Projeto Meninos do Rock transforma realidade social

TioCapone (ao centro), com alunos, ressalta importância da música para o desenvolvimento humano/ Foto: Arquivo pessoal

Por Ana Clara Cabral

O ponto de Cultura Sôuai é uma iniciativa independente responsável pelo projeto “Meninos do Rock”, que fica no bairro Jardim Leblon, região Venda Nova. O programa foi fundado e é coordenado pelo artista TioCapone que busca promover a igualdade social e o desenvolvimento humano através da música e da arte, atendendo jovens de 6 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social.

Para o coordenador do projeto, a música proporcionou a oportunidade de escolher outros caminhos que não o levassem para a vida da criminalidade. “Eu me apaixonei pela cultura e a gente começa aí atrás de nossos pares e isso leva a gente em lugares especiais. Eu vejo que faz a gente pensar, ser mais criativo, a música salva e vejo isso acontecendo”.

Periódico

A produtora Periódico, formada por alunos do 8º período de Jornalismo da Universidade Fumec, está desenvolvendo reportagem para projeto experimental que aborda a música como ferramenta de transformação para pessoas em vulnerabilidade social em Belo Horizonte, destacando programas sociais, com ênfase no projeto Meninos do Rock.

O coordenador dos Meninos do Rock, TioCapone, relata que a parceria com a Fumec é crucial para dar visibilidade ao projeto e suas ações. “Essa visibilidade não apenas destaca o talento das crianças e o quão é positivo para as famílias, mas também atrai potenciais apoiadores e parceiros que podem contribuir para a continuidade e expansão do projeto. Além disso, uma boa comunicação fortalece a presença dos Meninos do Rock na comunidade, mostrando como a música pode transformar vidas e inspirar mudanças sociais significativas.”

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Meninos do Rock

Meninos do Rock: música como oportunidade de escolher outros caminhos/ Foto: reprodução Instagram So Uai

O projeto funciona desde 2018 e um total de 280 pessoas já tiveram oportunidade de transformar a sua vida por meio da música. Um exemplo é o Felipe Castelo, ex-aluno que retornou aos Meninos dos Rock para ensinar. “Aquela prática de instruir alguém a realizar um sonho fez com que eu me apaixonasse por completo pela prática de lecionar.”

Felipe relata como o projeto fez com que ele criasse um amor pela música e serviu como escape para a depressão. “A tendência é que eu usasse outros recursos para fugir dessa condição depressiva, mas o contato com a arte, o acolhimento que me foi dado no projeto fez me sentir completo.”

Felipe ainda vive de música e para ele a vida está relacionada aos Meninos do Rock: sem o projeto “é o mesmo que falar de música sem sentimento”. O trabalho dos Meninos do Rock continua ajudando os jovens a transformar sonhos em realidade, como conta Rebeka Queiroz, 10 anos. “Um dia a pessoa está tocando na rua, num barzinho e no outro ela pode estar tocando num show.”

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