que tornam evidentes as lacunas para que, realmente, todos da sociedade tenham voz nos meios de comunicação de grande circulação”
Conecta: Qual o risco disso para o Jornalismo?
EC: Contudo, devemos analisar esse fato com muita atenção para não nos debruçarmos sobre um olhar estereotipado e até preconceituoso, uma vez que, desde os primórdios, a notícia foi tratada com requintes mercadológicos. Além disso, esse tratamento propiciou o surgimento dos veículos de informação e, sobretudo, da liberdade de imprensa, salvo que, os jornalistas, cientes que teriam financiadores de seu trabalho, sentiam-se mais seguros na produção do conteúdo noticioso. Nesse contexto, tal fator toca, ainda, na profissionalização do jornalista. Ao meu ver, os riscos da mercantilização da informação são, também reais, e estão em fatores como a espetacularização dos fatos e a priorização de fala aos detentores do poder. Quando os grandes conglomerados sustentavam, no passado, este paradigma, geralmente, utilizavam o interesse público como justificativa. Contudo, é necessário questionar quem é esse público, que, majoritariamente, será composto apenas por aqueles com maior representatividade, ou seja, pessoas brancas, homens, de classes sociais elevadas. Hoje, vemos produções jornalísticas independentes que trazem, também, a defesa de um interesse público. Neste caso, porém, estamos diante de uma maioria numérica, ou seja, mulheres, negros, a população periférica, entre outros grupos que tornam evidentes as lacunas para que, realmente, todos da sociedade tenham voz nos meios de comunicação de grande circulação.
Conecta: Para você o clickbait é uma consequência da transformação da notícia em mercadoria?
EC: Quando falamos de clickbait, falamos de uma concorrência pela audiência, formas de chamar a atenção para que haja cliques em uma notícia em que, geralmente, não há tantas informações relevantes quanto à chamada para ela. Desde o surgimento do Jornalismo, as estratégias para captar o interesse dos leitores são frequentes, pois, com o tempo os mass media se viram em um cenário competitivo com as manchetes, a indústria jornalística, as técnicas do lide, da pirâmide invertida, a escrita com vistas à audiência, o “Jornalismo amarelo” (sensacionalista), e contracorrentes da profissão como o Jornalismo literário e independente. Logo, estamos diante de uma profusão de modos e estratégias acerca da cadeia produtiva da informação. E, dessa infinidade de metodologias surgem debates e questionamentos sobre qual desses modos de se fazer Jornalismo é mais ético, mas, o clickbait é, sem dúvida, uma busca por audiência no webjornalismo, bem como uma chamada interessante em uma escalada de telejornal e até a linha editorial dos conglomerados midiáticos.
“Deve-se elucidar o que é ético no tratamento da informação, qual o rumo do Jornalismo e formas de financiamento de trabalho destoadas das barreiras impostas pela lógica mercantilista, pois, tais práticas influem sobre tópicos como a remuneração dos profissionais da imprensa”
Conecta: De acordo com o Reuters Institute Digital News Report, o Brasil está entre os três países que mais consome fake news. Na sua opinião, a mercantilização da notícia dificulta o combate à distribuição de notícias falsas?
EC: Considero importante ponderar que esta pergunta está muito relacionada ao PL 2630 (o “PL Das Fake News”), uma vez que ele trata do modo com o qual as plataformas atuam. Ao meu ver, há pouca regulação delas hoje para que haja um freio à propagação de notícias falsas. É difícil explicitar, de forma direta, qual a causa disso, pois estamos em um país com problemas educacionais, em que as pessoas não sabem diferenciar ou interpretar textos e informações. Infelizmente, a base educacional do Brasil é deficitária e deveria ser melhor. Hoje, as plataformas são pouco responsabilizadas por aquilo que nelas circula e isso torna-se algo ainda mais complexo quando vemos a chegada da inteligência artificial e do uso de robôs. Logo, a “PL das Fake News” traz pontos que favorecem essa regulamentação, de forma que, por exemplo, as plataformas sejam punidas por permitir a difusão de desinformação dentro delas, sejam essas informações distribuídas por pessoas, robôs, ou em anúncios. Acredito que seja algo complexo para ser relacionado à mercantilização da informação. Contudo, recordemos que desde o início de sua história, a informação jornalística é tratada conforme a ideologia do mercado, o que não nos permite classificar esse fenômeno como algo novo na profissão. Deve-se, portanto, elucidar o que é ético ou não no tratamento da informação, qual o rumo do Jornalismo e as formas de financiamento de trabalho destoadas das barreiras impostas pela lógica mercantilista, pois, tais práticas influem sobre tópicos como a remuneração dos profissionais da imprensa. Vejo que há uma construção de realidade a ser feita nesse aspecto.
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Por Gabriela de Castro e Laura Mariano
Foto: Reprodução/Gabi Castro
Ocorrendo de maneira presencial e remota, a Feira da Economia Solidária se destaca como ação socioeconômica e ambiental em Belo Horizonte. Criada a partir da iniciativa da Economia Popular Solidária da Prefeitura de Belo Horizonte, o objetivo é estimular a comercialização solidária com foco na valorização do comércio local, preço justo e sustentabilidade.
Além das atividades comerciais ao ar livre, o site da Feira On-line foi criado na pandemia Covid-19 e permanece em atividade até hoje. A vantagem do modelo é que as informações, fotos e dados ficam sempre disponíveis para compra.
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Por Gabriela de Castro
Em meio aos grandes muros das casas do bairro Mangabeiras, há uma floresta em ambiente urbano. Essa é a proposta da Horta do Papa, localizada na Rua Agripa de Vasconcelos, 215. Com o objetivo de produzir alimentos orgânicos fora da lógica da monocultura, aceitando a biodiversidade da floresta, a iniciativa, atualmente desenvolvida por Flávio Mourão Meira e Rafael Silva Pereira Vale, é desconhecida por muitos belorizontinos.
Meira explica que iniciativas como a Horta do Papa são comuns em outras capitais do Brasil, apesar de ser novidade em Belo Horizonte. “De forma geral, a agricultura na cidade ainda é uma resistência. Neste sentido, Belo Horizonte não é igual a cidades como Curitiba, onde há uma colônia agrícola com quarteirões de 1 Km no meio da cidade para as pessoas construírem hortas comunitárias. Aqui, em BH, essa ideia ainda não deslanchou, mas existem algumas iniciativas, principalmente nas regiões periféricas, mas falta um engajamento maior da sociedade”.
Meira explica que iniciativas como a Horta do Papa são comuns em outras capitais do Brasil, apesar de ser novidade em Belo Horizonte. “De forma geral, a agricultura na cidade ainda é uma resistência. Neste sentido, Belo Horizonte não é igual a cidades como Curitiba, onde há uma colônia agrícola com quarteirões de 1 Km no meio da cidade para as pessoas construírem hortas comunitárias. Aqui, em BH, essa ideia ainda não deslanchou, mas existem algumas iniciativas, principalmente nas regiões periféricas, mas falta um engajamento maior da sociedade”.
A Horta do Papa teve origem quando Meira se interessou pela agricultura: “Eu também estudei na FUMEC, fiz administração, então eu vim desse meio empresarial. No momento da minha vida que estava me tornando vegano, acabei entrando em contato maior com o plantio e me envolvi com isso, trocando o terno pela enxada”.
Depois, Rafael Vale se juntou à iniciativa. Para ele, a ideia de agrofloresta passa pelo aprendizado com a natureza: “Sobre a agroecologia, eu bebo muito da água do Ernst Götsch, um suíço que veio para o Brasil e pegou uma terra degradada para reflorestar. A ideia de agrofloresta está muito relacionada a aprender com a própria natureza ao produzir culturas entendendo a dinâmica da floresta”.
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Por Luccas Melo e Pedro Augusto
Em um mundo que evolui constantemente e em que todas as coisas se transformam com rapidez, a informação é uma das principais afetadas por esta característica. Ela circula em velocidades altíssimas e por diversos formatos midiáticos como nunca na história da humanidade. Enquanto a distribuição de notícias é feita de forma massiva, a busca por elas também é imensa. A sociedade anseia por informações a todo momento, seja de fatos passados, que estejam acontecendo ou que estão por vir.
Com as mídias digitais um fenômeno se destaca como risco à democracia: as fake news. As notícias falsas resultam em uma série de problemas sociais, econômicos e políticos. Um dos principais exemplos é a pandemia de Covid-19, entre os anos de 2020 e 2022. Durante o período de isolamento e medo, o jornalismo precisou se reinventar na busca pelos fatos enquanto o país foi bombardeado por incontáveis notícias falsas, relacionadas à cura para a doença, morte de pessoas, estatísticas e estudos sobre o próprio vírus.
A partir deste problema, surge uma dúvida: como a desinformação pode prejudicar o direito e a veracidade dos fatos e o que fazer a respeito disso?
Conversamos com Eliane Bragança, analista de dados no Projeto Gestão do Conhecimento do Programa Descubra BH que visa promover o acesso de adolescentes e jovens, em situação de vulnerabilidade social, a programas de aprendizagem e a cursos de qualificação profissional. Eliane é formada em economia e com mestrado, doutorado e pós-doutorado em marketing e comportamento do consumidor nas redes sociais.
Conecta: O que você entende por democracia?
Eliane Bragança: Democracia é o direito à participação de todos, né? Então fica subentendido que é também o direito não só do ponto de vista letivo, das escolhas em relação às representações executivas principalmente, mas pressupõe também o direito à garantia dos direitos básicos para cidadãos. O direito à moradia, educação, opinião, por mais controverso que isso se dê hoje, mas é o direito à existência, de forma livre e geral pra todo mundo, sem exclusões. E aí a gente tem os derivados: a democracia digital, a democracia opinativa, a democracia em relação aos direitos.
Conecta: E quando a gente fala de fake news, o que é este conceito, para você?
EB: Uma praga! Porque eu acho que esse termo ele tomou importância a partir da manipulação das informações nas redes sociais. A mentira sempre foi um procedimento político, um aumento das pequenas mentiras. Mas a intencionalidade do uso político da mentira e da manipulação como estratégia se torna mais presente a partir de 2016 e 2018, quando esse termo começa a se configurar. Não como uma notícia falsa, mas como uma estratégia política de manipulação.
Conecta: O que podemos entender desses dois conceitos e ao mesmo tempo diferenciar entre a liberdade de imprensa e esses pensamentos que você mesmo trouxe que em certo espaço podem ser antidemocráticos?
EB: Essa estratégia das fake news é uma construção muito ardilosa, porque ela toma um princípio democrático que é a liberdade de opinião. Só que ela considera que a partir disso eu posso falar o que eu bem entender. Mesmo atingindo outros segmentos específicos da população, comprometendo a segurança e muitas vezes a vida dessas pessoas. Então, existe essa manipulação e utilização desse tipo de percurso do direito à opinião, para manipular as pessoas, atingindo determinados grupos de maneira ofensiva e até mesmo colocando as pessoas em risco de vida. Eu acho que existe essa essa linha limítrofe entre o direito à opinião que vai suportar o direito da imprensa livre e o direito de ofender outras pessoas.
“Liberdade de imprensa e de opinião não pode ser manipulativa no sentido de propiciar essa ofensa e risco de vida em relação a grupos sociais e ao mesmo tempo as pessoas, então precisa de regulamentação sim!”
Conecta: Você acredita que o Estado pode fazer alguma coisa pra poder separar esses dois conceitos, que são democracia e fake news, e até de fato combater?
EB: Eu acho que não só pode como deve deve existir uma lei. Você já tem muitos marcos legais em relação à questão do racismo, o LGBT, de maneira geral. E deve-se avançar na regulamentação da mídia. Essa conversa de que a imprensa e principalmente as redes sociais não podem ser regulamentadas tem um viés neoliberal no sentido de promover lucratividade para essas empresas, e tem esse viés macabro da manipulação. Então, liberdade de imprensa e de opinião não pode ser manipulativa no sentido de propiciar essa ofensa e risco de vida em relação a grupos sociais e ao mesmo tempo as pessoas, então precisa de regulamentação sim!
Conecta: Hoje a gente consegue encontrar na internet, dentro das próprias redes, um número incontável de páginas de fofoca ou de portal de outros tipos de conteúdo divulgando fake news de maneira desenfreada. Eles desconsideram todo o trabalho jornalístico que é os princípios de checagem, a privacidade das fontes etc. Como, para milhares de pessoas, isso pode ser positivo ou negativo e se você vê um caminho que pode apontar para alguma regulamentação das mídias e das redes sociais?
EB: Eu acho que é uma questão urgentíssima essa regulamentação e a criminalização. E eu falo de criminalização mesmo, dos grandes portais e das grandes redes sociais, de maneira que eles desenvolvam o mecanismo de inibição desse tipo de comportamento. O que a gente vê hoje em relação a um incentivo de jovens atacarem outros, principalmente nas escolas, é um comportamento já identificado, estudado há muito tempo e nos Estados Unidos, ele aparece no Brasil nas deep fakes. E como você não tem nenhum tipo de regulamentação em nenhum tipo, nem uma preocupação com o monitoramento por parte das redes sociais em relação a isso, então são inúmeros os casos de grupos de incentivo a assassinatos em massa que estão no Telegram, por exemplo, e que as redes sociais dão a mínima confiança pra isso porque isso significa para elas algum lucro. O Elon Musk, dono do Twitter, tem incentivado esse tipo de postura racista, misógina. Então isso deve ser regulamentado por lei e coibido através da polícia porque são comportamentos inaceitáveis e que de determinada maneira ameaçam a democracia.
Conecta: Você acha que é possível a gente corrigir alguma desinformação que foi exposta? Principalmente pensando naquele grupo de pessoas que não são alfabetizadas digitalmente e que não têm esse hábito ou costume de ir buscar por conta própria algumas informações? Ou uma fake news não tem como ser corrigida?
EB: A estratégia de uso da fake news é muito eficiente, muito eficaz. Porque esse comportamento que a gente tem, a partir do uso das redes sociais, ele tem como base um imediatismo e o curtíssimo ciclo de vida das notícias. Então o que aconteceu agora é notícia, amanhã já é passado. Então a estratégia de pesquisa usa esses dois mecanismos para criar a notícia falsa e, mesmo que se recorra depois ao desmentir, ao esclarecimento em relação ao fato, a semente já foi plantada. Como é uma estratégia que utiliza de um reforço contínuo de fake news, eles vão reforçando a construção de determinadas verdades que depois fica muito difícil de serem rebatidas. A questão do antipetismo foi muito alimentada a partir de fake news. Você cria um sentimento profundo em relação a essas questões e depois é muito difícil rebater. Toda estratégia de comunicação persuasiva apela muito para o emocional, para a nacionalidade e vai criando esse sentimento de rejeição e depois fica difícil você desmanchar.
“As noções de educação, respeito, cuidado e empatia foram totalmente abandonadas com esse empoderamento que as redes sociais trouxeram”
Conecta: Como seria possível promover uma alfabetização midiática para esse processo? Como a gente pode aumentar a capacidade de uma sociedade em relação às informações que ela consome?
EB: Eu acho que é um problema geracional. Essa essa geração acima dos quarenta anos possui já uma certa visão que algumas pessoas chamam polarização. Em relação ao que especialmente se chama de esquerda e de direita, mas que na verdade está ligada a uma certa perspectiva comportamental. Se usa dessa construção de avaliação comportamental para intencionalmente levar as pessoas a essas polarizações, como a preservação da família e da paz. São elementos utilizados de maneira manipuladora, uma certa posição em relação à própria democracia. Então leva as pessoas a questionarem os reais valores, reais desejos em relação à sociedade e esses valores vão sendo segmentados a partir de uma certa visão de mundo. Eu acho muito difícil conseguir reverter algum comportamento, mesmo alegando fake news intensa para essa geração.
E em segundo ponto, é um problema educacional. As pessoas precisam ser educadas no uso das redes sociais como fonte de abastecimento de informação e interação também. Porque o que a gente vê muito hoje é que a rede social abriu a porteira. Eu posso falar o que eu quero para quem eu quero do jeito que eu quero, porque eu posso. As noções de educação, respeito, cuidado e empatia foram totalmente abandonadas com esse empoderamento que as redes sociais trouxeram.
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Por Júlia Rodrigues e Lucas Silva
Há alguns anos atrás, algumas pessoas viravam pra mim e falavam: “Nossa! Você tem um sorriso bonito”. Essa semana eu estava lembrando disso. Eu não sou mais a mesma pessoa, eu não tenho mais esse sorriso bonito. Eu sou uma pessoa que toda hora que olham para mim parece que estou com raiva. […] Eu passei por tantas coisas na minha vida que parece que está estampado.
Este trecho faz parte do depoimento de Élida (42). Uma mulher que viveu 19 anos e 11 meses em um relacionamento que, durante os 15 primeiros anos, foi repleto de planos. Até que Élida decidiu deixar o seu antigo trabalho e iniciar a faculdade a distância. “Parece que incomodava ele o fato de eu estar em casa, de ter conseguido um trabalho em uma empresa grande, tudo que eu fazia parecia que incomodava. Parecia que ele não gostava de me ver bem”, conta Élida.
A partir deste momento, ao lado deste homem, ela teve que lidar com o ciúme excessivo, proibições, discussões e agressões físicas, como ela relata.
Élida conta sobre o relacionamento abusivo marcado pela manipulação, controle e violência masculina
A Lei Maria da Penha, publicada em 2006, prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V. Conforme o Instituto Maria da Penha, “essas formas de agressão são complexas, perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. Qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser denunciada.”
Élida teve a oportunidade de reescrever a sua história ao lado dos filhos. Porém, esta não é a realidade de muitas mulheres. Até maio de 2023, os dados oficiais da Polícia Civil de Minas Gerais registraram 128 casos de feminicídio.
Destes, 57 foram Tentados, ou seja, quando a execução não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente, e 71 foram considerados Consumados, quando se reúnem todos os elementos legais de sua disposição legal. Os dados do Armazém SIDS/REDS, apresentados nesta reportagem, incluem violência doméstica e familiar, bem como o menosprezo e discriminação pela condição de mulher.
O Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS) é um sistema modular, integrado, que permite a gestão das informações de Defesa Social relacionadas às ocorrências policiais e de bombeiros, à investigação policial, ao processo judicial e à execução penal, respeitadas as atribuições legais dos órgãos que o compõem.
Desde 2015, a Lei n°13.104 configura feminicídio o assassinato de uma mulher quando motivado pela condição de sexo feminino, ou seja, por ser mulher. Envolvem-se, nestes caso, violência doméstica ou familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Incluído no rol de crimes hediondos, tem pena de 12 a 30 anos, que pode ser agravada quando o crime é praticado contra gestantes, ou três meses posteriores ao parto, na presença de filhos ou de menores de 14 anos ou maiores de 60 anos.
Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado em 2021, informa que cerca de 81, 1 mil assassinatos de mulheres. Cerca de 56% tiveram a vida mutilada pelo esposo, companheiro ou outro membro familiar.
Para a professora associada do Centro de Estudos Criminalidade e Segurança Pública do Departamento de Sociologia Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro, o crime de feminicídio é cometido pelos homens devido às variáveis nas questões sociais, quando, muitas vezes, os homens têm um comportamento machista, conservador e autoritário. “A principal motivação para o feminicídio é a cultura patriarcal que não vê a mulher como uma pessoa dotada de direitos assim como os homens”, afirma.
Ainda de acordo com a socióloga, para o combate eficaz ao feminicídio é preciso que se tenha mais detenção, ou seja, a coerção de forma mais dura, em que os homens possam de fato respeitar as mulheres em todos os ambientes. Ludmila fala sobre como pode ser perigoso o não cuidado e atenção sobre a criação de meninos em lares onde esse tipo de situação pode ocorrer.
“Sujeitos que crescem em lares violentos, nos quais as mães eram vítimas de violências distintas, têm maiores chances de praticar essas mesmas violências que desaguam em feminicídio”, afirma a professora. Ela acredita que é importante que haja uma reformulação na educação infantil no que diz respeito à posição da mulher na sociedade, onde que tem que existir mais realidade do que “contos de fadas”.
BH
De acordo com a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG), Belo Horizonte sedia dois importantes pontos de acolhimento à mulher em situações de violência doméstica e familiar: a Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher e a Casa da Mulher Mineira. Os espaços oferecem ações como a solicitação de medidas protetivas de urgência, que contempla o acompanhamento policial até sua residência para retirada de seus pertences em segurança (roupas, documentos, medicamentos etc); recebimento da guia de exame de corpo de delito; realização da representação criminal para a devida responsabilização do agressor; recebimento e encaminhamento para casas abrigo; serviços de atendimento psicossocial e orientação jurídica na Defensoria Pública, entre outros.
Segundo PCMG , todo o trabalho é desenvolvido em um ambiente adequado e com privacidade para uma escuta qualificada e humanizada das vítimas. Fora de Belo Horizonte, todas as ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher fora do horário de expediente são encaminhadas para as delegacias de plantão.
Além disso, algumas ocorrências, tais como ameaça, lesão, vias de fato e descumprimento de medida protetiva podem ser realizadas por meio da Delegacia Virtual, sem a necessidade de comparecimento da vítima em uma unidade física da PCMG.
Com o objetivo de orientar as mulheres em situação de vulnerabilidade, a PCMG lançou uma cartilha intuitiva que possui todo tipo de informação necessária para a instrução das mulheres vítimas de violência.
Onde o Estado não vê
A coordenadora da Casa Tina Martins, Pedrina Gomes, explica que o Estado de Minas Gerais oferece poucas casas de acolhimento especializada. Segundo ela, muitas mulheres são culpabilizadas ou responsabilizadas nestes espaços e isso contribuiria para a subnotificação. “Crimes relacionados
ao gênero têm o maior índice de subnotificação”, explica. A assistente social defende a necessidade de delegacias especializadas para que as mulheres se sintam seguras e que minimamente façam uma escuta mais empática e sensível capaz de realizar um atendimento digno a estas mulheres.
De acordo com Pedrina, para combater o feminicídio, o Estado precisa investir em políticas de prevenção. “A política de enfrentamento passa por quatro aspectos: âmbito preventivo, combate à violência, garantia dos direitos humanos, assistência e monitoramento. A gente ainda está presa no aspecto de atendimento de violências que já aconteceram”, explica. Para ela, o Estado ainda trata a questão com uma questão de justiça sob olhar punitivista, punindo o agressor e a vítima.
Dados do Anuário de Segurança Pública deste ano reforçam grave crescimento de todas as formas de violência contra a mulher em 2022, com base em informações das secretarias de segurança pública estaduais, polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. De acordo com a diretora executiva do Fórum, Samira Bueno, fatores como a pandemia e o encorajamento das mulheres para realizar as denúncias podem estar relacionados a esse aumento.
Tina Martins
A Casa de Referência da Mulher Tina Martins, mais conhecida como Casa Tina Martins, é uma instituição onde são abrigadas mulheres vítimas de violências domésticas e também de vulnerabilidade social. A entidade tem como objetivo levar a essas mulheres uma nova chance de viver uma vida mais digna, em elas possam ser mais felizes, alegres, transformadas e restauradas socialmente.
No local existem quatro eixos pelos quais as mulheres passam. Formação política, assistência jurídica e psicológica e acolhimento e abrigamento. A cozinha da instituição passou por reforma por meio de recursos doados. Agora, mulheres também participam das oficinas de culinária, com o objetivo de gerar mais renda e, também, para maior produção de camisas, acessórios e produtos na oficina de serigrafia. Mensalmente ocorre a “Feira Tina Martins”, ação em que as mulheres e as coordenadoras da Casa produzem e vendem alimentos, com a finalidade de gerar maior visibilidade social à Casa Tina Martins.
Serviço
Casa Tina Martins
Instagram: @CASATINAMARTINS
E-mail: casatinamartins@gmail.com
Telefone: (31) 36589221
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Por Melissa Miranda, Maria Victória e Lívia Lavorato
Os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro são marcos significativos na história política do Brasil, que despertaram intensas discussões e polarização na sociedade. Com a posse de Lula em 2023, após um período de afastamento do poder executivo, o país testemunhou o retorno de uma figura carismática e com histórico de políticas voltadas para a redução das desigualdades sociais.
