Alunas da Fumec conquistam primeiro lugar no Prêmio Sindifisco-MG de Comunicação

As alunas do curso de Jornalismo da Universidade Fumec, Ana Luiza Guastaferro, do 3º período (foto), e Vitória Figueiredo, do 6º período, com a colaboração da jornalista formada na Fumec, Ana Clara Cabral, conquistaram o primeiro lugar no 1º Prêmio Sindifisco-MG de Comunicação. A matéria “Do bolso à desigualdade: o peso dos impostos sobre quem tem menos” ganhou o troféu na categoria Universitário.
A aluna Ana Luiza Guastaferro recebeu o troféu da reportagem, representando sua equipe. A webreportagem foi destacada pelo rigor técnico, pela relevância social e capacidade de traduzir temas fiscais complexos para o público jovem. A entrega da homenagem foi realizada pela coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli. Além do reconhecimento e do troféu, as estudantes também receberam certificado e premiação em dinheiro.
O prêmio do Sindifisco-MG tem como objetivo reconhecer reportagens que tragam a importância do trabalho dos auditores fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais — profissionais que atuam responsáveis por fiscalizar, lançar e cobrar tributos e combatem a sonegação.
A matéria
A matéria publicada no portal Conecta, do curso de jornalismo da Fumec, aborda a desigualdade na cobrança de impostos realizada pelo sistema fiscal de Minas Gerais. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as pessoas mais ricas pagam menos impostos, enquanto 10% da população de menor renda compromete 32% de seus rendimentos com impostos.
A situação interfere, diretamente, no custo de vida das pessoas, sobretudo, das mulheres negras: a parcela da população que mais sente o peso dos impostos. Além da cobrança fiscal desproporcional, elas seguem enfrentando dificuldades no mercado de trabalho e recebem salários menores do que um homem branco. A matéria retrata as raízes históricas dessa desigualdade vivida pelas mulheres negras, contextualizando o passado escravocrata, a falta de oportunidades de emprego e de ações que garantissem igualdade salarial.
A reportagem produzida pelas alunas se concentra nos impactos dessa desigualdade de cobrança fiscal, por meio da vivência de uma confeiteira: os altos impostos que incidem sobre a população de menor renda influenciam no preço dos ingredientes e do produto final do trabalho dela. Ao mesmo tempo, a matéria traz à tona o posicionamento do setor dos auditores fiscais em relação ao sistema de cobrança de impostos mineiro – considerado regressivo pelo presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (Sindifisco), Mathias Bakir. Devido à regressividade, o peso dos impostos recai sobre quem tem menos.
Leia a matéria completa: “Do bolso à desigualdade: o peso dos impostos sobre quem tem menos”
