Consciência Negra: roda de conversa aborda desafios da doença falciforme

Integrantes da Fundação Hemominas compartilharam informações sobre a doença falciforme /Foto: Pedro Tunes

Por Luisa Macaron e Pedro Tunes

O evento Consciência Negra trouxe à Universidade Fumec, na terça-feira (11), integrantes da Fundação Hemominas que atuam no atendimento ao doador de sangue e cadastramento ao doador de medula óssea e ao paciente com doenças do sangue em Minas Gerais.

A médica hematologista, Denise Soares, a assistente social, Nadma Dantas, e a psicóloga, Adriana Pereira de Souza, participaram da roda de conversa sobre a doença falciforme, com a mediação da professora do curso de Nutrição da Fumec, Flávia Nolasco.

A doença falciforme é hereditária e genética e afeta os glóbulos vermelhos, causando deformação em formato de foice e impedindo que as células transportem oxigênio adequadamente, com sintomas como anemia crônica, crises de dor e falência de órgãos ao longo do tempo.

A doença afeta predominante a população negra e é muito negligenciada, tornando-se perceptível quando os sintomas, como dores e fraqueza no corpo, começam a aparecer. Recorrentemente, um membro da família tem o quadro, portanto, o acompanhamento deve ser iniciado desde cedo, como explicou Soares.

“A doença tem que ser vista e deixar de ser negligenciada. Está entrelaçada com o racismo, julga-se a dor do outro pela sua cor”, disse a hematologista. “O difícil acesso a boas medicações dificulta o combate”, completou.

Foram 20 anos sem pesquisas aqui no Brasil e com a Hemominas houve uma evolução do tratamento medicamentoso , destacou ainda Soares. 

O teste do pezinho, realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é uma forma de saber a tendência da criança de desenvolver a doença, principalmente em quadros hereditários.

A professora Flávia Nolasco destaca a necessidade de cuidados psicológicos e físicos em relação à doença falciforme. 

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