Fernanda Alves: “A gente faz jornalismo para fazer a diferença na vida das pessoas”

Jornalista trouxe dicas e histórias sobre a sua jornada na conclusão do curso

Por Larissa Figueiredo

Fernanda Alves apresenta TCC para alunos. Foto: Vitor Gabriel

A jornalista Fernanda Alves concluiu sua graduação em Comunicação Social — Jornalismo pela Universidade Fumec (Fundação Mineira de Educação e Cultura), no ano de 2020, com apresentação da reportagem televisiva “Alzheimer: tempo de afeto”, obtendo conceito A na banca avaliadora do curso. Na última quarta-feira (27), Alves retornou à Universidade para apresentar seu trabalho para alunos do sétimo período de jornalismo

A ex-aluna da Universidade Fumec conta que escolheu o tema em razão de suas vivências pessoais: a jovem participa ativamente dos cuidados com o avô, de 79 anos, que sofre de Alzheimer. Apesar dos desafios, Fernanda enxerga o cuidado com o avô como um privilégio: “Dificuldade existe, mas somos pessoas extremamente gratas por termos o privilégio de cuidar do outro”.

Entretanto, sua paixão pelo tema não minimizou os desafios em sua jornada. A jornalista produziu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no ápice da pandemia do Covid-19, em 2020, de modo remoto, sem o atendimento presencial dos laboratórios da universidade.

Motivada também pela falta de conteúdo sobre Alzheimer na mídia, o objetivo da jornalista foi trazer uma perspectiva humanizada sobre o convívio com a doença e retratar outras realidades além da dela. “ A minha avó recebe uma aposentadoria muito boa, a posição da minha família é de privilégio. Eu quis mostrar outras realidades. O médico do meu avô vai em casa, mas a fonte precisa levar a avó dela no posto de saúde ‘’Você viu alguém triste?”, diz, referindo-se à reportagem.

Durante sua pesquisa, a jornalista analisou reportagens relacionadas ao convívio com a Doença de Alzheimer e percebeu uma carência de conteúdos humanizados, que não vitimizam os portadores de DA. O tema na mídia só ganha visibilidade quando é para pautar a morte de pessoas influentes por complicações da doença, em outros casos, a condição é chamada equivocadamente de “mal” de Alzheimer. O Sistema Único de Saúde (SUS) é citado nas reportagens de maneira superficial, sem trazer maiores informações a respeito dos direitos do portador da doença.

O estudante de jornalismo, Lucas Silva, relata a contribuição da futura colega de profissão quanto à estruturação do próprio trabalho. “O TCC da Fernanda me fez abrir novos olhares, ela deu dicas e orientações que irão enriquecer a minha produção.”

Um ano e meio após a formatura, Alves segue pesquisando sobre Alzheimer e trabalha como Social Media com produção de conteúdo focada na área da saúde, trazendo a perspectiva humanizada apresentada na vídeo reportagem, diferente das abordagens apresentadas na mídia.

5 dicas da Fernanda para a produção do TCC

1. Goste do seu tema

2. Foco no interesse público

3. Respeite a fonte e ela sempre será fonte

4. Escolha o meio de veiculação de acordo com o público

5. Procure boas fontes, elas serão a sua matéria

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