Segundo o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), 37% dos entrevistados consideram o governo como ótimo ou bom. Por outro lado, o mandato de Bolsonaro, que chegou ao fim em 2022, foi caracterizado por uma abordagem mais conservadora, promovendo reformas estruturais e impulsionando uma agenda de liberalização econômica, sendo considerado bom ou ótimo para 32% do público, nos primeiros 100 dias, de acordo com o Datafolha.
Analisar o período inicial dos dois governos permite compreender diferentes abordagens políticas e suas implicações para o presente e futuro do Brasil.
Lula
Ambos os governos tiveram ações consideráveis em diversas áreas. Nos primeiros 100 dias de governo de Lula, houve um esforço para combater a fome e a pobreza no país, ampliando o programa Bolsa Família e reajustando os repasses do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Na área da saúde, foram implementados programas de redução das filas de cirurgias e consultas, além das campanhas de vacinação e do Programa Mais Médicos que visa ampliar o número de profissionais no país, de 13 mil para 28 mil.
No setor de habitação, o governo retomou o programa Minha Casa, Minha Vida e estabeleceu metas ambiciosas. Em infraestrutura, foram retomadas obras paralisadas e anunciados investimentos expressivos. Na educação, houve reajustes nas bolsas de estudo e no piso salarial dos professores, além do diálogo com as instituições de ensino, anunciando o repasse de R$4 bilhões para investimentos voltados para educação.
Na política externa, Lula buscou fortalecer parcerias comerciais e ambientais, reafirmando o compromisso com o Mercosul e aprofundando o diálogo com outras nações. Além disso, retomou-se o Fundo Amazônia, paralisado pelo governo anterior, visando à redução do desmatamento e degradação ambiental.
Esse esforço conta com doações internacionais que contribuem para a implementação de ações que reduzem as emissões provenientes dessa degradação. A proposta também prevê destinar 20% dos recursos para apoiar o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais.
Bolsonaro
Já o governo de Bolsonaro apresentou propostas de reformas estruturais, como a da Previdência Social e a tributária, com o objetivo de impulsionar a economia e atrair investimentos. Porém, enfrentou desafios na implementação de suas agendas devido a questões políticas e à polarização da sociedade. Na área da saúde, o governo enfrentou críticas em relação à coordenação nacional das ações de combate à pandemia de Covid-19, apesar das medidas adotadas para aquisição e distribuição de vacinas, quando o ministro Luiz Henrique Mandetta divergia do posicionamento do ex-presidente que desacreditava da eficácia da vacina contra a doença.
No setor da habitação, não foram apresentados avanços significativos nos primeiros 100 dias de governo em relação à privatização de empresas estatais. Na educação, por meio Sindicato Nacional dos docentes dos Institutos Superiores (Andes), o governo havia divulgado o contingenciamento de R$29,582 bilhões do orçamento para 2019, noticiados através do Diário Oficial da União, gerando o resultado de cortes de gastos de 25% de investimentos nas universidades e institutos públicos, cerca de R$5,839 bilhões bloqueados.
Na área ambiental, a política de flexibilização das regras de fiscalização e licenciamento ambiental, com redução do orçamento em 95%, destinado à área e abertura de áreas de preservação para atividades econômicas, geraram polêmicas e preocupações, com a perda de R$11,2 milhões. No que diz respeito aos direitos humanos, o governo enfrentou críticas em relação a medidas consideradas prejudiciais nesse aspecto.
Direitos humanos
As opiniões do historiador e advogado Gilberto Silva destaca as diferenças comportamentais e de prioridades dos dois governos. Segundo ele, Lula deu mais visibilidade e promoveu ações para minimizar questões que envolvem os direitos humanos, enquanto Bolsonaro não priorizou esse aspecto. Silva ressalta a importância de ter um líder aberto ao diálogo entre os grupos sociais e enfatiza a influência desse diálogo na sincronia dos poderes e relações com países parceiros.
O jornalista, economista e professor de jornalismo econômico, João Carlos Firpe Pena, analisa que o governo de Bolsonaro começou com uma ideologia neoliberal, mas acabou sendo influenciado pelo “Centrão” e adotou uma abordagem intervencionista.
Relações internacionais
A presença do Brasil no cenário internacional tem se refletido na desvalorização de moedas estrangeiras. Desde o início do atual mandato, observou-se uma queda de 11,6%. Na última sexta-feira (23/06), o valor do Real encerrou em R$4,77 em relação ao dólar. De acordo com especialistas da FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), a tendência é de uma desvalorização ainda maior, podendo chegar a um intervalo entre R$4,40 e R$4,50.
Pena argumenta que o governo de Lula teve uma base de estado de bem-estar social, mas também flertou com o centro político. Ele ressalta a diferença na política externa adotada, com Bolsonaro não conseguindo colocar o Brasil em destaque e Lula buscando posicionar o país novamente no cenário internacional.
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Por Geraldo Calixto Jr. e Jorge Flávio Fernandes
Transtornos psicológicos, dor crônica, câncer e Parkinson motivam cada vez mais as pessoas em todo o mundo a buscarem tratamentos eficazes e que possam diminuir o drama de conviver com uma doença. Não é raro encontrar casos desses no Brasil e, por isso, a busca por tratamentos alternativos tem aumentado muito nos últimos anos.
O uso de canabidiol – óleo extraído da maconha – para tratamento de transtornos psicológicos vem sendo procurado por muitas famílias que enxergam no uso medicinal da planta Cannabis a possibilidade para melhorar os sintomas que interferem nos comportamentos de agressividade e interação social, no caso de pessoas com transtornos mentais, e ajudar nos sintomas de dor, insônia e perda de foco em outros casos.
De acordo com a Associação Brasileira dos Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME), estudo realizado em Israel analisou 188 pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tratados com a Cannabis medicinal entre 2015 e 2017. A maior parte dos participantes utilizou o óleo de Cannabis feito de uma composição de 30% de Canabidiol (CBD) e 1,5% de Tetrahidrocanabinol (THC). O medicamento era aplicado diretamente na língua dos pacientes três vezes ao longo do dia.
Depois de seis meses do início do estudo, 155 pacientes ainda se encontravam em tratamento ativo. Destes, 93 foram avaliados, com o seguinte resultado: 28 pacientes (30,1%) relataram melhora significativa nos sintomas; 50 pacientes (53,7%) relataram melhora moderada nos sintomas; seis pacientes (6,64%) relataram melhora leve nos sintomas; oito pacientes (8,6%) relataram não ter percebido qualquer alteração nos sintomas. Como conclusão, os autores definiram que a cannabis parecia ser uma opção bem tolerada, segura e eficaz para aliviar os sintomas, especialmente os comportamentos não essenciais, associados ao TEA.
Portanto, essa procura pelo tratamento usando o canabidiol tem sua justificativa baseada nos bons resultados que vem crescendo ao redor do mundo. No entanto, a situação no Brasil (assim como em outros países) é bem complicada, tendo em vista que o plantio da maconha ou a circulação de qualquer substância derivada da Cannabis é ilegal no país. Mesmo aqueles pacientes autorizados pela justiça ainda enfrentam algumas dificuldades para conseguir o remédio e desmistificar os preconceitos que envolvem o assunto.
O psicanalista Anderson Nazareno ressalta que o preconceito prejudica muito os avanços: “O preconceito ainda afasta as pessoas e faz com que alguns que poderiam se beneficiar recusem”. Ele também dá ênfase à falta de apropriação das técnicas médicas e farmacêuticas no uso de remédio à base de Cannabis. Segundo o psicanalista, a sensação é de que ainda falta muita preparação do Estado e da sociedade para aceitar esse tipo de tratamento e, consequentemente, ajudar nos avanços da ciência.
“Os médicos que vão buscar fazer prescrição precisam se capacitar para isso e todos os outros profissionais de saúde envolvidos precisam se capacitar. Porque existe uma lacuna nesse universo de conhecimento, no sentido da apropriação das técnicas para se utilizar o remédio, no acompanhamento do paciente e entender realmente o que irá encontrar nesse tratamento”.
AMA+ME
O apoio de associações é importante para dar voz e potencializar essa discussão no Brasil. A Associação Brasileira dos Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME) é uma fonte para pesquisar dados sobre o assunto. Fundada em 2014, a AMA+ME tem sido fundamental na defesa do uso de medicamentos à base de cannabis no país.
Com o objetivo principal de promover a inclusão social e garantir o acesso ao tratamento para pacientes que necessitam de cuidados voltados à saúde mental, a AMA+ME também tem se dedicado a expandir o conhecimento e desmistificar os mitos e preconceitos em torno da cannabis e seu uso medicinal. Por meio de pesquisas contínuas sobre novas abordagens terapêuticas e da divulgação dos avanços científicos, a associação obteve progressos significativos no avanço dos tratamentos com Cannabis no país.
Uma das principais conquistas da AMA+ME diz respeito à iniciativa de fornecer e facilitar acessos a Óleos de Cannabis Medicinais Integrais desde 2019. Inicialmente, a associação produzia o plantio em uma Ecovila localizada na região sul do país, após um acordo de cooperação técnica aprovado pelo Tribunal Regional Federal (14ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária) para legalizar as atividades de cultivo da associação.
A AMA+ME já recebeu mais de 1.130 pacientes como membros e, de novembro de 2019 até o início de 2023, distribuiu 1.935 frascos de óleo de cannabis medicinal para pacientes em 21 estados brasileiros. Dentre esses estados, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam o maior número de pacientes associados. O que dá a entender que os pacientes que conseguem realizar esse tipo de tratamento geralmente residem nos estados mais ricos e bem desenvolvidos do país, demonstrando que há também um recorte socioeconômico.
Acompanhe no gráfico a seguir os dados disponibilizados pela AMA+ME:
Preconceito
As dificuldades do dia a dia de uma pessoa com transtornos mentais e dores crônicas fazem parte da rotina de Cleuza Ladário, ativista e mãe de um paciente que faz tratamento à base de Cannabis. Ela relata as dificuldades enfrentadas para conseguir a permissão das autoridades governamentais para utilizar a Cannabis de forma medicinal no tratamento de epilepsia do seu filho: “Eu comecei a plantar de teimosia e fui denunciada por um vizinho por estar plantando Cannabis e fui para delegacia como traficante. Porém, o delegado se comoveu com a situação do meu filho e me instruiu a entrar com o pedido de HC (Habeas Corpus), para que eu pudesse ter a liberação do juiz”.
Cleuza conta que teve que enfrentar os próprios preconceitos contra a maconha para conseguir cuidar do filho Samuel Ladário, de 17 anos: “A minha mãe sempre me ensinou a fugir da maconha e do maconheiro, eu tinha pavor da maconha. Então como eu tinha uma grande necessidade de descobrir um tratamento alternativo para o meu filho, eu achei bom fazer algum curso e conhecer melhor essa planta, porque ela foi me apresentada como uma planta maldita. Eu me inscrevi na Cultive que é uma Associação que trabalha para ensinar as pessoas a cultivarem o seu H, e fazer o preparo do remédio.”
É uma realidade cruel e solitária. “Em outros Estados do Brasil você nem consegue doar porque o Correio apreende e a Polícia Federal chama a gente para saber o que é aquilo. A coisa mais triste que pode existir na vida de uma família é ter um paciente neurológico em casa e você não ter um óleo de Cannabis para tratar ele, porque os remédios da farmácia para tratar pacientes neurológicos alucinam e acabam com o pouco que a pessoa tem de cérebro.”
O autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), envolve condições neurológicas que impactam significativamente o desenvolvimento cognitivo, habilidades motoras, interação social, comunicação e comportamento. No entanto, o canabidiol puro (CBD) tem sido uma esperança nos tratamentos desses transtornos, além disso, os óleos de Cannabis Sativa enriquecidos com CBD demonstraram eficácia no alívio dos sintomas, especialmente em pacientes com epilepsia refratária.
Benefícios do tratamento
Segundo a AMA+ME, um estudo observacional com 18 pacientes autistas tratados com óleos enriquecidos com CBD mostrou melhora significativa em diversas categorias de sintomas, incluindo déficit de atenção, hiperatividade, transtornos comportamentais, déficits motores, autonomia, comunicação e interação social, déficits cognitivos, distúrbios do sono e convulsões. A maioria apresentou melhora em várias categorias de sintomas. Além disso, pacientes conseguiram manter as melhorias mesmo após a redução ou suspensão de outros medicamentos além da Cannabis.
Outro estudo realizado com mulheres diagnosticadas com fibromialgia revelou resultados promissores no uso de um óleo de Cannabis com alto teor de THC. Essas mulheres apresentaram uma melhora significativa nos sintomas relacionados à dor, capacidade de trabalho, fadiga e qualidade de vida.
É importante destacar que esse estudo ocorreu em uma região com perfil socioeconômico desfavorável e alta incidência de violência. Os Fitocanabinóides, presentes na Cannabis, foram considerados uma terapia de baixo custo e bem tolerada para o tratamento da fibromialgia.
A comunidade científica está cada vez mais empenhada em explorar o potencial terapêutico da Cannabis em diversas condições médicas e a AMA+ME apoia a regulamentação necessária para continuar proporcionando alívio e produzindo conteúdo científico sobre o uso medicinal da Cannabis no Brasil e no mundo.
Leia também: Canabidiol – em favelas do RJ, maioria depende de ajuda para tratamento
Diagnóstico e monitoramento
O perfil dos associados da AMA+ME destaca a maioria de pacientes do sexo feminino, representando um total de 56,7% (645 pacientes), com idades variando de alguns meses de vida a 98 anos, sendo a idade média de 53,6 anos. Vale ressaltar que o fato dos pacientes associados terem mais de 50 anos acaba resultando em prevalência de doenças relacionadas à idade como diagnóstico principal no pela associação.
Dos 1.137 inscritos, foram informados os seguintes diagnósticos primários: 227 (20%) Ansiedade, 204 (18%) Dor Crônica, 165 (14%) Epilepsia, 132 (12%) Alzheimer, 102 (9%) Parkinson, 82 (7%) Autismo, 64 (6%) Artrite/Osteoartrite, 55 (5%) Câncer e 106 (9%) com outros diagnósticos.
Os números a seguir mostram significativa demanda por tratamento à base de cannabis no Brasil.
Fonte: Associação Brasileira dos Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME) – 2023
Para garantir o acompanhamento eficaz dos resultados e efeitos adversos do uso de óleo de Cannabis Medicinal entre seus associados, a AMA+ME criou o Projeto Piloto de Monitoramento do Tratamento com Fitocanabinóides que utiliza abordagem de Produto Viável Mínimo (MVP), empregando protocolos personalizados e formulários acessíveis por smartphone com QR Codes, vinculados a prescrições médicas.
Os participantes preenchem voluntariamente os formulários antes de usar o óleo medicinal e em intervalos de 30, 60 e 90 dias, gerando banco de dados abrangente que auxilia nos ajustes de dose e no monitoramento dos efeitos adversos relacionados à terapia com canabinóides.
Para o monitoramento de ansiedade, depressão e sequelas neurológicas, utiliza-se o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE1), por meio do Protocolo de Monitoramento de Ansiedade/Depressão AMA+ME 1.0. Um formulário baseado no Brief Pain Inventory, adaptado pelo Serviço de Medicina Paliativa do MD Anderson Cancer Center, é utilizado para monitorar a dor crônica por meio do AMA+ME Pain Protocol 1.0.
O Epilepsy Protocol 1.0 coleta dados sobre os tipos de convulsões e seu impacto nos cuidadores. O Alzheimer’s/Dementia Protocol 1.0 monitora pacientes com Alzheimer e outras condições relacionadas à demência, auxiliando no atendimento ao paciente e melhorando a qualidade de vida dos cuidadores. O Protocolo Parkinson/Tremor Essencial/Distúrbios do Movimento 1.0 é empregado.
Esses protocolos e formulários contribuem para o acompanhamento mais efetivo dos pacientes, permitindo ajustes de doses e otimização dos resultados. Todos os protocolos mencionados também consideram o impacto no cuidador principal, reconhecendo a importância de avaliar o desgaste causado pelo cuidado ao associado. Além disso, é realizado o monitoramento do tratamento Fitocanabinóide em si, avaliando o tipo de tratamento, produto canábico utilizado, via de administração, efeitos adversos e satisfação com o tratamento.
O acompanhamento permite que o resultado de melhora é de fato conquistado, além de gerar mais dados que auxiliam na pesquisa. A Associação categoriza as pesquisas dividindo em duas etapas que analisam os tratamentos com diagnósticos específicos e um apanhado geral com informações de todos os diagnósticos.
O grau de satisfação com o tratamento foi medido, na perspectiva geral:
Fonte: Associação Brasileira dos Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME) – 2023
O próximo gráfico mostra o grau de satisfação por tipo de diagnóstico:
Fonte: Associação Brasileira dos Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME) – 2023
Mesmo que o grau de satisfação seja alto, os efeitos adversos não são deixados de lado, mas são catalogados, organizados e servem como dados de pesquisa.
Conforme relatado pelos associados, foram observados os seguintes efeitos adversos:
Fonte: Associação Brasileira dos Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME) – 2023
Embora a busca por tratamentos alternativos utilizando o canabidiol tenha demonstrado resultados promissores ao redor do mundo, a situação no Brasil ainda apresenta desafios significativos. A ilegalidade do plantio da maconha e a circulação de substâncias derivadas da Cannabis dificultam o acesso desses pacientes aos medicamentos necessários. Mesmo aqueles que obtêm autorização legal enfrentam obstáculos para adquirir o tratamento e lidar com os preconceitos associados ao assunto.
Conscientização
No entanto, associações como a AMA+ME têm desempenhado um papel fundamental na defesa dos medicamentos à base de Cannabis no país. Ao promover a inclusão social, garantir o acesso ao tratamento e desmistificar os mitos e preconceitos em torno do tratamento, a Associação tem obtido progressos significativos na expansão do conhecimento e promoção dos tratamentos com Cannabis no Brasil.
Com o apoio de associações como a AMA+ME, a discussão sobre o uso medicinal da Cannabis tem ganhado cada vez mais potencial no Brasil, além de monitorar e acompanhar os resultados e efeitos adversos do uso desses medicamentos. No entanto, é necessário avançar na regulamentação e conscientização sobre o potencial terapêutico da Cannabis.
A jornada de Cleuza Ladário, mãe de um paciente que faz tratamento com Cannabis, exemplifica as dificuldades enfrentadas por muitas famílias que buscam o uso medicinal da planta. Superar as barreiras burocráticas e os preconceitos é essencial para garantir o acesso a tratamentos eficazes e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Enquanto a comunidade científica continua a explorar o potencial terapêutico da Cannabis, é fundamental que o país avance na regulamentação e disponibilidade desses tratamentos. Dessa forma, mais pacientes poderão se beneficiar dos efeitos positivos da Cannabis Medicinal, com o alívio dos sintomas, desfrutando de melhor qualidade de vida.
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Por Amanda Serrano e Lívia Lavorato
A concentração midiática é um problema grave para a realização do direito humano à comunicação e que coloca em risco a democracia. Apesar da Constituição Federal, no artigo 220, determinar que “a mídia não pode, direta ou indiretamente, estar sujeita a monopólio ou oligopólios”, no Brasil, a mídia possui alta concentração de audiência e de propriedade. Isso acontece devido a interesses econômicos, políticos e religiosos.
Nesta entrevista ao Conecta, a jornalista e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais – Sindjor (2017 – 2023), Alessandra Mello, fala sobre o assunto e como essa concentração poderia ser controlada.
Conecta: É de conhecimento público que os conglomerados da mídia são formados por cinco famílias dominantes do Grupo Globo, Bandeirantes, Família do Edir Macedo com o Grupo Record, Grupo RBS e Folha. De que forma você acredita que isso causa impacto na comunicação Brasil?
Alessandra Mello: Isso é um uma coisa terrível para a comunicação brasileira! Esse esse oligopólio. Porque ele torna a mídia pouco plural, né? Você tem cinco empresas que dominam a comunicação do Oiapoque ao Chuí. Essas empresas não têm como negócio exclusivo a comunicação, tem por trás algum tipo de interesse econômico. E muitas vezes manipulam a informação de acordo com os seus interesses. Quanto mais plural a mídia, menos concentrada, mais diversificada, ela é próxima da população e mais reflete a realidade do país. Então, quando a gente vê a Globo falar “o agro é pop”, é porque a Globo tem como um dos seus negócios o agronegócio. Ela usa um dos seus canais de comunicação para propagar o negócio dela. Então, isso é terrível! É uma coisa que teria que muito que ser regulamentado no Brasil, mas infelizmente o Congresso Nacional é omisso e segue silencioso há muitos anos em relação a esse tema.
“A gente tem no Brasil um grande deserto de notícias. A comunicação é um direito fundamental. Ela é importante para denunciar o que está errado, pra por o dedo na ferida, para dar voz à população”
Conecta: Há o mesmo controle entre os pequenos grupos de empresários da comunicação?
AM: Na verdade, eu acho que o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem essa propriedade cruzada dos meios de comunicação e esse controle tão grande da comunicação. Isso é muito ruim. Os pequenos empresários da comunicação talvez sejam o que fazem, conseguem fazer – talvez a diversidade aí nas empresas, nos municípios menores, nas cidades pequenas. A gente tem no Brasil, também, um grande deserto de notícias. Muitas regiões, cidades, municípios pequenos que não têm a sua própria mídia. A comunicação é um direito fundamental. Ela é importante para denunciar o que está errado, pra por o dedo na ferida, para dar voz à população e você chega em pequenas cidades que não têm, às vezes, um jornal impresso, uma rádio. Muitas vezes nos estados limites, nos municípios limites chega, por exemplo, uma comunicação de um outro estado. Como um jogo de futebol de um time, de outro, isso é muito ruim.
“O Congresso Nacional é formado por representantes de conglomerados de mídia, donos de meios de comunicação que não têm interesse em discutir essa pauta fundamental, porque informação é poder”
Conecta: De que maneira isso poderia ser controlado? Com os avanços da sociedade, há alguma possibilidade?
AM: Muito fácil de ser resolvido! Bastaria você ter, por exemplo, uma ação mais efetiva do Congresso Nacional. A Constituição de 1988 proibiu a propriedade cruzada dos meios de comunicação que favorece esses grandes conglomerados de mídia, mas nunca houve regulamentação desse artigo. Então, se o Congresso quisesse, poderia tranquilamente regulamentar isso, proibindo a propriedade cruzada, para estabelecermos as regras e não termos essa mídia tão concentrada. Mas, infelizmente, o Congresso Nacional é formado, também, por representantes de conglomerados de mídia, donos de meios de comunicação, de rádio, televisão, de jornais que não têm interesse em sentar e discutir essa pauta que, pra mim, é tão importante como a pauta da Reforma Trabalhista ou da Reforma Previdenciária. Essa é uma pauta fundamental, porque informação é poder.
Conecta: Qual orientação você daria a quem consome informações de apenas um veículo midiático?
AM: Nossa orientação é para que as pessoas não consumam uma informação de um veículo só. Não faça isso! Tenha um olhar crítico para a imprensa, para os meios de comunicação. Pegue uma notícia e olhe o viés que ela está sendo dada num veículo, no outro. Fortaleça a mídia independente, a mídia alternativa – curta, comente, leia, clique, compartilhe, divulgue nas redes sociais. Uma ação mínima que a gente pode fazer como cidadão para furar esse monopólio.
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Por Maria Victória Moreira
O dia 5 de junho de 2023 marca um ano da morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Na ocasião, eles realizavam uma expedição de barco pelo Vale do Javali, a segunda maior terra indígena do Brasil e alvo de garimpeiros, pescadores ilegais e traficantes. Durante a viagem, foram vítimas de uma emboscada. Até o momento, as autoridades policiais seguem investigando o caso, buscando identificar os responsáveis pelo crime.
