“Seja pra quem for, seja um doador!”: campanha incentiva doação de sangue na Fumec

Por Vitória Figueiredo

Laura Mariano, aluna de Jornalismo, durante a doação de sangue.
Foto: Reprodução/Instagram

Segundo o Ministério da Saúde, a cada mil brasileiros, 14 são doadores de sangue, em doações realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que a quantidade de doadores represente de 1 a 3% da população de um país. No Brasil, 1,4% das pessoas realizam este gesto com frequência. Em 2022, foram 3,1 milhões de doações, conforme o portal Agência Brasil. 

Há mais de 2.097 serviços de hemoterapia no país, de acordo com a Agência Brasil. Entre eles, está o Hemominas (Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Minas Gerais). A instituição mineira, que objetiva garantir à população a oferta de sangue e hemoderivados de qualidade, registrou, em 2022, mais de 310 mil doadores voluntários (não remunerados) de sangue, segundo a Agência Minas.

Apesar desses números, os dados atualizados do banco de sangue indicam que, entre os oito tipos sanguíneos existentes, apenas o sangue AB+ encontra-se num nível estável, conforme o estoque de sangue do Hemominas, em 12 de setembro de 2023.

Fumec 

A doação de sangue pode salvar até quatro vidas e, para isto, ações são promovidas, a fim de ampliar o número de doadores e abastecer os bancos de sangue. A campanha “Seja pra quem for, seja um doador!” foi realizada nesta terça (12), na Fumec, por alunos do curso de Biomedicina da instituição, em parceria com o Hemominas. Esta foi a 2° edição do evento que aconteceu no pátio da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH), das 8h às 12h. 

De acordo com a enfermeira Célia Malveira, uma das dificuldades relacionadas à doação de sangue é a inaptidão temporária do doador: o interessado não está habilitado a fazer o procedimento, por razões como realização de botox ou tatuagem, vida sexual ativa, por exemplo. Ainda segundo Malveira, em caso de sorologia positiva (exame que indica contato com agentes infecciosos), pode ocorrer que não seja possível o reaproveitamento do sangue após a coleta. 

Malveira explica que o comunicado de comportamento de risco pós doação é uma outra etapa do processo. Caso o doador lembre que possui alguma condição temporária que impacte o sangue, como vacinação recente ou indícios de gripe, por exemplo, é orientado a contatar o Hemocentro. A instituição fará o rastreamento e, se necessário, o descarte da substância, se a transfusão não tiver ocorrido. Se uma pessoa já tiver recebido o sangue, será colocada em quarentena, para que não desenvolva sintomas. 

Para quem vai o sangue doado? Veja detalhes do processo.

Solidariedade

Muitos alunos da instituição doaram sangue. A estudante Laura Mariano, do sexto período de Jornalismo, contou que já havia doado anteriormente e parabenizou a universidade pela iniciativa de conseguir, “com muita maestria e profissionalismo, trazer a estrutura do Hemominas pra cá (campus) e fazer essa ação”. Laura falou, também, sobre a importância do procedimento realizado: “É gratificante saber que você está ajudando outras pessoas a poderem ter um tratamento melhor, com seu sangue. É realmente uma experiência muito boa”. 

Serviço

Os interessados em doar sangue podem acessar o site do Hemominas. Basta clicar em “Agende sua doação – agendamento online”

Telefones de contato:  (31) 3768-4500 – (31) 3281-3842

Confira as orientações para doar: 

http://www.hemominas.mg.gov.br/doacao-e-atendimento-ambulatorial/doacao-de-sangue/orientacoes-sobre-doacao

http://www.hemominas.mg.gov.br/servicos/doar-sangue