Dalila Lana: “É desafiador inserir-se nos circuitos musicais fechados de BH”
por Ana Luíza Cavalcanti, Anne Esther Vieira, Gabriela de Castro, Manuel Lopez e Welington dos Santos
Nascida em Belo Horizonte, no ano de de 2022, a Banda Cianna é formada por seis adolescentes, da faixa etária entre 15 e 19 anos, que se conheceram no mesmo ano em uma escola de música e hoje seguem com um projeto autoral. Mesmo com as diferenças nas preferências musicais e personalidades, o grupo se complementa. Com um estilo voltado para o pop rock e inspirações que vão dos clássicos do rock à música latina, o resultado são músicas autorais com uma sonoridade única. dados sobre o contexto cultural
Dalila Lana é vocalista da Banda Cianna e estudante do curso de publicidade na Fumec. Ao Conecta, Dalila conta um pouco sobre a trajetória da banda, trabalhos musicais e desafios no cenário artístico da cidade.
Conecta: Como foi o surgimento da banda?
Dalila Lana: Eu e os meninos da banda fazíamos parte de uma escola onde formavam bandas, e nos juntamos. Em um show, tocamos rock progressivo, chamando a atenção do diretor, que nos convidou para ser uma banda profissional chamada Cianna.
C: Quem são os membros da banda?
DL: Eu (Dalila), o tecladista Serpa (João Pedro Serpa), o baixista João Pedro Malloy (JP Malloy), o baterista Joca (João Caetano), e os guitarristas Arthur Viana e Gabriel.
“Em um show, tocamos rock progressivo, chamando a atenção do diretor,
que nos convidou para ser uma banda profissional chamada Cianna”
C: As músicas que a banda costuma tocar são autorais?
DL: Sim, são.
C: O estilo musical da banda é o rock progressivo?
DL: Não, nosso produtor nos convidou por causa do repertório de progressiva, mas tocamos pop rock/rock nacional.
“O público varia, mas em eventos familiares como a Major Lock,
temos pessoas de diversas idades”
C: Quais lugares a banda tem tocado? Qual é o público?
DL: Já tocamos em lugares como a Major Lock e o Jack Rock Bar e em eventos como o FIC (Festival Internacional de Cerveja e Cultura), e até na comemoração de 50 anos do Clube da Esquina. O público varia, mas em eventos familiares como a Major Lock, temos pessoas de diversas idades.
C: A banda é integrada por adolescentes. Como é o processo inicial envolvendo pessoas tão jovens?
DL: A maioria era menor de idade. Eu, com 18 anos, sou uma das mais velhas. Apesar dos desafios, os meninos são profissionais, ensaiamos semanalmente com muita dedicação.
“Apesar dos desafios, os meninos são profissionais,
ensaiamos semanalmente com muita dedicação”
C: O público tem recebido bem as músicas autorais?
DL: Sim, nosso primeiro single teve quase 20 mil.000 streams, e estamos lançando outro em dezembro. O crescimento nas redes sociais é significativo.
C: Quais as dificuldades e facilidades em se integrar no cenário musical de Belo Horizonte?
DL: BH tem um cenário musical bacana, mas é desafiador inserir-se nos circuitos fechados. Graças a produtores com contatos, conseguimos participar de eventos interessantes.
“Nosso primeiro single teve quase 20.000 streams, e estamos lançando
outro em dezembro. O crescimento nas redes sociais é significativo”
C: Sendo a única mulher na banda, como lida com o machismo no meio musical?
DL: Dentro da banda lidamos bem, mas às vezes não me sinto totalmente ouvida em decisões. O cenário musical aceita bem vozes femininas, mas adaptar repertórios é desafiador.
C: Tem alguma artista mulher que a inspira?
DL: Tenho várias referências, como Pink, Adele, e Marisa Monte. Admiro diferentes aspectos de várias cantoras.
“Às vezes não me sinto totalmente ouvida em decisões. O cenário musical
aceita bem vozes femininas, mas adaptar repertórios é desafiador”
C: Qual foi a situação mais constrangedora em cima do palco?
DL: No início, superar a vergonha foi desafiador. Já quase caí algumas vezes, mas nada grave, graças a Deus.
C: Tem algum evento próximo?
DL: Nada para o fim do ano, mas provavelmente faremos uma festa de lançamento em janeiro.