Entre os dias 3 e 5 de junho de 2022, realizaram reuniões e entrevistas em aldeias abordando a questão protetiva do território. Dom tinha a intenção de utilizar essas entrevistas para seu novo livro intitulado “Como Salvar a Amazônia?”. No dia 6 de junho, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari e o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato divulgaram o desaparecimento dos dois homens.
Veja as fotos das manifestações em homenagem a Bruno Pereira e Dom Phillips
Assista ao mini documentário “O legado de Bruno e Dom”, produzido pelo programa Tom Lopes (Abraji)
Na sexta-feira (2), véspera da data que marca um ano do assassinato, o Ministério dos Povos Indígenas organizou um grupo de trabalho para combater a violência no Vale do Javari. A partir de uma parceria entre ministérios, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), medidas para a promoção da segurança territorial e a expulsão de invasores serão propostas.
Dom Phillips era parceiro da Repórter Brasil durante viagens à Amazônia. Com a intenção de dar continuidade ao trabalho e honrar o legado da dupla, jornalistas de 10 países se uniram para disponibilizar os conteúdos do Projeto Bruno e Dom. Além disso, produziram o documentário sobre a cobertura jornalística na Amazônia, “Relatos de um correspondente da guerra na Amazônia”.
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Por Jorge Flávio Fernandes e Geraldo Calixto Jr.
O jornalista mineiro Bruno Fonseca é o atual chefe de redação da Agência Pública, referência em jornalismo independente no país. Ele obteve o título de mestre e graduado em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e possui certificado em Data Storytelling pelo Insper e fez curso de jornalismo multimídia pela Thomson Reuters. Durante sua carreira na Agência Pública, recebeu prêmios como o Petrobrás de Jornalismo, Vladimir Herzog, República, MPT de Jornalismo, dentre outros.
Bruno é especialista em jornalismo de dados e a abordagem principal do seu trabalho na Agência Pública é a utilização de informações oficiais e fontes primárias, como os bancos públicos, garantindo assim a segurança da originalidade das informações.
Para isso, a Lei de Acesso à Informação (LAI) tem um papel essencial na construção desse processo, permitindo acesso fácil e ágil sobre informações relevantes e garantindo uma certa independência dos jornalistas em relação às assessorias de imprensa. Além disso, possui histórico bem sucedido no que diz respeito ao fact-checking, com uso da LAI para desmentir fake news, por exemplo.
Como exemplo do trabalho na Pública, Fonseca menciona matéria em parceria com a organização “Fique Sabendo” que obteve acesso a dados inéditos sobre herdeiras de militares acusados de crimes durante a ditadura. Em outra reportagem foi realizada uma pesquisa sobre a percepção dos brasileiros em relação à ciência e vacinas, ilustrando os dados de forma didática para tornar a matéria mais acessível.
Bruno ressalta a importância do design gráfico no jornalismo de dados, utilizando gráficos interativos e imagens ilustrativas para proporcionar uma experiência agradável ao leitor. Ele menciona um mapa interativo do Brasil que revela o número de casos de mortes por intoxicação por agrotóxicos em cada estado.
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Pública
Com abordagem centrada em dados e investigação independente, outro ponto central do trabalho é a segurança e transparência da informação no que se refere às fontes de informação. A Pública evita a utilização de matérias publicadas por outros veículos de comunicação, buscando desenvolver o seu próprio conteúdo, mas emprega referências de outras reportagens para embasar a própria pesquisa. Cresce o uso do podcast na plataforma, acompanhando novos formatos midiáticos.
Desta forma, as reportagens podem se transformar em documentários investigativos e filmes, disseminando resultados de análises de dados, a exemplo de canais como Vox, Netflix e Globoplay que empregam matérias guiadas por dados como base para a produção de documentários, compartilhando o conhecimento desenvolvido nas reportagens.
Para conseguir manter a sustentabilidade financeira, a Pública conta com o apoio de fundações que investem no jornalismo independente, além de doações e participação dos leitores por meio de vaquinhas realizadas em redes sociais. A Agência não veicula anúncios em suas páginas e depende da colaboração dos leitores por meio de um sistema de doações chamado “Aliados”. Estudantes têm a oportunidade de receber microbolsas: ao propor pautas podem receber apoio financeiro e técnico para produzir suas matérias.
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Por Livia Lavorato, Melissa Miranda e Maria Victoria
Os jornalistas do Estado de Minas (EM), Rafael Arruda e Igor Passarini, empregam o jornalismo guiado por dados na cobertura política, aplicando recursos digitais e ferramentas para análise e extração de dados. A construção da pauta que planeja a cobertura jornalística é um ponto importante da abordagem baseada em dados, que auxilia na otimização do trabalho jornalístico, permitindo extrair informações de maneira mais eficiente e aprofundada.
A valorização e importância do uso de dados na produção de notícias são consideradas fundamentais para a formação de jornalistas qualificados e preparados para os desafios da atualidade. Passarini ressalta a flexibilidade e versatilidade de ferramentas que surgem para contribuir para o processo de construção de materiais. “Continuamos aplicando as técnicas que aprendemos na faculdade, independentemente do veículo, mas podemos facilitar nosso dia a dia e obter informações que não conseguiríamos sem essas ferramentas”, ressalta.
A análise de dados oferece aos jornalistas uma visão mais precisa e embasada sobre os temas abordados, contribuindo para a construção de reportagens mais aprofundadas e relevantes para o público. A combinação entre as técnicas tradicionais do jornalismo e a utilização de dados proporciona um diferencial na cobertura política, permitindo ampliar a compreensão dos acontecimentos e uma análise detalhada dos fatos.
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Para os jornalistas, a cobertura política é um espaço crucial no Estado de Minas e mercado de veiculação de notícias como um todo. Os profissionais da comunicação compreendem a necessidade de fornecer aos leitores informações precisas e relevantes sobre os candidatos e suas propostas. Desta forma, a análise de dados das pesquisas de intenção de voto é uma ferramenta valiosa nesse processo, permitindo identificar tendências e compreender as preferências do eleitorado.
Segundo Arruda, o ideal é começar as construções dos conteúdos quando as pesquisas de intenção de votos passam a ser divulgadas com maior frequência pelos institutos de pesquisa. “Precisamos explorar os números, pois são informações muito buscadas nas redes sociais”, afirma Arruda.
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Por Gabriela de Castro
No dia 1º de junho, comemora – se o dia nacional da imprensa. A data marca o início da imprensa no Brasil.
De acordo com o jornalista Marcelo Freitas, que integra o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, outra data que também é relevante para a história do jornalismo brasileiro é o 7 de junho, dia nacional da liberdade de imprensa.
“Estas duas são importantes porque referem-se a marcos na história do jornalismo brasileiro. A primeira data (1º de junho de 1808), é um marco importante porque refere-se ao dia de circulação do primeiro jornal lançado no território brasileiro, que foi o Correio Braziliense. Até então, a Coroa Portuguesa proibia a publicação de jornais por brasileiros. O Correio Braziliense circulou de junho de 1808, ainda quando o Brasil era uma colônia, a dezembro de 1922, quando o Brasil já estava independente de Portugal. O Correio era uma publicação que defendia a independência. Não menos importante é o 7 de junho, pois refere-se a uma luta que está na raiz da existência do próprio jornalismo, que é contra a censura.”
Quanto às atividades no sindicato, Marcelo afirma que provavelmente não haverá eventos celebrando essas datas. “Não há previsão de realização de solenidades nestas datas. O que o Sindicato faz, normalmente, são publicações nas redes sociais lembrando a importância destas datas. Mas, além destas, há outra igualmente importante, que é 7 de abril. Nesta data, comemora-se o Dia do Jornalista.”
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Por Júlia Almeida e Lucas Silva
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), notícias falsas circulam 70% mais rápido do que as verdadeiras. O impacto da circulação dessas informações pode ser observado em eleições pelo mundo quando são utilizadas para desvirtuar a opinião pública. Neste contexto, o papel social do jornalismo é fundamental no combate à desinformação, como pode ser verificado em iniciativas na área, a exemplo do Projeto Comprova.
O Comprova reúne jornalistas de 41 veículos de comunicação, com o objetivo de identificar e enfraquecer sofisticadas técnicas de manipulação e disseminação de conteúdo enganoso em sites hiperpartidários, aplicativos de mensagens e redes sociais.
Atualmente, Sérgio Lüdtke é seu editor-chefe. Graduado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), possui MBA em Marketing Digital pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O jornalista foi editor da revista Época e da Época Online, diretor executivo da Interatores, coordenador de pesquisa do Projor, consultor associado do 3RED, coordenador acadêmico na ABRAJI e dentre outras empresas de comunicação.
Confira artigos de Lüdtke publicados no portal do Observatório da Imprensa:
Atlas da Notícia identifica redução de desertos e liderança do jornalismo no Brasil
O avanço do digital nos desertos de notícias.
Fake news e crosschecking
O termo fake-news é utilizado popularmente para designar notícias falsas ou imprecisas, mas expressa um paradoxo. Se é notícia, é possível ser falso? Lüdtke explica que o Projeto Colabora busca fugir do uso deste termo. “A gente não deve admitir essa justaposição de termos, se é notícia ela não é falsa”.
Segundo o dicionário Cambrige, fazer crosscheking é certificar-se de que uma informação ou cálculo está correto, perguntando a uma pessoa diferente ou usando um método de cálculo diferente. A técnica que direciona o trabalho do Projeto Comprova é realizada em colaboração mútua.
Lüdtke conta que neste processo participam jornalistas de diferentes veículos de comunicação e adecisão final é tomada em conjunto. “A gente sempre vai na discussão, até o final, buscando um consenso”, conta. “Se não houver consenso, a gente arquiva”. Ele destaca que o consenso é regra. “Se a gente não consegue encontrar consenso entre nós, imagina como isso vai chegar para o público”. A participação é voluntária. “O modo de gestão do Comprova é bem interessante. Ele é absolutamente horizontal, tudo é consenso.
“As pessoas têm liberdade para propor coisas, para questionar coisas”. Para o editor, ao fazer isso, elas trazem as diferentes culturas de redação. O ambiente é muito rico e acaba funcionando como um “acelerador de carreira”.
Forma e conteúdo
A presença de profissionais de diferentes culturas e manuais de redação exigiu que o Comprova desenvolvesse uma estrutura fixa. Lüdtke conta que é uma forma de expressar a personalidade do conteúdo e garantir a presença dos valores da iniciativa.
O recém nomeado presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) explica que existe um equilíbrio entre as técnicas de ranqueamento e o conteúdo. “A gente precisa levar em conta as questões de SEO por que elas são importantes na performance e a gente disputa um espaço e atenção dos leitores, então, se pudermos trazer as palavras-chave, desde que isso não desvirtue o título, eu acho que é importante”, esclarece Lüdtke.
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Por Maria Victória Moreira
A Semana da Comunicação, realizada de 22 a 26 de maio, abordou temas variados durante os três últimos dias de palestras, como a questão indígena, marketing, empreendedorismo e amores líquidos em tempos de comunicação em rede.
Na quarta-feira (24), Érika Soares Martins, da Coordenadoria Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Sedese-MG, e Avelin Kambiwá, idealizadora do Expo Abya Yala e coordenadora do Comitê Indígena Mineiro discutiram os “Direitos Indígenas: Desafios Contemporâneos”, informando aos alunos sobre a luta indígena e as políticas voltadas para esses povos. Durante o evento, a comunidade acadêmica foi convidada a participar do movimento no Twitter contra a PL 490 que busca impor o Marco Teórico e a anulação de Terras Indígenas.
Durante o evento, a comunidade acadêmica foi convidada a participar do movimento no Twitter contra a PL 490 que busca impor o Marco Teórico e a anulação de Terras Indígenas.
Confira entrevista de Avelin Kambiwá ao Conecta:
Assista também o documentário Mãe Terra, trabalho de conclusão de curso de Pollyana Gradisse que aborda a luta por direitos das etnias Ticuna, Kambiwá, Puri e Ye’kwana, residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e relaciona a importância do território na cultura indígena com o protagonismo feminino no movimento por direitos associados à vida na cidade.
Assista à palestra de Avelin Kambiwána íntegra.
Marketing e empreendedorismo
O CEO e fundador da agência Lebbe, Fernando Corrêa, levou ao palco o bate-papo sobre “Marketing: Uma Matriz Muito Além do Digital”. A propaganda da Skol foi abordada durante a conversa, exemplificando as estratégias do marketing ao longo dos avanços de linguagem e publicidade da marca.
A programação de quinta-feira (25) uniu os campos do Jornalismo e Publicidade, com a apresentação de profissionais de ambos os cursos para conversar com os alunos.
Fernanda Flecha se graduou na Fumec e integrou a agência Totem em seus anos de universidade. Para a Semana da Comunicação, ela trouxe o bate-papo “Como explicar para minha avó o que eu faço na Globo?”, sobre o mercado do marketing e seus anos de carreira trabalhando no marketing da Globo. Mas além disso, ela agregou a discussão com sua experiência antes de entrar para a equipe da Globo, dando um panorama geral sobre o mercado para os estudantes.
O segundo bate-papo da quinta-feira (25), foi conduzido pelo Coletivo Periódico, criado por alunos de Jornalismo da Universidade Fumec. O coletivo convidou Fhilipe Pelajjio, fundador do site Moon BH e La Notícia; Nina Rocha, jornalista freelancer que já escreveu para a Revista Piauí, Folha de São Paulo e Uol Tab; e William Araújo, formado em jornalismo digital e que tem no currículo ampla experiência na área da web.
O bate-papo “Empreendedorismo no Jornalismo” foi coordenado por Ana Adolfo, aluna do curso de Jornalismo. Os profissionais abriram a discussão comentando sobre as possibilidades de atuar na comunicação fora da redação, explorando as outras áreas que podem passar despercebidas.
Assista à palestra do Periódico na íntegra.
O encerramento do evento aconteceu sexta-feira (26), com a palestra de Luciene dos Santos sobre “Amores Líquidos”. O currículo de Luciene comporta as áreas da Comunicação Social, na qual é mestre, Filosofia e História. “Em uma cultura digital, ser descartável é regra”, afirmou Luciene. Ela analisa que a sociedade perde o espaço físico para se encontrar no espaço virtual, por isso, o campo espacial se torna correlato a noção de tempo. Esta temporalidade passa a ser instantânea e causa prejuízos aos seres humanos, como ansiedade e depressão.
Na era da comunicação digital e forte presença das redes sociais, em constante mudança, a professora reforçou o vínculo social que a educação deve gerar, por meio do acolhimento e carinho entre professores e alunos, enfatizando a importância da confiança dessa relação.
A Semana da Comunicação é um evento organizado pelo corpo estudantil da Universidade Fumec que tem como o objetivo abordar temas que vão agregar a vida profissional e acadêmica de alunos de Comunicação Social.
Saiba mais sobre o evento:
Semana de Comunicação dialoga sobre desafios e tendências da área
Pré abertura da Semana da Comunicação aborda tecnologia e transformações do mercado
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Por Maria Victória Moreira
A Semana de Comunicação, evento organizado por professores e alunos de Comunicação Social, iniciou a sua programação na segunda-feira (22). Abrindo as atividades, o publicitário Leonardo Henriques de Souza promoveu um bate-papo sobre: “Vídeo Sob Demanda: Do Analógico ao Streaming”. Leonardo é mestre em estudos culturais contemporâneos e trabalha com Comunicação Audiovisual há 20 anos, sendo 15 deles na Universidade Fumec. Durante a apresentação, ele proporcionou uma viagem por meio da linha do tempo que une o analógico ao streaming, trazendo informações sobre os diversos formatos.
Dando prosseguimento à programação, o jornalista Lucas Catta Prêta, âncora e editor executivo de jornalismo da Rádio BandNews BH, falou sobre “Mercado de trabalho nas redações e a importância do estágio”. Lucas deu um panorama sobre a introdução no mercado de trabalho por meio da prática do estágio, ao destacar suas primeiras experiências no mercado, incentivando os alunos a experimentarem até mesmo áreas da comunicação que podem não ser de seu interesse particular.
Na terça-feira (23), profissionais da agência Lápis Raro e do jornal Estado de Minas conversaram com os estudantes, abordando questões relativas, entre outras, aos contextos das fake news e desinformação nas redes digitais, responsabilidade social das empresas e influência das tecnologias da comunicação no campo de atuação profissional.
Acumulando 35 anos de experiência, a agência full-service, Lápis Raro, trouxe os profissionais Juliana Sampaio, Carol Zanco, Thais Diniz, Fabio Kuzuhara e Saullo Soares para debate sobre o tema: “O Futuro na Ponta do Lápis: Tendências de Comunicação e Tecnologia”.
A programação da terça-feira foi encerrada com o bate-papo conduzido pelo diretor de redação, Carlos Marcelo Carvalho, e o editor e responsável pelo conteúdo multimídia do jornal Estado de Minas, João Renato Faria, sobre os “Desafios da produção e distribuição de conteúdo na era das fake news”. Os jornalistas discutiram mudanças enfrentadas no cotidiano da redação, no contexto da comunicação em rede, incluindo a conexão com outras mídias, como a televisão e a internet, e a convergência e participação social nas redes digitais.
Outro ponto tratado foi a diferença entre o fenômeno da click bait – forma de publicidade enganosa que visa gerar cliques e impulsionar a divulgação online, e as chamadas as fakes news – distribuição deliberada de desinformação nos meios de comunicação e mídias sociais – além de como os veículos se posicionam hoje para compreender se há ou não uma diferença entre elas.
Acompanhe a programação pelo Instagram da Semana da Comunicação 2023.
Saiba mais: Pré-abertura da Semana da Comunicação novas tecnologias e transformações do mercado
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Por Maria Victória Moreira, Laura Mariano e Giovanna Ribeiro
A pré-abertura da Semana da Comunicação, na quarta-feira (18), promoveu atividades no espaço de convivência e no auditório Phoenix da Universidade Fumec com apresentações culturais realizadas pelos alunos do curso e debate sobre a influência das tecnologias no setor e as mudanças no mercado de trabalho. O evento vai acontecer do dia 22 a 26 de maio, com palestras e rodas de conversa sobre pautas que integram as áreas da Comunicação.
Os estudantes de Publicidade e Propaganda, Rafael Bicalho e Beatriz Lima, fizeram apresentação musical no pátio principal da faculdade.
Os alunos de Comunicação participaram também da palestra sobre: “Comunicação, Inteligência Artificial e Web3: entenda os novos desafios e as oportunidades para o mercado de trabalho”. Bruno Bianchini, diretor comercial/MKT da Rede Itatiaia; Antonio Hoffert, economista e professor da pós-graduação sobre Aplicações em Blockchain no MBA do IGTI; e João Henrique Costa, cientista de computação pela UFGM e líder do time de development da H3aven, discutiram sobre os assuntos que dialogam com a atualidade da área.
Durante o evento, João Henrique Costa esclareceu sobre o conceito de Web3, explicando que se trata da atual evolução da Internet.
Os convidados ressaltaram que a transformação do mercado decorre da tecnologia. A atualização e capacitação são fundamentais, uma vez que o setor se renova rapidamente. Destacaram também que a Inteligência Artificial jamais poderá substituir um jornalista ou um publicitário, mas requer atenção e controle para ser empregada em favor da sociedade.
Acompanhe a programação completa da Semana da Comunicação por meio do Instagram do evento.
Saiba mais sobre o evento:
Semana de Comunicação dialoga sobre desafios e tendências da área
Semana da Comunicação: direitos dos indígenas, cultura digital e empreendedorismo pautam o debate
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Por Maria Victória
“Ninguém quer o bem dela mais do que eu. O amor de mãe é inexplicável”
Foto: Heloísa Marques (Laboratório de Fotografia)
Com a chegada do segundo domingo de maio (14), o Dia das Mães é celebrado em todo o Brasil. A data é uma comemoração em homenagem à figura materna e a todos os seus atributos. Além disso, também é o momento para refletir sobre o papel que elas desempenham na formação dos filhos e na sociedade como um todo.
O Conecta participa das homenagens entrevistando duas mães que fazem parte da Universidade Fumec.
Meire Abacherli é analista de sistemas e trabalha na coordenação de área administrativa da Universidade Fumec. Ela conta que sempre sonhou em ser mãe, especificamente ter quatro filhos. “Por coincidência do destino, vieram meus trigêmeos, só três!”. Para ela, a maternidade é uma das melhores coisas de sua vida, mas cria os filhos para andarem com as suas próprias pernas, enfrentar o mundo externo e seguir seu próprio caminho.
Refletir sobre o que é ser mãe pode ser uma tarefa complexa, pois as experiências da maternidade são únicas para cada mulher. Ser mãe envolve uma combinação de fatores biológicos, emocionais, sociais e culturais que moldam a experiência de cada mãe de maneira única. É um papel que traz grande dose de amor, mas também muitas responsabilidades e desafios.
Para Meire, a maternidade é o alicerce da vida do filho. “Ser mãe, para mim, é estar ao lado dos filhos em todas as fases das vidas deles. Seja nas ruins e nas boas! É fazer o impossível para dar o melhor para eles, proteger nas horas necessárias, ensinar o certo e o errado da forma mais coerente possível, para que possam aprender. Enfim, é criá-los para o mundo externo de mim!”
Lara Renault é aluna sétimo período do curso de Publicidade e Propaganda. Para ela, a maternidade é um sonho que a acompanha desde pequena.
A gestação pode ser um período muito especial e transformador na vida de uma mulher. Durante os nove meses, o corpo da mulher passa por mudanças físicas e hormonais para acomodar o crescimento e desenvolvimento do bebê em seu útero. Mas, além disso, é o período que marca o início da comunicação entre a mãe e seu filho. A comunicação e o afeto começam desde cedo, através do contato físico, alimentação e fala. Para Lara, foi o momento mais especial de sua vida.
“Quando eu descobri a gravidez foi uma mistura de sentimentos maravilhosos. Meu disparado maior sonho de todos estava se realizando. Fiquei em êxtase e de imediato já comecei a planejar tudo para a chegada do bebê.
Ao longo da gravidez, tive alguns momentos de muito medo e tensão relacionados à Covid-19, líquido amniótico e data do parto, mas acabou dando tudo certo e pude ficar bem tranquila”.
A descoberta de que seria uma menina foi muito emocionante. “Eu falava que não tinha preferências mas, ao descobrir que era a Jade, fiquei encantada. Quando estava se aproximando do parto fiquei preocupada pois nunca tinha feito nenhuma cirurgia antes, então era inevitável para mim sentir receio de algo dar errado. Na sala de cirurgia eu senti isso de forma mais forte, mas eu sabia que era preciso manter a calma para não estragar esse momento tão mágico para mim e tentar curtir cada momento. Eu só fiquei realmente calma quando ela estava nos meus braços e confirmaram que estava tudo bem com ela, porém, acho que me saí bem ao longo do parto. Tenho ansiedade, então talvez eu pudesse ficar aflita e até ter alguma crise em plena cirurgia, mas tudo saiu como esperado e foi o momento mais especial e único da minha vida.”
A relação com a mãe também mudou após a maternidade. Atitudes que antes eram vistas como “chatice” receberam um novo significado: cuidado. “Não faria diferente se fosse eu no lugar dela. E eu vejo que uma frase que ela sempre me falou nunca fez tanto sentido: ninguém te ama mais do que eu, ninguém quer o seu bem mais do que eu. E isso é verdade porque com a minha filha eu sinto isso. Ninguém quer o bem dela mais do que eu. O amor de mãe é inexplicável. É tão grande e tão forte que às vezes parece que tentar por em palavras é bobagem, porque parece impossível,” acrescenta.
Lara abraçou a maternidade como a melhor coisa de sua vida. Ela conta que a felicidade transborda com cada descoberta desse processo e que um buraco que ela nem sabia que existia foi preenchido. As coisas mudaram em sua vida com a chegada de Jade, os planos não são mais pensados individualmente.
