O que é ser mãe?

Por Maria Victória

A estudante de Publicidade e Propaganda, Lara Renault, com Jade:
“Ninguém quer o bem dela mais do que eu. O amor de mãe é inexplicável”
Foto: Heloísa Marques (Laboratório de Fotografia)

Com a chegada do segundo domingo de maio (14), o Dia das Mães é celebrado em todo o Brasil. A data é uma comemoração em homenagem à figura materna e a todos os seus atributos. Além disso, também é o momento para refletir sobre o papel que elas desempenham na formação dos filhos e na sociedade como um todo.

O Conecta participa das homenagens entrevistando duas mães que fazem parte da Universidade Fumec. 

Meire Abacherli é analista de sistemas e trabalha na coordenação de área administrativa da Universidade Fumec. Ela conta que sempre sonhou em ser mãe, especificamente ter quatro filhos. “Por coincidência do destino, vieram meus trigêmeos, só três!”. Para ela, a maternidade é uma das melhores coisas de sua vida, mas cria os filhos para andarem com as suas próprias pernas, enfrentar o mundo externo e seguir seu próprio caminho.

Refletir sobre o que é ser mãe pode ser uma tarefa complexa, pois as experiências da maternidade são únicas para cada mulher. Ser mãe envolve uma combinação de fatores biológicos, emocionais, sociais e culturais que moldam a experiência de cada mãe de maneira única. É um papel que traz grande dose de amor, mas também muitas responsabilidades e desafios.

Para Meire, a maternidade é o alicerce da vida do filho. “Ser mãe, para mim, é estar ao lado dos filhos em todas as fases das vidas deles. Seja nas ruins e nas boas! É fazer o impossível para dar o melhor para eles, proteger nas horas necessárias, ensinar o certo e o errado da forma mais coerente possível, para que possam aprender. Enfim, é criá-los para o mundo externo de mim!”

Lara Renault é aluna sétimo período do curso de Publicidade e Propaganda. Para ela, a maternidade é um sonho que a acompanha desde pequena.

A gestação pode ser um período muito especial e transformador na vida de uma mulher. Durante os nove meses, o corpo da mulher passa por mudanças físicas e hormonais para acomodar o crescimento e desenvolvimento do bebê em seu útero. Mas, além disso, é o período que marca o início da comunicação entre a mãe e seu filho. A comunicação e o afeto começam desde cedo, através do contato físico, alimentação e fala. Para Lara, foi o momento mais especial de sua vida.

“Quando eu descobri a gravidez foi uma mistura de sentimentos maravilhosos. Meu disparado maior sonho de todos estava se realizando. Fiquei em êxtase e de imediato já comecei a planejar tudo para a chegada do bebê. 

Ao longo da gravidez, tive alguns momentos de muito medo e tensão relacionados à Covid-19, líquido amniótico e data do parto, mas acabou dando tudo certo e pude ficar bem tranquila”.

A descoberta de que seria uma menina foi muito emocionante. “Eu falava que não tinha preferências mas, ao descobrir que era a Jade, fiquei encantada. Quando estava se aproximando do parto fiquei preocupada pois nunca tinha feito nenhuma cirurgia antes, então era inevitável para mim sentir receio de algo dar errado. Na sala de cirurgia eu senti isso de forma mais forte, mas eu sabia que era preciso manter a calma para não estragar esse momento tão mágico para mim e tentar curtir cada momento. Eu só fiquei realmente calma quando ela estava nos meus braços e confirmaram que estava tudo bem com ela, porém, acho que me saí bem ao longo do parto. Tenho ansiedade, então talvez eu pudesse ficar aflita e até ter alguma crise em plena cirurgia, mas tudo saiu como esperado e foi o momento mais especial e único da minha vida.”

A relação com a mãe também mudou após a maternidade. Atitudes que antes eram vistas como “chatice” receberam um novo significado: cuidado. “Não faria diferente se fosse eu no lugar dela. E eu vejo que uma frase que ela sempre me falou nunca fez tanto sentido: ninguém te ama mais do que eu, ninguém quer o seu bem mais do que eu. E isso é verdade porque com a minha filha eu sinto isso. Ninguém quer o bem dela mais do que eu. O amor de mãe é inexplicável. É tão grande e tão forte que às vezes parece que tentar por em palavras é bobagem, porque parece impossível,” acrescenta.

Lara abraçou a maternidade como a melhor coisa de sua vida. Ela conta que a felicidade transborda com cada descoberta desse processo e que um buraco que ela nem sabia que existia foi preenchido. As coisas mudaram em sua vida com a chegada de Jade, os planos não são mais pensados individualmente.