Uso de vaga de transporte escolar exige fiscalização, reivindicam motoristas
Por Débora Andrade e Lívia Oliveira
A utilização de vagas reservadas para vans escolares nas proximidades das escolas tem gerado transtornos e comprometido a segurança dos alunos. Motoristas e monitores relatam ausência de fiscalização e ocupação indevida dos espaços de embarque e desembarque, expondo as crianças a riscos.
Profissionais do transporte escolar pedem mais fiscalização e medidas que garantam segurança no embarque e desembarque dos alunos, em especial, nos horários de pico, quando o congestionamento em frente às escolas é mais intenso.
Desafios
Wadya Aparecida, monitora de van há 8 anos, aponta a falta de vagas e fiscalização como as principais dificuldades enfrentadas pelos motoristas escolares. “Sem vagas nas portas das escolas, fica difícil o embarque e desembarque das crianças, porque transportamos crianças de 2 a 15 anos e temos que garantir o máximo de segurança para elas. Não podemos atravessar as crianças para não afetar a segurança de todos”, explicou Wadya, destacando a responsabilidade que os profissionais têm sobre a segurança dos alunos.
Diálogo
O motorista de van escolar, Nicélio de Aguiar, sugere a instalação de câmeras para monitorar o uso das vagas. “As vagas existem, mas são utilizadas de forma errada. Deveriam ser usadas apenas para desembarque e embarque, e não para estacionamento”, argumenta.
Ele lamenta a falta de diálogo entre os motoristas e poder público. “Pagamos taxas e tributos, somos fiscalizados, mas não temos voz ativa.” O motorista defende que a fiscalização seja intensificada, aplicando multas para quem estaciona de forma irregular nessas áreas. “Deveria multar quem usa indevidamente essas vagas. Falta fiscalização e controle.”