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Melissa Miranda, aluna de Jornalismo da Universidade Fumec, abordou a pandemia do Coronavírus em seu trabalho de conclusão de curso. Por meio da produção da reportagem televisiva, “Pandemia de Covid-19: as consequências de uma política que mata“, ela entrevistou fontes oficiais, especialistas e testemunhais, na perspectiva das consequências da gestão do governo federal durante o período pandêmico no Brasil.
Em entrevista ao Conecta, a estudante pontua que a relação entre a política e a vacinação chamou a sua atenção e levantou questionamentos. “Eu ficava pensando como pode uma pessoa deixar de vacinar porque um político falou?”. Melissa alerta para o risco de que a pandemia de Covid-19 seja tratada como inexistente por muitas pessoas, assim como a ditadura militar no Brasil.
Durante a produção do trabalho, o país passava pela campanha eleitoral de 2022. O resultado do processo chamou a sua atenção, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou em Manaus, uma das cidades que sofreu com a falta de oxigênio e negligência do governo.
O principal “obstáculo” foi pensar o produto de uma forma que não ficasse datado, conta Melissa. “Tem que ser uma coisa que a pessoa vá assistir daqui 10 anos e consiga entender”. A reportagem analisa condução a pandemia pelo governo, retratada por meio das declarações públicas do ex-presidente.
“Desde quando eu entrei na faculdade, tinha um objetivo que era fazer um produto para TV. Eu queria fazer uma reportagem para TV porque, dentro do jornalismo, é a área que eu mais gosto e que eu mais me identifico também. Gostei muito do resultado”, avalia Melissa. “Terminei esse processo com a sensação de ‘nossa, eu realmente dou conta de fazer uma produção, de fazer uma edição, de fazer a pauta, de fazer as imagens que precisar”, então tive a sensação de que eu passei por esse processo tendo a certeza que eu dou conta de fazer todos os processos da TV’.”
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Por Yasmin Mello
Dos dias 11 a 14 de maio acontece a segunda edição da Festa da Luz, um circuito de arte e música montado no hipercentro da capital mineira, com intuito de ocupar o centro e suas obras arquitetônicas usando a tecnologia para criar novas memórias na cidade.
A primeira edição ocorreu em outubro de 2021, ainda no contexto da pandemia. A nova edição, em 2023 — logo após o fim da emergência de saúde pública pela Covid-19— dá um gosto maior de celebração, com uma festa do tamanho que Belo Horizonte merece, e o mais importante: com segurança.
Leia mais em O Ponto.
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Por Larissa Figueiredo
Não tem graça viver sem Rita. Ver um dos maiores ícones brasileiros partir em meio a uma crise generalizada e desesperadora da falta de ídolos deixa uma sensação de vazio, mas mulheres como Rita Lee estão cravadas na história contemporânea e nunca partem.
Para cada um de nós, Rita Lee Jones de Carvalho deixa um legado. Em homenagem, a turma do 5º período de Jornalismo da Universidade Fumec deixa seu tributo por meio das contribuições e impacto da rainha, mas não monarca, do rock brasileiro em nossas vidas. E quem disse que só as celebridades têm o que falar sobre Rita?
Pioneira na música
Para Arthur Mesquita, “Rita ajudou a transformar a música brasileira com sua ousadia e essa é a palavra perfeita para descrever Rita Lee: Ousadia. Rita sempre gostou de incomodar, de causar e nunca escondeu quem era. Rita Lee era o rock em pessoa.”
Ela foi capaz de impactar o mundo todo com sua potência de rockstar, mas também entrava nos lares brasileiros como uma amiga íntima. “Quando eu era mais novo, lembro de ver meus pais cantando e dançando várias músicas da Rita Lee…Sempre que tocava uma música dela, lembro-me de meus pais se
divertindo e dançando”, afirma Kailan Nunes.
Para Laura Mariano, não foi necessário pesquisar quem era Rita Lee: “Nunca precisei dar play em alguma música dela, tendo em vista que uma vez ou outra minha mãe escutava suas canções em um rádio pela casa, ou quando assistia familiares cantarem em festas ‘Lança Perfume’ nas alturas.”
O que explica o grande sucesso das novelas no Brasil é a identificação do público com as tramas, muitas delas embaladas ao som de Rita Lee. “Algo que me marcou bastante foi quando assisti a reprise da novela Mulheres de Areia e uma das músicas da trilha sonora era Ovelha Negra”, afirma Ana Luiza Adolfo.
E completa: “Na novela, a música era tema da personagem Malu, interpretada por Vivianne Pasmanter, que era uma mulher rebelde, queria contrariar os padrões e ser dona do próprio nariz. E foi exatamente essa a visão que eu criei de Rita Lee, a mulher que queria contrariar os padrões. Errada? Não! Necessária.”
Falando em Ovelha Negra…
Em seu último show em 2012, Rita Lee foi presa após confrontar policiais que
estavam fazendo uma operação na plateia. Segundo Ricardo Soares, que passou a admirar a roqueira por sua postura política neste episódio, a Polícia Militar, que é um instrumento de opressão e que se torna ainda mais maléfica quando confrontada, teve que ouvir da artista nacionalmente conhecida as seguintes expressões: “cachorros ” e “f.d.p”. “A repressão das polícias militares contra minorias é algo constante no Brasil, a sensação de uma ‘instituição intocável’ não passou impune aos olhos de Rita Lee que foi detida, mas não se acovardou”, ressalta o estudante.
Amor & Sexo & Luta
Tanto politicamente quanto culturalmente, é inegável sua importância; afinal, uma mulher ter sido um dos principais destaques na década de 70, a era de ouro do rock, em tempos em que o machismo era escancarado, representa muita coisa.
“Na minha opinião, durante seus 39 anos de carreira, seu álbum mais impactante foi ‘’Fruto Proibido’’. Álbum que contém o sucesso ‘’Ovelha Negra’’. Para mim, não tem nenhum significado fora do padrão, mas é uma música que muitas pessoas se identificam com a letra”, afirma Vitor Rodrigues.
Para Maria Eduarda dos Santos, “a revolucionária Rita Lee fez arte, por amor e com amor, nos ensinou a quebrar padrões, a entender que nós mulheres temos espaço para ser quem quisermos e onde quisermos.”
Já para Samuel Fernandes, “Lee é tratada por muitos pela pessoa que viveu, não só viveu de passar na terra, mas sim de viver o que a vida tem a oferecer. Experimentou de tudo e deixou um legado de liberdade de ser o que você quiser sem barreiras.”
Henrique Gil conta que ouvir Rita Lee é recordar da força e resistência de sua própria mãe. “Para muitas mulheres, como minha mãe, era referência do que significava ser livre e viver como queria. Lembro até hoje das diversas vezes que, quando eu ainda era criança, minha mãe cantou e, em alguns momentos,
até chorou entoando um clássico de Rita Lee, Ovelha Negra. Dizia que era a música que a representava, uma vez que sempre foi a pessoa que pensava diferente da família, que questionava e se posicionava. Para ela, a ovelha negra era na verdade livre. E acredito que para a Rita também.”
Rita Lee é a chama viva e irreverente de um passado difícil. “Eu nasci em 2002, um ano antes do lançamento da música Amor e Sexo. Aos 21 anos, para mim, falar sobre sexo é tão comum que beira a banalidade. Em 1972, quando Rita deixou Os Mutantes e seguiu carreira solo, as mulheres lutavam para ter acesso aos métodos contraceptivos e à liberdade sexual. “Amor e Sexo” é quando Rita usa a música para fazer o que sabia fazer de melhor: lutar por um mundo diferente. É quando uma mulher fala mais de 20 vezes em cerca de dois minutos a palavra proibida”, afirma Larissa Figueiredo.
Para Ana Luisa Fonseca, ela inspirou várias mulheres a normalizarem seus desejos sexuais, além de se aceitarem sem ter que seguir o padrão de moça de família “recatada e do lar”, imposto pela sociedade tradicional.
Para Yasmin Mello, Rita Lee está até em sua cor preferida: “A presença do vermelho na minha vida vem muito da Rita, minha personalidade vem muito da Rita. Ídolo da minha mãe, ídolo de todo um país, sendo definitivamente uma das maiores pessoas que já pisaram nele. Rita Lee era quem era, tinha o talento que tinha, e era amada e odiada por isso. Símbolo de várias lutas, sinônimos de tantas causas, Rita Lee foi uma luz em uma época que o país necessitava desse brilho.” Luz essa que não se apaga agora, e vai continuar a ser passada de geração para geração.
Ainda segundo Yasmim, Rita Lee teve a honra de descansar como poucos artistas do Rock’n’Roll conseguiram, aos 75 anos, já aposentada, cercada de seus filhos, netos e seu grande amor Roberto de Carvalho. A rainha do rock se manterá viva em todas as suas obras e em toda ovelha negra que se sente
acolhida por suas palavras. “Me dando a liberdade de corrigir suas próprias palavras: Era sim um bom exemplo, bem além de uma pessoa só gente boa.”
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Por Gabriela de Castro
Entre os dias 10 e 31 de maio, a galeria Quarto Amado apresentará desenhos da artista Céu Teixeira. “É da Mistura que Surge a Magia” pretende ser uma exposição que aborda as percepções da artista durante a infância e sua forma lúdica de interpretar o mundo.
Leia mais em O Ponto.
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Por Gabriela Oliveira
A 25ª edição do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FestCurtasBH) acontece entre os dias 6 a 15 de outubro de 2023, no Palácio das Artes. Filmes de até 45 minutos produzidos entre 2022 e 2023 podem ser inscritos até o dia 5 de junho de forma gratuita pelo site oficial do evento.
O FestCurtasBH não só exibe e premia curtas metragens contemporâneos, como também promove debates, cursos e seminários. Depois do período do Festival em Belo Horizonte, é estabelecido um catálogo para uma programação itinerante, que percorre mais de 30 cidades no interior do estado.
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Por Larissa Figueiredo
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Por Maria Victória Moreira
Um estudante de 13 anos assassinou uma professora e feriu outras três pessoas na manhã do dia 27 de março, na Escola Estadual Thomazia Montoro, Zona Oeste de São Paulo. No início de abril, outros dois crimes capturaram a atenção e preocupação das autoridades e da população. No dia 5 de abril, um homem, portando uma machadinha, invadiu uma creche em Blumenau (Santa Catarina) e cometeu homicídio contra quatro crianças. Menos de uma semana depois, um adolescente de 13 anos esfaqueou três estudantes em Santa Tereza de Goiás (GO).
Nas redes sociais, a idolatria por massacres e homicidas mostra-se crescente entre fóruns extremistas. Até mesmo em camadas mais “superficiais”, como nas redes sociais TikTok e Twitter, pode-se encontrar perfis que compactuam com a violência e vídeos que exaltam os criminosos. Além disso, ameaças de possíveis atentados são disseminadas na web. Os usuários responsáveis pelas publicações se apropriam de imagens ou vídeos virais para “divulgar” datas e locais onde criminosos irão agir. Uma das datas mais recorrentes é o dia 20 de abril.
No dia 20 de abril de 1999, Eric Harris e Dylan Klebold assassinaram 12 alunos e feriram mais de 20 pessoas em ataque à Columbine High School. Durante a investigação, foram encontrados vídeos e materiais postados na web que provavam que a dupla planejou o crime com antecedência. Harris e Klebold cometeram suicídio no dia do atentado.
A data marca também o aniversário de Adolf Hitler, líder do Partido Nazista. Em coletiva no dia 12 de abril, o ministro da Justiça Flávio Dino relacionou a data e os acontecimentos. Dino citou também o caso do adolescente de 14 anos apreendido por suspeita de planejar um ataque em escola no Rio Grande do Sul. O jovem portava material de apologia ao nazismo.
Em razão dos crimes e ameaças, o vereador Adriano La Torre (PDT) entrou com um requerimento que solicita o decreto de ponto facultativo no dia 20 de abril. Apesar da rejeição do decreto, nenhuma ocorrência foi registrada no dia 20.
Em entrevista ao Conecta, a psicóloga e professora da Universidade Fumec, Maria do Carmo Sousa, analisa a recorrência dos ataques. “É importante percebermos que não se trata de um evento isolado e, portanto, não podemos responder de forma isolada, embora seja uma tendência do nosso tempo que está produzindo sujeitos mais individualistas e que buscam respostas rápidas e estanques para situações diversas. Não podemos dar ênfase apenas ao bullying ou episódios que envolvem a saúde mental dos agressores. Precisamos voltar o nosso olhar para o contexto e lembrarmos que os sujeitos são históricos e inseridos no tempo histórico, econômico e político que impacta suas subjetividades e que elas são expressas, objetivadas neste tempo.”
A professora pontua que elementos internos e externos ao ambiente escolar precisam ser levados em consideração. “Os estudantes e todos presentes na escola são mediados pelo conjunto de relações ali existentes (desde o conteúdo escolar até a recreação). A gama de afetos que percorre a escola media e contribui para os processos de subjetivação dos estudantes. Então ali temos elementos internos, relacionados a essa trama escolar: bullying, brigas, lindas manifestações pela paz, diálogos e intransigências”.
Para a psicóloga, a escola pode e deve trabalhar e compreender que impacta as vivências dos estudantes e entorno. “Mas existem elementos externos: família, mídia, redes sociais, vizinhança, política, dentre outros. Tais elementos também são mediadores na subjetividade dos mesmos estudantes. A responsabilidade não pode ficar apenas na escola. É preciso dividir, responsabilizar e trabalhar com todos os mediadores.”
Ela destaca que as redes sociais estão presentes na sociabilidade dos estudantes. Discursos de ódio devem ser monitorados e também grupos com apologia ao neo-nazismo, por meio de ações governamentais. A professora pontua que as escolas são o centro para a convivência de contraditórios, onde se constrói a sociabilidade por meio de diálogos e, com os ataques, a centralidade das escolas vem se perdendo.
Para assegurar a segurança dos alunos, medidas podem ser tomadas em cenários diferentes. Nas escolas, câmeras, botões de pânico podem ser elementos auxiliares e rodas de conversas promovendo o respeito e a gentileza também podem ajudar. “A presença de psicólogos e assistentes sociais contribui imensamente para a efetivação dos planos de convivência e centralidade da escola”. No ambiente familiar, o diálogo é a peça chave para o acolhimento dos adolescentes, completa.
Em entrevista à rádio CBN, o doutor em linguística pela USP e CEO do Programa Semente, Eduardo Calbucci, afirma que é necessário, frente aos ataques, “criar ambiente em que falar sobre as próprias emoções é normal, quanto mais validar sentimentos, mais chances de criar ambientes harmônicos, e quanto mais harmônico, menos violento e agressivo.” O desafio é “dimensionar o que está acontecendo, mas principalmente compreender que as ameaças são feitas para espalhar o pânico, não pode se render ao descontrole emocional”, defende o especialista.
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Por Maria Victória Moreira
Dos autódromos para a Universidade Fumec, o programa Dentro do Grid apresenta as novidades sobre o automobilismo. Thaís e Igor, estudantes de jornalismo, comandam o projeto e compartilham a paixão pelo esporte de segunda à sexta, às 11h, na Rádio Fumec.
Em entrevista ao Conecta, os alunos falam sobre o interesse pelas corridas e a expectativa da dupla à frente do programa.
Thaís conheceu o automobilismo por meio de seu avô e se aprofundou no assunto durante a pandemia. “É o que eu me vejo fazendo daqui a 10 ou 15 anos, num autódromo falando sobre Fórmula 1”, conta. Igor, por sua vez, acompanhava o esporte na infância, mas acabou se afastando do cenário, até que em 2017 uma série despertou o interesse de novo pela Fórmula 1.
Dentro do Grid segue a programação da corrida. Thaís e Igor gravam o programa às segundas e sextas, debatendo sobre a corrida do final de semana e assuntos do meio automobilístico. A seguir eles falam sobre as motivações e os objetivos do projeto.
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Por Laura Mariano
Ricardo Soares, uma das mentes por trás do Coletivo Periódico, é aluno de Jornalismo na Universidade Fumec, mas possui uma longa trajetória na profissão — antes mesmo de ingressar no curso. Coordenador da Juventude Unida dos Países de Língua Portuguesa – JUPLP, Soares conta um pouco sobre sua trajetória no jornalismo e como surgiu o movimento para aproximar as nações em projetos que promovem o diálogo, debate e o intercâmbio cultural. A juventude desses países representa 16,4% da população que fala a língua portuguesa.
Conecta: O Coletivo Periódico começou com o evento estudantil exclusivo para uma aula, mas agora se trata de um projeto. Qual a motivação para seguir com a ideia do Periódico?
RS: Nós percebemos que falta visibilidade para o jornalismo que não se compara à importância que a profissão tem para construção de um país e sociedade. A gente entende que, como um coletivo, podemos fazer coisas muito maiores do que um evento. É criar ações, projetos e outras questões que fortalecem o nosso desempenho estudantil – nos preparando ainda mais para o mercado de trabalho, com muito diálogo de forma plural, independente e abordando todos os alunos de Jornalismo da Universidade.
Conecta: Vimos que você tomou as rédeas do evento, organizou reuniões, entre outras coisas. Há alguma influência política na sua vida?
RS: Sim, desde novo, porque eu nasci já num ambiente muito político. Sou filho de duas pessoas militantes, de partido, e isso me fez ter esse contato desde criança. Por causa disso, sempre estive querendo participar das conversas, dos debates, das discussões… isso me fez levar o movimento estudantil desde novo: no ensino fundamental ao ensino médio, sendo representante de turma ou grêmio estudantil. São coisas que me basearam para as lutas que eu tomei para mim no fim da minha adolescência e início da vida adulta.
Conecta: Afinal, o que te motivou a ser um jornalista?
RS: Desde criança quis fazer Jornalismo. Sempre tive essa vontade e não sei exatamente o porquê, mas era o meu sonho. E com o caminhar da vida mudei um pouco de área… Fiz um período de Direito, sai. Quis fazer Relações Internacionais, Psicologia, Ciências Sociais, História… Mas a vida aos 22 anos me fez encontrar com aquele sonho antigo de ser jornalista. Além do que ter um irmão jornalista, que me motivou ainda mais a seguir em busca da profissão. O jornalismo também sempre foi muito importante antes de eu estudar, porque eu escrevia de forma independente sem imaginar que eu ia fazer o curso na Fumec. Há uns dois, três anos que eu escrevo pro portal RND, que é o primeiro portal de rap no Brasil e também escrevi por muito tempo no Norte Livre, que era um jornal associado ao portal UAI aqui de Venda Nova. E além disso, com 18 anos, cobri algumas manifestações de estudantes em Venda Nova para o Jornalistas Livres e para a Mídia Ninja.
Conecta: Há alguém que te inspire em ambos polos, tanto jornalístico quanto político?
RS: Jornalístico, que hoje é a pessoa que eu acredito que eu mais gosto da forma que faz o jornalismo, é a apresentadora do Estúdio I, Andréia Sadi. Gosto muito dela, é uma das pessoas que eu tenho mais referência. E político, eu sempre tive com o atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De todo o trabalho que ele fez como Ministro da Educação, como prefeito de São Paulo e pela sua história acadêmica.
Conecta: O Periódico não é o único coletivo que você faz parte, certo? Conte um pouco sobre os outros coletivos que você lidera!
RS: Além do Periódico (que é quase um neném, né, pelo pouco tempo de existência), eu participo e lidero outros coletivos. Aqui na região Venda Nova, sou um dos coordenadores da Brain, um coletivo cultural e social que há quatro anos fomenta a descentralização da cultura em Belo Horizonte e promove ações culturais, lazer e, principalmente, coloca as pessoas e os moradores como protagonistas da própria história da região. E também sou coordenador da JUPLP que visa fortalecer um intercâmbio cultural, união entre as nações a partir da juventude e representar milhões de jovens espalhados por 10 países diferentes e continentes diferentes.
Conecta: Como você se sentiu quando viu que o evento realmente ia dar certo, mesmo com o prazo curto e algumas complicações no andamento?
RS: Eu percebi que o evento ia dar certo a partir do momento que a ideia foi concebida! Porque as pessoas que estavam participando dessa construção e dessa organização são pessoas absurdamente incríveis e por isso que se chamam coletivo: porque é um trabalho de união de várias pessoas. A partir do momento que eu vi que a ideia surgiu, eu tinha certeza absoluta que o evento ia ser um sucesso, assim como os futuros, que eu tenho certeza que vão ser. Porque são competentes, ativas, preocupadas, têm uma criatividade enorme e isso é um efeito cascata… porque influencia os outros. Eu aprendo com todas essas pessoas e também divido qualquer coisa possível que vier positiva a partir do Coletivo Periódico.
Conecta: Há algum planejamento para a próxima ação do Periódico?
RS: Eu digo que há muitas coisas a se conversar, a se preparar… E acredito também que quando tivermos tudo organizado, as pessoas vão saber quais serão os nossos próximos passos. Mas o momento agora é de colocar as coisas no lugar, para a gente poder dar um impulso ainda maior.
Leia também: Jornalistas debatem desafios do futuro profissional
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Por Maria Victória Moreira
Mãe Terra, trabalho de conclusão de curso da ex-aluna Pollyana Gradisse, foi exibido, em 21 de março, para alunos das disciplinas Comunicação e Cultura e Legislação e Ética em Jornalismo.
O documentário tem como foco a pauta indígena no espaço urbano. Na região metropolitana de Belo Horizonte, existe uma variedade de grupos étnicos, como Aranãs, Xakriabás, Kaxixós, Karajás, Guaranis, Pataxós, Kamakã e Pataxós hã-hã-hãe, e outros. Entretanto, há uma falta de políticas públicas para indígenas.
Mãe Terra aborda a luta por direitos dos indígenas residentes na RMBH e relaciona a importância do território na cultura indígena com o protagonismo feminino no movimento por direitos associados à vida na cidade. Foram entrevistadas mulheres que exercem a liderança coletiva em relação às tradições culturais, experiências urbanas, conquistas e desafios da luta dos indígenas.
No dicionário Guarani, significa a representação feminina da natureza, mãe de todos, capaz de mudar todo o sentido na vida de muitas pessoas, trazendo prosperidade, sustento e boas energias. Dessa forma, o título ressalta a importância central do território na cultura indígena, relacionando-o com o protagonismo de mulheres no movimento de luta por direitos associados à vida urbana.
Em entrevista ao Conecta, Pollyana fala sobre a motivação e a importância da realização do projeto.
Ela complementa: “A importância eu vejo que é realmente dar voz para essas mulheres, a luta indígena e a minoria. E assim, que eles tenham respeito, que eles tenham espaço na cidade. E que cada vez mais eles conquistem tantos espaços, seja na política, seja na educação e que tenha respeito principalmente”.
Avelin Buniacá, uma das indígenas entrevistadas, é coordenadora do Comitê Mineiro de Apoio à Causa Indígena, um coletivo que batalha pelos direitos dos indígenas na cidade e por essas políticas públicas. Além disso, ela é a 1ª candidata a Deputada Estadual em MG.
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Por Maria Victória Moreira
Antecipando a comemoração do Dia do Jornalista, celebrado no dia 7 de abril, encontro organizado pelo Coletivo Periódico reuniu na Fumec profissionais da área para debater o futuro profissional do jornalista. O bate-papo, realizado na manhã desta quarta-feira (29/03), foi mediado pelo aluno da graduação da Fumec, Arthur Mesquita, e reuniu jovens profissionais do mercado: Duda Gonçalves, Dani Franco e os ex-alunos Lucas Rage, Duda Ramos e Ricardo Guimarães.
O Coletivo Periódico, movimento dos alunos do quinto período, objetiva valorizar o jornalismo e os jornalistas da Fumec.
A roda de conversa pautada pela atualidade tratou de temas que movimentam o cenário profissional da comunicação. Com base em experiências, os convidados discutiram sobre a presença das novas ferramentas tecnológicas no mercado de trabalho, como ChatGPT e inteligência artificial. Além disso, analisaram a influência das fake news no setor, como refletiu Lucas Rage, coordenador de jornalismo da Rede 98 e apresentador do Rock News.
