Conexcom: uso da IA exige política pública, educação digital e inclusão tecnológica  

Convidados debatem tendências e formas de inovação com IA nas mídias|Foto: Melissa Monteiro

Por Melissa Monteiro e Pedro Tunes

No encerramento do Conexcom, especialistas destacaram tendências, inovações e desafios na área, além da importância da regulamentação e da gestão do processo.  No último dia 22, a discussão, mediada pelo professor Danilo Aroeira, contou com a participação da também professora do curso de comunicação social e jornalista Elisângela Colodeti, e dos publicitários Victor Lara e Rafael Tunes. Os participantes destacaram que ampliar o acesso à inteligência artificial demanda políticas públicas, educação digital e inclusão tecnológica, para evitar a exclusão digital.  

Segundo reportagem do G1 publicada em fevereiro de 2024, o uso de deepfakes, vídeos e áudios falsificados gerados por inteligência artificial, tem se tornado cada vez mais comum, sendo usado para distorcer a realidade e alimentar casos de desinformação, com impacto potencial em crianças e outros públicos vulneráveis. Nesse contexto, Colodeti alertou ainda para o uso irresponsável da tecnologia, especialmente na criação de conteúdos falsos que podem chegar às crianças, reforçando a necessidade de regulamentação. Para ela, a IA é uma grande aliada das jornalistas, em meio à intensa rotina profissional.

Tunes comentou que a IA tem potencial para facilitar o dia a dia de microempreendedores, prática já adotada por 72% das empresas, segundo pesquisa citada pela CNN Brasil. De acordo com ele, a ferramenta deve ser auxílio, em vez de produto final, por isso, a importância do uso ético da tecnologia.

Lara ressaltou que a IA não pode substituir a reflexão humana, lembrando que a parceira criativa com a tecnologia pode ajudar a resolver problemas antigos, como a acessibilidade aos conteúdos. “Que a IA pode ser usada nós já sabemos, a questão é, ela deve?”, reforçou Aroeira, lembrando que a sensibilidade humana não pode ser substituída pela IA. Para ele, o olhar humano é considerado essencial para garantir decisões conscientes e éticas, prática defendida por especialistas e apontada como fundamental em reportagem da BBC News Brasil, que destaca a importância do controle humano no desenvolvimento e uso da inteligência artificial.

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