Antonieta de Barros e o Dia do Professor

Por Leandro Alves
No dia 11 de Julho de 1901, na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, nascia Antonieta de Barros. Filha de Catarina de Barros, mulher ex-escravizada, Antonieta nasceu 13 anos após a abolição da escravatura, realizada em 1888. Desde criança, a florianopolitana se viu abraçada pela educação. Sua mãe transformou a casa da família em uma pensão para estudantes, e a convivência com estes ajudou a incentivar a garota e sua irmã Leonor a se alfabetizarem.

Assim, aos 21 anos tornou-se professora em um curso particular ministrado em sua casa, voltado à alfabetização da população carente. Jornalista e escritora, Antonieta foi uma das três primeiras mulheres eleitas no Brasil, sendo a primeira mulher negra a assumir um mandato popular. Sua entrada no mundo político, porém, apenas a aproximou da educação. A jornalista participou da fundação da Liga do Magistério Catarinense, em 1925, sendo a primeira secretária da organização, que tinha como objetivo a defesa dos professores do Estado de Santa Catarina.
Eleita deputada estadual no ano de 1934, Antonieta levou consigo o espírito de docente. Com o projeto de Lei Nº 145, de 12 de outubro de 1948, a deputada criou o dia do professor e o feriado escolar nesta data. Apenas 20 anos depois a homenagem seria estendida para o todo o território nacional, durante o governo de João Goulart, em 1963. Sua comemoração, porém, é realizada em 15 de outubro, instituída pelo então presidente.
Nesta data, comungando dos mesmos pensamentos de Antonieta, celebramos o imenso orgulho dos professores de nosso país. Membros da formação escolar e universitária, os docentes são aqueles que têm em sua vida a missão de transmitir o conhecimento, e o fazem com maestria. De sua comunicação para com os alunos, nascem as mais belas ideias, alterando positivamente a vida de todos ao redor.