Em discussão sobre os formatos jornalísticos e o papel multiplataforma do jornalista, Dani Franco, editora-adjunta de produção audiovisual do O Tempo, falou sobre as diferentes funções desempenhadas e a demanda do mercado.
A inserção das plataformas no campo jornalístico também se estende pelas redes sociais. Ricardo Guimarães, diretor da empresa de assessoria de imprensa RG Comunicação, reforçou a importância da veracidade na produção de conteúdos direcionados para o público que se informa por meio das redes.
A presença de três mulheres, com diferentes características, possibilitou a discussão acerca de gênero, raça e oportunidades no mercado da comunicação. Duda Gonçalves, repórter esportiva na ESPN, deu o seu depoimento sobre os obstáculos enfrentados por ser uma jornalista negra no cenário esportivo.
Duda Ramos, repórter e produtora na TV Band Minas, pontuou a utilização da publicidade no corporativismo, por meio de discursos que visam atingir minorias.
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Por Larissa Figueiredo e Yasmin Mello
Em comemoração ao Dia do Jornalista, 7 de abril, alunos da Fumec convidam jornalistas para debater o futuro da profissão.
Estarão presentes:
As turmas dos cursos de comunicação participam do debate que contará com blocos temáticos, durante os quais os profissionais compartilharão vivências, interagindo e respondendo às perguntas da plateia.
O evento ocorre na quarta-feira, 29, com início às 7h30 na sala B310 do FCH.
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Por Maria Victória Moreira
A campanha “Seja pra quem for, seja um doador”, realizada na última terça-feira (21/03), foi organizada por alunos de Biomedicina, em parceria com o Hemominas.
O coordenador adjunto do curso de Biomedicina, Cezar Augusto, conta que a iniciativa surgiu a partir da demanda de um aluno que mostrou interesse em doar sangue e, diante dessa procura, foi feito o contato com o Hemominas que recebeu a proposta de maneira positiva.
A aluna Bruna Braga participou ativamente da campanha e pontua que os estudantes da graduação tiveram a oportunidade de atuar em campo ao assessorar a equipe de Hemominas. Ela reforça a importância da doação de sangue que pode ser feita por pessoas com peso acima de 50kg, entre 16 e 69 anos.
O coordenador adjunto do curso de Biomedicina enfatiza que a queda nos estoques de bolsas de sangue durante a pandemia da Covid-19 motivou a realização da campanha na Fumec.
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Por Maria Victória Moreira
Mulheres em situação de rua em Belo Horizonte é o objeto de estudo da Ponte Produtora, trabalho de conclusão de curso dos graduandos em Jornalismo e Publicidade e Propaganda.
A equipe convida a comunidade acadêmica para a ação no dia 22 de março, no pátio do prédio FCH e, para o Presentation, em 27 de março, no auditório Fênix. Além disso, a produtora deu início a uma campanha de doação de produtos de higiene pessoal que serão doados posteriormente.
A proposta dos alunos é produzir um documentário sobre mulheres em situação de rua, buscando compreender as suas vivências, os desafios enfrentados e questões como higiene e segurança. O documentário adota recorte da situação em Belo Horizonte, com base no Censo Pop Rua 2022, que informa o total de 16% de mulheres, enquanto 84% são homens nas ruas da capital mineira.
A Ponte Produtora já iniciou as ações nos corredores, utilizando elementos para chamar a atenção dos alunos e estimular o pensamento sobre a temática, como as fotos das mulheres em situação de rua e a barraca.
Saiba mais no Instagram da Ponte Produtora.
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Por Maria Victoria Moreira
A Rádio Fumec abre espaço para os alunos de Jornalismo que compartilham a paixão pelos esportes. O Bate Papo Esportivo é um programa conduzido, de segunda a quinta-feira, pelos estudantes da Universidade.
O programa passou por um período de pausa em consequência da pandemia da Covid-19 e, em 2022, os alunos do curso de Jornalismo se voluntariaram para reviver o projeto.
Atualmente, a equipe é formada por Lucas Melo, Hugo Ferreira, Igor Lara, Geraldo Calixto e Matheus Henrique.
As pautas são de autoria deles, como conta Lucas Melo.
Há um ano no ar, o programa, para Melo, contribui para sua formação profissional.
Confira também a transmissão no YouTube.
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Por Maria Victória Moreira
O Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março, desde o início do século XX. Essa data marca a luta das mulheres por igualdade de direitos e oportunidades em diversas áreas da sociedade, além de celebrar todas as suas conquistas ao longo da história e o empoderamento feminino.
Atualmente, a data é celebrada com eventos, manifestações e campanhas que buscam promover a igualdade de gênero e a luta pelos direitos. É uma data importante também para lembrar que existem injustiças que precisam ser combatidas, além de ressaltar a necessidade de políticas públicas que garantam maior segurança para as mulheres.
Como mostra o estudo do boletim “Elas Vivem: dados que não se calam” ao apontar que, a cada quatro horas, uma mulher é vítima de violência. Em 2022, foram registrados 2.423 casos, onde 495 terminaram em morte. Dados fornecidos pelo Jornal Hoje mostram que, entre 164 vítimas de feminicídio em Minas Gerais, 137 não tinham medidas protetivas. Diante desses casos, as autoridades recomendam que as vítimas registrem o boletim de ocorrência e busquem medidas protetivas.
O Conecta entrevistou, em razão do dia 8 de março, duas alunas de Comunicação Social que fazem parte de uma organização de jovens militantes, o “Levante Popular da Juventude”.
Gabriela de Castro é estudante de Jornalismo da Universidade Fumec e conta que o interesse por pautas feministas, movimentos sociais e defesa de minorias começou em sua família. Durante a adolescência, morou no interior e percebeu que as discussões acerca do assunto ainda eram atrasadas, comparando-se a Belo Horizonte. Ela pontua que o episódio de estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro em 2016 foi a virada de chave para o seu interesse.
Gabriela fala também sobre o poder da mídia e a relação do jornalismo com a luta feminista.
A aluna de Publicidade e Propaganda, Beatriz Rodrigues, conheceu o movimento por meio de uma mensagem que Gabriela enviou em um grupo da faculdade. Desde então, faz parte do coletivo. Em entrevista, ela fala sobre a experiência.
No dia 8 de março às 16h, o Levante Popular da Juventude realiza um ato na Praça da Liberdade em função do Dia Internacional da Mulher.
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Por Maria Victória Moreira
Professores e veteranos de Comunicação Social mostraram, na quinta-feira (2), os produtos e as monitorias ofertadas pela faculdade, convidando os novos alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda a atuarem nos laboratórios de Jornalismo Impresso, Mídias Digitais, TV, Rádio, Redação Modelo, Fotografia, Produção Gráfica e Agência Conexão Totem. No evento foram lançadas as novas edições da Revista Ponto e Vírgula e a Revista Mediação.
O lançamento da nova edição da Revista Ponto e Vírgula do curso de Jornalismo exibiu os trabalhos dos alunos que escreveram as matérias, além de trabalharem na edição e diagramação. A estudante Júlia Rodrigues diagramou a matéria que foi para a capa da revista, além de escrever outra em primeira mão. Ela conta que desempenhar papéis diferentes afetou a sua relação com a profissão.
Júlia assinou duas matérias voltadas para o público feminino, “Violência Obstétrica” e “Redes Sociais e as críticas à pílula anticoncepcional”. Em entrevista ao Conecta, ela fala sobre esse foco no universo feminino e como foi o processo criativo.
Confira na íntegra a Revista Ponto e Vírgula.
Leia mais: Projeto de lei contra violência obstétrica é aprovado em primeiro turno na capital
Laura Mariano, aluna de Jornalismo da Universidade Fumec, é a artista por trás da capa da Revista Mediação. O convite para fazer a ilustração foi feito pela professora Maria Câmara que viu uma arte da estudante no Fumix, referente à mostra de talentos que aconteceu durante a Semana da Comunicação da faculdade. Laura conta que, durante o processo criativo, quis algo que remetesse aos jornalistas formandos, o tema “Mídia e Democracia” e o contexto político do final de 2022.
O periódico eletrônico semestral WebQualis B2 Interdisciplinar, vinculado aos cursos de Graduação em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda da Universidade FUMEC, desde 2001, é voltado para a divulgação de trabalhos acadêmicos da área. As linhas temáticas priorizadas pela revista são: comunicação, linguagem e semiótica, teorias e epistemologia da comunicação, estudos interdisciplinares da comunicação, comunicação e sociabilidade, comunicação, política, ética e cidadania, comunicação especializada e organizacional, jornalismo comparado, comunicação audiovisual, comunicação e multimídia, comunicação e cibercultura, fotografia, cinema, videoarte, música, arte digital e web-art.
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Por Douglas Hezron, Hugo Ferreira, Luccas Melo e Matheus Henrique
Considerado hobby por muitas pessoas, comprar camisas de times de futebol já se tornou um costume dos apaixonados pelo esporte, sobretudo no Brasil, onde essa paixão se inflama ainda mais. Há quem faça coleção de camisas diferentes em casa.
Porém, como acontece com quase tudo que é comercializado no país e no mundo, a pirataria começou a tomar conta também desses produtos. Devido ao encarecimento dos produtos oficiais que chegam a custar quase R $500 em algumas lojas, o mercado irregular de camisas tem se tornado cada vez mais a opção favorita dos amantes do futebol que apenas querem ter um produto que represente o seu clube, ou até mesmo a seleção.
Um estudo realizado pela Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) e encomendado pela Ápice (Associação pela Indústria e Comércio Esportivo), entidade formada por grandes empresas do setor de produtos esportivos do mundo — entre elas Nike, Adidas e Puma — mostra que quase 40% das camisas de times de futebol comercializadas são falsificadas.
Segundo a Ápice, 50% dos entrevistados da pesquisa compraram ao menos uma unidade não-original de produtos esportivos e 17% adquiriram exclusivamente unidades falsificadas. Isso equivale a cerca de 40 milhões de brasileiros comprando algum item pirateado em 2021.
São números impressionantes que demonstram um prejuízo para as marcas e clubes que comercializam produtos mas veem os torcedores utilizando peças paralelas. Segundo o levantamento do IPEC, as perdas em vendas chegaram a R$ 9 bilhão para as empresas esportivas.
Por que essas estatísticas são tão altas?
O Conecta entrevistou vendedores de lojas oficiais e de produtos pirateados, além de torcedores que têm costume em adquirir novas camisas para sua coleção e uso pessoal.
Com o crescimento do preço desses produtos nos últimos anos, até mesmo o público consumidor de camisas oficiais começou a migrar para o mercado paralelo. É o que conta Asaf Wingester, vendedor em uma loja de camisas pirateadas em Belo Horizonte: “A gente tem recebido um tipo de clientes que não fazia parte do público comprador de camisas falsificadas. São pessoas mais elitizadas e de classes sociais mais altas, mas que, devido ao que é cobrado em uma peça oficial, se torna inviável até para quem tem uma condição financeira melhor”.
O estudo ainda apresenta quem é o maior responsável pelo crescimento do comércio irregular: os sites de venda na internet. A Shopee Brasil, e-commerce que opera no País desde 2019, é o principal exemplo. São cerca de 17 mil vendedores que comercializam produtos esportivos falsificados no Brasil e no exterior, com mais de 100 mil links e seis milhões de peças. Os mais famosos são os tailandeses que produzem as peças e exportam para brasileiros que querem pagar mais barato em itens esportivos.
Em 2022, alguns clubes como o Corinthians e marcas como a Nike conseguiram remover sites e páginas na internet que comercializavam seus produtos de forma ilegal. A vendedora de uma loja de produtos esportivos licenciados Gabi Muniz tem uma opinião forte. Para ela, o ideal seria aproximar os torcedores e não forçá-los a pagar mais caro: “Não adianta derrubar os sites de venda das camisas falsificadas porque atualmente está tudo muito caro [em relação às camisas oficiais] e a maioria das pessoas sempre preferem o preço e não a qualidade dos produtos”.
É necessário também levar em conta a opinião e princípios de quem realmente movimenta este mercado: os torcedores. Com a possibilidade de importar camisas quase idênticas às originais, muitos pararam de investir alto para ter algo que representasse sua paixão pelo clube.
Torcedora e acostumada a comprar produtos na ‘Shopee’, Ana Júlia Livighi explica que as versões importadas para o Brasil possuem melhor qualidade, por isso não se importa em comprar: “Eu encontrei algumas lojas que vendem algumas falsificadas com um tecido muito bom, assim não influencia tanto na hora de pensar se compro ou não, mas as que possuem um tecido mais abaixo do comum me incomodam um pouco”.
Mas, algo poderia ser feito, não?
A pirataria é crime previsto no Código Penal com pena de até quatro anos e pagamento de multa. Além disso, os produtos falsificados não levam nenhum benefício ao clube, bônus que servia de incentivo para a comercialização de camisas oficiais.
Amanda de Oliveira é torcedora do Palmeiras e pensa que o mercado pirata perderia força se uma atitude fosse tomada pelas marcas e clubes: “As marcas poderiam fazer modelos com preços mais acessíveis. Se eu fosse comprar todo ano somente as três camisas que o Palmeiras lança, teria que gastar em torno de R$ 900. Já tentei esperar uma promoção, mas acabou não valendo a pena”.
Há também os torcedores que se recusam a comprar camisas falsificadas e que, mesmo com os altos preços, conseguem pagar pelos produtos oficiais que desejam. Nathalya Oliveira é um exemplo disso. Aos 24 anos, ela preza pela originalidade dos produtos quando vai comprar um novo lançamento: “Eu gosto das camisas oficiais para ter uma marca de cada época do meu time. Gosto de autografar algumas, então prefiro que sejam originais”, expõe a torcedora.
Matheus Barbosa também não curte comprar camisas sem beneficiar diretamente o clube, mas não concorda com os preços e taxas que são cobradas nesses produtos: “O problema dos produtos licenciados não é serem caros, mas valer aquilo que é atualmente cobrado. Uma camisa de futebol simples de torcedor não deveria custar nem 50% do valor produzido e mesmo que fosse as marcas poderiam se esforçar de alguma forma para driblar essa ‘crise’. Se nada mudar, vão continuar perdendo espaço para os produtos paralelos”.
Por que as camisas esportivas são tão caras?
Atualmente, sobre a produção das peças incide ICMS e IPI na saída do estabelecimento que fabricou. Sobre a receita de venda, o fabricante recolhe IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. Esses impostos encarecem o preço final do artigo esportivo que é repassado ao consumidor. Já quem produz o artigo pirata não paga imposto, muito menos investe em tecnologia e marketing.
A pirataria é um crime que precisa ser combatido. Mas o desejo de representar o seu clube do coração com uma camisa custar tão caro ao bolso do brasileiro que, geralmente tem baixo poder aquisitivo, deve ser priorizado, para acesso do torcedor ao produto.
Confira o episódio do podcast “Além do campo” que discute o mercado de camisas de futebol.
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Mesmo com as lutas histórias para assegurar o direito ao voto para todos, muitos têm optado por não ir às urnas no Brasil. Confira a discussão sobre o assunto no Podcast Fale de Política: Meritocracia do Voto.
Por Ana Luísa Fonseca, Pedro Oliveira, Thaís Amorim e Rebecca Soares
Podcast: Fale de Política: Meritocracia do Voto
A meritocracia é um tópico polêmico nas discussões atuais, mas, em uma democracia, ela pode se tornar possível, desde que as pessoas possam começar do mesmo ponto de partida, ou seja, da oportunidade de voto defendida pela Constituição brasileira. Infelizmente, casos recentes nas eleições provam o contrário.
O voto é um direito de todo cidadão que se enquadre nos requisitos exigidos pela Lei e deseje participar do período eleitoral, mas ele também possui o direito de abdicar do voto. Na eleição deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que os estados brasileiros oferecessem transporte público gratuito, assegurando a locomoção do eleitor à sua seção, no segundo turno, realizado em 30 de outubro.
Na contramão do STF, alguns municípios não aderiram à medida. Além disso, fatos de maior gravidade foram registrados em estados do Nordeste, região onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vitorioso com ampla vantagem. Houve relatos de blitz da Polícia Rodoviária Federal a carros de eleitores, procedimento proibido no dia.
É certo que o voto é a forma mais direta e produtiva de contribuir para o futuro do país. De acordo com a professora de Ciência política, Tereza Sader, o eleitor manifesta o que quer para a situação política do país por meio do voto.
“A democracia emana do povo, eu só posso exigir se eu contribuir, é uma contrapartida. A população tem que participar e no momento certo. Não adianta ir pra rua agora, claro que as manifestações são legítimas e um direito constitucional, mas eu preciso exercê-las no momento certo pra que elas tenham o devido efeito.
Vale ressaltar que votos brancos e nulos não representam abstenções e são legitimados no momento da apuração. Tais votos não favorecem candidatos que estão liderando a votação, como muitos pensam, mas quem não vai às urnas põe em risco seus direitos como cidadão e desvaloriza o histórico de lutas para que todos possam votar.
Luta histórica
A primeira experiência de voto no Brasil data de 1532, na Vila São Vicente, propriedade de colonos portugueses, em São Paulo. A decisão da vez elegeria, indiretamente, os membros do Conselho Municipal da vila. Seis nomes foram selecionados para votar em nome da população.
A partir desse episódio, pode-se traçar um panorama de desdobramentos que garantiriam que todos pudessem eleger seus representantes do executivo nas esferas federal, estadual e municipal no país. Contudo, nos últimos anos, observa-se um alto número de eleitores que dispensam a oportunidade de fazer valer sua voz, através da urna eletrônica.
No dicionário, o conceito de democracia refere-se ao regime onde todos têm direito à participação na vida política do país. Entretanto, a democracia brasileira pode ser considerada instável já que, além da censura na ditadura militar de 64, no Brasil, as mulheres só começaram a poder votar e serem votadas a partir de 1933, com restrições.
A igualdade de direitos eleitorais entre homens e mulheres só foi conquistada em 1965. Hoje em dia, há um aumento da participação feminina e de outros grupos minoritários como negros, indígenas e LGBTQIAP+ como eleitores e como representantes da população, a exemplo das deputadas federais Duda Salabert, Benedita da Silva e Célia Xakriabá.
Valorizar o ingresso de minorias na política nacional é contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Além disso, constitui, ainda, um caminho para combater preconceitos de gênero, raça, classe social, ou mesmo, local de origem, ou em casos de xenofobia.
Quem deve votar?
De acordo com a legislação eleitoral vigente no Brasil, o voto é obrigatório àqueles que são alfabetizados com idade entre 18 e 69 anos, sendo facultativo aos jovens de 16 e 17 anos e pessoas acima dos 70. Caso não participem, os eleitores que são obrigados a votar devem justificar seu voto, para regular sua situação na Justiça Eleitoral.
É importante saber que, ao não justificar a ausência do voto e pagar a multa, o eleitor pode sofrer punições como a impossibilidade de tirar seu passaporte ou RG, de participar de concursos públicos e ser impedido de votar no futuro. Nas eleições deste ano, o valor da multa para quem não votou, sem justificar a ausência na votação, é de R$3,50.
Riscos da abstenção
A alta abstenção no primeiro turno das eleições de 2022 foi listada como um dos fatores que poderiam ser decisivos para o desfecho do segundo turno. Nesta eleição, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 30 milhões de eleitores dispensaram seu direito de ir às urnas, gerando o maior número de não-participantes nas eleições desde 1998.
Teoricamente, ao se abster, o eleitor provoca a redução de votos válidos, ou seja, as escolhas direcionadas a candidatos ou partidos. Vale ressaltar que a abstenção não é idêntica aos votos brancos ou nulos, pois, quem escolhe pelas duas últimas opções vai às urnas para depositá-las, já aquele que se absteve não compareceu à sua seção.
É importante que os motivos que levam pessoas a não votar sejam legítimos e diversos. Além disso, ele pode estar contribuindo para o sucateamento da democracia brasileira. Para Sader, a polarização política no Brasil pode ser um dos motivos para sensações de desesperança, resultando em níveis altos de abstenções.
“Eleições como a de 2014, entre a ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, e o deputado federal, Aécio Neves, do PSDB. Era a 6ª disputa entre as duas lideranças políticas do Brasil. Em pesquisas, acreditava-se que a polarização havia cessado. Todavia, o impeachment de Dilma, e outros episódios, mostraram o contrário”, analisa Tereza Sader.
Votar mesmo sem obrigação
Fernanda Montenegro é uma das celebridades que, mesmo sem ser legalmente obrigada a votar, não deixa de comparecer às urnas. Em outubro, a atriz declarou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, através de seu Instagram.
Na votação deste ano, constatou-se um aumento da participação de jovens e idosos de 16 e 17 anos, e a partir dos 70 anos, sendo que essas pessoas não são obrigadas a votar. Em comparação com o período eleitoral de 2018, o número de idosos a partir dos 70 anos que votaram cresceu 23%.
Os dados do TSE deduzem, ainda, um crescimento do interesse dos jovens em contribuírem na vida política do Brasil. Em 2020, o então presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso, lançou uma campanha visando engajar a juventude nas eleições. Para ele, a participação deste grupo é fundamental para a renovação e manutenção da democracia.
O voto do Brasil no exterior
As eleições gerais de 2022 entraram para a história com a participação recorde de eleitores brasileiros radicados no exterior. De acordo com o TSE, quase 700.000 pessoas estavam aptas a votar. Esse contingente é 32% maior do que durante o período eleitoral em 2018.
Os dados do TSE mostram, ainda, que Lisboa é a cidade com maior número de eleitores do Brasil. Nesse contexto, a capital lusitana é seguida por Miami e Boston, nos Estados Unidos, Londres, na Inglaterra, e Nagoia, no Japão – uma das regiões onde o ex-presidente Jair Bolsonaro conseguiu ampla vitória nos dois turnos do atual pleito. As regras eleitorais para votar no exterior são as mesmas em vigor para aqueles que moram e votam no Brasil.
O mérito do resultado do voto é garantido para todos na Constituição, mas, de acordo com os dados mencionados, muitos escolhem abdicar deste mérito, enquanto outros são barrados por agentes independentes dentro do atual governo, ao irem votar. A questão agora é arcar com as consequências de suas ações, como explica a professora.
“Acredito que eu devo manifestar o meu voto, independente de quem vai ganhar, eu preciso exercer esse voto e, quando eu não exerço, devo ficar inerte e devo permanecer inerte, se eu não fui manifestar a minha vontade eu devo aceitar tacitamente as decisões do representante escolhido pela maioria.”.
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Por Amanda Oliveira, Lívia Lavorato, Eder de Rezende e Pedro Augusto
Muita gente pode não ter reparado ainda, mas no mês de outubro deste ano o consumidor brasileiro se deparou com uma nova rotulagem na parte frontal das embalagens de alimentos. Tal mudança aconteceu porque entraram em vigor a RDC 429/2020 e a IN 75/2020, ambas publicadas em 2020, mas que somente neste ano começam a valer em todo o país.
Uma das mudanças previstas nas legislações é o novo modelo de rotulagem nutricional frontal aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estabelece a inserção de selo frontal com um símbolo de lupa, informando sobre o alto teor de açúcares adicionados (maior ou igual a 15 g), sódio (maior ou igual a 600 mg) e gorduras saturadas (maior ou igual a 6 g) – valores de referência por nutriente (a cada 100 g).
O principal objetivo é garantir mais transparência e informação para o consumidor sobre os alimentos . Mesmo com a alteração, ainda é possível encontrar no mercado produtos sem a nova rotulagem nutricional. Isso porque alimentos que já se encontram no mercado têm mais 12 meses para se adequarem. Além disso, produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim do seu prazo de validade.
O Brasil não estabelece obrigatoriedade de declaração de alto teor de calorias, nem das gorduras trans na parte frontal das embalagens, como em outros países. Mas, por outro lado, é o único país da América Latina que atrelou as informações do rótulo frontal com as normas de rotulagem nutricional. Alguns países vizinhos, como o Uruguai, Chile, Colômbia, Peru, México, e, recentemente, Argentina, também adotaram a rotulagem frontal.
Uma das principais políticas para a criação da advertência frontal nestes países da América do Sul é a prevenção e combate aos grandes índices de obesidade e doenças crônicas. A transparência de informação deverá tornar o consumidor mais consciente e atento com a sua alimentação. Um levantamento realizado desde 2006 pelo Ministério da Saúde junto à população das 27 capitais do país concluiu que, em média, 360 mil pessoas acima de 18 anos aumentaram as taxas de excesso de peso a cada ano. Dados preocupantes que podem fazer com que a população preste mais atenção no rótulo da embalagem, a fim de diminuir os índices de gordura.
Ouça o podcast “Alimentos milagrosos” sobre o assunto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, no máximo, 10% das calorias diárias sejam derivadas de açúcares, ou seja, para uma dieta de 2.000 calorias, essa taxa equivale a 50 gramas de açúcares por dia (ou dez colheres de chá). Já para o sódio a recomendação é de até 2.000 mg/dia, o que equivale a até 5 gramas de sal.
No caso das gorduras, o consumo diário de gorduras totais na dieta deve ser inferior a 30% do valor energético total (VET). De acordo com a Visanco – consultoria técnica em assuntos regulatórios, as novas normas de rotulagem vão exigir das empresas um planejamento estratégico para lidar com as diferentes mudanças dentro do prazo estabelecido para a adequação. Esse é o momento de avaliar as fórmulas, verificar se a rotulagem nutricional frontal é aplicável e definir o posicionamento em relação à necessidade ou não de reformulação de produtos.
Saiba mais: Rotulagem nutricional: novas regras entram em vigor em 120 dias
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Por Amanda Serrano
O “liberou geral” que o atual governo federal prometeu na campanha presidencial – e cumpriu após ser eleito – trouxe efeito reverso ao que a maioria esperava. Dados e pesquisas que vão além do achismo mostram que armar a sociedade traz a falsa ilusão de tranquilidade, quando, na verdade, o número de mortes em diferentes casos e camas da sociedade só aumenta. Tudo isso é o que aponta (através da análise de levantamentos de institutos e universidades que medem o impacto da violência no Brasil) o trabalho do gerente do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, compilado em “Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência”.
Segundo dados do Ministério da Saúde datados de 2019, a cada hora, sete pessoas são assassinadas no Brasil. Já sete em cada 10 homicídios que acontecem no país são cometidos com arma de fogo, número bem acima da média mundial, que é de 44 %, conforme dados da organização suíça Geneva Declaration. Para os defensores da posse de arma como legítima defesa, uma terceira estatística: no estado do Rio de Janeiro, o risco de um policial ser vítima de latrocínio é 6 mil vezes maior do que o do resto da população, isso sendo ele treinado para usar o artefato. Reagir a um roubo usando arma de fogo aumenta em 56 % as chances de morte por parte da vítima.
Leia mais: FBSP conclui que haveria menos homicídios caso flexibilização de armas não fosse aprovada
A obra explora a trilha desde a criação da arma de fogo, o efeito provocado pelo disparo no corpo humano até o controle de armas na prática, passando por índices alarmantes que demonstram, entre outros efeitos, como o afrouxamento da regulação para compra e porte de armas no país traz consequências catastróficas. O livro do advogado que possui mais de uma década de experiência na área de controle de armas de fogo fortalece a visão de que armamento sem controle é uma “máquina de moer pessoas”, como o próprio autor define.
“Na prática, este argumento do cidadão de bem armado protegendo sua família e propriedade se mostra não apenas equivocado, mas trágico. Como apontamos, as chances de uso da arma para a defesa própria são pequenas. Porém, ao trazer este instrumento para seu dia a dia, as chances de tragédias acontecerem são muitas”, afirma Langeani.
“Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência” dedica uma seção para investigar a origem das armas e munições do crime e suas principais fontes de abastecimento. Uma reunião de pesquisas demonstra que o principal problema ainda são armas fabricadas domesticamente, vendidas no país e depois desviadas para o mercado ilegal.
Tão importante quanto examinar o problema que é cerne da violência no Brasil, “Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência” reserva um capítulo inteiro às possíveis soluções para um país onde uma minoria de estados conta com delegacias especializadas em combate ao tráfico de armas e munições.
“Minha intenção com este livro é que, justamente, ele possa contribuir tanto com quem considera a compra de arma, como para que formuladores de políticas e gestores alcancem melhores resultados na promoção de segurança pública”, finaliza o autor.
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Por Daniel Fagundes, Felipe Campos e Pedro Paiva
Entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro, acontece a Copa do Mundo no Catar, o Brasil que está no Grupo G, juntamente com Camarões, Suíça e Sérvia, estreia nem 24 de novembro contra Seleção da Sérvia. Mas como vem a Seleção Brasileira para a disputa de mais um título mundial?
Após a eliminação para a Bélgica na Rússia em 2018, o Brasil é o país com o melhor aproveitamento entre todas as seleções que disputarão a Copa, com 36 vitórias, 10 empates e apenas 3 derrotas, números que credenciam os comandados de Tite a um dos favoritos a levantar a taça ao final da competição. Apesar da Derrota na última Copa América para a Argentina, se classificou em primeiro nas eliminatórias com uma invejável campanha de 45 pontos, com 14 vitórias, apenas três empates e zero derrotas.
Mesmo não tendo enfrentado grandes seleções europeias, o técnico Tite conta com a grande maioria de seus subordinados atuando em alto nível em solo europeu, em disputa com os principais campeonatos do mundo. Vale ressaltar que a temporada europeia se iniciou no meio do ano e jogadores que jogam por lá estão no meio de suas temporadas, enquanto aqueles que atuam no futebol Sul-Americano terminaram as suas.
A convocação anunciada por Tite aconteceu em 7 de novembro e contou com os seguintes jogadores:
Ouça o podcast Brasil na Copa que debate a perspectiva de desempenho da seleção brasileira.
Defesa
Para a posição de Goleiro temos Alisson, Ederson e Weverton. Alisson que vem sendo titular com Tite desde a última Copa, deverá novamente ser titular, com Ederson como Reserva, e Weverton do palmeiras como terceira opção. Todos os três vêm fazendo boas campanhas em seus clubes, segundo o Site Ogol, especialista em dados esportivos, Alisson atuou em 08 partidas na atual temporada europeia e sofreu apenas 11 gols, enquanto Ederson disputou 10 jogos e foi vazado em 10 oportunidades, já Weverton vem sendo um dos destaques de sua equipe, o Palmeiras na temporada e sofreu apenas 37 gols em 54 oportunidades.
A posição de Zagueiro conta com os selecionados Bremer, Militão Marquinhos e Thiago Silva. Bremer, segundo dados do Site SofaScore, especialista em estatísticas, já disputos 7 jogos nessa temporada (todas como titular), e possui uma média de 0,9 desarmes e 2 interceptações por jogo, Militão que vem de grande ano pela equipe do Real Madrid, já disputou 4 jogos e média de 1,5 interceptações e desarmes por jogo. Marquinhos um dos pilares do PSG já disputou 8 partidas (7 como titular) e possui média de 1,4 interceptações e 1,1 desarmes por jogo. O experiente Thiago Silva já entrou em campo em 6 oportunidades e possui média de 1,8 interceptações e 2,2 desarmes por jogo.
Nas laterais contamos com Danilo, Alex Sandro, Alex Telles e Daniel Alves do Pumas do México. Danilo e Alex Sandro vem atuando regularmente pela Juventus, porém somente Alex Sandro distribuiu uma assistência na temporada, segundo o site Ogol. Alex Telles trocou o Manchester United pelo Sevilla por empréstimo nessa temporada, porém já disputou 7 jogos contribuindo com uma assistência. Enquanto Daniel Alves é o que está mais em baixa, e não vem de boa temporada pela sua equipe no futebol mexicano.
Meio de campo
Para o meio de campo as opções são: Bruno Guimarães, Casemiro, Everton Ribeiro, Fabinho, Fred, Paquetá, além de Philippe Coutinho e Douglas Luiz do Aston Villa que também vem sendo convocados regularmente. Bruno Guimarães vem em Alta é um dos Destaques do Newcastle mesmo ainda não tendo balançado as redes o distribuído alguma assistência. Casemiro que trocou o Real Madrid pelo Manchester United nesta temporada é um dos homens de confiança do técnico Tite e é presença garantida para a Copa, Everton Ribeiro, que voltou a jogar bem pelo Flamengo sob o comando do técnico Dorival Júniror, já disputou 62 jogos esse ano com 9 gols e 9 assistências.
Fabinho é um dos pilares do time do Liverpool e também é presença garantida na no Mundial, principalmente pela sua polivalência, podendo também atuar nas laterais. Fred, apesar de não vir bem no Manchester United possui a confiança de Tite, mas pode ter sua convocação ameaçada por Douglas Luiz do Aston Villa que já marcou 2 gols em 7 jogos nessa temporada. Paquetá é um dos destaques não só da Seleção, como de seu novo clube nessa temporada, o West Ham da Inglaterra e com certeza será titular na Copa. Philippe Coutinho vem de más atuações e ficando na reserva em seu clube, e precisa mostrar mais futebol para ter chances de ser convocado.
Ataque
Principais esperanças de gols da torcida brasileira, os atacantes são Antony, Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli, Neymar, Pedro, Raphinha, Richarlison, Rodrygo, Vinicius Júnior. Antony, após boa temporada pelo Ajax, se transferiu para o Manchester United, já tendo disputado 6 jogos por sua nova equipe com 3 gols e 2 assistências, segundo o site OGol. Gabriel Jesus destaque do Arsenal que já anotou 4 gols e distribuiu 3 assistências em 8 jogos. Gabriel Martinelli também vem sendo um dos destaques do Arsenal, assim como o xará Jesus.
Neymar é grande esperança de todos os brasileiros para a conquista do sonhado hexa campeonato, e os números empolgam, o craque brasileiro já anotou 11 gols e distribuiu 8 assistências pelo PSG, e chega com tudo no Catar. Pedro talvez seja o Camisa 9 em melhor fase, e é um dos principais jogadores do Flamengo no ano com 25 gols e 7 assistências em 54 jogos. Raphina rapidamente chegou e se tornou titular do Barcelona, um dos maiores clubes do Mundo, e parece ter vaga garantida na Copa. Richarlison também, principalmente pelo futebol que apresenta na seleção, deve ir ao Catar. Enquanto Rodrygo e Vinicius Júnior, que vêm de um ano mágico pelo Real Madrid, com direito a conquista da Champions League como protagonistas, não precisam provar mais nada para garantirem seus lugares no Mundial.
Confira a opinião dos comentaristas esportivos: Bob Faria (98 FM e Portal Superesportes), Diego Domingues (Globo) e Leonardo Gimenez (Itatiaia).
Com todos esses bons jogadores, protagonistas em seus clubes, como há muito não se via na seleção brasileira, é inegável o favoritismo do Brasil e milhões de brasileiros contam com o talento dos atletas para conquistarem o tão sonhado hexa, justamente no ano que faz 20 anos da conquista do penta.
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Por Maria Victória Moreira
Pegue o que precisar, deixe o que puder. A “Semana de Troca Solidária” estimula a leitura através de doações. Alunos que passarem pela biblioteca da Universidade Fumec poderão adquirir ou doar livros.
O auxiliar administrativo e responsável pela “Semana de Troca Solidária”, Eduardo Sousa, conta que o evento é realizado desde 2010. “A gente recebe diversas doações durante o ano e fazemos uma triagem”, explica.
Sousa explica, em entrevista, o funcionamento do evento e como são feitas as doações:
O jornalista e técnico da universidade, Ricardo Davidovsk, não perdeu a oportunidade de adquirir e doar livros. “Eu acho uma iniciativa muito positiva porque além de você ter acesso a novas histórias, novos livros, conhecimentos, você pode ter a oportunidade de compartilhar alguma coisa que você gosta com a galera da faculdade”, acrescenta.
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Por Amanda Serrano
A ex-jogadora de vôlei, Isabel Salgado, morreu na quarta-feira (16/11), aos 62 anos de idade, em São Paulo.
A atleta, que nasceu no Rio de Janeiro e foi revelada no vôlei durante os anos 1970, estava internada no Hospital Sírio-Libanês após ser acometida pela Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA).
A SARA, também chamada de Síndrome do Desconforto Respiratório Adulto (SADR), é uma condição que pode ser causada por qualquer doença que cause lesão nos pulmões. Normalmente, é consequência de infecções graves e generalizadas.
O velório está sendo realizado na capela histórica do Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio. A cerimônia de cremação está prevista para hoje, às 14h, e será restrita a familiares e amigos próximos.
A ex-jogadora atingiu o auge da sua carreira em 1980, ao se tornar a primeira brasileira a jogar em times italianos, na Europa. Isabel fez parte da Seleção Brasileira de Vôlei e participou dos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, e 1984, em Los Angeles.
Após encerrar a carreira nas quadras, Isabel entrou para o vôlei de praia, e fez dupla com Jackie Silva. Acumulou medalhas ao longo dos anos e, após se aposentar, virou treinadora.
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Por Livia Lavorato
Há 19 anos, foi aprovado o Estatuto do Desarmamento (ED – Lei 10.826/2003), uma iniciativa que partiu do deputado de direita, Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). O projeto trouxe à discussão para a Câmara, com as definições e condições para compra de armas, como ter no mínimo 21 anos; apresentar documento de identificação (RG, CPF e comprovante de residência); ter atividade legal e não possuir antecedentes criminais ou ser investigado pela polícia por qualquer crime.
Para Bruno Langeani, coordenador de Sistemas de Justiça e Segurança Pública do Instituto Sou da Paz, que esteve na Câmara Legislativa para opinar contra a flexibilização da proposta, em 2019, o uso de armas de fogo poderia aumentar o número de mortes no país. De 2010 a 2018 foram comercializadas 1,4 bilhões de munições, mas apenas 31% do total possuíam marcações de lotes que permitiam o rastreamento. Ou seja, 69% são de rotas ilegais.
Na época em que o ED foi aprovado, por pressão da indústria brasileira de munição, exigiu-se das instituições com direito ao porte de arma o cumprimento dessa na compra de munição.
Com base nos dados divulgados pelo instituto Criança Segura, que monitora regularmente as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde acerca da segurança infantil no Brasil, de 2013 a 2019, total de 621 crianças de 10 a 14 anos foram internadas com ferimentos provocados por acidentes por armas de fogo. Em São Paulo, foram registradas mais de 120 ocorrências, seguido da Bahia com 100 e Espírito Santo com 85 casos. Em 2018, o Amazonas registrou cerca de 4% da mortalidade provocada pelos mesmos, um aumento de 2,5% comparando-se aos outros Estados.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em documento publicado em setembro de 2022, o artigo concluiu que, “com base no cálculo aproximado, estimamos que se não houvesse o aumento de armas de fogo em circulação a partir de 2019, teria havido 6.379 homicídios a menos no Brasil”, e ainda que o Governo Bolsonaro foi responsável por este aumento.
No artigo publicado pelo FBSP consta: “Desde 2019, a legislação instituída pelo Governo Bolsonaro tem avançado fortemente no afrouxamento e descontrole de armas de fogo e munição”. O primeiro ano de atuação de Jair Bolsonaro foi marcado por 40 normativos que viriam em contrapartida do primeiro deferimento do Estatuto, “permitindo com que o cidadão comum tivesse acesso a armas de fogo de alto potencial ofensivo, sem haver qualquer exigência de comprovação de efetiva necessidade”. Nele, também conclui que o exército deixou de acompanhar a permissão para as munições e que os atirados desportivos pudessem obter até 60 armas, sendo até 5 mil munições para cada por ano (p.14).
Marcelo Miranda, 40 anos, natural da cidade de Raposos, Região Metropolitana de Belo Horizonte, tinha quatro anos quando foi encaminhado ao Hospital João XXIII com ferimento no braço, por acidente provocado por uma arma de fogo. O disparo também atingiu seu pai na cabeça, que acabou morrendo. Ele e sua família passaram a adotar o posicionamento contrário ao porte de armas após o incidente. Segundo Marcelo, mesmo sendo algo que o público tenha contribuído para a aprovação do plebiscito, o Estado ainda tem uma parcela de culpa por permitir a votação.
A família do fotógrafo tinha costume na prática de caça, por ser algo comum em cidades do interior. A tragédia foi marcada por um acidente, provocado por um descuido do local em que foi deixado o objeto, que acabou disparando e atingindo pai e filho. O irmão de Marcelo, o último a utilizar a arma, foi processado pelo Governo. “O Estado sempre arruma um jeito de colocar o `corpo fora`. A culpa sempre é da família, mas não do Estado que aprovou a flexibilização. A forma como a lei foi pensada e produzida vem de um histórico errado”, lamenta. Apesar disso, ele ainda acredita que o armazenamento é responsabilidade dos pais e por um “descuido”, acidentes como o que ocorreu com ele, acontecem.
Posse de armas
O Instituto Brasileiro de Opinião Pública (Ibope), no ano de aprovação da lei, divulgou que 82% das pessoas ouvidas eram a favor da posse de armas dos 145 municípios do país, por acreditarem que o regulamento diminuiria a violência, isto é, eleitores acima dos 16 anos que já possuíam direito de voto. Apesar disso, 67% tinham escutado sobre o Estatuto do Desarmamento, ou seja, 7 em cada 10 pessoas.
Para a advogada de Direitos Criminais, Lara Fabiana, a sociedade está “presa” ao paradigma de que a justiça brasileira “não é o suficiente” para manter a seguridade. “Existe todo um processo legal que ocorre por trás de cada decisão que não é passado para o público”. Segundo a criminalista, o sistema penal está “sequelado” e, por isso, os objetivos principais não são cumpridos, fazendo com que as pessoas procurem um meio de obter a “sensação de segurança”. “O ideal seria investimentos para prevenir os cidadãos, executar as leis e ressocializar aqueles que já cumpriram a pena, com base na constituição, não facilitar os meios da população em estar armada”, afirmou.
Em julho deste ano de eleições, Marcos Pollon, advogado e deputado federal eleito em outubro pelo Partido Liberal (PL), realizou um sorteio no qual uma das premiações é uma arma em divulgação nas suas redes sociais. No vídeo divulgado em podcast pelo YouTube, o político afirma que o produto se trata de uma furadeira, mas, de acordo com conversas divulgadas em grupos de whatsapp, são, na verdade, armas de fogo. Contudo, pela Lei 20.749 prevê multa de até 100 mil reais, já que a comercialização destes produtos e ilegal.
A também advogada criminalista, Carolina Mota, analisa historicamente a condição da sociedade e das leis e considera que isto ocorre por um “fenômeno sociológico, filosófico, psicológico”, que vai muito além do direito objetivo. “Inicialmente, existia o código de Hamurabi que tinha a máxima “olho por olho, dente por dente”, ou seja, as pessoas faziam justiça com as próprias mãos e o Estado agia de forma mais agressiva”, evidencia. Apesar disso, ao assumir o processo de evolução das leis, o Estado tomou para si tudo o que envolve a segurança pública e tenta, até a atualidade, combater o revanchismo.
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Por Amanda Serrano
A cantora Gal Costa morreu nesta quarta-feira aos 77 anos. Quem confirmou a informação foi a assessoria da cantora, mas a causa da morte não foi divulgada. Conhecida como um dos grandes nomes da música brasileira, Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador.
A cantora precisou cancelar os últimos shows para se recuperar de uma cirurgia realizada para retirada de um nódulo nasal. Gal era uma das principais atrações do Primavera Sound, festival de música que aconteceu no último final de semana em São Paulo, mas não pôde participar do evento.
Com um repertório musical genuíno, o que fica é a saudade. Para os fãs, o verso da música Cuidando de Longe pode servir de consolo: “Tô te cuidando de longe. Tô te amando no meu canto. Diga que está feliz. Que daqui eu vou me virando.”
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Por Maria Victória Moreira
Em entrevista em áudio ao site Conecta, a professora Maria Câmara apresenta a matéria “Fotografia Analógica”, ofertada neste semestre como disciplina optativa. A fotografia analógica envolve processos químicos para capturar a imagem, como papel ou filme e a imagem em negativo pode ser vista depois que o filme é revelado.
Câmara explica sobre processo de produção das fotos analógicas:
Para a professora, a matéria subverte a lógica: “Antigamente a gente ensinava o analógico para depois ensinar o digital. Hoje a gente precisa fazer o contrário”. E apesar de não ser tão utilizada diariamente, a fotografia analógica tem um papel importante no olhar de quem está por trás da câmera, é o que destaca Câmara.
O aluno de Publicidade e Propaganda da Fumec, Rafael Aguiar, trabalha com fotografia digital, produzida com câmeras digitais ou uso de telefones celulares, e conta como a disciplina ajudou no aprendizado que levará para a vida profissional. “Ter que esperar, ouvir mais”, relata sobre os benefícios da experiência com o processo analógico durante a disciplina.
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Por Amanda Serrano
Quem passa entre a Rua Grão Mogol com Avenida do Contorno não deixa de notar uma figura simpática, o Sr. Odilon Tavares. Há cerca de três anos, Odilon montou um sebo a céu aberto, no qual vende qualquer livro por apenas R$5.
A relação de Odilon com os livros começou quando ele ainda trabalhava catando materiais recicláveis, como papelão, garrafas PET e latinhas de alumínio. “Foi quando encontrei a sorte”, afirma.
Odilon conta que encontrava livros nas lixeiras e os levava para casa, chegando a reunir 50, 100 livros de uma só vez. Foi aí que ele percebeu um novo propósito de vida: tornar a literatura algo acessível para todas as pessoas.
Mesmo semianalfabeto, Odilon percebe a importância da leitura como um todo. “Trabalhar com livros é poder divulgar a cultura e a ciência. É um aprendizado que levamos para vida toda, eu mesmo mudei muito a minha forma de ver o mundo depois que comecei a ler mais”, declara.
Após sofrer um atentado, dois anos atrás, o Sebo do Seu Odilon conseguiu se reerguer com a ajuda da população. Em 2020, aproximadamente 3.000 livros foram queimados por um homem desconhecido. Mas, com a divulgação do caso, Odilon recebeu amparo e assistência de diversas pessoas, arrecadando três vezes a quantidade de livros perdidos em apenas dois dias.
Atualmente, o Sebo do Seu Odilon ganhou um novo espaço. Localizado na Avenida Prudente de Morais – 15, o gastropub e restaurante Quina BH reservou um local especial para receber os livros vendidos por Odilon. Diferentemente do sebo a céu aberto, os livros vendidos no restaurante podem variar entre R$5 e R$20.
Ao divulgar o espaço, a mensagem do restaurante foi: “O Quina nasceu para homenagear e enaltecer nossa capital, principalmente as pessoas que a tornam um lugar tão especial. O trato é simples, o espaço é dele, para utilizar da forma que preferir, sem custo, sem aluguel, e o valor da venda dos livros é integralmente dele. O que a gente ganha? Uma bela história para contar, um amigo e a oportunidade de ajudar alguém que merece ainda muito mais.”
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Por Maria Victória
O Centro de Referência em Atenção e Inclusão do Aluno (Cerai) presta atendimento para alunos com deficiência e/ou transtornos que afetam o desempenho acadêmico. A obrigatoriedade do serviço é garantida pela Lei de Inclusão 13.146.
Jurassa Medeiros integra a equipe do Cerai desde 2017 e explica que o atendimento prioriza a necessidade de cada aluno. “Temos alunos com perfis diferenciados como, por exemplo, os que demandam mais atenção e acompanhamento diário; os que não demandam acompanhamento diário, porém, necessitam de dilação de prazo e sala separada para realizar as provas; aqueles que demandam atendimento psicopedagógico para dialogar e organizar um cronograma de estudos; autônomos que já acostumaram com suas próprias adaptações e dependem apenas de levarmos ao conhecimento dos professores suas especificidades”, explica.
A pedagoga Nathalia do Carmo também trabalha no Cerai e acrescenta que além, desses serviços, é feita a tradução com intérprete de libras em formaturas, colação de grau e leitura de material com antecedência para alunos e funcionários da Fumec. “O atendimento é individualizado e humanizado, visando sempre o bem-estar do estudante dentro da sociedade acadêmica”, enfatiza ainda Medeiros.
Para ter acesso ao Cerai, o aluno precisa fazer um contato inicial pelo telefone (31) 3228-3020 ou pelo e-mail cerai@fumec.br. Estudantes diagnosticados devem preencher um requerimento, além de anexar um laudo que comprove a deficiência. Os demais alunos que buscam o auxílio pedagógico precisam apenas preencher o requerimento com as suas necessidades.
Também é possível entrar em contato pessoalmente, na sala B210 do segundo andar do prédio FCH.
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Por Amanda Serrano
A Universidade Fumec, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, promoveu, na manhã desta quarta-feira (26/10), um evento com o intuito de conscientizar sobre e promover a saúde. A ação foi administrada pelos alunos do curso de Biomedicina da faculdade e contou com a distribuição de camisinhas, autoteste HIV, testagem de Sífilis e Hepatites virais, aferição de pressão e de glicose.
Durante a mostra, os alunos também explicaram sobre a importância dos métodos contraceptivos. Segundo o estudante de Biomedicina, Felipe de Oliveira, trazer tais assuntos para todos da faculdade é muito importante. “Isso traz uma visibilidade maior a um tema tão importante quanto esse”, afirma.
“Em parceria com o SUS, que distribuiu os testes para a prefeitura que, por sua vez, distribuiu à universidade”, completa o estudante. Thiago ainda explica que os alunos ali presentes passaram por um curso, ministrado pela própria prefeitura, do programa “BH de mãos dadas contra a AIDS”, para poderem se capacitar e cuidar da mostra.
Gabriel Reis, também estudante de Biomedicina, estava por conta de aferir a pressão das pessoas. De acordo com ele, a ação foi organizada de uma forma na qual o indivíduo passa por uma triagem. “Medimos primeiro a pressão e a glicemia, depois encaminhamos a pessoa lá para dentro [sala], onde está ocorrendo os teste para Sífilis, Hepatites e HIV.”
Gabriel esclarece que os resultados saem entre 10 e 15 minutos e explica que o autoteste funciona com a mesma metodologia que os testes rápidos utilizados pelo SUS. “Você vai precisar fazer um swab oral (introduzir o cotonete na boca para pegar material genético através da saliva), depois deposite-o no tubo de teste, deixando a saliva em contato com o líquido reagente.”
“O reagente promove a formação de linhas no dispositivo, indicando o resultado. Se aparecer apenas uma linha, seu teste deu negativo, duas linhas, seu teste deu positivo, e se não aparecer nenhuma linha, seu teste deu inválido”, complementa Gabriel. O universitário salienta a importância de ler a bula e segui-la à risca.
O estudante de jornalismo, Lucas Silva, aproveitou a oportunidade para checar a saúde e ressaltar a relevância do evento. “A saúde sempre tem que estar em primeiro lugar. Eu torço para que a Fumec faça mais eventos como este, é uma via de mão dupla que beneficia tanto a faculdade quanto os alunos e funcionários”, declara.
Luisa Santa Casa, aluna do curso de Publicidade e Propaganda, reforça a necessidade de todos se informarem sobre o assunto. “Muitas pessoas não têm acesso ao tema, e, este evento, permite disseminar mais a informação.” Fazendo um adendo sobre o Outubro Rosa, ela comenta: “também é muito importante que, além disso tudo, a mulher faça o autoexame. Pelo menos uma vez por mês, toque os seios, conheça seu corpo e os sinais que ele te dá.”
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Por Maria Victória
A Associação de Proteção e Assistência a Condenados (Apac) é uma ONG que tem como objetivo humanizar o cumprimento das penas por meio de um método alternativo. O sistema foi estabelecido no sistema jurídico de Minas Gerais, em 1986.
O professor dos cursos de Direito e Psicologia da Universidade Fumec, Rachid Silva, é voluntário da Apac explica que “A Apac não é implantada no município sem que a comunidade local seja mobilizada por meio de uma sondagem, esclarecimento sobre o sistema e seu benefício para todos, principalmente para a segurança pública”. Ele também pontua que os condenados são tratados em situação de “recuperandos” e auxiliados por meio da atuação de voluntários.
Rachid fala ainda sobre o funcionamento da Apac e sobre a forma de integração promovida pela instituição. Confira abaixo:
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De acordo com o balanço geral da Operação Eleições de 2022 do Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgado um dia após as votações do primeiro turno, em todo o território brasileiro foram registrados 1.397 boletins de ocorrência configurados como crime eleitoral. Com base na última atualização, Minas Gerais lidera o ranking com 145 ocorrências, ficando atrás do Paraná e Goiás, com 132 e 123 registros, respectivamente.
Por Lívia Lavorato
Na última sexta-feira de setembro, a Polícia Militar divulgou que reforçaria a segurança durante o período eleitoral. Esse processo faz parte da Operação que tem como objetivo garantir a seguridade dos brasileiros durante todo o procedimento. As ações são representadas por iniciativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Polícias militares (PM), civis (PC), federais (PF) e rodoviários (PR); Corpo de Bombeiros; Ministério da Defesa; Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Secretarias de Segurança Pública, Nacional de proteção e Defesa Civil (Sedec).
Em 2020, quando Duda Salabert foi eleita vereadora em BH pelo PSOL, argumentou que o intuito das ameaças que sofreu de um grupo neonazista, durante sua campanha, era silenciar sua luta por justiça social. “Não vão me intimidar! Serão todos presos”, declarou.
Os acontecimentos mais recentes, Salabert,que se filiou ao PDT, eleita novamente e desta vez, como deputada federal e precisou comparecer ao seu local de votação em Belo Horizonte, utilizando colete à prova de balas por recomendação de sua equipe de segurança após ter recebido nove ameaças durante sua campanha em 2022.
Outro exemplo recente ocorreu em Montes Claros/MG, em 25 de setembro, onde um policial atirou três vezes no carro de som em que o candidato Paulo Guedes (PT) discursava. Ou o caso do homem que matou o vizinho por divergências políticas, na Zona Norte de Recife, na semana de eleições.
Segundo os dados levantados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), se tornou comum em anos eleitorais as ameaças devido às divergências partidárias. A média dos registros em períodos de decisões políticas equivale a 139,3 mil registros, já em épocas antes do pleito, o número reduz em 1,36%, ou seja, 137,4 mil.
De acordo com o código eleitoral, como explica a advogada Isabela Bizerra, 23 anos, o artigo nº 235 assegura a liberdade do voto. “Os eleitores que não se sentirem seguros por sofrerem algum tipo de violência moral ou física, na tentativa de violar o direito de votar, podem obter a garantia expedida por um juiz eleitoral”, explica. Ela ainda ressalta a importância da Operação, “para que isso não interfira de maneira decisiva nos resultados.”
Para registrar uma denúncia de crime eleitoral, é necessário fazer um registro de certidão referente a violação no site do TRE, que deverá ocorrer por decisão judicial ou procurar a delegacia mais próxima, para fazer o registro do boletim e do documento judicializado.
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Por Larissa Figueiredo
O candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil participa dos debates pré-eleitorais na Universidade Fumec no início desta semana. Kalil recebeu perguntas dos alunos sobre sua aliança política com o Partido dos Trabalhadores, educação, recuperação fiscal e mineração.
A entrevista feita pelo professor de direito, Antônio Marcos Nohmi, dividiu opiniões entre os alunos, que colocaram suas perguntas em uma urna e foram lidas pelo entrevistador, separadas por blocos.
Leia também: : Marcus Pestana: “Corrupção é problema de polícia, promotor e juiz”
Kalil, que foi adversário do Partido dos Trabalhadores em 2016 e 2020, revelou ter se aliado ao partido para as eleições federais deste ano por não ter outra escolha: “Nós estamos no Brasil do aplauso ou da vaia, temos antagonismo de pensamento (…), ou eu vou dar R $ 1bi para a Localiza, ou eu vou dar R $ 1bi para a merenda, eu quero dar esse dinheiro para a merenda. Eu quero colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda.”
O candidato do PSD também falou sobre o Acordo de Recuperação Fiscal que Minas cumpre por determinação do Governo Federal. O pacto proíbe a ampliação de qualquer quadro no funcionalismo público, de acordo com Kalil, se eleito, tentará reaver o acordo com o executivo em Brasília.
Durante a entrevista , Kalil criticou a demora no processo de descomissionamento das barragens com estrutura a montante em Minas e apontou falhas na fiscalização: “A mineração é feita no mundo inteiro, o que não pode a mineração ser fiscalizada pela mineração. A mineração precisa que o poder público tome conta, o que aconteceu em Minas é uma aberração, uma exceção”. O candidato ressaltou também que o estado depende da mineração e, será realizada em sua gestão, caso eleito, sem demagogia.
Na última pesquisa Ipec, o antigo Ibope, Kalil aparece em segundo lugar nas intenções de voto à chefia do executivo estadual, com 31%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral em MG-02838/2022.
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Por Larissa Figueiredo
Marcus Vinícius Caetano Pestana da Silva é o candidato ao governo de Minas pelo PSDB. Professor, economista e mineiro, natural de Juiz de Fora, Pestana tem 62 anos e 40 anos de vida pública, é um dos fundadores do partido, pelo qual foi eleito em 2006 deputado federal. O político também foi Secretário de Saúde no governo Aécio Neves (PSDB) e foi Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente em 2002.
Nesta segunda-feira, Marcus Pestana abriu os debates na Universidade Fumec sobre política e democracia. O candidato falou sobre temas como desigualdade social, meio-ambiente e corrupção. Em uma de suas falas, afirmou seu apoio ao candidato Aécio Neves, também do PSDB, uma figura emblemática nas investigações da operação Lava-jato, Pestana declarou: “Corrupção é problema de polícia.” Confira a entrevista na íntegra:
Conecta: Candidato, na gestão atual, o governador dialoga pouco com os movimentos sociais. Na distribuição das verbas de reconstrução e compensação ao estado de Minas, pagas pela mineradora Vale, os membros do Movimento dos Atingidos por Barragem não foram consultados. Como o senhor pretende conversar com essas camadas se eleito?
MP: Uma das diferenças entre a minha candidatura e o atual governo é a falta de diálogo, não dialogam com as polícias, nem com a prefeitura de Contagem e com a Assembleia de Minas. Nunca houve um governador que não construiu maioria na Assembleia. (…) Eu surgi dos movimentos sociais, eu fui presidente do diretório central dos Estudantes Assembleias com 2.000 a 2.500 estudantes. Eu cresci no meio do diálogo coletivo e sempre, em todos os lugares que ocupei o poder, negociei e dialoguei com todos os movimentos, mesmo aqueles divergentes.
Conecta: Falando em mineração, a Vale pretende desativar todas as barragens com estrutura a montante até 2035. Se eleito, como será fiscalizado este processo?
MP: Fortalecendo o sistema ambiental. Nós temos uma legislação ambiental muito adequada que foi feita nos governos do PSDB, não é um problema de marco normativo, é um problema operacional. A situação do Estado não é nada fácil, porque o dinheiro é curto. Nós precisamos de recursos humanos e estrutura para que a fiscalização possa ser procedida, mas é preciso também parcerias com a agência de mineração e órgãos ambientais do governo Federal e dos municípios onde há mineração.
Conecta: Quais são os riscos do cenário da dicotomia política em que a corrida eleitoral pelo executivo federal se encontra atualmente?
MP: Política é polarização por definição, mas o problema está na qualidade da polarização…Tem várias amizades sendo desfeitas. Como professor, eu recomendo três livros: “Por Que as Democracias Morrem”, “Por Que as Nações Fracassam” e ‘’Os Engenheiros do Caos”. (…) Nos Estados Unidos, um dos berços da democracia, 50% dos habitantes temem uma guerra civil na próxima década. A polarização nefasta, destrutiva, é um fenômeno global. Eu temo muito um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o MST se encontrando nas estradas com o Agro Radical, a turma do Boulos lá no Rio, caminhoneiros se encontrando com a CUT. Nós já tivemos um evento nefasto, uma morte lá em Foz do Iguaçu por conta desta polarização.
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Por Ricardo Davidovsk
De acordo com um post na Evonline, o laranja é uma cor vibrante, cheia de energia; é ativa, alegre e estimulante. É tudo que uma criança deveria ser, mas acaba sendo o contrário quando algo de errado está acontecendo. Infelizmente, o Disque 100, serviço para denúncias sobre violações de direitos humanos, recebe diariamente 37 relatos de crimes de violência sexual contra menores no Brasil. Para se ter uma ideia, entre janeiro e abril deste ano, foram 4.486, mais que o dobro das denúncias no mesmo período de 2020, quando começou a pandemia.
O que escancara a necessidade do Maio Laranja, o mês onde se enfatiza o enfrentamento da violência e da exploração sexual de crianças e adolescentes. O artigo 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Nº 8069/90), fundamentado pelo artigo 227 da Constituição Federal de 1988, aponta que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito: à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Mas quais são os sinais de uma criança violentada e explorada sexualmente, já que, além de combater a violência e exploração sexual, o objetivo da campanha Maio Laranja é conseguir também identificá-la?
Para Carolina Dantas, psicoterapeuta Sistêmica e coautora do livro “Meu Adolescente: Diálogos, Memórias, Conexões”, com quem conversei através do WhatsApp, existem dois tipos de evidencias: os sinais físicos ou as provas imateriais. A provas materiais, aquelas que conseguimos ver, seriam mais fáceis de identificar, no entanto a criança pode esconder por medo das consequências. Dessa forma, o olhar e a percepção devem estar aguçados para perceber mudanças de comportamento do jovem.
“Medo ou mesmo pânico em relação a certa pessoa ou um sentimento generalizado de desagrado quando a criança é deixada sozinha em algum lugar com alguém”, é um dos sintomas segundo a psicóloga. “Uma das mais importantes e detectáveis pode ser “mudanças extremas, súbitas e inexplicadas no comportamento, como oscilações no humor entre retraimento e extroversão”.
Segundo a psicóloga, a criança pode regredir a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente, enurese (emissão involuntária de urina) e até chupar dedos. A tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica também foram comentados por ela como itens que evidenciam que algo está errado na criança, como se ela mandasse um sinal do tipo “ei, me ajudem!”.
“Fraco controle de impulsos e comportamento autodestrutivo ou suicida”, continua ela. ”Baixo nível de estima própria e excessiva preocupação em agradar os outros; vergonha excessiva, inclusive de mudar de roupa diante de outras pessoas; culpa e autoflagelação; ansiedade generalizada, comportamento tenso, sempre em estado de alerta, fadiga; medo do escuro ou de lugares fechados; comportamento agressivo, raivoso, principalmente dirigido contra irmãos e um dos pais não incestuosos; alguns podem ter transtornos dissociativos na forma de personalidade múltipla”.
A importância de identificar uma criança vítima de violência e abuso sexual o quanto antes pode ajudar a amenizar os efeitos no futuro do jovem, o que não quer dizer que eles deixarão de existir. De acordo com Carolina Dantas, no futuro a criança poderá ter dificuldade de ligação afetiva e amorosa, além de dificuldades em manter uma vida sexual saudável. Além da fratura mental que uma criança carregará para o resto da vida após ser abusada sexualmente, ela pode também ter sequelas dos problemas físicos gerados pela violência sexual. Outro ponto tocado pela psicóloga é tendência a sexualizar demais os relacionamentos sociais, o engajamento em trabalho sexual (prostituição) e a dependência em substâncias lícitas e ilícitas.
Por tanto, o quanto mais rápido identificar a vítima melhor será para o início imediato do tratamento.
E como esse tratamento é feito? Se for identificado o estupro, Carolina Dantas aconselha o imediato encaminhamento da criança/adolescente ao serviço educacional, médico, psicológico, jurídico-social. “Isso é fundamental para diminuir as sequelas do abuso sexual no cotidiano da criança e do adolescente e evitar que se tornem abusadores quando adultos”, declara ela.
Para ela, o atendimento precisa ser sistêmico. “Toda a família parecia de acompanhamento”, diz ela. Em seguida ela dá um norte de como deve funcionar esse tratamento. “O atendimento psicológico deve ter como objetivo a nomeação e elaboração da violência”, comenta a psicóloga. “É necessário trabalhar as lembranças e memórias traumáticas, possíveis sentimento de culpa e vergonha, desresponsabilização da vítima e acolhimento de todo e qualquer sentimento motivado pela situação de abuso.
A psicóloga ressalta a importância do ouvido amigo. “Recontar, dramatizar e desenhar são ferramentas utilizadas para a elaboração do trauma. Ser ouvido sem julgamento é curativo”, acentua a profissional. E coloca uma ênfase na importância dos tutores dessa criança. “O trabalho com pais/cuidadores é fundamental para que a criança seja acolhida e amparada”.
Toda criança tem o direito de ser laranja, de ser vibrante, com muita energia para gastar, de ser ativa, transmitir alegria para todos e bastante estimulante. Por tanto, não hesite de discar um 100, serviço para denúncias sobre violações de direitos humanos, caso veja algum sinal semelhante ao que foi citado na matéria.
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Por Gabriela de Castro
Entre os dias 11 e 15 de maio, aconteceu o Fliaraxá, festival que celebra a literatura no coração do Triângulo Mineiro. O evento, que teve suas duas últimas edições apresentadas ao público de forma virtual, por conta da pandemia de COVID — 19, pôde finalmente abrir as portas do memorável Grande Hotel, localizado na região do Barreiro, para receber o público que optou por comparecer presencialmente. Apesar disso, o festival adotou ainda o modelo híbrido, tendo algumas palestras realizadas de forma online e todas as atrações transmitidas ao vivo pelo YouTube.
Ainda nessa edição, outra novidade foi a parceria entre o evento e a feira Saberes e Sabores, que promove a gastronomia em Araxá, foi responsável pela praça de alimentação e pela programação musical. Dessa forma, houve uma mistura dos públicos de ambos os eventos, promovendo uma interessante troca cultural.
O Fliaraxá 2022 teve o tema “Abolição, independência e literatura” como ponto central das discussões. Os palcos, com nomes de escritores homenageados, distribuíram — se não somente na região do Barreiro, ponto central do Fliaraxá, mas pela primeira vez na história do evento, ocupou mais de uma região da cidade, já que alguns palcos foram montados no centro de Araxá.
Algumas das principais atrações do Fliaraxá 2022 certamente foram as mesas de conversa e de autógrafos com os escritores Itamar Vieira Junior (escritor homenageado do ano e revelação literária contemporânea brasileira pelo seu livro, Torto Arado), Tom Farias (que atuou também na curadoria do evento) e Jeferson Tenório. Os autores discutiram suas respectivas obras, assim como os impactos da escravidão para o Brasil ainda na contemporaneidade e autores negros reverenciáveis para a literatura brasileira. Itamar Vieira Junior, em fala sobre seu livro, que é hoje um dos mais vendidos no país, evidencia a importância que é, finalmente, ter vozes negras na narrativa de uma história com tanta repercussão: “Nós somos atravessados por quantos coisas? Quantos preconceitos a gente sofre ao longo da vida e quantas coisas que não são aquilo que projetamos acontecem? E é dessa maneira que eu penso que a história vai fluir, quando não foca exatamente no problema, mas sim que as personagens nos levem ao problema”.
Além das mesas que integraram o tema principal a assuntos como pandemia, literatura e jornalismo, o evento contou com oficinas, lançamento de livros de autores independentes, peças de teatro, saraus, roda de capoeira, livrarias e lojas de artesanato, marcando a volta do evento que contribui tanto para a região.
Leia também: Semana da Comunicação: Cobertura Jornalística e Documentários
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Por Branca Lima
A difícil relação entre nora e sogra é um estereótipo bastante explorado em filmes e séries, principalmente no gênero da comédia. A série, A Sogra que te Pariu, estrelada por Rodrigo Sant’Anna e Lidi Lisboa, que está disponível na Netflix, veio para abordar mais uma vez esse tema.
Dona Isadir (Rodrigo Sant’Anna), típica figura de sogra implicante, vai passar a pandemia com o filho Carlos (Rafael Zulu), sua nora Alice (Lidi Lisboa) e seus dois netos. Mas algo que era pra ser temporário se torna permanente e a série mostra o cotidiano turbulento dessa família.
O grande destaque é a atuação dos protagonistas — Dona Inadir e Alice. Rodrigo e Lidi transbordam carisma e sintonia, até nas cenas de brigas — um forte alívio para quem assiste a trama, já que em diversos momentos os episódios ficam monótonos e com abordagens repetitivas.
Pra quem já assistiu “Minha mãe é uma Peca”, “Vai que Cola”, “Sai de Baixo” e diversas comédias com a mesma temática, não terá surpresa. Com 10 episódios de 25 minutos, em média, a série pode ser assistida em um final de semana com a família. Ela traz uma sensação de nostalgia para aqueles que acompanharam os sitcoms dos anos 90 e 2010, como Friends e The Big Bang Theory.
Com temas repetitivos, como a inimizade de sogra e nora, piadas prontas e sem muita surpresa, a série deixa a desejar. Renovada para uma segunda temporada, a expectativa é de que haja uma maior exploração dos temas que podem ser abordados.
Nota (por Branca Lima): 7/10
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Por Larissa Figueiredo
A professora do curso de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora, médica pediatra, pneumologista, alergologista e imunologista, Williane Fernandes, realiza pesquisa sobre o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar, os DEF’s, e alerta: “O cigarro eletrônico possui componentes químicos muitas vezes piores que o tradicional, os flavorizantes, o propilenoglicol, que são tóxicos e cancerígenos para o pulmão.” A seguir, o Conecta entrevista a médica sobre o assunto.
Com diversos sabores, formatos, adereços e modelos, o cigarro eletrônico se popularizou entre os brasileiros. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), um total de 650 mil pessoas fazem uso do cigarro eletrônico no país, em sua maioria jovens. Proibido em território nacional pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2009, estuda-se, atualmente, o risco de seu uso por meio de evidências científicas. Em maio de 2022, 46 entidades médicas assinaram documento para alertar a sociedade acerca dos perigos do dispositivo, entretanto, a indústria do tabaco defende o uso do produto e alega menor impacto sobre a saúde do que o cigarro tradicional.
Conecta: O cigarro eletrônico começou a se popularizar com a premissa de ser um aliado no combate ao vício no cigarro tradicional. Essa premissa ainda é algo válido de acordo com os estudos atuais?
WF: O cigarro eletrônico inicialmente foi lançado para as pessoas largarem o cigarro tradicional, mas hoje em dia a gente vê que o cigarro eletrônico é uma nova versão da indústria do tabaco, cigarro é cigarro. A gente tem visto que a maioria dos usuários são jovens adultos e adolescentes que nunca fizeram uso do cigarro tradicional, então existe um uso dual: o cigarro eletrônico e o tradicional. Além disso, o cigarro eletrônico é uma maneira para que a pessoa inicie o uso de outras drogas. Você pode montar o seu cigarro eletrônico de acordo com o gosto, o tipo da fumaça, colocar aromatizante, colocar canabidiol.
Conecta: Por que o cigarro eletrônico é tão popular entre os jovens?
WF: O cigarro eletrônico é muito popular entre os jovens porque é isso que a indústria do tabaco quer. A indústria lançou o cigarro eletrônico de uma forma que o jovem se sinta atraído, ele é muito tecnológico, hoje temos vários tipos, várias atualizações, assim como um smartphone mesmo. Tudo o que é novo e tecnológico atrai os jovens. A indústria fala que o cigarro eletrônico não é para ser fumado, que não faz mal, que é apenas vaporizado e não tem nicotina, os estudos mostram que tem nicotina sim, por mais que esteja escrito que não tem.
Conecta: A indústria do tabaco alega que os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF’s) são menos prejudiciais à saúde que os cigarros tradicionais, porém, em dezembro de 2021, o cantor Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, contraiu doença pulmonar em razão do uso excessivo do cigarro eletrônico, a Evali. Em maio de 2022, a cantora norte-americana, Doja Cat, precisou realizar cirurgia nas amígdalas devido ao uso excessivo do dispositivo. O que é essa doença? Quais são seus riscos? Há sequelas?
WF: Evali é uma doença que vem chamando atenção para todos os órgãos da saúde, e é muito negligenciada: alguns médicos não conseguem perceber e fazer o diagnóstico da doença. O cigarro eletrônico possui componentes químicos muitas vezes piores que o tradicional, os flavorizantes, o propilenoglicol, que são tóxicos e cancerígenos para o pulmão. A Evali é chamada de pulmão de pipoca, porque o pulmão fica com um aspecto semelhante à imagem de uma pipoca. Alguns pacientes começam com um quadro de tosse, de cansaço, mas é uma coisa que vai ficando cada vez mais progressiva e já houvecasos de necessidade de transplante. A doença pode ser confundida até mesmo com um quadro gripal, a pessoa tem febre, diarreia, perda de peso, tosse e cansaço e chega ao ponto de uma fibrose pulmonar. Dependendo do grau de comprometimento, a doença pode deixar sequelas, transformando o usuário em um paciente pneumopata crônico.
Conecta: O cigarro eletrônico causa vício na mesma proporção de outras drogas?
WF: Ele causa vício na mesma proporção de outras drogas. Os dispositivos eletrônicos de fumar são um conjunto de dispositivos diferentes e cada um com a sua particularidade. Temos cigarro eletrônico, cachimbo eletrônico, narguilé eletrônico. A indústria do tabaco está lançando mecanismos como flavorizantes, aromatizantes, nicotina de absorção lenta, para que as pessoas fiquem cada vez mais dependentes do consumo desses dispositivos.
Conecta: Para os jovens que querem deixar os DEF’s, qual é o primeiro passo?
WF: O primeiro passo é a conscientização, é sair dessa primeira influência, essa tendência de achar que não vicia, é tecnológico, bonito. Lembrando que aqui no Brasil os DEF’s são proibidos e seus adicionais. Existem meios na rede pública de saúde, nos próprios postos de saúde, gratuitamente, com distribuição de medicamentos e todo um programa de apoio para as pessoas que querem deixar de fumar.
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Por Ricardo Davidovsk
Jacques Akerman, professor de psicologia da Universidade FUMEC, deu uma aula especial no prédio da FCH (Faculdade de Ciências Humanas) da instituição, nessa quarta-feira: o tema foi o dia nacional da Luta Antimanicomial, marcado pelo 18 de maio. Para o professor, essa data marca o movimento que faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direto à liberdade, o de viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento sem que para tal tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
A batalha teve início em 1987, quando dois marcos importantes para a escolha do dia que simboliza essa luta aconteceram: o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru/SP e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília. Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, vários setores envolvidos com a saúde mental denunciaram as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propuseram a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.
Confira a entrevista com o professor:
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Por Branca Lima
No último dia de palestras na Semana de Comunicação, nesta quinta-feira (19), a Universidade Fumec recebeu os jornalistas Lucas Ragazzi e Marcelo Magalhães.
A professora de Telejornalismo, Elis Colodeti, mediou as palestras do dia. As apresentações iniciaram-se com Ragazzi, jornalista investigativo com foco em administração pública e política. Ele falou sobre sua experiência profissional, com passagens pela TV Globo e jornal O Tempo, e sobre como é fazer uma cobertura internacional.
Já o jornalista Marcelo Magalhães participou virtualmente da Semana da Comunicação da Fumec. Vencedor do Prêmio Esso, ele falou sobre séries documentais e inovação no jornalismo audiovisual.
Foto: Heloísa Ramos (Laboratório de fotografia)
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Por Branca Lima
Daniela Pinheiro, publicitária formada há seis anos pela Universidade Fumec, atua em Gestão de Projetos na Supersonic, empresa especializada em CRO (“Conversion Rate Optimization” ou “Otimização da Taxa de Conversão”), fazendo a transição do modelo organizacional e operacional da empresa.
Nesta quarta-feira, 18, ela conversou com os estudantes da Fumec, na Semana da Comunicação, sobre criação e marketing digital. Confira a palestra completa:
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Por Larissa Figueiredo
A corrida eleitoral de 2022 está sendo marcada por forte polarização política, existe uma dicotomia partidária instaurada no eleitorado brasileiro, inflamada pela comunicação na internet, notícias falsas e ataques frequentes à imprensa nas redes sociais. Diante desse cenário, a cobertura jornalística para a editoria de política se tornou mais complexa, frente ao desafio de lidar com uma população inflamada, em meio à difusão instantânea de informação.
O cenário político atual foi discutido nesta terça-feira (17), durante a Semana Acadêmica dos cursos de Comunicação Social da Universidade Fumec, quando os jornalistas Murilo Rocha e Túlio Amâncio (Grupo Bandeirantes) e Edilene Lopes (Rádio Itatiaia) abordaram as eleições, cobertura política, fake news e polarização. O debate foi mediado pela professora da Fumec, jornalista Elisangela Colodeti.
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Murilo Rocha é diretor de jornalismo no Grupo Bandeirantes de Comunicação. Trabalhou em veículos como o jornal O Tempo e Super Notícia. Rocha também é autor do livro “Brumadinho: a engenharia de um crime” e vencedor da 34ª edição do prêmio Vladmir Herzog na categoria jornal, com a reportagem “Quando a ditadura entrou em campo”.
Em entrevista ao Conecta, declarou que a imprensa precisa estar atenta ao seu papel: “Ela não pode ser usada como palanque para ideias antidemocráticas”, enfatizou o jornalista. Leia a entrevista a seguir.
Conecta: Como a internet colaborou com a expansão de grupos neofascistas e propagação de ideais de extrema direita no Brasil?
Murilo Rocha: A internet é um campo livre que tem poucas regulações e muitas camadas, a Deep Web, por exemplo, é uma camada profunda. A pedofilia é um conteúdo que não devia circular, mas circula, como os conteúdos neonazistas, neofascistas, nesse mesmo espaço. Até mesmo esses grupos fechados de WhatsApp, Telegram, são mais difíceis de mapear que a própria internet. Esse poder de viralização é uma característica da internet.
Conecta: Existe uma banalização da política nos tempos atuais, a política está envolta em uma dicotomia entre bem e mal, como uma briga de torcidas. Como a imprensa pode fortalecer o interesse do eleitorado na política “de verdade”?
Murilo Rocha: A imprensa está dentro desse jogo, ela não é algo à parte, os veículos de comunicação são privados, têm donos. Dentro desse jogo, a imprensa precisa investir no que é jornalismo, na boa apuração, boa reportagem, desmentindo as informações falsas. Essa é uma forma de valorizar a política. A imprensa também deve ter alguns cuidados, a eleição de 2018 nos mostrou isso, ela não pode ser usada como palanque para ideias antidemocráticas, essa questão de dar voz a todo mundo, a qualquer discurso. Não estou falando em censurar ninguém, mas a imprensa tem que estar sempre atenta e fazer valer o papel dela.
Conecta: O eleitorado atual para o de dez anos atrás é muito diferente em relação ao engajamento político. Quais são as principais diferenças?
Murilo Rocha: Por incrível que pareça, estamos mais engajados politicamente, mas se esse engajamento é correto ou não, eu já não sei qualificar. Até por causa do fenômeno digital e a polarização política, isso mexeu muito com a gente. Em 2018 surgiu essa entidade que foi batizada como “a tia do WhatsApp”, e são as pessoas participando da política, elas estão debatendo, comentando. O desafio agora é engajar o público mais jovem. A gente viu uma campanha intensa do TSE para que os jovens tirem o título de eleitor. É uma tentativa de renovação e de tentar trazer essas pessoas para a política.
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“O marketing vem para alimentar todo o resultado das empresas”
Por Branca Lima
A Semana da Comunicação da Fumec continua nesta terça, 17. A publicitária Jamille Sad falou para os alunos sobre os desafios no dia a dia das atividades de gerência de marketing, além da importância das empresas terem uma forte presença digital para o desenvolvimento dos negócios, especialmente da comunicação mercadológica.
Formada em Publicidade e Propaganda na Fumec e pós-graduada em Gestão de Projetos, ela apresentou a sua experiência na Construtora de Imóveis, MIP Engenharia.
De acordo com Sad, o processo de captação de público para os empreendimentos da empresa é feito por meio de pesquisas, mas nem sempre foi assim. O modelo foi implantado devido a um erro cometido em 2006, quando havia um imóvel que apresentava potencial, mas não gerava conversão em vendas. “A gente desenvolve projetos baseados nos resultados que as pesquisas trouxeram”, enfatizou, lembrando que é necessário conhecer os clientes e as demandas do mercado para a definição do posicionamento de marca.
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A publicitária também destacou as mudanças que a transformação digital acarretou no reconhecimento da marca e seu impacto nas vendas. “Vendas por indicação e por contato hoje quase não existem mais. O cliente não quer falar mais com o corretor, ele pede para mandar as informações por WhatsApp”, afirmou Sad que também ressaltou a importância crescente das tecnologias sustentáveis no desenvolvimento dos projetos arquitetônicos.
Acompanhe a programação da Semana da Comunicação
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Após quatro anos da primeira edição, evento retorna com apresentação dos alunos de jornalismo e publicidade e propaganda
Por Larissa Figueiredo
Nesta segunda-feira (16) o auditório Phoenix da Universidade Fumec recebeu os alunos do curso de publicidade e propaganda e jornalismo para o show de talentos Fumix. A abertura da Semana da Comunicação incluiu apresentações de dança, poesia, ilustração e música.
A idealizadora do evento, professora Astreia Soares, destaca que a iniciativa surgiu a partir de um projeto de pesquisa e extensão sobre a televisão brasileira e diversidade cultural: “O que tem de melhor na televisão brasileira se não o programa de auditório? A gente se inspirou nisso, o programa de auditório traz o mix, a diversidade”.
O estudante de publicidade e propaganda, Rafa Bicalho, apresentou a música “A Minha Mente Não Me Deixa Quieto” que retrata os desafios enfrentados pelo cantor na nova fase da vida: “Gostei muito de conhecer outros talentos dos cursos de comunicação e usar essa vitrine para mostrar a minha arte”.
Daniel Costa, estudante de jornalismo, trouxe para o palco o clássico da banda britânica Pink Floyd, Wish You Were Here. Costa afirma que a música foi a primeira que aprendeu com seu pai e que faz questão de tocá-la sempre que tem oportunidade: “Eu já toquei para um público menor, mas ainda fiquei nervoso”.
O evento foi organizado pelos monitores da agência modelo Conexão Totem, coordenados pelos professores Admir Borges e Vanessa Carvalho. Thais Amorim, estudante de jornalismo e monitora, está satisfeita com o resultado do Fumix: “Foi difícil pela falta de experiência, mas a sensação é de alívio, orgulho”.
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Comunicador social aborda em palestra as diversas facetas da fotografia no jornalismo e publicidade
Por Larissa Figueiredo
O fotógrafo Douglas Magno abriu, nesta segunda-feira 16, a Semana Acadêmica dos cursos de Comunicação Social da Universidade Fumec, com uma palestra sobre fotografia e comunicação, apresentando sua experiência em várias editorias, como na cobertura jornalística de esportes, cultura, factual e entretenimento
Graduado em publicidade e propaganda, Magno relatou sua percepção do mercado para fotojornalistas e declarou ter percebido mudanças importantes na última década: “Há dez anos, um jornal contratava 12 fotógrafos, agora são no máximo dois, isso acontece porque as agências de imagem são rentáveis aos veículos”, disse Magno, destacando as oportunidades de atuação nesse setor.
Magno atua no jornalismo desde que concluiu sua graduação e realizou a cobertura de eventos como a queda do avião dos jogadores do time Chapecoense em novembro de 2016, a tragédia da barragem de lama em Brumadinho em janeiro de 2019 e o 7×1 no jogo Brasil e Alemanha na Copa do Mundo de 2014.
Douglas Magno (@douglasmagno) • Fotos e vídeos do Instagram
O fotojornalista pontuou a diferença entre fotografia publicitária e jornalística: “Na publicitária, você pode escolher o melhor ângulo, trocar alguém de lugar, já na jornalística é tudo no momento’’. Além disso, Magno chamou a atenção para os sacrifícios que o fotojornalista deve fazer para conseguir a imagem com boa estética, conteúdo e velocidade. “A vida é mais importante que qualquer foto, saiba seu limite”, afirmou, destacando o respeito ao direito dos entrevistados de não terem suas imagens expostas em situações de tragédia.
A estudante de publicidade e fotógrafa, Heloisa Ramos, 20, relatou interesse em seguir na área da fotografia documental. Para ela, a palestra confirmou suas expectativas em relação à profissão: “É uma profissão desafiadora”.
Confira os trabalhos do fotógrafo no Instagram
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Por André Ribeiro
Como de costume, na primeira segunda-feira do mês de maio, o The Metropolitan Museum, localizado em Nova York, comemora o baile do Met, promovido conjuntamente à revista Vogue, com o intuito de arrecadar fundos que serão destinados ao instituto de história da moda do próprio museu.
Com uma lista exclusiva, algumas celebridades marcaram presença, entre elas a brasileira Anitta e o destaque da noite, a socialite Kim Kardashian. O dress code (código de vestimenta) era relacionado aos anos dourados vividos nos Estados Unidos, no período de 1870 e 1890, sendo assim, roupas glamurosas eram esperadas no tapete vermelho do baile.
Anitta foi de Moschino assinado por Jeremy Scott, sua roupa foi construída em cetim, com ombros caídos e gola em formato de coração, babados na cintura, arrematado com um fio de pérolas drapeado, remetendo ao tema proposto. Kim Kardashian foi totalmente desconstruída em relação ao tema, sendo assim, o assunto mais comentado, com o seu vestido nada básico de U$ 4,8 milhões que já foi usado por Marilyn Monroe em 1962, no aniversário de 45 anos do presidente John F. Kennedy.
O look é um ícone e totalmente cravejado de brilhantes, já havia rumores de que a socialite teria viajado até Orlando, na Flórida, onde a peça fica exposta no Ripley’s Believe It Or Not Museum, para analisar a hipótese de homenagear uma pessoa grande. Em entrevista à revista Vogue, ela disse: “Pensei: qual a coisa mais americana de todas? E é claro que é a Marilyn Monroe”. Ela também conta que só foi provar o vestido alguns dias antes do baile e torcia para que fosse do seu tamanho, porque, por ser uma peça de museu, não poderia ser ajustado ao seu corpo. “Realmente eu pensava se iria caber no meu vestido”, disse ela.
Mas, afinal, você deve estar se perguntando como fazer para participar dessa lista exclusiva para o Met: é preciso desembolsar cerca de U $275 mil para ter um lugarzinho reservado no baile e curtir tudo de perto.
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Por Branca Lima
A 27º edição do Minas Trend, um dos principais eventos de moda do país, realizada de 19 a 21 de abril, em Belo Horizonte, apresentou coleções marcadas por tons quentes de rosa, pedrarias e moda sustentável, trazendo à discussão o impacto da realidade virtual no mundo da moda.
Lojista há mais de 30 anos, Sheila Auster, conferiu a programação. Ela acredita que a pandemia foi um divisor de águas para quem já tinha como um aliado o meio digital. “Quem já estava no online antes da pandemia surfou uma onda excelente”, destacou. “Entretanto, quem precisou entrar no online durante a pandemia teve que correr mais, porque a gente ficou durante muito tempo fechado e só no final do ano passado o negócio retomou”.
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Eliane El Badouy: “Metaverso é o ambiente ideal para ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos”
Dona de uma loja de acessórios e roupas, ela acredita que fidelizar a clientela é importante, mas é necessário estar atento às novas tecnologias que aparecem, caso contrário, o empresário ficarápara trás em relação aos concorrentes, principalmente a grandes polos comerciais. “Então, eu acho que ninguém quer experimentar de novo o que a gente passou na pandemia e a tendência é que o Metaverso se torne uma realidade, mesmo para quem não tem tantos recursos”, enfatizou a empresária.
A gerente de negócios e atração de investimentos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Junia Cerceau, também compareceu ao evento e pontuou a importância de se manter sempre atualizada para futuros investimentos da indústria. “Hoje nós buscamos soluções, principalmente digitais, para apoiar a indústria a tornar-se mais competitiva, reduzir custos e conseguir novos canais de vendas.
Ela enfatiza a importância de manter o foco no segmento da moda: “Estamos buscando que pelo menos uma loja virtual eles consigam ter para aumentar o seu alcance que o mundo virtual permite”.
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Por Larissa Figueiredo
O mundo em que vivemos está cada vez mais “Phigital”, ou seja, as relações sociais refletem a união entre as dimensões física e digital. O Metaverso diz respeito a um espaço coletivo e virtual que começou a ser pensado no início da década de 90, com os jogos de realidade aumentada ainda em 2D que integram elementos virtuais à realidade por meio de câmeras e sensores de movimento.Com o anúncio da empresa Facebook de que as redes sociais do grupo seriam parte do Metaverso, o mercado começou a especular como e quando as marcas deveriam ser inseridas nessa nova realidade.
Eliane El Badouy é publicitária com mais de 30 anos de carreira consolidados em grupos de comunicação, como Editora Abril, Folha de São Paulo e Sony Enterteniment Television. Atualmente, El Badouy é pesquisadora do comportamento, comunicação, mecanismos de atenção e do consumo de mídia do jovem contemporâneo.
No último dia — 21 de abril, durante a 27ª edição do Minas Trend, abordou o impacto do Metaverso no segmento do varejo de moda e mercado em geral e, considerando seu potencial para o setor da publicidade, chamou a atenção para o cuidado com a saúde mental: “Pode ficar desequilibrada, ao buscar cada vez mais aceitação, engajamento”. Leia a entrevista a seguir.
Conecta: O trabalho da publicidade é guiar o caminho para as necessidades dos consumidores sejam supridas. No Metaverso, a realização das necessidades, assim como desejos e ambições do consumidor são mais fáceis de realizar?
Eliane El Badouy: Sem dúvida nenhuma! Necessidade nasce com você, essa ideia a da base da pirâmide de Maslow. Quando você vem para o Metaverso, é o ambiente ideal pra ajudar as pessoas a realizarem sonhos, então o sonho está além do desejo, o Metaverso permite isso, porque você pode ser aquilo que quiser.
Conecta: Como o mercado criativo tem lidado com essa inserção das marcas no Metaverso?
Eliane El Badouy: A gente está vendo que os desafios da área da publicidade, por exemplo da propaganda, é justamente ajudar as marcas a conseguir realizar esse sonho desses consumidores, vivenciar experiências que sejam realmente gratificantes e únicas, que consigam entrar dentro dessa perspectiva.
Conecta: Vivemos em uma era de reprodução de mídias e produtos em massa, principalmente pelo cenário da globalização. O Metaverso tende a trazer mais singularidades e exclusividade como o mercado de NFT’s (Tolkens Não Fungíveis), ou seguiremos pelo caminho da padronização?
Eliane El Badouy: Tudo depende de quem está por trás disso. Se a pessoa, anunciante empreendedor, profissional de marketing entrar “numas” de fazer exatamente aquilo que o principal concorrente dele faz, “Ah, meu concorrente está fazendo assim, ou porque o outro está fazendo assado”, ele vai cair no lugar comum, mas se você aproveitar pra explorar coisas que não foram feitas ainda, sem dúvida nenhuma, vai ser muito legal.
Conecta: Como enxergar essas oportunidades para as marcas no Metaverso?
Eliane El Badouy: Todo mundo está indo pro NFT (Tolken não fungível, um ativo digital exclusivo) do macaco entediado lá no Bored Ape. Será que não tem outras coisas mais interessantes que você possa fazer? As marcas esportivas utilizaram o Bored Ape, mas a Gucci fez isso muito bem. Existem outros universos de influenciadores digitais dentro desse mundo que podem proporcionar NFT’s muito interessantes. Tem um rapaz em Campinas que criou um Jacarezinho e eu disse para ele: “você não vai vender isso para a Lacoste?”
Conecta: Humanização de marcas é positiva para as empresas. Essa conexão tem gerado bons resultados?
Eliane El Badouy: A única coisa que me preocupa um pouco é a saúde mental que pode ficar um pouco desequilibrada quando você vem nesse processo, como a gente está vivendo essa coisa de você buscar cada vez mais aceitação, engajamento, que as pessoas gostem cada vez mais de você, não pode ficar “mega” dependente disso. Do ponto de vista das marcas, é super bacana, oportunidades ímpares que você tem que buscar mesmo, como empresas nós temos que estar disponíveis no momento, na hora, do jeito que o nosso cliente quer.
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Por Ricardo Davidovsk
Júlia Rodrigues, aluna de jornalismo na Universidade FUMEC, não colocou a mão no bolso para embarcar na linha municipal 104, que percorre a Estação Lagoinha até a Av. Afonso Pena. Ela também não passou por catraca alguma. A gratuidade se deu através de uma ação organizada pelo Tarifa Zero, movimento que pede serviço de transporte gratuito e de qualidade para a população de BH. Batizada de “Busona Sem Catracas”, a iniciativa começou às 7h e foi até às onze da manhã dessa segunda-feira, dia 25.
“Foi uma experiência interessante”, falou Júlia. “O ônibus era bem simples, não tinha catraca e nem sinal. Pra descer precisava avisar o motorista. Tinha uma enorme faixa do lado de fora escrito ‘tarifa zero’. Não encheu muito. A organização panfletava na porta do 104 para o pessoal que subia na Afonso Pena perto do Café Palhares”.
“As pessoas que entraram timidamente estavam meio desacreditadas”, continua a estudante. “Ficavam perguntando: será que sobe até a praça Milton Campos? Quando vai partir? Uma mulher ria alto de felicidade e gritavam pela janela: é tarifa zero. Faz o trajeto do 104! Era um clima de alívio e felicidade muito grande. Ninguém em pé, amassado ou pendurado. Um alívio!”
Uma liminar garantida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) na Justiça prevê que o preço dos bilhetes seja reajustado dos atuais R$4,50 para R$5,85. Já o Tarifa Zero defende transporte coletivo gratuito e que o serviço seja custeado pelo poder público, sob controle popular. Eles querem que os bilhetes sejam pagos por quilômetros rodados e não por número de passageiros.
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Brilho e tonalidades de rosa ganham destaque na edição
Por Larissa Figueiredo
A 27ª edição da principal plataforma de geração de negócios no setor da moda aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de abril em Belo Horizonte. Evento, organizado pela Federação das Industrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), contou com cerca de 90 lojistas, além de palestrantes, compradores e imprensa
Peças coloridas, com tons quentes de rosa, muitas pedras e brilhos revelam proposta no salão de negócios do Minas Trend. Designer de moda, Larissa Vila-Nova, relaciona essa tendência com a melhora no quadro da pandemia e retorno presencial dos eventos: “A moda está lidando com o cenário pós-pandêmico com euforia. As festas não aconteceram por dois anos, agora todo mundo quer usar cor, quer usar brilho”
Vila-Nova também contou que as apostas para primavera/verão são em tons de rosa, devido ao impacto do desfile da marca Valentino na Paris Fashion Week 2022.
A designer de jóias, Claudia Marisguia, também apostou sua vitrine no salão de negócios em peças exuberantes e nada minimalistas e revelou sobre as influências de seu processo criativo: “A pandemia influenciou muito na criação, agora estamos retornando do modelo híbrido, tendo esse contato com o cliente. É momento de festejar, é isso que a nossa coleção propõe.”
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